30 de dezembro de 2013

Minha Retrospectiva 2013





Olá, queridos! :)


- É final de ano (graças a Deus, pois anseio muito pelo fim do ano de 2013.rsrsrs...) e, é claro, que eu não iria deixar de aparecer aqui para uma retrospectiva literária, certo? De modo algum! Vocês e meus livros amados, merecem que eu diga quais foram os livros mais especiais que li este ano. 2013 não foi o melhor ano da minha vida, mas isso não significa que eu não li livros especiais. Li, sim. Livros que se tornaram parte de mim. E que sempre carregarei comigo. Em meu coração. Em minhas lembranças. 

Em 2013 só consegui ler 34 livros. :( Sim. Algo que me entristeceu bastante. Mas o bom é que entre esses 34 livros, foram poucos os livros que não me agradaram. A grande maioria me proporcionou excelentes momentos de leitura e contribuíram para deixar marcas positivas neste ano de 2013.rsrs... 

Desta vez, não farei um resumo grande sobre os livros, não.rsrs... Para conhecer mais sobre a história, basta clicar no título. :) Exceto, a história que estará em 12º lugar. Sobre essa história eu não fiz resenha, infelizmente. 

E que tal eu parar de enrolar e falar logo quais foram as minhas melhores leituras de 2013?! Em ordem decrescente:

12º lugar - Tangled - Emma Chase

"No meu caminho até o banheiro, eu não posso deixar de pensar em como tudo aconteceu. Uma vez eu tive uma boa vida. Uma vida perfeita. E então tudo foi lançado à merda. 

Oh, você quer saber como? Você quer ouvir a minha história triste? Ok, então vamos lá. Tudo começou alguns meses atrás, em uma noite normal de sábado. 

Bem, normal para mim de qualquer maneira."

- Sobre essa história, o que posso dizer? Bem... Quando comecei a leitura desse livro esperava me divertir. E não me decepcionei.rsrs... Fazia tempo que eu não me divertia tanto como me diverti com essa história. O Drew é completamente hilário. Do começo ao fim, nós nos pegamos gargalhando por causa das coisas que ele se atreve a dizer. Ou pensar.kkkkkk... Ele é um sem-vergonha assumido antes de conhecer a Kate. Seu motivo de gripe. De uma gripe violenta que o deixa nocauteado em casa. Em outras palavras, ela é o seu motivo de dor de cotovelo.rsrs... Depressão pós-amor.kkkkkkkk... Mas até mesmo durante o seu envolvimento com a mulher que partirá seu coração (depois dele descobrir que possui um.kkkk.), ele segue sendo um cretino. E assumido, o que é pior.rsrs... Tem vezes que sentimos vontade de bater nele por certas coisas, mas até nesses momentos abrimos um sorriso e balançamos a cabeça, dizendo para nós mesmas que ele é incorrigível e que mesmo assim nós o amamos. E queremos mimá-lo, consolá-lo, tirá-lo da depressão, digo gripe, na qual ele mergulha após destruir, pessoalmente, suas chances com a mulher amada. É hilário acompanhar seus pensamentos, observá-lo contar como tudo começou, fazendo sempre as suas pausas para um comentário que nos fará engasgar antes de começarmos a rir. O Drew é único e acompanhar a história através do ponto de vista dele, é maravilhoso. É uma história sem muitas complicações, para aqueles que querem passar divertidos momentos de leitura. É uma leitura que vale muito a pena e da qual eu sinto falta, sabe? Sim. Sinto muita falta desse cretino para lá de incorrigível. Ele me divertiu muito e só lembrar dele coloca um sorriso no meu rosto. Se ainda não leram, corram para ler essa história! Não creio que se arrependerão. Ela tem cenas bem quentes e muitos palavrões, mas nada disso estraga a leitura.O Drew não permite. :)


11º lugar - O Reverso da Medalha - Sidney Sheldon


"O jantar e o baile estavam agora encerrados, os convidados haviam se retirado e Kate estava a sós com seus fantasmas. Sentou-se na biblioteca, resvalando para o passado. Sentiu-se de repente deprimida. Não restou ninguém para me chamar de Kate, pensou ela. Todos já se foram. O mundo dela encolhera. Não fora Longfellow quem dissera que "as folhas da memória produzem um farfalhar de lamento no escuro?" Ela estaria em breve entrando no escuro, mas não por enquanto. Ainda tenho que fazer a coisa mais importante da minha vida."

- Sim. Foi um dos livros mais marcantes do ano. E da minha vida. Um dos melhores livros já escritos pelo meu querido Sidney Sheldon. Mas, apesar de tudo, também foi um dos livros mais tristes que li. A Kate é uma das mocinhas mais implacáveis, egoístas e insensíveis que tive o desprazer de conhecer. As coisas que ela foi capaz de fazer, a forma como manipulou até destruir a vida do próprio filho, me repugnaram. Mesmo assim, esse livro é profundamente marcante. Não me arrependo de lê-lo. É uma história que apesar de forte em certos momentos, tem algo, que não consigo explicar, que me faz considerá-la especial.rsrs... O personagem mais especial dessa história, para mim, é o pai de Kate. Lamento muito o fim que ele teve. Era um personagem fascinante e não merecia um destino tão cruel. 


10º lugar - A Colcha de Despedida - Susan Wiggs 


"Já eu me sinto incapaz de me mover. Não estou pronta. Essa dor aguda que sinto me pegou de surpresa, não esperava que fosse ser tão intensa. Todos os filhos vão embora de casa. É assim que funciona. Se você faz seu trabalho de pai ou mãe corretamente, esse é o resultado final. Eles partem. [...] Ah, mas o preço do sucesso é um pedaço de sua alma."

- Eu ainda não sou mãe. Creio que um dia, se Deus quiser, serei, mas ainda não sou. Apesar disso, consegui compreender os sentimentos da mãe da Molly. Eu me emocionei muito com as lembranças dela, com todo o seu cuidado ao criar para Molly uma linda colcha com retalhos que tanto significavam para ela, que fariam sua filha lembrar-se de casa. Lembrar-se dela. Ela colocou naquela tão preciosa colcha, todo o seu amor, suas lembranças, suas lágrimas, seus sorrisos. A filha estava partindo. Para começar a própria vida. E, embora ela soubesse que aquilo era o melhor e até tenha insistido muito para que ela fosse, aquilo lhe partia o coração. Porque sua filhinha, seu pequeno anjinho, não seria mais o seu bebê. Estava transformando-se em uma mulher, deixando definitivamente a vida de menina para trás. Aquilo lhe doía da mesma forma que a fazia sentir muito orgulho de sua filha. Era difícil deixar Molly seguir seu próprio caminho. Temia o que poderia lhe acontecer, enquanto estivesse longe dela. E, sobretudo, temia não ser mais importante para a filha. Eu pude compreendê-la. Bastante. E sua história tornou-se inesquecível para mim. 


9º lugar - Amável Tirano - Johanna Lindsey

" - Capitão? - conseguiu dizer, entre um beijo e outro.
- Hmmm?
- Está fazendo amor comigo?
- Ah, estou, minha garota querida.
- Acha que deve?
- Sem dúvida. É a cura, afinal, para a doença que você vinha sentindo.
- Não pode estar falando sério.
- Mas estou. A sua náusea, minha querida, não passava de um desejo sadio... por mim.

Ela o queria? Mas sequer gostava dele. No entanto isso explicaria perfeitamente por que estava desfrutando tanto esta situação. Era óbvio que não se precisa gostar do objeto da nossa paixão."


- Sem dúvidas um dos melhores, e mais divertidos, livros que li este ano. Nunca esquecerei o meu querido James e sua pequena rebelde, que virou o mundo dele de ponta à cabeça.rsrs... O James é um pedaço irresistível de mau caminho. Um pedaço que te faz suspirar e sonhar acordada. Da mesma forma que não sabia explicar meus sentimentos por ele, ou expressá-los, quando fiz a resenha, não consigo agora. :( Só sinto, sabe? É algo que apenas conseguimos sentir. Ele é um dos personagens mais especiais da minha vida e estou completamente louca para seguir lendo a série. Sobretudo por ele. Porque sei que ele aparece nos outros livros. Eu quero mais do meu James. Muito mais!kkkkkkkkk... 


8º lugar - Dois Pesos, Duas Medidas - Judith McNaught


"- Eu preciso de você, doçura. Sabe que desde que cheguei...
- Não ouse me chamar de doçura! - ela explodiu, vacilante com indesejável alegria diante daquela ternura casual.
- Por que não? - bajulou-a, e um sorriso iluminou-lhe o rosto. - Você é doce.
- Vai mudar de ideia se tornar a me chamar de doçura - prometeu ela."

" - Você tem os olhos azuis mais incrivelmente lindos que já vi. Quando se enfurece eles...
- Poupe-me! - sibilou Lauren, sacudindo com violência o pulso.
- Já poupei - provocou-a com ar sugestivo.
- Não fale comigo assim... não quero parte alguma de você.
- Sua pequena mentirosa. Você quer cada pedacinho de mim."

- Eu nunca resisto aos mocinhos da Judith McNaught!rsrs... Nem perco meu tempo tentando.kkkkkk... Assim como amo profundamente todos os mocinhos da autora que tive o privilégio de conhecer (sim. Até mesmo o Clayton), com o Nick não foi diferente. Claro que existiram aqueles momentos nos quais desejei matá-lo. Sobretudo por algumas cenas dos últimos capítulos. E achei que ele tinha que penar muito até a Lauren perdoá-lo. Fazê-lo passar os tormentos do inferno ainda seria pouco, considerando como me senti ao vê-lo fazer a Lauren ser humilhada e sofrer daquela forma. Eu quis matá-lo! Como quis! Mas ele acabou amolecendo meu coração novamente. Tem um charme capaz de nos fazer esquecer seus pecados.rsrsrs... Um sorriso que nos faz sorrir também. E é muito descarado. Até na hora de se desculpar. É, sem sombra de dúvidas, um mocinho da JM.kkkkkkkkkk...Não perde em nada para os mocinhos históricos da autora. :)


7º lugar - Um Estranho nos Meus Braços - Lisa Kleypas


"- Eu quero-a porque é doce, pura, inocente - respondeu ele com voz rouca. - Nos últimos anos, eu vi as coisas mais imundas que poderia alguma vez imaginar... Eu fiz coisas que a Lara nunca... - parou e deu um forte suspiro. - Eu preciso de algumas horas de paz. De prazer. Eu já me esqueci de como é estar feliz, se é que alguma vez o soube. Eu gostaria de dormir na minha cama com a minha mulher... e, maldito seja eu, se isso for considerado um crime."

" - Eu converter-me-ia em qualquer pessoa, em qualquer coisa por si. Poderia mentir, roubar, implorar ou matar, tudo isto só por si."

- E por falar em histórias que marcaram não só este ano, mas também a minha vida... Oh, Deus! Só lembrar dessa história me traz lágrimas aos olhos. Quando a li, logo no início do ano, soube que ela iria fazer parte desta lista. Eu já sentia isso. Era uma das histórias mais lindas que eu já tinha lido. Uma das mais tocantes. Uma história com aquele tipo de beleza capaz de te fazer esquecer qualquer problema, sabe? Que te deixa leve, tranquila e morrendo de saudades depois. Sinto muita falta dessa história. Sinto uma falta dolorosa do Hunter, que em momentos me fez desejar pegá-lo no colo e protegê-lo de tudo. Sinto saudades também da Lara, com sua bondade tão única e uma tristeza capaz de nos partir o coração. O Hunter lhe devolveu a vida. E vê-lo fazendo isso nos faz chorar. De pura emoção. E também nos arranca risos, tenham certeza. É uma história completa. E única. 


6º lugar - Essas Coisas Ocultas - Heather Gudenkauf

"Depois de cinco anos, estou livre para deixar Cravenville. [...] Estou indo morar num lugar onde nunca estive, com pessoas que nunca vi. Não tenho dinheiro, nem emprego, nem amigos e minha família me renegou. Mas estou pronta. Tenho que estar."

"Nunca falei com ninguém sobre o que aconteceu naquela noite, e ninguém parece muito interessado em saber os detalhes exatos. [...] Todos sabem em linhas gerais o que eu fiz. Isso para eles é o suficiente."

- 2013 foi também o ano das leituras perturbadoras. Daquelas histórias que poderiam ter sido retiradas de uma manchete de jornal. Essas Coisas Ocultas é uma dessas histórias. Me arrepio só de lembrar desse livro. Sinto toda aquela carga emocional novamente. Todos aqueles acontecimentos angustiantes. E toda raiva e impotência que os acompanharam. Lembro da minha revolta com a história e com os seres humanos em geral. Saber que toda aquela tragédia poderia ser evitada se houvesse mais amor e menos egoísmo, me provocou uma revolta enorme. Fez com que eu me sentisse muito mal. Me fez desejar fazer algo e não poder fazer nada para mudar aquela situação, me deixou desesperada. Essa história bagunçou todas as minhas emoções, me levou de um extremo a outro. Acabou com os meus nervos. E se tornou inesquecível. O talento dessa autora é impressionante e ela entrou direto na minha lista de autoras preferidas. Ela não nos deixa indiferentes. Ela nos faz mergulhar em sua história e nos tortura. Não nos deixa sair ilesos, não. Mas, apesar disso, nos faz adorá-la.rsrs... Ou, quem sabe, eu seja masoquista.kkkkkkk...


5º lugar - No Escuro - Elizabeth Haynes

"[...] havia também o medo aterrador de como ele poderia reagir caso eu fizesse algo que acabasse provocando-o.

Agora não era mais uma questão de me afastar. Agora era preciso sair correndo. Era preciso fugir."


- Quantas e quantas mulheres estão, neste exato instante, passando por algo assim em suas vidas? Aqui no Brasil eu sei que até já virou moda. Lembro de reportagens de mulheres chorando, pedindo ajuda, temendo por suas vidas. Também já vi diversas reportagens mostrando, com vídeos mesmo, o resultado final, em diversos casos. A morte. A morte daquelas que cometeram o único erro de se apaixonar pela pessoa errada. E, acreditem, nem sempre o cara vem com o aviso na testa. Nem sempre é possível adivinhar o tipo de monstro que se esconde por trás do sorriso simpático e do afeto aparente. É disso que esta história fala. Violência doméstica. Crime passional. Eu nunca imaginei que uma autora conseguiria pegar um tema como esse e construir uma história muito mais do que maravilhosa. Muito mais do que sensacional. Elizabeth Haynes é uma autora com um talento incrível, um dom maravilhoso. Ela tem uma facilidade única com as palavras, consegue nos prender de uma forma impressionante. Nem tente fugir depois de começar a ler No Escuro. Você não será capaz. Não importa sua força de vontade. Não há como fugir. Ficamos presas ao livro, do começo ao fim. E nem após a leitura somos capazes de nos libertar. Essa autora conseguiu me arrebatar. Conseguiu me envolver demais. Me fez mergulhar na história da Cathy. Me fez viver tudo aquilo com ela e, acredite, não foi uma experiência muito boa.kkkkkk... Eu quase não dormi durante a leitura desta história. E até hoje ainda me pego lembrando do livro. É uma história arrebatadora. Arrepiante, aterrorizante, mas inesquecível. E vale muito a pena lê-la.


4º lugar - O Principezinho - Antoine de Saint-Exupéry

"Contemplava, à luz do luar, aquele rosto pálido, aqueles olhos fechados, aquelas mechas de cabelo a tremer ao vento e pensava: 'O que eu estou a ver não passa de uma capa. O mais importante é invisível...'
Desenhara-se-lhe um vago sorriso nos lábios entreabertos e eu pensei: 'O que me comove tanto neste principezinho adormecido é a sua fidelidade a uma flor, é a imagem de uma rosa que, mesmo quando ele dorme, brilha lá dentro como a chama de uma vela'. E ele pareceu-me ainda mais frágil. Porque, às velas, é preciso protegê-las: mal lhes dá o vento, apagam-se."

- Outra história que me faz chorar quando me lembro dela. Pensar nela agora, traz lágrimas aos meus olhos. Lágrimas de saudades, sobretudo. Ah, como amo esse Principezinho! Quantas lições incríveis a sua história me ensinou. E nunca fui boa para dizer adeus. Não lido bem com despedidas. E me despedir dele, ao final da leitura, não foi fácil. Queria permanecer ao lado dele, me emocionando com o seu amor por aquela flor, vendo-o ensinar tantas lições ao homem com alma de criança... Quando ele me disse adeus, quando partiu, senti como se meu coração fosse feito em pedaços. Sim. Eu sei. É loucura.rsrs... Mas é o que sinto. Jamais em minha vida serei capaz de esquecer o meu Principezinho. Ele faz parte do meu coração. 


3º lugar - Lo Que Dicen Tus Ojos - Florencia Bonelli 

"— Não chore, pequena, eu te suplico! Sou capaz de suportar qualquer coisa menos que chore."

"... De agora em diante será feliz. Nada entristecerá seus dias e eu estarei sempre ao seu lado para assegurar que assim seja. Oh, meu amor! Não sei o que te dizer para que a dor te abandone e você volte a sorrir."

"— Perdoe-me! Jamais deveria ter te deixado só. Perdoe-me! Perdoe-me!

O soluço sufocou as palavras e as lágrimas molharam a mão de Francesca."


- Tudo bem. Isso não é nenhuma surpresa para ninguém, certo?rsrsrs... Qualquer um que conhece o meu amor pela Florencia Bonelli, sabe que seria impossível faltar uma história dela nesta retrospectiva.rsrsrs... É minha autora preferida e não sem razão. Suas histórias são mágicas, únicas e perfeitas como as de nenhuma outra autora. Elas mexem comigo de um jeito especial. São especiais. Mais do que especiais. E a história de Kamal é Francesca é simplesmente um sonho, gente. Ainda posso visualizar, e sentir, cada cena como se tivesse acabado de ler a história. Lembro do Kamal, em desespero, pedindo ajuda ao Deus dele, ao meu Deus (pois o Deus é o mesmo). Pedindo a Ele uma nova chance. Lembro do quanto aquela cena me abalou. Do quanto o meu coração sangrou por ele naquele momento. E quando ele pegou sua amada nos braços e a viu naquele estado, cheguei a pensar que ele enlouqueceria. Francesca era toda a vida do meu Kamal. Ele jamais era capaz de suportar seu sofrimento. Por ela, ele seria capaz de dar a própria vida, sem sequer pensar duas vezes. Eram um só corpo. Um só coração. Amor tão lindo assim é raro. Esta é uma das histórias mais especiais da minha vida. 


2º lugar - Cavalo de Fogo (Paris) - Florencia Bonelli

“… Ficou a observá-la, tenso, emocionado, quase a perder o controlo. – O que é que nos está a acontecer, Matilde? O que é isto? Por Deus, o que é isto? 
- Algo tão forte – murmurou ela -, tão forte que pôs a minha vida de pernas para o ar. E o mais irónico é que não me importo nada. Nada, Eliah.”


- Eliah e Matilde... Dois personagens complexos e cheios de traumas, que se apaixonam quando não esperavam que tal coisa acontecesse. Quando não desejavam, conscientemente, que tal coisa ocorresse. Por diversos motivos, não podiam amar. Não estavam preparados para tal sentimento. E dói bastante conhecer os motivos deles, dói saber que não bastaria uma simples conversa para que tudo se resolvesse entre eles. Nada era simples. Os motivos da Mat para não ficar com o meu Eliah eram fortes. Na situação dela, eu não sei se tomaria uma decisão diferente. Porque tudo era realmente muito complicado. Mas o meu Eliah não estava disposto a perdê-la, a abrir mão dela, não importava o que tinha acontecido em seu passado ou o que ela planejava para o futuro. Ele a queria em sua vida e estava disposto a lutar o quanto tivesse que lutar. Jamais desistiria dela. Nunca aceitaria a derrota. Ela era tudo que ele precisava para viver, para respirar, mesmo que não se achasse digno do amor dela. O Eliah e a Mat conseguiram fazer eu me envolver pela história deles, eles conseguiram espaço exclusivo no meu coração. Com eles eu sofro, rio, me emociono e sempre sinto o fim de cada parte da história. Sempre dói, pois aqueles momentos não voltarão e sei o quanto eles ainda irão sofrer antes de finalmente ficarem juntos para sempre. Antes que tudo se resolva em Cavalo de Fogo (Gaza). Estou prestes a iniciar a leitura da última parte da história deles e já estou preparando os lenços. Vou chorar. Não tenho dúvidas.kkkkkkkk... 



1º lugar - Cavalo de Fogo (Congo) - Florencia Bonelli


"— Matilde - sussurrou ele, com ardor. — Meu Deus... Por que preciso tanto de você?  — e não pronunciou em voz alta, mas também se perguntou:

Por que o que tem a ver com você vem com uma quota tão grande de angústia? Por que me transformo no que não sou quando se trata de você?"


- E vocês ainda possuíam alguma dúvida????!!!kkkkkk... É claro que o primeiríssimo lugar da minha lista de melhores de 2013, seria ocupado por um livro da Florencia Bonelli.rsrsrs... E na hora de escolher, Cavalo de Fogo (Congo) se mostrou perfeito para ocupar esse lugar. Porque o melhor livro que li no ano, foi, sem dúvidas, esse. Quem leu Cavalo de Fogo (Paris) sabe como as coisas terminaram entre o Eliah e a Mat nesse livro. E podem imaginar que a reconciliação não será fácil. Mas não é só a história entre o Eliah e a Mat que torna esse livro mais que especial. Não. Esse livro é recheado de outras histórias, histórias perturbadoras que nos invadem a vida e nos chocam. Algo que não é inesperado já que a história se passa no Congo. Num Congo em guerra. Num Congo onde ninguém está seguro, onde qualquer violência é realmente brutal. Não há limites para as crueldades e a autora não nos poupa. Ela nos mostra tudo, claramente. Ela nos faz ver a realidade de outros povos, de pessoas que não sabem nem o significado da palavra paz. Que não conhecem tal coisa. Nós vemos de tudo nesse livro, gente. Vemos uma realidade tão diferente da nossa e não conseguimos nos manter indiferentes. Eu não consegui. Lamentei muito por aquelas pessoas que já tinham sofrido tanto e continuavam sofrendo. Eu me revoltei muito. Existiam momentos nos quais fechava os olhos, pois não queria mais ver aquilo. Não queria poder visualizar tais cenas. Algo que me lembrava muito o que passei com O Quarto Arcano (O Anjo Negro), quando a FB nos mostrou a realidade dos escravos, o que eles passavam antes mesmo de serem vendidos. Quando eu conheci o Babá e sua triste história. Quando, através dele, eu soube como a viagem até Buenos Aires foi desesperadora. Um tormento que eu não desejaria nem para o meu pior inimigo. Enfim... Mas, apesar dos momentos tristes e que contribuem para tornar essa segunda parte da história do Eliah e da Mat mais que especial, existem momentos muito bons. Momentos mágicos. Algo muito precioso ocorre em Congo. Algo que liga o Eliah e a Mat, algo que torna a vida dela mais colorida e invade o coração do nosso Eliah. Incrível como de uma tragédia pode surgir algo tão raro, tão precioso, não é? Me fez bem poder acreditar em outras vidas como a Mat, apesar de católica, acreditou ao conhecer seu milagre. E por falar em milagres, se eu já adorava a Mat em Paris, em Congo a amei muito mais. Não que ela não tenha me irritado (risos), mas o seu amor e a sua dedicação àquelas pessoas esquecidas pelo mundo é tocante. Ela não desistia. Ela lutava por aquela gente, ela sofria com eles. Ela é especial. :) E perfeita para o meu Eliah, mesmo que ambos achem que não se merecem. São dois tontos.kkkkkkkkk... Dois imbecis que se amam muito, mas são muito orgulhosos e teimosos. Estou pensando seriamente em bater com algo na cabeça deles, para ver se assim criam juízo.rsrsrs... Mas eu os amo muito. Muito, muito e muito!kkkkkk... E quero vê-los felizes. Preciso muito que a vida pare de ser cruel com eles. Está na hora de encontrarem a verdadeira felicidade. Está na hora de viverem o amor que sentem um pelo outro. 


Todos os livros que li este ano:

1- Um Estranho nos Meus Braços - Lisa Kleypas
2- O Rapto da Gêmea - Donna Fletcher
3- O Reverso da Medalha - Sidney Sheldon
4- Amor por Encomenda - Mary Burton
5- Um Colar de Pérolas - Violet Winspear
6- Um Capricho dos Deuses - Sidney Sheldon
7- Lo Que Dicen Tus Ojos - Florencia Bonelli
8- Cavalo de Fogo (Paris) - Florencia Bonelli
9- Louca Paixão - Charlotte Lamb
10- A Colcha de Despedida - Susan Wiggs
11- Os Doze Mandamentos - Sidney Sheldon
12- A Perseguição - Sidney Sheldon
13- Um Estranho no Espelho - Sidney Sheldon
14- Essas Coisas Ocultas - Heather Gudenkauf
15- Tempestade de Verão - Penny Jordan
16- Cavalo de Fogo (Congo) - Florencia Bonelli
17- Tangled - Emma Chase
18- No Escuro - Elizabeth Haynes
19- Amor Traído - Lynne Graham
20- Noiva de Verdade - Lynne Graham
21- Manhã, Tarde e Noite - Sidney Sheldon
22- Escrito nas Estrelas - Sidney Sheldon
23- Dois Pesos, Duas Medidas - Judith McNaught
24- Amável Tirano - Johanna Lindsey
25- Atração Incontrolável - Sharon Kendrick
26- Duplo Segredo - Lynne Graham 
27- Momento de Amar - Lynne Graham
28- Aluga-se um Noivo - Clara de Assis
29- Fique Comigo - Harlan Coben
30- O Beijo da Morte - James Patterson
31- Eu, Alex Cross - James Patterson
32- Belo Desastre - Jamie McGuire
33- O Principezinho - Antoine de Saint-Exupéry
34- Artimanhas do Destino - Sarah Morgan

24 de dezembro de 2013

Feliz Natal!!!!! S2


Imagem retirada do Google Imagens


Olá, meus queridos! :)


- Sei que este foi um ano no qual estive mais ausente do que presente. Mas foi por necessidade. Eu não tinha outra opção. O meu ano foi bastante complicado e, confesso, um dos piores anos da minha vida. Tanto que fico aliviada por ele estar chegando ao fim. Dia 1 de janeiro de 2014 marcará um recomeço. Do fundo do meu coração, desejo que seja um ano muito feliz para todos nós. Que as tristezas, decepções e dores, fiquem em 2013. Que não venhamos carregá-las conosco. Enfim... Mas estou aqui no momento não para falar das tristezas de 2013 e minha felicidade pelo ano estar chegando ao fim (risos), mas sim para desejar para vocês um Feliz Natal! :D Eu não poderia deixar de aparecer aqui para isso, verdade? Jamais! Apesar de não conhecer muitos dos apaixonados por romances que dão uma passadinha por aqui, eu me importo com vocês. E lhes desejo um Natal muito lindo, cheio de amor, paz, saúde, harmonia, felicidade, e tudo o que for bom. Isso inclui, é claro, muitos livros. :D Que vocês passem essa data ao lado das pessoas que amam. E que as valorizem. Nunca deixem de valorizar as pessoas que são importantes para vocês! Não só hoje, mas sempre! Porque se arrepender depois, infelizmente, de nada adianta. Não traz o tempo de volta. Não permite um recomeço. Na maior parte das vezes, não, queridos. E, para aqueles que, infelizmente, não podem estar com aqueles que amam, seja pelo motivo que for, eu peço que celebrem em nome desse amor que sentem por essas pessoas. Que divirtam-se, se alegrem e amem, por elas. Porque é o que elas sempre desejariam. Enfim... Que esse Natal seja mágico para todos nós. E que, de modo algum, deixemos de convidar o aniversariante para as celebrações de Natal. Afinal de contas, que graça teria uma festa sem a presença do convidado mais especial? :D

Um lindíssimo Natal para todos vocês! E que Jesus Cristo esteja presente nas nossas casas! Que esteja ao nosso lado. Não só hoje, mas sempre! 


Bjs e fiquem com Deus!

15 de dezembro de 2013

O Principezinho - Antoine de Saint-Exupéry


Esta é a história do menino que vivia num asteroide, com os seus vulcões em miniatura e a sua linda rosa vermelha, e usava um longo cachecol a flutuar ao vento. Um dia ele resolveu viajar e visitou a Terra onde encontrou um grande amigo, que depois contou a história desse menino. Esta história foi traduzida em muitas línguas, foi lida por milhares de pessoas pequenas e grandes, e também por aqueles que, tendo-a lido quando eram pequenos a voltaram a ler na idade adulta. Tal como tu talvez daqui a muitos anos voltes a lê-la. Sabes porquê? Porque mesmo se te causar alguma estranheza ou te parecer enigmática, esta história revela-te um segredo muito simples e ao mesmo tempo muito sábio: é que as coisas mais importantes são muitas vezes invisíveis para os olhos - só com o coração é que podemos vê-las! Além da leitura destas páginas, convidamos-te a apreciar as aguarelas com que o autor ilustrou a sua história!


Palavras de uma leitora...


"Contemplava, à luz do luar, aquele rosto pálido, aqueles olhos fechados, aquelas mechas de cabelo a tremer ao vento e pensava: 'O que eu estou a ver não passa de uma capa. O mais importante é invisível...'
Desenhara-se-lhe um vago sorriso nos lábios entreabertos e eu pensei: 'O que me comove tanto neste principezinho adormecido é a sua fidelidade a uma flor, é a imagem de uma rosa que, mesmo quando ele dorme, brilha lá dentro como a chama de uma vela'. E ele pareceu-me ainda mais frágil. Porque, às velas, é preciso protegê-las: mal lhes dá o vento, apagam-se."


- Ao terminar a leitura desta história, cheguei à seguinte conclusão: não sou uma pessoa crescida. E me orgulho muito disso. Jamais quero ser uma pessoa crescida. Quero sempre conseguir ver como uma criança. Sentir como uma criança. Porque uma pessoa crescida não tem tempo para sentimentos. Não tem tempo para ver o pôr do sol, admirar o mar, sentir seu cheiro, olhar para o verde da natureza e sonhar ao sentir o vento balançando seu cabelo. As pessoas crescidas sequer conseguem perceber essas coisas. Estão sempre muito ocupadas. Ocupadas demais. Até mesmo para viver. 

"É que, numa certa estrela, num certo planeta, no meu planeta, na Terra, havia um principezinho para consolar. Peguei-lhe ao colo. Embalei-o. Fui-lhe dizendo: 'A flor de que tu gostas não corre perigo nenhum... Eu desenho um açaimo para a tua ovelha... Eu desenho uma armadura para a tua flor... Eu...' Não sabia que mais lhe prometer. Sentia-me completamente desarmado. Não sabia como chegar até ele... É tão misterioso, o país das lágrimas!"

- Este livro conta a história de um homem que, num belo dia (que ele não considerava tão belo assim), após "cair do céu", por um problema em seu avião, encontra em seu caminho um principezinho, que parecia perdido. Ele ainda não sabia, mas aquele garotinho que tão misteriosamente apareceu em sua vida, era como a realização de um pedido de natal. De um pedido feito há muito tempo, do fundo do seu coração, e do qual ele sequer se lembrava. Um pedido que ele nunca colocou em palavras. Um pedido que fez em silêncio (e sem saber) ao se decepcionar com as pessoas crescidas. Ao perceber que elas não eram capazes de enxergar além das aparências. Ao perceber que elas não eram capazes de ver o interior do que quer que fosse. Que a visão delas era limitada. Por influência das pessoas crescidas, ele deixou de lado o amor pela arte e foi em busca de "uma profissão de verdade", mas nunca esqueceu a experiência que tivera. E, no fundo, ainda tinha uma leve esperança, toda vez que pegava os únicos desenhos que tivera a coragem de fazer e mostrava para as pessoas crescidas que encontrava em seu caminho, de encontrar alguém que os compreendesse. Que conseguisse enxergar o interior daqueles desenhos. Que fosse capaz de ver como uma criança. Ele queria, mais do que tudo, um amigo. Um amigo de verdade. Alguém que o cativasse, que se tornasse importante para ele, que se tornasse único. E quando os céus atenderam o seu pedido, muitos anos depois, e na forma daquele principezinho, ele não percebeu. Não foi capaz de ver isso de início. Não foi capaz de reconhecer o seu presente. 

"O meu amigo nunca explicava nada. Talvez pensasse que eu era igual a ele. Infelizmente, não sei ver ovelhas através de caixas. Se calhar, estou um bocado parecido com as pessoas crescidas. Devo ter envelhecido."

- Só que, diferentemente das pessoas crescidas, aquele homem não precisou perder para perceber o que tinha ganhado. Embora tenha demorado um pouco para enxergar o anjo que estava em sua frente, que tinha aparecido em sua vida, ele notou. E soube apreciar os momentos ao lado dele. Momentos únicos. Que muitos seres humanos jamais terão em sua vida. Porque não têm tempo para terem amigos.

" - Só conhecemos o que cativamos - disse a raposa. - Os homens deixaram de ter tempo para conhecer o que quer que seja. Compram as coisas já feitas aos vendedores. Mas como não há vendedores de amigos, os homens deixaram de ter amigos."

- A história é contada seis anos após o encontro tão inesperado entre aquele homem com alma de criança e o principezinho que, de maneira simples e sutil, muito soube ensinar. É contada seis anos após a sua partida. O tempo pode ter sido capaz de ofuscar as lembranças da aparência do principezinho, mas não conseguiram modificar os sentimentos que ele havia despertado no homem com alma de criança. Porque o tempo nunca é capaz de apagar o que sentimos no coração. As lembranças que não ficam na mente, mas cravadas profundamente em nosso coração. As lembranças que só podemos sentir. Jamais explicar. Jamais descrever com palavras. 

"Quando nos deixamos cativar, é certo e sabido que algum dia alguma coisa nos há de fazer chorar."

- Eu já tinha ouvido falar desta história, mas jamais tinha tido a oportunidade de lê-la. Sabia que era uma história especial, capaz de atingir o coração de milhares e milhares de crianças e adultos (com alma de criança) ao longo do tempo. Que continuava sendo especial, mesmo depois de tantos anos. Mas eu não podia imaginar o quanto esta história era especial. Sabia que ela era preciosa, mas não podia imaginar o quanto. Porque somente depois de lê-la, somos capazes de realmente conhecê-la. De entendê-la. De senti-la

- Já fazia uns meses que eu tinha esta história. Ganhei de presente de aniversário da minha querida amiga, Carlita. E justamente por saber que esta história era única, preciosa e que tinha muito o que me ensinar, é que eu não a li logo. Não. Não podia lê-la em qualquer momento. Precisava lê-la num momento especial. Um momento escolhido pelo meu coração. E o momento surgiu. Um momento em que eu precisava muito de uma história como esta. Um momento no qual o meu coração me pediu, delicada e timidamente, que eu o alegrasse. O alimentasse com esta história. Que lhe devolvesse, com esta história, o que certos acontecimentos tinham roubado. O que as pessoas crescidas tinham roubado. 

"[...] Andas à procura de galinhas?
- Não - disse o principezinho. - Ando à procura de amigos. 'Cativar' quer dizer o quê?
- É uma coisa de que toda a gente se esqueceu - disse a raposa. - Quer dizer 'criar laços'...
- Criar laços?
- Sim, laços - disse a raposa. - Ora vê: por enquanto tu não és para mim senão um rapazinho perfeitamente igual cem mil outros rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Por enquanto eu não sou para ti senão uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativares, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E eu também passo a ser única no mundo para ti..."

- Eu nunca poderia imaginar que terminaria a leitura desta história, em lágrimas. Soluçando. De modo algum poderia imaginar tal coisa. Mas esta história me tocou de tal forma que antes que eu pudesse perceber, já estava chorando. É incrível a quantidade de lições que esta história tem o poder de nos ensinar em tão poucas páginas. É incrível a forma como o principezinho entra em nosso coração sem pedir licença. E ali fica. Ali deixa uma parte de si. Uma marca. Uma lembrança. Não existe um pingo de egoísmo nele, sabe? Porque não é como certas pessoas que depois de nos cativarem, vão embora sem sequer um adeus. Sem um abraço, sem dizer que estão partindo. O principezinho sabia "ler" um amigo, sabia se importar com ele. É linda a forma como ele se preocupava com a rosa dele e como se preocupou com o homem com alma de criança. Existia nele a sabedoria que nenhuma pessoa crescida era capaz de ter. Jamais em minha vida serei capaz de esquecer o principezinho. Nem a raposa, o homem com alma de criança, a serpente e a rosa. Existem coisas inesquecíveis. E essas são algumas delas. Mas sobretudo, jamais esquecerei o principezinho. O amo demais. Porque ele me cativou.

" - Adeus...
- Adeus - despediu-se a raposa. - Agora vou-te contar o tal segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos...
- O essencial é invisível para os olhos - repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer.
- Foi o tempo que tu perdeste com a tua rosa que tornou a tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... - repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer.
- Os homens já não se lembram desta verdade - disse a raposa. - Mas tu não te deves esquecer dela. Ficas responsável para todo o sempre por aquilo que cativaste. Tu és responsável pela tua rosa..
- Eu sou responsável pela minha rosa... - repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer."


- Uma verdade que muitos esquecem, não é? Quantos pais vão embora de casa, divorciam-se da esposa e dos filhos, sem levar jamais em conta que é responsável por aquelas pessoas? Pelo menos, pelos filhos. Porque os cativou. Porque os fez amá-lo. Quantas mães dão à luz e num determinado momento de sua vida, decidem que não querem mais aquela criança.? Que querem ser livres? E isso após cativá-las. Destroem o coração da criança sem hesitar. Sem se importar. Porque as pessoas crescidas são egoístas. Porque não sabem amar. Porque são ocupadas demais até para saber o que tal palavra significa. Não é à toa que o mundo está como está. 


" - Por onde andam os homens? - perguntou o principezinho, passado algum tempo. - No deserto está-se um bocado sozinho...
- Também se está sozinho ao pé dos homens - disse a serpente."


- Nunca serei capaz de colocar em palavras o que sinto por esta história. O que ela significa para mim. O quanto me cativou, emocionou e se tornou preciosa. E nem através dos trechos que coloquei nesta resenha vocês serão capazes de encontrar o que só se encontra ao ler toda a história. Estes trechos são preciosos. Inesquecíveis. Me tocaram muito, mas é a história em si, do começo ao fim, sem excluir nenhuma palavra, que nos toca de uma forma única. Que nos arrebata. E nos dá paz. Uma paz que hoje em dia é difícil de encontrar. Que você só encontra nas coisas que as pessoas crescidas não julgam importantes. E que mesmo assim é preciso agarrar com toda força e manter na mente e no coração com insistência, pois o mundo, as pessoas crescidas, estão o tempo inteiro tentando nos roubar a paz que com tanta dificuldade encontramos. 

" - Mas os olhos são cegos. Só se procura bem com o coração."

7 de dezembro de 2013

Belo Desastre - Jamie McGuire


Abby Abernathy é uma boa garota. Ela não bebe nem fala palavrão, e tem a quantidade apropriada de cardigãs no guarda-roupa. Abby acredita que seu passado sombrio está bem distante, mas, quando se muda para uma nova cidade com America, sua melhor amiga, para cursar a faculdade, seu recomeço é rapidamente ameaçado pelo bad boy da universidade.

 Travis Maddox, com seu abdômen definido e seus braços tatuados, é exatamente o que Abby precisa – e deseja – evitar. Ele passa as noites ganhando dinheiro em um clube da luta e os dias seduzindo as garotas da faculdade. Intrigado com a resistência de Abby ao seu charme, Travis a atrai com uma aposta. Se ele perder, terá que ficar sem sexo por um mês. Se ela perder, deverá morar no apartamento dele pelo mesmo período. Qualquer que seja o resultado da aposta, Travis nem imagina que finalmente encontrou uma adversária à altura. E é então que eles se envolvem em uma relação intensa e conturbada, que pode acabar levando-os à loucura.



Palavras de uma leitora...



"Ele ergueu meu queixo para que eu o encarasse.

— Eu sei que você merece alguém melhor do que eu. Você acha que eu não sei disso? Mas se existe alguma mulher feita para mim... essa mulher é você. Eu faço o que for preciso, Flor. Está me ouvindo? Eu faço qualquer coisa."


- Sim. Eu sei. Estou desaparecida. Mas é que a minha vida está toda enrolada (que novidade!rsrs...) e realmente não tem sido possível me dedicar tanto à leitura e ao blog como antigamente. :( Isso me deixa muito triste, mas a vida é assim mesmo, não é? Mas nem por isso irei abandoná-los, ok? E nem aos meus amados romances. Apenas não leio ou apareço mais como antigamente. Mas sempre estarei aqui. E sempre serei uma apaixonada por romances. :)

- Apesar de minha última resenha ter sido publicada há exatamente um mês, não fiquei sem ler. Apenas demorei demais para terminar de ler os livros que estava lendo. Antes de Belo Desastre eu li Eu, Alex Cross e nem me dei ao trabalho de fazer resenha sobre a história. Não valia a pena. Sinceramente, é uma história que apenas conseguiu me estressar e fazer eu me perguntar (de forma bastante ignorante) por que diabos resolvi ler aquilo quando tinha vários livros especiais aguardando para serem lidos. Realmente devo ser uma idiota, pois sequer estava nos meus planos ler aquela coisa. Quando terminei a leitura senti como se estivesse me libertando de um castigo, de um tormento que eu acreditava que não teria fim.rsrsrs... Agora quero distância de qualquer história sobre esse detetive imbecil chamado Alex Cross. Só o suportei em O Beijo da Morte porque a história era maravilhosa, apesar da presença dele. Mas para mim chega. Nada mais de Alex Cross. Só se eu perder de vez o juízo. O inferno que vivi com aquela história eu não desejo viver novamente. É um livro que dá vontade de jogar pela janela, com bastante força para bater e arrebentar em algum canto. Só não fiz isso porque o livro não era meu.rsrsrs... Um dos livros que mais odiei este ano, sem sombra de dúvidas. Mas esta resenha não é sobre Eu Alex Cross, verdade? Então que tal eu começar a falar de Belo Desastre?! Sabe... Eu estava aqui pensando e realmente o título combina bastante com o livro. :D É sem sombra de dúvidas um "belo" desastre. Um desastre completo.rsrsrs... Bem desastroso. Mesmo. E nem sei do que me chamar por ter lido esse livro. Não estou lá muito contente comigo mesma. 

"Uma expressão aflita obscureceu sua face.

— Sabe por que eu te quero? Eu não sabia que estava perdido até que você me encontrou. Não sabia que estava sozinho até a primeira noite em que passei na minha cama sem você. Você é a única coisa certa na minha vida. Você é o que eu sempre esperei, Beija-Flor."

- Abby Abernathy estava em fuga. De todo o seu passado. De toda a vida que tivera antes de entrar naquela faculdade, antes de se mudar para sua nova cidade. Ela queria apagar seu passado, matar qualquer lembrança e a dor que as palavras e as atitudes de quem deveria amá-la, protegê-la, provocavam. Ela queria um recomeço. Longe de qualquer coisa que pudesse lembrá-la ou fazê-la viver o que suportara no passado. Ela queria libertar-se. E, se ouvisse seu coração, se fizesse o que ele queria, jamais iria conseguir isso. Ela não iria amar Travis Maddox. Não podia amá-lo. Porque ele era tudo que ela queria evitar. Era tudo que ela necessitava manter longe. Mesmo que isso lhe machucasse. Aquela dor não era nada comparada com a dor que envolver-se com Travis provocaria. Não só nela. Mas nele próprio. Embora ele ainda não compreendesse, ela era um veneno. Uma droga que acabaria por destruí-lo. Mais cedo ou mais tarde. 

- Travis Maddox era um mulherengo. Alguém que amava viver no limite (ou ultrapassá-lo), que gostava de aventuras, dirigir em alta velocidade, beber até perder as lembranças e o controle sobre si mesmo, transar sempre que tivesse vontade e de preferência com uma mulher diferente. Afinal de contas, figurinha repetida não completa nenhum álbum. Muito menos o dele. Ele não respeitava mulher alguma. Para ele, elas serviam apenas para curtos momentos de prazer e deveriam ser esquecidas logo depois. Nunca ligava para elas após uma aventura. E, em sua defesa, jamais fazia falsas promessas. Sua vida era assim. E ele gostava dela assim. Pelo menos, até conhecer Abby. E ter seu coração roubado por ela. Algo que poderia levá-lo ao céu, mas somente para lançá-lo ao inferno depois. Abby era tóxica. Um veneno para ele, mas um veneno que, ironicamente, ele precisava para viver. Precisava com desespero. Como jamais havia precisado de nada em sua vida. Não era algo que tivesse explicação. Era algo que ele apenas sentiu logo após notá-la. Era algo que ele não queria, que ele gostaria de jamais ter sentido. Era algo que machucava, sobretudo porque a única mulher que ele havia amado em sua vida, insistia em usar tal sentimento contra ele. Machucava demais... porque ela queria machucá-lo. E mesmo assim ele não conseguia manter-se longe. Não podia. Não conseguia. Ela era o seu sonho. A sua vida. Sem ela, ele não podia sequer respirar. Sem ela, ele já não sabia viver.

"Ele juntou as sobrancelhas.
— Você é a minha casa."

- O primeiro encontro entre Abby e Travis foi, no mínimo, peculiar.rsrs... Travis era um lutador. Lutava para ter dinheiro suficiente para manter-se na faculdade e ainda assim ter um teto em sua cabeça e comida na mesa. Essa era sua única fonte de renda. E era algo que ele amava fazer. Quando se enfrentava com o adversário, ele tinha a chance de libertar tudo aquilo que não podia libertar fora dali. Todos os sentimentos intensos e complexos dos quais ele não conseguia  livrar-se. Toda a raiva do passado e da vida. Toda a frustração. Toda a dor. Foi assim que Abby o conheceu. Num momento em que ele encontrava-se sem defesas. Vulnerável. 

Aquele não era o seu ambiente. Pelo menos, não mais. Ela não deveria estar ali, mas fazer o que não deveria, já havia se tornado um hábito. Também não deveria ter sentido aquela conexão estranha ao observar Travis enquanto ele lutava e muito menos deveria ter se aproximado, como se o mundo deixasse de existir e só estivessem os dois ali. Como se alguma coisa a puxasse e aproximasse dele. Como se já não tivesse mais vontade própria. 

Após vê-la pela primeira vez, Travis soube que não poderia tirá-la da sua cabeça. Ele jamais tinha sentido algo tão estranho e tão intenso por mulher alguma e embora fosse uma sensação desconcertante, ele não conseguia evitá-la. Porque era algo que ele queria. Mesmo sem saber. Mesmo sem perceber. Era o que ele sempre necessitara. Era o que ele pedia aos gritos à vida, toda vez que fazia algo arriscado. Era o que ele precisava para preencher o vazio que há anos o machucava. E ele não estava disposto a deixar sua única chance de ser amado escapar. Ele precisava daquela mulher. Precisava do seu amor. E não importava quanto sofrimento ele precisaria suportar para tê-la. Suportaria qualquer coisa. Menos perdê-la. Menos sentir que não fez o suficiente para mantê-la em sua vida. Para ser merecedor do seu amor. Por ela, ele era capaz de fazer qualquer coisa. Abrir mão do que quer que fosse. De qualquer sonho, de qualquer objetivo. Por ela, ele estava disposto a mudar. A ser alguém diferente. Tudo que ele lhe pedia era uma chance. Uma chance de mostrar que podia ser diferente. Que podia ser o que ela precisava para ser feliz. Que ela não precisava procurar em outros lugares o que ele estava disposto a lhe dar. O que ele lhe oferecia pedindo em troca apenas um pouco de amor. 

"— Você sabe o que é codependência, Abby? Seu namorado é um excelente exemplo disso, o que é bizarro, considerando que ele passou de não ter respeito algum pelas mulheres a achar que precisa de você até para respirar.
— Talvez ele precise mesmo — falei, recusando-me a deixar que ela estragasse meu bom humor.
— Você não se pergunta por que isso? Tipo... ele já transou com metade das garotas da faculdade. Por que você?
— Ele diz que sou diferente.
— Claro que ele diz. Mas por quê?
— O que te interessa isso? — retruquei.
— É perigoso precisar tanto assim de alguém. Você está tentando salvar o Travis, e ele espera que você consiga. Vocês dois são um desastre."


- O que posso dizer sobre esta história? O que seria apropriado dizer?!rsrsrs... Quem me conhece, quem acompanha minhas resenhas, sabe: eu não tenho muito estômago para mentir sobre o que sinto por um livro. Até porque, não vejo o menor sentido em faze tal coisa. Prefiro sempre dizer a verdade. E às vezes, eu sei, faço isso com uma carga exagerada de emoção.rsrs... Sobretudo quando odeio demais uma história, verdade?rsrs... Por isso, peço: se você é fã desta história, não leia esta resenha. E se mesmo após eu dar este conselho, desejar seguir com a leitura peço que então respeite a minha opinião, assim como respeito a opinião de todo mundo. Não sou obrigada a gostar de uma história só porque todo mundo gosta. Eu não sou assim. 

- Pouco depois de começar a leitura desta história eu percebi três coisas. Primeiro: a história me lembrava demais Crepúsculo. Até a forma de escrever da autora (E não. Não estou criticando. Decidi não fazer tal coisa. Foi uma escolha minha. O que não significa que eu tenha ficado muito feliz com a semelhança. Não sou obrigada a gostar de tal coisa). Segundo: o Travis era um pedaço de mau caminho que eu sabia que terminaria a leitura amando. E terceiro: Abby era tudo que eu não suporto em uma mocinha. Era tudo que me irritava demais em qualquer mocinha. E mesmo assim, eu segui com a leitura. Pelo Travis. Porque ele havia me conquistado logo no início. Porque eu não podia simplesmente abandoná-lo, embora a Abby estivesse me fazendo sentir vontade de esganá-la. Eu não podia culpá-lo pelos erros dela e desejava saber como terminaria a história dele. Queria saber se ele seria pelo menos um pouco feliz ao lado daquela idiota. Mas, quando fui me aproximando mais do fim da história, comecei a me arrepender profundamente. Percebi que era uma história que seria preferível eu jamais ler. Como a Moniquita costuma dizer: não me acrescenta nada. No geral, só me trouxe aborrecimentos. O Travis é um fofo, um mocinho que conseguiu um lugar no meu coração e que jamais esquecerei, mas nem mesmo ele pode fazer essa história valer a pena. Infelizmente, sozinho, ele não pode tal coisa. Não quando a Abby, como protagonista da história, insiste em destruir todo o livro. Insiste em transformar a leitura em um tormento. Se eu pudesse, eu mesma a eliminaria da história. A mandaria com passagem só de ida para o inferno. E de modo algum permitiria que ela carregasse o Travis com ela. Ela jamais será digna dele. Sequer chega aos pés dele. Não passa de uma qualquer, na minha opinião. Uma cínica, hipócrita, que brinca com os sentimentos dos outros sem piedade. Que fica fazendo joguinhos e pisando nos sentimentos do Travis, fazendo-o se humilhar e segui-la como um cachorrinho. A Abby me dá nojo. É algo que não posso deixar de dizer. É algo que estava entalado na minha garganta. Ela me dá náuseas. 

"— Dança comigo. — Travis estava parado a menos de um metro de mim, com a mão estendida.
América, Shepley e Finch olhavam fixamente para mim, esperando minha resposta com tanta ansiedade quanto Travis.
— Me deixa em paz, Travis — falei, cruzando os braços.
— É a nossa música, Flor.
—Nós não temos uma música.
— Beija-Flor...
— Não.
Olhei para Brad e forcei um sorriso.
— Eu adoraria dançar, Brad.
As sardas dele se esticaram pelo rosto quando ele sorriu, fazendo um gesto para que eu fosse à frente pelas escadas.
Travis cambaleou para trás, exibindo uma evidente tristeza nos olhos.
— Um brinde! — ele gritou.
Eu hesitei, me virando bem a tempo de vê-lo subir em uma cadeira e roubar a cerveja de um cara da Sig Tau que estava perto dele. Olhei de relance para América, que observava Travis com uma expressão aflita.
— Aos babacas — ele exclamou, fazendo um gesto em direção a Brad.
— E às garotas que partem o coração da gente — ele curvou a cabeça para mim. Seus olhos tinham perdido o foco. — E ao horror de perder sua melhor amiga porque você foi idiota o bastante para se apaixonar por ela."

- Eu disse que ela era uma ordinária, não disse? Aquela era a música deles e tudo que o Travis estava lhe pedindo era que ela dançasse com ele. Só daquela vez. Só a música deles. Mas, na frente dos outros, ela se recusou e não somente isso, fez questão de dançar justamente aquela música com outra pessoa. Naquele instante, deliberadamente, ela arrancou mais um pedaço do coração dele. Porque se achava no direito de fazer isso. Porque gostava de fazer isso. Pelo menos, na minha opinião. Foi difícil enxergar sentimento da parte da Abby pelo Travis. Foi difícil acreditar no amor dela. O que ela chamaria de amor, eu chamaria de desejo. Nos sentimentos dele, sim, eu acreditei. Pude ver claramente que o que ele sentia por ela era profundo, verdadeiro. Diferente de tudo que ele tinha sentido por qualquer outra mulher. Ele a amava, até mesmo quando tal sentimento quase lhe destruía a vida. A amava mesmo quando ela mostrava não merecer tal amor. A amava incondicionalmente. E era isso que mais me revoltava. Saber que ele a amava tanto que estava disposto a suportar todas as patadas dela, todo o desprezo e todos os jogos. Me irritava profundamente ver a Abby fazer o que bem queria com ele, vê-la se aproveitando tão descaradamente do que ele sentia por ela. Nesses momentos eu sentia vontade de acabar com a raça dela e a xingava de todos os nomes que achava apropriados para ela. 

Eu compreendia os motivos da Abby para não querer ter um relacionamento com o Travis. Apesar de achar que ela estava exagerando demais (pois eu não conseguia enxergar todas as semelhanças que ela parecia ver), eu a compreendia. Mas, se ela não o queria, se estava disposta a lutar contra os sentimentos que dizia sentir por ele, o mínimo que ela poderia fazer era manter-se longe. Mas, ao invés disso, ela se mudou para a casa dele. Passou a dormir na cama dele, vestir as roupas dele, se "pegar" com ele. Não me parece a forma mais adequada de manter-se longe. Talvez na cabeça dela seja, mas na minha não é. E assim, ela fazia o que bem entendia com os sentimentos dele. Jogando. Querendo-o em um momento e se agarrando com outro no momento seguinte. Tornando-o mais e mais dependente dela. Quase enlouquecendo-o. E exigindo dele uma perfeição que ela própria estava longe de possuir. Não tinha a menor moral para exigir perfeição de ninguém. Não tinha o direito de apontar os defeitos dele, quando era quem mais errava. Até mesmo a melhor amiga dela já estava cansada de vê-la agindo como uma qualquer (é a melhor palavra que posso usar ao falar dessa garota), já era vista como uma rameira pelos colegas de faculdade. Como ser bem vista quando dormia na casa de um (e na cama dele, abraçada a ele) e se "pegava" com outro? Impossível!

- Se eu fosse parar para falar tudo que sinto por essa história e, sobretudo, pela Abby, não terminaria esta resenha hoje.rsrs... A Abby é uma das mocinhas que mais detestei até hoje. Ela tinha potencial para ser uma ótima mocinha, mas preferiu ser essa "coisa" que é. E essa história, então, poderia ser fantástica. Realmente eu acredito que a história poderia ser maravilhosa, mas só se a Abby não existisse, não fizesse parte da história e a autora não colocasse tanto exagero no livro e certas cenas para lá de dispensáveis. A única coisa que realmente vale a pena nesta história é o Travis. Ele é maravilhoso, um mocinho que penetra no nosso coração sem pedir licença, sem que a gente sequer perceba. Não digo que ele é capaz de despertar amor em todas as pessoas. É complexo, agressivo, intenso, possessivo, ciumento... Sabe perder o controle e fazer coisas idiotas e isso pode despertar o desprezo das pessoas. Algo que eu compreendo. Ele é do tipo que você ama ou odeia. Jamais as duas coisas. Mas quando a gente o ama... é completamente. Mesmo quando ele desperta a nossa raiva. Ele tem um charme que nos atrai. Tem um sorriso que nos faz querer sorrir também e quando ele está triste, isso dói na gente. Ele é carente e isso desperta o nosso lado maternal. Em vários momentos eu desejei protegê-lo dos golpes da vida, da dor que amar a Abby lhe provocava. Só por ele eu dei três estrelas ao livro. Por ele, não tive a coragem de dar menos estrelas à esta história. Porque ele não merecia isso. Se fosse somente pela história, eu teria dado uma estrela. Mas pelo Travis, não fiz isso. E, sabe, somente depois de ter lido essa história, que é escrita através da visão da Abby, eu descobri que existe a história (a mesma história) através da visão do Travis.kkkkkkkk... Sim. Isso me deixou para lá de irritada comigo mesma. Se eu tivesse feito pelo menos uma simples pesquisa antes de ler esta história, teria evitado grandes aborrecimentos. Porque a história pela visão do Travis com certeza é mil vezes melhor. Acredito completamente nisso. Mas agora que suportei o tormento de ler a história pela visão da Abby, não tenho ânimo para ler a história toda de novo. Mesmo que seja pela visão do Travis. :( 

Enfim... É isso. Como podem perceber, não sou nada fã desta história.rsrs... Mas respeito aqueles que a amam. Não é porque eu odiei uma história, que essa história não valha realmente a pena. Ela não vale a pena para mim. Mas pode valer para outra pessoa. Pode ser mágica para outra pessoa, assim como certos livros são especiais, mágicos para mim. Por isso mesmo eu pedi que quem é fã dessa história, não lesse esta resenha. Sei que é horrível quando lemos algo negativo sobre um livro que nós amamos. Eu sei, pois já passei por isso e não gostei nada.rsrs... Mas esta é minha opinião, gente. Não posso fingir que gostei da história. Eu não gostei.

7 de novembro de 2013

O Beijo da Morte - James Patterson

Título Original: Kiss the Girls
Tradutor: Luiz A. De Araújo
Editora: Best Seller
Edição de: 1995

“Um suspense que não se consegue parar de ler” – Sidney Sheldon

Um rito de sedução…
Que sempre termina em morte!

Alex Cross, de Na Teia da Aranha, está de volta.
Neste novo romance de James Patterson, o detetive-psicólogo sai à caça não de um, mas de dois assassinos seriais. Casanova e Cavalheiro Caller, assim se autodenominam.
Agem em lugares diferentes, usam métodos diferentes, mas há entre ambos uma macabra semelhança: suas vítimas, belas universitárias, são mortas com inimagináveis rituais de horror. E, desta vez, Cross tem de ser rápido. Sua sobrinha foi sequestrada por um deles e pode ser assassinada a qualquer momento! 


Antes de abrir o último romance de Patterson, certifique-se de que dispõe de algumas noites livres para a leitura.
É o tipo do terrível talento que faz com que seguremos o livro com força e nos sobressaltemos ao menor ruído na casa.” – Oakland Press




Palavras de uma leitora…


Estudantes desaparecidas. Todas mulheres. Uma praga que se abatera sobre a comunidade, e ninguém fora capaz de fazer nada para detê-la. Ninguém conhecia a cura.”

- O pânico já havia tomado conta da população. Vários sequestros. Três homicídios parecidos tirados de um filme de terror. Cruéis. Aterrorizantes. A polícia encontrava-se perdida, sem uma pista sequer do assassino que estava sequestrando e matando com uma frequência cada vez maior. Até mesmo o FBI já tinha entrado no caso, mas o tempo passava e eles continuavam muito longe de uma solução. Tudo que sabiam sobre aquele assassino cruel é que se autodenominava Casanova. O grande amante. Aquele que amava as mulheres. Que sentia um amor tão grande por elas que não hesitava em matá-las. Das maneiras mais terríveis possíveis. 

“Primeiro, eu me apaixono por uma mulher. Depois, simplesmente a tomo para mim.”

- Alex Cross, psicólogo-detetive, pai de dois filhos pequenos, viúvo que ainda sofria a morte da mulher amada, estava seguindo sossegadamente com sua vida. Tinha acabado de ajudar a polícia a pegar um serial killer que assassinava crianças, e, sinceramente, não estava com a menor vontade de enfrentar outro assassino em série nem tão cedo. Mas sua vontade transforma-se totalmente quando ele chega em casa e recebe uma notícia que o faz perder o chão: sua sobrinha Naomi Cross, universitária de 22 anos, estava desaparecida. Há quatro dias. Um caso que já era assustador por envolver alguém que ele tanto amava, torna-se insuportável quando a polícia começa a suspeitar que ela possa ser mais uma vítima do psicopata Casanova. Agora, Alex precisa correr contra o tempo e as hostilidades policiais para libertar sua sobrinha, antes que seja tarde demais. O que ele não sabe é que Casanova tem um interesse particular por ele. Uma vontade irresistível de mostrar-se mais inteligente e poderoso do que o detetive especialista em prender psicopatas. Alex ainda não sabe, mas está na mira de Casanova. Marcado para morrer. Naomi era apenas a isca, mas isso não significava que ela sairia dessa com vida. Casanova, o grande amante, estava louco para beijá-la. O último beijo. O beijo da morte.

“Iniciara-se um jogo de gato e rato. Seu jogo; suas regras. Por enquanto, era ele quem ditava as regras.”

- Kate, médica residente do primeiro ano, é uma mulher dedicada a profissão e sempre simpática com todos. Existe algo nela que a diferencia das outras e faz até mesmo as jovens e competitivas residentes, gostarem dela. Ela não se importa muito com a aparência e sente sempre um secreto desejo de desobedecer regras e desafiar as convenções do hospital universitário. Nas horas vagas pratica caratê e dedica-se à leitura. É linda, mas profundamente solitária. Tinha perdido as pessoas que mais amava na vida e por isso temia novos envolvimentos. Não queria apegar-se para depois perder. Meses antes havia tido um turbulento término de relacionamento com um homem que não aceitava sua maneira de ser. Rebelde, corajosa, teimosa e fascinante… ela é a próxima vítima de Casanova. Sua “peça” mais valiosa. A que Casanova mais ama. Sua inteligência, beleza e rebeldia atraem Casanova, mas poderão também significar a tão aguardada queda do grande amante. Morrer não fazia parte dos planos de Kate. E ela estava mais do que disposta a lutar por sua vida…

“– Qual é a outra hipótese? – perguntei.
- A outra é que se trata de dois homens. Mas não estão simplesmente em contato, estão competindo. Uma competição pavorosa, Alex. Talvez um jogo medonho que inventaram.”

- Como se a polícia de Chapel Hill, Carolina do Norte, já não estivesse suficientemente perdida, Los Angeles começa a ser aterrorizada por assassinatos macabros, provocados com extrema violência. Mulheres belíssimas são brutalmente violentadas, mutiladas e assassinadas. Só que diferente de Casanova, o maníaco de Los Angeles, que se autodenomina Cavalheiro Caller, não pretende manter-se oculto. Diariamente, ele conta, com detalhes, todos os seus crimes, através de um jornal local. Ele adora a fama e o pânico que seus relatos provocam nas pessoas. O medo o alimenta e intensifica sua crueldade. E Alex Cross quase enlouquece quando em um de seus relatos diários, Cavalheiro Caller menciona Naomi. Sua sobrinha desaparecida. O que diabos estava acontecendo ali? Haveria realmente dois assassinos seriais ou somente um que era capaz de cometer seus crimes de costa a costa? Cavalheiro Caller e Casanova seriam a mesma pessoa? Se sim, como ele conseguia estar em dois lugares ao mesmo tempo? Mas... o mais importante: no caso de dois assassinos... como o Cavalheiro Caller sabia tanto sobre Naomi se ela estava nas mãos de Casanova? Ao longo das investigações, coisas terríveis serão descobertas, marcando para sempre as pessoas daquelas cidades. Não importa quanto tempo se passará... os pesadelos... jamais passarão. Ficarão como cicatrizes, marcas de uma época macabra, de muitas e dolorosas perdas.

"[...] Aquela noite... sussurrava para mim como se já fôssemos amantes. Dizia que me amava. Parecia... sincero."

- Talvez você esteja pensando assim: "Sei que nunca li essa história, mas tenho a sensação de que a conheço." Pelo menos, foi o que eu pensei quando li a sinopse dessa história. Eu fiquei com aquela sensação de que conhecia a história e quando finalmente houve um estalo em minha mente, eu percebi: tinha assistido um filme que contava uma história muito parecida. O filme Beijos que Matam. Conforme fui lendo a história pude ter absoluta certeza de que realmente se tratava da mesma história. O filme, no caso, foi inspirado no livro, criado tendo como base a história. Na verdade, é a mesma história!rsrs...  E posso dizer sem hesitar que tanto o livro quanto o filme são maravilhosos. Pelo menos, na minha opinião. Eu adorei os dois e não sei dizer de qual gosto mais.rsrsrs... É muito difícil escolher. :)

" - Gosto da ideia de Vossa existência, meu Deus - sussurrou enfim. - Por favor, goste da ideia de um pouco de paz para mim."

- Kate é sem sombra de dúvidas uma guerreira. Uma mulher que suportou os tormentos do inferno num lugar que parecia esquecido por Deus. E que mesmo assim não desistiu de viver, de lutar, de reconquistar aquilo que tinha direito e lhe tinha sido roubado: sua liberdade, sua vida. É muito triste acompanhar certas cenas... ver a sua dor, as suas lágrimas e a sua vontade de viver, até mesmo quando isso parece impossível. Lembro do quanto foi angustiante para mim ver, sem poder fazer nada, as coisas acontecerem com ela e ninguém chegar para socorrê-la. Ninguém descobrir aquele lugar e libertá-la daquele verdadeiro inferno. Sempre costumo me colocar no lugar das personagens, para compreendê-las e imaginar o que eu faria se estivesse no lugar delas. É algo que faço com todos os livros que leio. E ao me colocar no lugar da Kate, eu me senti muito mal. Eu sabia que no lugar dela não teria tido nem sequer metade da força e da coragem que ela teve. Eu teria preferido desistir, infelizmente. Seria melhor do que suportar aquelas coisas. Mas ela não foi a única personagem dessa história pela qual lamentei e que admirei. Não. Existiram várias outras personagens, várias outras vítimas daqueles monstros. Muitas delas, pelo que vocês podem ver pela própria sinopse da história, fatais. Nem todas sobrevivem. E não direi para vocês se a Kate faz parte das vítimas fatais ou não. Só o que posso dizer é que ela jamais desistiu. Jamais se rendeu. Sempre teve fé, esperança e coragem para lutar por sua vida, por uma vida que não pertencia ao Casanova, embora ele pensasse isso. 

- Uma coisa na qual não pude deixar de pensar é que existem muitas "pessoas" (que eu considero monstros) como o Casanova ou Cavalheiro Caller espalhadas por esse mundo. É a realidade sobre a qual não queremos pensar. Eu própria não gosto de ficar pensando nisso, mas existe, gente. Pouco tempo atrás mesmo eu vi uma reportagem na TV sobre um cativeiro que tinha sido descoberto. No mínimo, três mulheres foram resgatadas. Mulheres que estavam lá, sofrendo só Deus sabe o que (prefiro sequer imaginar), há muitos anos. E ninguém as tinha socorrido. Só agora. Depois de tantos e tantos anos... Recentemente também, assisti uma reportagem relembrando um crime terrível que aconteceu há mais de dez anos e que resultou na morte de uma jovem que tinha toda uma vida para a frente. Que deveria ter sonhos, planos... vontade de fazer tantas coisas. Uma vida que foi roubada de uma forma bastante cruel. Porque ela não apenas morreu. Ela foi estuprada e torturada antes disso. Quantas outras mulheres não passaram pelo mesmo? Quantas outras mulheres estão passando por algo assim neste exato momento? Não há algo que possamos fazer por elas se não sabemos onde elas estão. Tudo que posso pedir é que Deus tenha misericórdia e as salve. E também posso agradecer a Deus por todos os livramentos que Ele dá para mim e também para muitas outras mulheres. Tudo que podemos fazer é agradecer a Deus pela proteção e pedir que Ele continue nos livrando. O mundo no qual vivemos é muito cruel. É um fato. Não há mais forma de tornar esse mundo um lugar melhor. O mal já foi feito. Não há retorno. E eu gosto de ler esse tipo de história, sabe? Apesar de todos os pesadelos que provoca (há duas noites eu acordei gritando.kkkkkkk... Por causa da história. Porque tive um pesadelo bem terrível), eu sempre paro para refletir... Sempre relembro as lições que aprendi nesta vida e valorizo mais o que tenho. Principalmente as pessoas que fazem parte da minha vida e com as quais dividi tantos momentos bons. A vida é muito frágil, gente. As coisas podem mudar de um instante para o outro. Só Deus pode impedir tal mudança. Não é agradável pensar em coisas assim, mas é a vida. De vez em quando é bom provocar em si mesmo esse choque, dar uma sacudida em nós mesmos para ver se acordamos.rsrs... Lendo essa história eu me lembrei muito de Identidade Roubada - Chevy Stevens. Lembrei sobretudo de quando ela pensa na mãe dela, quando está presa naquele lugar horrível, e na discussão idiota que tinham tido momentos antes. O quanto ela quis voltar atrás... Enfim... Não deveria ser necessário vivermos momentos difíceis para valorizarmos os momentos bons e as pessoas que amamos, não é verdade? Mas, no geral, é somente nesses momentos que realmente valorizamos o que temos...

- Recomendo essa história? Sem pensar duas vezes!rsrs... Mas não dei cinco estrelas ao livro, não.rsrs... Eu adorei a história, a achei incrível e a leria toda novamente, sem nenhum tédio. Mas além do fato de eu não ter gostado muito do detetive que investiga os crimes (e é um dos protagonistas da história), eu não pude deixar de notar certas "falhas". Não achei que seria muito justo com os outros suspenses que li, dar cinco estrelas para essa história. A história em si, a trama, merece cinco estrelas. Mas as falhas e o detetive Alex Cross, me impedem de dar essas cinco estrelas. Por isso o livro fica com quatro estrelas e passagem para os preferidos. :)

Eu recomendaria que quem pretende ler o livro, veja o filme primeiro. Na minha opinião, a leitura torna-se mais apaixonante assim. :) Depois de ler essa história senti imensa vontade de assistir o filme novamente.kkkkkk... E acho que farei exatamente isso, só necessito encontrá-lo, é claro. Porque das vezes que assisti foi na TV; espero consegui-lo em alguma locadora dessa vez.rsrs....

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