16 de fevereiro de 2013

O Que Dizem Seus Olhos (Lo Que Dicen Tus Ojos) - Florencia Bonelli


(Título Original: Lo Que Dicen Tus Ojos
Editora: Punto de Lectura
Edição de: 2007)


Paixão nos palácios mais deslumbrantes do deserto da Arábia.

Logo após iniciar uma brilhante carreira no jornal que seu padrinho e mentor dirige, a jovem jornalista, Francesca de Gecco, sofre uma terrível decepção amorosa.

Só o tempo e a distância poderão curar uma ferida tão profunda, e por isso, ela aceita um posto na embaixada do seu país em Genebra. Porém, essa cidade será apenas a primeira etapa de uma viagem muito mais longa.

Do outro lado do mundo, nos palácios mais deslumbrantes do deserto da Arábia, Francesca encontrará uma segunda chance de ser feliz. 



Palavras de uma leitora...


"Existiria algo lindo e bom que durasse para sempre?"

"Adiós... no hay palabra más triste. Y es triste alejarse solo con los recuerdos". Eu concordo. Adeus é uma palavra que sequer deveria existir. Essa palavra machuca. Muito.

Já perceberam que até as lembranças mais deliciosas provocam aquela sensação de dor? Porque dói não ter mais aquele momento. Porque machuca saber que ele se foi com o passado. Que você não pode recuperá-lo. Por mais que você visite um lugar do teu passado com alguém que esteve lá com você, não será a mesma coisa. Você pode recriar todo aquele momento, fazer as mesmas coisas que fez naquele dia... ainda assim não será a mesma coisa. Porque cada momento é único e se perde no passado. E só nos resta as lembranças. Nunca se pode reviver literalmente tais momentos...

Ao ler a última linha de Lo Que Dicen Tus Ojos e fechá-lo, eu percebi isso. E foi uma das coisas que me causaram lágrimas. Fechei os olhos e desejei voltar ao dia em que comecei a leitura dessa história. Como eu desejei isso! Não podia acreditar que teria que dizer adeus. Não queria aceitar que a história tinha chegado ao fim, que eu teria que me separar do Kamal e da Francesca. Tudo o que eu quis foi voltar ao dia do início da leitura. Mas era impossível. Aquele dia já estava no passado. Jamais poderia recuperá-lo. Jamais poderia recuperar os momentos lindos que passei com esse casal. Isso me provocou lágrimas de profunda tristeza. Eu não queria deixá-los. Como poderia? Será esse um dos sintomas da DPL (Depressão Pós-Livro)? Essa vontade intensa de reviver os momentos ao lado do livro? Vocês já sentiram essa espécie de dor ao terminar de ler uma história? Ou eu é que sou louca mesmo? 

As pessoas que me viram hoje devem ter pensado: "Essa jovem terminou com o namorado." Ou "Recebeu uma terrível notícia." Ou ainda "Deve estar passando por um momento muito difícil em sua vida." Se eu lhes contasse que estou assim porque li um livro maravilhoso, profundamente tocante e não queria me separar dele, olhariam para mim boquiabertos antes de ligarem urgentemente para um psiquiatra enquanto outro alguém reservava um lugar para mim no hospício. Quando eu já estava me aproximando do final do livro, comentei com minha mãe que eu estava triste. Ela perguntou o que tinha acontecido e eu expliquei que era por causa do livro. Ela não se deu ao trabalho de dizer que eu "não giro muito bem". Ela diz isso com frequência.kkkk... Sempre por causa de uma história especial. Eu não gosto de separações, mudanças... Nunca estou preparada para dizer adeus. Não estou preparada para deixar Kamal e Francesca irem para longe de mim. :(

Nem sei por onde começar... Gostaria de escrever uma resenha linda, especial, que tocasse o coração de vocês e os fizesse sair correndo para ler esse livro. Que os fizesse largar tudo para lê-lo. Só que não sei o que escrever. Não tenho palavras. Como dizem... os sentimentos mais intensos são os mais difíceis de se expressar com palavras. Jamais conseguirei expressar o que sinto. Apenas posso sentir. Nada mais. 

"Sempre amarei este lugar, ainda que se passem os anos, ainda que nunca mais volte a vê-lo."

- Haveria mesmo a possibilidade dela não voltar a ver a fazenda Arroyo Seco, um lugar que ela tanto amava e havia feito parte de sua vida? Que havia se tornado parte dela? O tempo poderia mesmo afastá-la de tudo aquilo? Francesca afastou esse pensamento da cabeça enquanto se aproximava de seus amigos e matava a saudade que sentia deles. Aquele era o seu lar. Seu porto seguro. Por mais que tenha sofrido e sido humilhada naquele lugar, propriedade dos patrões de sua mãe, o amava, pois possuía amigos e lembranças queridas guardadas ali. Mas o destino trataria de levá-la para longe. Para bem longe...

Francesca conheceu os Martínez Olazábal quando tinha apenas seis anos de idade. Seu pai tinha morrido e sua mãe precisava trabalhar para sustentá-la. Antonina, sua mãe, acabou sendo contratada como cozinheira dessa importante família e Francesca sentiu, dia após dia, através do desprezo de Celia, patroa de sua mãe, o quanto seus mundos eram diferentes. Celia e sua família eram gente. Seres humanos. Francesca e sua mãe eram "pouca coisa", valiam menos que um animal. Ainda assim, Francesca foi feliz, pois tinha uma mãe maravilhosa, encontrou em Sofia, filha mais nova dos patrões de sua mãe, uma grande amiga e ainda tinha Rex, seu companheiro de aventuras, um cavalo que tinha sido dado de presente para a filha mais velha dos patrões, mas que só aceitava ser montado por Francesca. Além disso, ela ainda podia contar com o amor e proteção de seu padrinho, que havia feito com que ela estudasse num ótimo colégio e tivesse uma excelente educação. Mas a dor provocada por uma terrível decepção afastaria Francesca de tudo que ela conhecia e amava...

- Ela estava com 21 anos quando ele retornou, após ter passado mais de dez anos longe da família, por causa dos estudos. Aldo Martínez Olazábal, o filho mais velho dos patrões. Francesca estava passando o verão com sua mãe, ajudando-a, na fazenda deles. Quando cruzou com o olhar de Aldo pela primeira vez, ela sentiu algo que jamais tinha sentido antes. Algo que a deixou vulnerável, à mercê dos caprichos de Aldo e a levou ao céu. Apenas para lançá-la ao inferno depois. 

A queda foi feia. Provocou feridas profundas em Francesca, destruindo seus sonhos e se recusando a cicatrizar. Ela tinha sido uma tola. Tinha acreditado num felizes para sempre ao lado dele, mas no fim Aldo era um covarde. Alguém que jamais colocaria seu amor por ela acima do seu amor pelo dinheiro. Não rejeitaria sua herança para se casar com ela, a filha da cozinheira. Francesca seria perfeita para o papel de amante, mas nunca para o de esposa. 

Destroçada, desejando escapar da dor que a sufocava, Francesca aceitou a oferta de seu tio e deixou a Argentina para ir trabalhar como secretária na embaixada de seu país em Genebra. E seria essa escolha que alteraria para sempre toda a sua vida e a faria conhecer Kamal. Um homem proibido. De cultura e religião completamente diferentes da sua. Alguém que poderia significar tanto sua salvação quanto sua perdição. Um homem com o qual ela viveria momentos de felicidade, paixão, tristeza e dor. Alguém por quem ela estava disposta a arriscar a própria vida.

Uma católica e um muçulmano. Uma ocidental e um oriental. Vivendo na Arábia Saudita do ano de 1961... O que o futuro pode reservar para os dois? Haverá futuro? Isso... só o tempo dirá...


"- Já te disse várias vezes que neste mundo nada é por acaso. O Grande Arquiteto entrelaça as linhas dos destinos de modo que, às vezes, não compreendemos sua intenção. Porém, cedo ou tarde, acabamos descobrindo."

- Esse trecho me fez pensar bastante... Não sou fã do destino.rsrs... Não gosto de acreditar em destino, pois teria que aceitar que coisas que aconteceram na minha vida ou na vida das pessoas que eu amo ou com diversas pessoas que comeram o pão que o diabo amassou, já estava escrito. Querendo ou não, teriam que passar por aquilo. Quero crer que, embora certas coisas possam estar escritas, a maior parte é escolha nossa ou de outras pessoas. Pois jamais poderia aceitar que certas coisas já estivessem escritas. Enfim... Mas de uma coisa eu estou completamente segura: estava no destino de Francesca conhecer e amar o Kamal. Ele era o seu destino. E tudo... a levou até ele. 


"- A vida é um contínuo optar. Algumas vezes acertamos, outras vezes erramos. Eu acredito que seja qual for a decisão, certa ou errada, deve vir do coração, da própria convicção e não como consequência do medo. Na verdade, aí reside a verdadeira coragem, não acha?"



- Escolhas... Como é complicado escolher! Uma única escolha pode modificar ou até mesmo destruir, toda uma vida. E Francesca sabia que necessitava fazer uma escolha muito importante. Se ficasse em Córdoba, acabaria por entrar no jogo de Aldo e se tornaria sua amante. Algo que simplesmente a destruiria. Ela tinha princípios, era contra esse tipo de relação, mas o amava e ele não parava de insistir, de persegui-la, um só instante. E se fosse embora... ela teria que deixar tudo que ela amava para trás. E estaria sozinha num país desconhecido. Francesca optou não pela decisão mais fácil. Mas sim, optou pela única escolha possível. A única que lhe daria uma chance de recuperar os sonhos perdidos. Ou de sonhar novos sonhos. Era hora de se libertar do passado. De arriscar. E foi o que ela fez. E definitivamente... essa não foi a decisão mais fácil... 


- Alguns acontecimentos fazem com que Francesca seja transferida de Genebra para a embaixada na Arábia Saudita. E é lá que ela irá conhecer o nosso Kamal. Um homem complexo que abalará ainda mais o seu mundo. E a fará conhecer a verdadeira felicidade. O verdadeiro amor e tudo que uma pessoa é capaz de fazer por esse sentimento. Tudo que ela pode renunciar, tudo que ela pode dar e fazer por amar demais uma outra pessoa. Existem limites quando se ama? Regras? O que se pode ou não fazer? Até onde se pode ir? Se existem... Kamal e Francesca nunca conheceram ou se importaram com tais limites. Por ser amarem... arriscaram tudo. Absolutamente tudo... Até suas próprias vidas. 


"—Isto é loucura — pensou em voz alta.
—Sim, loucura! — ele repetiu e a obrigou a voltar-se —Eu fico louco quando te vejo, quando escuto a sua voz, quando sinto seu cheiro, quando te toco, como agora. Fico louco de paixão e desejo. Beija-me! — ordenou e, sujeitando-a pelo rosto, buscou seus lábios e penetrou em sua boca."


"A luta entre o que devia fazer e o que o seu coração lhe pedia aos gritos, terminou naquele instante e ela se sentiu sua. 
—O que será de mim agora? — se perguntou.
— Será minha. — respondeu Kamal.
—Somos diferentes — ela retrucou. —Nossos mundos se desprezam desde sempre. Séculos de ódio e guerras nos separam. Oh, Kamal, tenho tanto medo! Estou segura de que isto é um erro!
—Esqueça o mundo, a religião, o passado! Deixe que o desejo flua dentro de você, que te possua, como a mim. Seremos só você e eu. Não tenha medo. Eu te protegerei e não permitirei que nada nem ninguém te machuque. Diga que será minha. Diga! 
—Sim, sua. Serei sua."


- Fazer essa resenha não está sendo fácil. Nada fácil. Além de não encontrar palavras para falar dessa história existem coisas que eu gostaria de mencionar e não posso... Coisas que simplesmente mexeram demais comigo. Mas são coisas que vocês só precisam saber ao ler a história.rsrs... Não seria justo contar. Só posso dizer que tudo vale a pena. Cada instante da leitura. Tudo precisava estar escrito ali. Para tornar o livro tão especial e tão inesquecível. 

Durante a leitura eu viajei. Me senti dentro do livro. Vivendo tudo aquilo com os personagens. Cada lágrima que eles derramavam, eu derramava também. Toda vez que eles sorriam, eu sorria. Cada dor eu podia sentir daqui e torcia demais por eles. Necessitava vê-los vencer tudo que estava contra eles. E que de modo algum era pouca coisa. Não eram coisas que colocavam em risco só o relacionamento entre Kamal e Francesca. Mas também suas vidas. A história se passa num momento muito difícil para a Arábia Saudita. O atual rei do país está prestes a fazê-lo falir e provocar a revolta das pessoas. As questões políticas são muito delicadas e Kamal está justamente no centro de tudo, pois faz parte da família real. Seu irmão é o rei. Tudo que o país menos necessitava era o envolvimento dele com uma ocidental... e não é difícil imaginar quantos problemas isso pode trazer. 

- O que eu poderia falar do Kamal? Ou melhor... O que eu consigo falar sobre ele? Eu já amava o Kamal antes de conhecê-lo. Sabia que ele era especial. Sabia que ele me deixaria de rastros. Sabia que "respiraria" Kamal por muito tempo (risos), mas nada pode me preparar para conhecê-lo. Uma simples frase, e eu já estava aos pés dele.kkkkk... Um sorriso dele me arrancava suspiros e lágrimas. Pois os sentimentos eram tão fortes que quando eu percebia já estava chorando. Os sentimentos eram tão fortes que eu não queria fazer mais nada além de ler o livro. Não estava interessada em comer, dormir, estudar ou fazer qualquer outra coisa. Mas existiam momentos nos quais eu precisava parar. Fosse para fazer outra coisa ou porque eu simplesmente precisava de um tempo para não perder de vez o controle. Mas nesses momentos, parecia que um filme da história se passava na minha mente. E eu queria falar do livro. Dividir com outras pessoas o que eu estava sentindo. E também revivia várias e várias vezes momentos especiais da história. Até agora estou fazendo isso. Kamal não é perfeito. Não. Mas apesar de qualquer imperfeição ele te enfeitiça e creio que esses "defeitos" contribuem para torná-lo único. Racionalmente, eu não aprovaria algumas coisas que ele fez. Mas enquanto minha mente insistia em censurá-lo, meu coração se deleitava com aquelas coisas, com toda aquela obsessão, com todo aquele amor que não conhecia limites e que só queria ser vivido. Com toda aquela intensidade. Eu ria, eu chorava, eu me preocupava. Eu sabia que nada seria fácil para eles e a necessidade de protegê-los era grande. E saber que eu não poderia deixava meu coração apertado e eu ficava em profunda agonia. Me perguntava o que exatamente eles teriam que enfrentar. E ao mesmo tempo que queria saber as respostas... sentia muito medo. Mas agora... olhando para o passado, para todos aqueles momentos, percebo que não podia ser de outra forma. E que a FB arrasou como sempre. Essa autora é única, gente. Não existe autora que consiga reunir tantas coisas num livro só, fazer personagens tão complexos e nos impactar como ela. Não existe. Kamal é muito diferente do Carlo (de Marlene) ou do Roger (de O Quarto Arcano), mas ama como eles. De forma doentia, possessiva e até mesmo egoísta (mas eu adoraria que alguém me amasse de modo tão egoísta como eles amam suas preciosas.kkkkk...). Ele é tão, mas tão egoísta... que fez algo impressionante pela Francesca.rsrs... Algo que aumentou ainda mais o amor que eu já sentia por ele. Algo que me roubou o ar e me emocionou muito. Ele é tão, mas tão egoísta, que não suportava vê-la chorar. Que faria qualquer coisa para arrancar aquela tristeza que via em seus olhos, aquela tristeza provocada por um passado que ela desejava esquecer. Terno, romântico, possessivo, ciumento, amoroso, capaz de tudo pela mulher amada... o Kamal é isso e muito mais. Ele é o que eu não consigo escrever. É aquilo que eu só pude sentir durante a leitura, aquilo que me fez sonhar acordada e fugir do meu mundo. Aquilo que me fez acreditar ainda mais no poder do amor. Desse sentimento que poucos conseguem possuir hoje em dia. Que poucos tem o privilégio de possuir. Ler esse livro foi mágico. Um presente. Um sonho. E se tem uma coisa que eu lamento muito além de não tê-lo lido antes... é não conseguir de modo algum colocar em palavras o que eu sinto. Eu queria muito, gente. E vocês não sabem o quanto eu fico triste por não conseguir. :( 

- Esse livro foi uma indicação das minhas queridas amigas, Carlita e Moniquita. Nós três amamos intensamente a Florencia Bonelli e graças a elas, eu posso ter livros preciosos da autora comigo, para abraçar, beijar, cheirar, apertar contra mim e ter ao meu lado na hora de dormir.rsrs... A Carlita me presenteou com O Quarto Arcano, Marlene e Cavalo de Fogo (é a história do filho do Kamal. Que eu irei ler muito em breve!!!) e a Moniquita meu deu de presente seu precioso Kamal. Para ela, ele é o melhor mocinho que a FB já criou. É o seu número! E ela quis dividi-lo comigo. Agradeço demais às duas por tê-los comigo. Vocês não sabem o quanto eles significam para mim. 

- Necessito dizer que recomendo essa história?!rsrsrs... Eu a recomendo sem pensar duas vezes, queridos! É uma história que vale muito a pena ser lida. Que precisa ser conhecida. Qualquer leitor que ame belas e intensas histórias de amor, merece conhecer essa história. Precisa conhecê-la. E duas coisas me entristecem: o fato do livro nunca ter sido publicado aqui. E de sequer existir em português ainda. :( Ele só existe em espanhol, infelizmente. Mas eu tenho certeza de que essa autora alcançará o mundo e que em breve (o mais breve possível, por favor) todas as suas histórias serão publicadas aqui. Para que todos possam conhecê-la. Esse é um dos meus maiores sonhos. Vocês não têm ideia do quanto eu fico triste e revoltada ao ver certas "coisas" serem publicadas aqui enquanto uma autora como a Florencia Bonelli ainda não foi. Não consigo aceitar ou entender isso. 

"— Não chore, pequena, eu te suplico! Sou capaz de suportar qualquer coisa menos que chore."

"... De agora em diante será feliz. Nada entristecerá seus dias e eu estarei sempre ao seu lado para assegurar que assim seja. Oh, meu amor! Não sei o que te dizer para que a dor te abandone e você volte a sorrir."

"— Perdoe-me! Jamais deveria ter te deixado só. Perdoe-me! Perdoe-me!

O soluço sufocou as palavras e as lágrimas molharam a mão de Francesca."



- Já estava esquecendo de uma coisa! Músicas... Pensei em trechos de algumas músicas enquanto lia essa história. Um desses trechos foi o que coloquei logo no início da resenha e pertence à música "Please Remember". Eu pensei muito nessa música num momento importante da história. Como disse não posso falar demais (risos), mas a música invadiu em cheio minha mente nesse momento. Mas vocês só conhecerão essa música melhor (a colocarei completa aqui) na resenha sobre o Eliah e a Matilde (Cavalo de Fogo), pois essa música é deles. :) Mas essa não foi a única música na qual pensei.rsrs... Sin Miedo a Nada, Para Tu Amor, Solitario y Solo, Me Enamoré de Ti, Que Me Alcance La Vida e outras... também invadiram a minha mente. Em algum momento da história, eu pensava nelas. E quando terminei a leitura também!rsrs... Vou colocar os trechos que mais têm a ver com a história! :D Eu recomendo essas músicas! São belíssimas!


Me muero por abrazarte y que me abraces tan fuerte,
me muero por divertirte y que me beses cuando despierte
acomodado en tu pecho, hasta que el sol aparezca.
Me voy perdiendo en tu aroma,
me voy perdiendo en tus labios que se acercan
susurrando palabras que llegan a este pobre corazón,
voy sintiendo el fuego en mi interior.

(Trecho da música: Sin Miedo a Nada/Cantor: Alex Ubago)


Por eso yo te quiero tanto que no sé como explicar
Lo que siento 
Yo te quiero porque tu dolor es mi dolor 
Y no hay dudas 
Yo te quiero con el alma y con el corazón 
Te venero 
Hoy y siempre gracias yo te doy a ti mi amor 
Por existir 

(Trecho da música: Para Tu Amor/Cantor/Banda: Juanes)


Tu sombra se mueve
Entre las sábanas al despertar
Y no logro llegar al medio día
Sin echarme a llorar

Tu fantasma camina por la casa
Y me hace temblar
No puedo respirar, no puedo más

(Trecho da música: Solitario y Solo/Cantor: Alejandro Fernandez)

Si no estás conmigo se me escapa el aire, corazón vacío
Estando en tus brazos sólo a tu lado siento que respiro
No hay nada que cambiar, no hay nada que decir
Si no estás conmigo quedo entre la nada, me muero de frío
Ay! cuanto te amo, si no es a tu lado pierdo los sentidos
Hay tanto que inventar, no hay nada que fingir
Me enamoré de tí

Eres lo que yo más quiero, lo que yo he soñado amar
Eres mi rayo de luz a cada mañana
Y sin pensarlo el tiempo me robó el aliento
Qué será de mí si no te tengo?

(Trecho da música: Me Enamoré de Ti/Cantor: Chayanne)


E uma música completamente perfeita para a história. Linda, linda e linda! Que Me Alcance la Vida - Sin Bandera!!!! 

Tantos momentos de felicidad
tanta claridad, tanta fantasía
tanta pasión, tanta imaginación
y tanto dar amor hasta llegar el día
tantas maneras de decir Te Amo
no parece humano lo que tu me das

Cada deseo que tu me adivinas
cada vez que ríes, rompes mi rutina
y la paciencia con la que me escuchas
y la convicción con la que siempre luchas
como me llenas como me liberas
quiero estar contigo si vuelvo a nacer

Le pido a Dios que me alcance la vida
y me de tiempo para regresar
aunque sea tan solo un poco 
de lo mucho que me das
le pido a Dios que me alcance la vida
para decirte todo lo que siento gracias a tu amor

El sentimiento de que no soy yo
y que hay algo más cuando tu me miras
la sensación de que no existe el tiempo
cuando están tus manos sobre mis mejillas
como me llenas como me liberas 
quiero estar contigo si vuelvo a nacer

Le pido a Dios que me alcance la vida
y me de tiempo para regresar
aunque sea tan solo un poco 
de lo mucho que me das
le pido a Dios que me alcance la vida
para decirte todo lo que siento gracias a tu amor

Me da la luz que hace despertar
que me aleja de la oscuridad
que me llena de calor el mundo
para que no pierda el rumbo

Le pido a Dios que me alcance la vida
y me de tiempo para regresar
aunque sea tan solo un poco 
de lo mucho que me das
le pido a Dios que me alcance la vida
para decirte todo lo que siento gracias a tu amor... 


E sabiam que "esse cara" é o Kamal?rsrsrs... Sei que uns odeiam e outros amam essa música (eu faço parte do grupo que ama!kkkkkk...) Mas o Kamal é exatamente esse cara. Aquele que sempre atende as necessidades da amada, que até mesmo adivinha o que ela precisa, que faria qualquer coisa por ela, que vive e respira por ela. Por ela ele tanto morreria quanto mataria, gente. Sem pensar duas vezes. 

O cara que pensa em você toda hora
Que conta os segundos se você demora
Que está todo o tempo querendo te ver
Porque já não sabe ficar sem você

E no meio da noite te chama
Pra dizer que te ama
Esse cara sou eu

O cara que pega você pelo braço
Esbarra em quem for que interrompa seus passos
Está do seu lado pro que der e vier
O herói esperado por toda mulher

Por você ele encara o perigo
Seu melhor amigo
Esse cara sou eu

O cara que ama você do seu jeito
Que depois do amor você se deita em seu peito
Te acaricia os cabelos, te fala de amor
Te fala outras coisas, te causa calor

De manhã você acorda feliz
Num sorriso que diz
Esse cara sou eu
Esse cara sou eu

Eu sou o cara certo pra você
Que te faz feliz e que te adora
Que enxuga seu pranto quando você chora
Esse cara sou eu
Esse cara sou eu

O cara que sempre te espera sorrindo
Que abre a porta do carro quando você vem vindo
Te beija na boca, te abraça feliz
Apaixonado te olha e te diz
Que sentiu sua falta e reclama
Ele te ama
Esse cara sou eu

(Música: Esse Cara Sou Eu/Cantor: Roberto Carlos)


P.S.: E que venha o Eliah! Ansiosa para conhecer o maravilhoso, TDB e mais um pouco, filho do Kamal e da Francesca. Eu já estou caidinha por ele antes mesmo de conhecê-lo.kkkkk... 

Sabia que tem resenha da Carlita aqui no blog sobre o livro do Kamal? Sim!!! Para conferir a resenha dela, basta clicar AQUI

E agora também temos resenha da Moniquita! :D Quer conferir a resenha dela? É só clicar
 AQUI

Bjs e até breve!

9 de fevereiro de 2013

Um Capricho dos Deuses - Sidney Sheldon


(Título Original: Windmills of the Gods
Tradutor: A.B. Pinheiro de Lemos
Editora: Record
Edição publicada no Brasil em: 2011)


Nesta intrincada rede de ardil e mentiras, tecida com maestria, o leitor é fisgado na primeira página. 

Cientista política especializada em Leste Europeu, Mary Ashley é convidada para ser embaixadora dos Estados Unidos na Romênia. De início, ela fica reticente em aceitar a proposta, mas quando seu marido morre em um estranho acidente, ela vai para a Romênia na tentativa de aplacar sua dor com o afastamento. Distante e solitária em uma terra estranha, Mary vive emocionantes aventuras para ser uma boa embaixadora e ao mesmo tempo se manter viva - ela não demora a perceber que existe uma trama para assassiná-la...

Uma sinistra organização secreta, formada por políticos e empresários - tanto de esquerda quanto de extrema direita -, está disposta a tudo para sabotar os planos do presidente. Inclusive matar Mary. Sem saber em quem confiar, Mary acaba envolvida com dois belos e enigmáticos homens. Mas apenas um pretende ajudá-la. 

Contratado pelos extremistas, um bárbaro terrorista famoso pela habilidade e dedicação fará de tudo para cumprir sua missão.

Com um final surpreendente, e repleto de mistério, personagens fascinantes e reviravoltas de tirar o fôlego, Um capricho dos deuses é mais um romance inesquecível deste gênio da literatura norte-americana. 



Palavras de uma leitora...



" - Não me importo de viver ou morrer.... Todos vamos morrer. É o quando que me preocupa."


- É incrível como a vida pode mudar de repente... Num instante uma coisa é de uma forma e no instante seguinte tudo pode mudar. O que é garantido nesta vida? Do que podemos ter realmente certeza? Acredito que só podemos ter certeza de uma coisa: que todos iremos morrer. É a única coisa certa. O resto... pode mudar. É uma triste verdade. Uma verdade que atinge a vida de Mary Ashley. Todo o seu mundo, tudo que ela tinha como certo e eterno... desmorona de um instante para o outro... logo após ela receber uma inesperada e perturbadora proposta....


- Mary Ashley era uma mulher feliz. Realizada. Era casada com o homem que amava, tinha dois filhos lindos que eram sua razão de viver e o emprego dos seus sonhos. Não podia desejar mais nada da vida. Bem... A única coisa que ela ainda desejava era se tornar catedrática na universidade na qual dava aulas há cinco anos. Ela amava seu trabalho e seus alunos a idolatravam. Suas aulas eram muito disputadas. Qualquer aluno que estudasse sobre os países da Cortina de Ferro, queria a Mary como sua professora. Mas seus alunos não são os únicos que ficam interessados no que ela tem para ensinar...

- Paul Ellison, depois de mais de 15 anos de dedicação, se torna presidente dos Estados Unidos. O povo o adorava e estava apostando muito nele. Mas uma notícia dada pelo presidente em seu discurso de nomeação provoca a alegria do povo e o ódio de poderosos que estavam mais do que dispostos a sabotar seus planos. Paul nunca conseguiria o que queria. Jamais iria haver uma aliança entre Estados Unidos e os países da Cortina de Ferro. Nem que para evitar isso, os Patriotas pela Liberdade precisassem matar. Quem quer que fosse que se atrevesse a entrar em seu caminho e apoiar a ideia do presidente. 

- Existia uma seita. Uma seita formada por poderosos de diversos países que não queriam que os planos do presidente fossem adiante. Essa seita era formada por capitalistas e comunistas. Os poderosos dos Estados Unidos acreditavam que os planos do presidente abririam as portas dos fundos para os inimigos, enquanto aqueles que faziam a segurança do país estavam fazendo o possível e impossível para manter as portas da frente fechadas. Já os comunistas acreditavam que os planos de Paul fossem uma armadilha para colocar espiões em seus países. Sendo assim, eles queriam destruir aqueles planos. E a forma mais perfeita de fazer isso seria eliminando a embaixadora americana escolhida para representar os Estados Unidos na Romênia: Mary Ashley. Com a eliminação dela, o presidente jamais voltaria a se atrever a tentar algo igual. 

- Ao tomar conhecimento da ideia do presidente, Mary fica muito feliz. Era justamente aquilo que ela tinha proposto em seu livro. Um programa de povo-para-povo. Para acabar de vez com a inimizade existente entre os Estados Unidos e os países do Leste Europeu, dominados pela Rússia. O que ela não podia jamais imaginar era que o presidente escolheria ela para dar início aos seus planos. Paul queria que o mundo conhecesse uma imagem positiva dos Estados Unidos. Mary Ashley seria aquela imagem. Uma mulher linda, dedicada à família, mãe de dois filhos, dona de casa... o povo iria adorá-la e para isso ele deveria fazer com que o povo a conhecesse. Inicia-se então uma campanha para tornar Mary mundialmente conhecida e o presidente não desiste nem mesmo quando Mary se nega a ser embaixadora. Sua recusa apenas adia um pouco os seus planos. 


"Somos criados para esperar um final feliz, pensou Mary. Mas não existe nenhum final feliz. Há apenas a morte à nossa espera. Encontramos o amor e a felicidade que de repente nos são arrebatados sem qualquer motivo."


- Logo após recusar a proposta do presidente, o mundo de Mary desmorona. Numa madrugada, após ter passado uma noite maravilhosa nos braços do marido, Mary recebe a notícia de um acidente. Um acidente fatal. Que tinha levado a vida de seu marido. Ela mal pode acreditar. Até pouco tempo antes, Edward estava deitado ao seu lado, fazendo amor com ela e dizendo o quanto a amava. Então, ele saiu para atender um dos seus pacientes... não podia estar morto. Aquele acidente não era real. Era apenas um pesadelo. Ela iria acordar a qualquer momento e descobrir que Edward ainda estava ao seu lado. Que a estava abraçando enquanto dormiam. Mas não é possível fugir da realidade por muito tempo. Não era possível manter-se naquele mundo de ilusão e acreditar que toda aquela tragédia não estava acontecendo em sua vida. 


"O tempo estava passando, escarnecendo de seu vazio. Sua vida era como um trem em disparada, sobre o qual não tinha o menor controle."


- Uma das cenas mais tristes para mim é a morte do Edward. O autor, como sempre, nos faz conhecer bem seus personagens antes de resolver aprontar das suas. E com o Edward não foi diferente. Embora tivesse defeitos como qualquer ser humano, ele amava muito a Mary e estava fazendo planos para os dois quando aquele acidente lhe roubou tudo. Pouco tempo antes, eu o tinha visto salvar a vida de um rapaz de dezoito anos que tinha recebido uma facada que atingiu o coração. A vida do rapaz estava por um triz e Edward não desistiu dele. Vê-lo lutando por aquele rapaz me atingiu em cheio e saber que ele iria morrer me deixou arrasada. Ele não podia morrer. Eu queria acreditar que aquilo não iria acontecer de verdade. Que no final descobriríamos que ele estava vivo. Só que as coisas não acontecem como a gente quer. Edward morre, deixando Mary sozinha quando ela mais precisava dele. O mundo de Mary vai ao chão. Ela não consegue aceitar a perda e passa um bom tempo mergulhada em sua dor, até que percebe que precisa viver pelos filhos. Que não pode ir para junto de Edward e deixar as crianças por conta própria. O marido jamais a perdoaria se ela simplesmente desistisse. E é por isso que Mary continua. E aos poucos, volta a viver. Só que esquecer o marido não era uma opção. O que realmente mantém Mary lúcida, são as conversas que ela tem com o marido todas as noites. É a esperança de que ele ainda pode ouvi-la, de que, onde quer que esteja, ele a está vendo e está cuidando dela. Isso é muito triste. Ver a tristeza da Mary é muito triste. O que ela tinha feito para merecer aquilo? Tinha colocado a família acima do país? Tinha colocado o seu amor por sua família acima do amor que sentia pelos Estados Unidos? Esse foi seu grande erro? Não. Seu grande erro foi despertar o interesse do presidente. 


"Eu gostaria de poder chorar, pensou Mary. Ah, como eu gostaria de poder chorar."

"Nada jamais estaria bem outra vez. 
Nunca mais."


- Era insuportável ver o desespero da Mary. Vê-la conversando com o marido morto, assistindo os programas que ele amava, mas que ela sempre tinha odiado. Vê-la visitando o cemitério todos os dias, mergulhada em sua dor e desejando poder escapar. Toda aquela dor me atingiu e tudo que eu pude desejar foi que aquilo passasse. Que Mary e os filhos recomeçassem de verdade. Então, quando o presidente fez a proposta novamente e Mary dessa vez aceitou, eu me senti, em parte, aliviada. Por que só em parte? Porque eu não tinha certeza absoluta de quem estava por trás da morte de Edward. Tudo que eu podia afirmar era que sua morte não tinha sido um acidente. Ele foi assassinado. Cruelmente assassinado. Porque estava atrapalhando o jogo de alguém. Mas quem? O presidente dos EUA, talvez? Afinal de contas, o motivo para Mary, inicialmente, recusar sua proposta foi o marido. Sem ele, o presidente poderia dar continuidade aos seus planos. Principalmente agora que tudo que Mary desejava era fugir dali. Das lembranças, da dor, do vazio... 


"Estou partindo agora, meu querido. Queria apenas me despedir. Creio que estou fazendo o que você gostaria. Pelo menos espero que sim. A única coisa que realmente me incomoda é que tenho o pressentimento de que talvez nunca mais voltemos para cá. Sinto como se o estivesse abandonando. Mas você estará comigo aonde quer que eu vá. Preciso de você agora mais do que já precisei em qualquer outra ocasião. Fique comigo. Ajude-me. Eu o amo muito. Penso às vezes que não poderei aguentar sem você. Pode me ouvir, querido? Está aí...?"


- Eu comecei a suspeitar das boas intenções de muita gente e com o tempo eu pude perceber uma coisa: Mary e as crianças eram peças no jogo de jogadores adversários. Peças importantes, é verdade, mas não indispensáveis. E quando o momento chegasse seriam simplesmente eliminadas. Mas não... não se alguém pudesse evitar.

O que realmente há por trás da proposta do presidente? Quem matou Edward? E os misteriosos integrantes da seita Patriotas pela Liberdade? Quais os nomes deles? E o mais importante: Mary e as crianças conseguirão sair vivas desse jogo? Quais são as chances? Pessoas muito importantes as marcaram para morrer e farão de tudo para que seus desejos sejam realizados...

Tentativa de sequestro, ameaças de morte, envenenamento e outras tentativas de assassinatos irão começar a abrir os olhos de Mary e a farão perceber que está metida numa encrenca, só que ela sequer fará ideia do quanto essa encrenca é letal...

No meio disso tudo, dois homens diferentes como água e vinho, dia e noite, entrarão em sua vida e somente um deles é digno de confiança. As aparências podem enganar... Mas também podem ser muito verdadeiras. Mary precisa tomar muito cuidado para não confiar na pessoa errada. Sua vida e dos seus filhos depende de quem ela vai considerar digno de confiança... Uma escolha errada... pode ser fatal. 

Como se não bastasse, um assassino muito perigoso, conhecido e odiado por muitos, está mais perto do que ela pode imaginar e por uma fortuna ele pretende "animar" as coisas como só ele sabe "animar"... e fazer o mundo jamais esquecê-lo... 


- Quanto mais eu conheço esse autor, mais apaixonada eu fico por ele. :) O SS é o autor masculino que mais despertou o meu carinho e lealdade até hoje. Ele escreve de forma brilhante e eu nunca me canso de ler suas histórias. Assim como Florencia Bonelli é minha autora mais amada, Sidney Sheldon é meu autor. E conhecer todos os seus livros é um dos meus objetivos.rsrs... 

- Ler esse livro foi maravilhoso, apesar dos momentos em que ele bagunçou bastante minhas emoções. Eu torci muito pela Mary e as crianças. Não queria que eles morressem, mas sabia que era uma possibilidade, pois Mary não é como a Tracy (de Se Houver Amanhã). Ela não é do tipo guerreira. Ela é muito ingênua. Confiante. A dor por perder o marido a marcou, mas não a fez se tornar uma pessoa menos crédula. Ela confiava tão abertamente nos outros que aquilo começou a me preocupar e muito. Podia significar a morte dela. Aquela confiança cega, mas Mary nem conseguia imaginar isso. Apesar disso, dessa ingenuidade, ela é uma personagem marcante. Sempre conseguia resolver os problemas com o seu jeitinho e eu ficava de boca aberta quando ela, usando sua inteligência, charme e determinação, conseguia resolver aqueles problemas que a gente imaginava que não tinham jeito. Gostar dela é muito fácil. Ter medo do desfecho do livro simplesmente por amá-la, é mais fácil ainda.rsrs... Eu tive muito medo do final da história. Sabia que a Mary era apenas uma peça e que seria eliminada a qualquer momento. Como ela não tinha a menor possibilidade de se defender, eu comecei a entrar em desespero, pois a chance dela morrer era de 99%, na minha opinião. Ela não podia contra eles. Ou podia? 

- Não posso falar muito da história (embora acredite que escrevi até demais.rsrs...), mas posso dizer que simplesmente amei esse livro e que ele merece todas as estrelas do skoob! É meu segundo livro mais amado do autor (sim. Passou na frente de O Outro Lado da Meia-Noite e Conte-me Seus Sonhos. Só nunca passará na frente de Se Houver Amanhã, é claro.) e foi um prazer lê-lo. Recomendo a história para quem é fã do autor. Não a recomendaria para qualquer leitor.rsrs... Mas não é o livro mais forte do autor, podem ficar tranquilos. Tem muito suspense, mistério, assassinatos brutais, mas não é o livro mais forte. Já li livros mais chocantes desse autor.rsrs... 


- Eu queria mencionar uma coisa, mas não posso. Seria spoiler!kkkkkkkkk... Mas posso dizer que o personagem digno de confiança nesta história tem todo o meu amor! :D Lembra que dois homens aparecerão na vida da Mary? E só um é confiável? Então... esse personagem, o confiável, é simplesmente um encanto! Pelo menos para mim. Eu o adoro! :) 


Bjs!

2 de fevereiro de 2013

O Colar de Pérolas - Violet Winspear [Maratona de Banca 2012 - Fevereiro]




Em Fevereiro: Vingança



Os dedos dele, visão de seus olhos cegos, encontraram as pérolas do colar e começaram a acariciar a jóia, rodando pelo pescoço de Melissa. – Eu deveria apertar sua garganta até você não respirar mais... – Apesar do medo que Paul lhe inspirava, ela estremeceu de prazer quando ele, depois destas terríveis palavras, correu os lábios por sua boca, por seu pescoço macio e quente de desejo... Ela nunca sonhara que sua reação ao sentir o corpo de Paul colado ao seu fosse tão excitante, tão paradisíaca! E, enfrentando o perigo, decidiu se casar com esse homem que a odiava.




Palavras de uma leitora...




"-  Os nativos têm um pouco de medo dele, mas também o respeitam. Sang Harimau, é como o chamam.
- Que significa isso?
Melissa pôde sentir as batidas de seu coração sob o leve tecido do vestido. Viera preparada para o calor daquele lugar, mas, nesse momento, sentia gelo correndo por suas veias.
- Tigre Rei – explicou o piloto. – Aquele que vê no escuro, que nada onde nadam os tubarões que não tem medo de nada. Existem na ilha moças que seriam capazes de deitar-se a seus pés, mas ele não as vê com os olhos, nem com o coração. Há uma grande frieza nele, nonya. Uma frieza ardente como a do tigre que caça aquilo que o feriu."


- Ela vivia em agonia há meses, embora sua agonia sequer pudesse se comparar com a que Paul sentia. O desespero por não poder enxergar. Por não poder sequer fazer mais o que ele tanto amava: curar as pessoas. Suas feridas físicas e emocionais através da cirurgia plástica. Com suas mãos, sua habilidade e seu dom, ele conseguia devolver à beleza para as pessoas que tinham sofrido queimaduras e/ou cortes ou tinham nascido deformadas. Ele amava o que fazia. Amava poder devolver o sorriso para aqueles rostos, mas tudo lhe foi arrancado cruelmente por causa da estupidez (ou maldade) de uma maldita enfermeira, que em vez de lhe dar o colírio que ele sempre jogava nos olhos após uma cirurgia, tinha lhe dado um outro líquido... um líquido que o cegou e lhe arrancou todos os sonhos. Embora a desgraçada tivesse sido despedida, ele não podia se sentir satisfeito. Ela o tinha mergulhado no escuro. O tinha feito cair num buraco escuro e sem fim... Sua demissão não era nada se comparada com o que ele pretendia lhe fazer se tivesse a oportunidade de colocar suas mãos nela. Vingança... Uma palavra muito doce e que lhe provocaria imenso prazer. Como ele desejava se vingar! Destruir aquela enfermeira assim como ela tinha destruído a sua vida. Só necessitava de uma oportunidade... Que ele não seria tolo em desperdiçar. 

- Melissa desejava se punir. Ou melhor, desejava ser punida pelo homem que ela amava em segredo há tanto tempo e que ela tinha deixado cego com a sua negligência. Porque era seu trabalho verificar várias vezes se fosse necessário o medicamento que iria aplicar num paciente. E com o colírio não era diferente. Ela deveria ter preparado pessoalmente o que Paul sempre aplicava nos olhos. Ao menos, prestar atenção no cheiro que ela sabia que estava diferente. Se percebeu a diferença no cheiro, por que entregou o copo para ele? Por pura estupidez. Uma estupidez que tinha custado muito caro para Paul. Sua demissão foi mais do que merecida e embora não fosse culpada por inteiro, ela sabia que não tinha sido assim tão injustiçada. Durante os meses que passou no apartamento, ela se condenou e se amaldiçoou, desejando voltar no tempo e se impedir de entregar aquele copo para Paul, mas o que estava feito, feito estava e não havia nada que ela pudesse fazer para mudar as coisas... A não ser se candidatar ao emprego que Paul oferecia. Se candidatar para ser sua secretária e o ajudar a escrever seu livro. Assim, estaria perto do homem que tanto amava e poderia viver numa mistura de céu e inferno. 


- Para conseguir o emprego, Melissa usou um nome falso. Bem... Não necessariamente um nome falso, mas voltou a usar o seu nome de batismo para conseguir o emprego. Como ninguém a conhecia como Melissa Lakeside, ela achou que o melhor seria usar esse nome, pois se soubesse quem ela realmente era, Paul jamais a contrataria. Ela acabou sendo aceita para o cargo de secretária. Como Paul não podia enxergar, ela o enganou, fazendo-o acreditar não só que ela não era a enfermeira causadora de sua desgraça, mas também fingindo que era uma mulher de uns sessenta anos, uma solteirona com idade para ser mãe dele. Com a convivência, como Melissa poderá sustentar tantas mentiras? O que acontecerá quando toda a verdade vier à tona? Ainda haverá tempo para consertar os erros cometidos ou nada poderá aplacar o desejo de vingança de Paul? Nem mesmo... o amor? Ainda haverá lugar para o amor no coração de um homem profundamente ferido? Isso, só o tempo dirá... 


- O que será que ainda posso falar sobre a história?rsrs... Gostei muito do livro. É uma história envolvente, meio mágica até (toda vez que a autora falava daquela ilha, de tradições, dos nativos e outras coisas... eu sentia como se estivesse lendo um conto... um daqueles contos de fadas, sabe.) e bem escrita. Não desejei em momento algum interromper a leitura, mas confesso que fiquei triste com alguns acontecimentos. A cegueira do Paul me entristeceu bastante, pois por causa do erro da Melissa, ele tinha sido privado do que tanto amava: seu trabalho no hospital e teve que passar a levar uma outra vida. Isolado numa ilha. Cercado de luxo, mas carente de vida. Sua vida não tinha mais sentido e ele próprio menciona que se morresse, não faria muita diferença, pois já se sentia morto. Pois sua cegueira era uma espécie de morte. Não tem como isso não tocar a gente. Não que ele fosse um amargurado todo o tempo, mas tinha motivos para ser, não acham? Uma coisa que me perguntei durante a leitura era como eu me sentiria... como eu me sentiria se perdesse a visão e não pudesse mais ler, não pudesse mais olhar para o rosto dos meus anjinhos ou ver aquele céu lindo, daquele azul que tanto me encanta. Se não pudesse mais ver os meus gatinhos brincando ou uma linda flor. Ou o mar. Seria um inferno, sem sombra de dúvidas. Muito cruel. Ao me colocar na pele dele, eu o entendi. Soube que no lugar dele, sequer teria toda a força que ele teve para se manter lúcido. Eu acho que não aguentaria. Admiro muito as pessoas que nasceram sem ver ou perderam a visão por algum motivo e se mantém fortes. Essas pessoas são verdadeiros exemplos de superação. 


- Tanto a Melissa quanto o Paul despertam o nosso amor. A Melissa também despertou a minha compaixão, pois todo aquele amor dela fazia eu me perguntar o quanto ela sofreria quando a verdade tivesse que ser descoberta. Ela não poderia esconder tudo para sempre. Em algum momento, Paul saberia tudo que ela escondia dele e aí... O que aconteceria? Isso me preocupava.rsrs... A relação deles não deixa de ser linda, gente. É muito linda e foi o que me fez dar 4 estrelas ao livro. Não quero falar muitas coisas, pois a história é bem curtinha, mas posso dizer que não me arrependi de ter lido a história. Só o que eu queria era que ela não tivesse tanto sofrimento. Quem conhece a Violet Winspear sabe o quanto ela amava torturar seus mocinhos. Sempre foi o prazer dela, acredito!kkkkkk... E ela não teve um pingo de pena do Paul ou da Melissa. Mas mesmo assim, a história não deixou de ser cativante e eu a recomendo. :) 


- Essa história foi uma indicação da minha querida amiga Carlita! :) Mais uma vez, muito obrigada, flor! Eu gostei muito da história, apesar da autora ser uma sádica.rsrs... O Paul conquistou muito o meu coração e vê-lo sofrer me deixou muito triste, mas valeu a pena ler a história. :)


- Essa foi minha escolha para o tema de fevereiro da Maratona de Banca 2012. Posso dizer que participar dessa maratona foi maravilhoso e que li muitos livros queridos, especiais... Achei a criação da Maratona de Banca uma ideia incrível, pois valoriza os nossos livrinhos que contém sim belas histórias e que podem ensinar tanto quanto os chamados livros de livraria. Para ser sincera, já li livros de banca muito mais especiais e educativos do que certos livros de livraria. E acho ridículo o preconceito que a maior parte das pessoas tem dos nossos livrinhos. Desejo que venha a Maratona de Banca 2013, 2014, 2015 e daí por diante! :D


Querem saber quais livrinhos li ao longo da Maratona de Banca 2012? Segue abaixo a lista completa!


12- O Colar de Pérolas - Violet Winspear


Bjs!

1 de fevereiro de 2013

Amor por Encomenda - Mary Burton


(Título Original: The Perfect Wife
Tradutora: Cecília F. Rizzo
Editora: Nova Cultural
Publicado no Brasil em: 2003)



Manter segredos e contar mentiras não ajudavam o início de um casamento... 

Porém, o que mais poderia fazer uma mulher que fugia de um escândalo? Jenna Winslow indagou-se. Quem haveria de querer uma virgem inexperiente acompanhada por um bebê órfão? Com certeza não seria Rowe Mercer, um fazendeiro austero, um homem de padrões inflexíveis... e atrativos irresistíveis!

Ex-caçador de recompensas, Rowe Mercer tinha passado boa parte da vida enfrentando o perigo. Agora, ansiava por dedicar-se a atividades mais tranquilas. Porém, quando Jenna Winslow, a noiva encomendada pelo correio, chegou, ele se perguntou se suas orações tinham sido realmente respondidas. Afinal, poderia haver um futuro para uma jovem refinada do Leste e um homem com um passado sombrio que merecia ser esquecido?





Palavras de uma leitora...



"O futuro incerto lançava uma sombra sobre sua vida. A criação de Kate pesava unicamente em seus ombros, uma responsabilidade assustadora. Tocou-lhe o rostinho e forçou-se a sorrir.

— Eu te amo, Kate. Não importa o que ele disse, você é minha filha agora e nada jamais mudará isto."



- Jenna estava numa situação muito complicada. Apavorante. Estava sozinha no mundo, quase sem dinheiro e com um bebê para criar. Não tinha ninguém em quem pudesse confiar para tomar conta da sobrinha e nenhum emprego onde pudesse ser aceita. Nada sabia sobre bebês e o futuro mostrava-se muito ameaçador. Precisava fazer alguma coisa. Deus tinha que ajudá-la, pois ela faria o que fosse preciso, mas jamais abriria mão de Kate. Jamais abriria mão da sobrinha que ela amava como filha desde que tinha colocado os olhos pela primeira vez na menina. Jamais abriria mão daquele anjinho que tinha sido rejeitado por todos e só podia contar com ela para protegê-la. Ela faria o que fosse preciso para proteger aquele bebê. Até mesmo se casar com um completo estranho que só conhecia através de cartas. Se aquilo significasse um futuro estável e seguro para sua filha, ela o faria. Porque amava aquela menina mais do que tudo na vida e ela era tudo o que tinha lhe restado neste mundo. Era todo o seu mundo e ela não podia imaginar a vida sem ela. 

Desde nova, Jenna tinha se acostumado a ser colocada sempre em segundo plano. Seus pais não lhe davam atenção e tudo girava em torno de Victoria, da irmã brilhante e lindíssima, que faria um ótimo casamento e seria o orgulho de seus pais. Jenna aprendeu a se voltar para os seus livros e não tinha ressentimento pela irmã. Sabia que não era bela como ela e que a devoção dos seus pais por Victoria era justificável. Seus pais eram sempre uns egoístas e era até um alívio vê-los se dedicar pelo menos a uma das filhas. Só que quando Victoria já estava de casamento marcado com o homem escolhido pelos pais. O marido ideal... as coisas fugiram do controle. Victoria perdeu o controle da situação. Engravidou. De outro homem. 


Seus pais, profundamente furiosos, espancaram a filha e a mandaram para o campo juntamente com Jenna, mentindo para a sociedade ao dizer que a filha tinha viajado para terminar o enxoval. Eles queriam que a garota desse à luz em segredo para que eles pudessem se livrar da criança e casá-la com o marido escolhido, como se nada tivesse acontecido. Só que Victoria morreu no parto e Jenna se recusou a deixá-los se livrar do bebê. Kate jamais iria para um orfanato. Não enquanto Jenna vivesse. Os pais dela, então, resolveram ir embora da cidade e a sociedade em vez de admirar a atitude dela, de proteger a bebê e querer criá-la, a condenou cruelmente, virando-se contra ela, pois ela estava desejando ficar com uma criança que era fruto do mal. Do pecado. Ninguém mais quis saber dela naquele lugar e todas as portas se fecharam para ela. Seu noivo, o homem que ela conhecia há bastante tempo e quem ela acreditava conhecer e amar profundamente, também lhe virou as costas. Se recusou a vê-la ou responder suas cartas enquanto ela não se livrasse do bebê. Mais preocupado com sua reputação do que com o amor que dizia sentir pela noiva, não demonstrou um pingo de compaixão. E quando Jenna soube quais os motivos ocultos que ele ainda tinha para agir assim... quase não suportou a dor. Mais do que nunca, soube que sua única alternativa era ir embora. Ir para longe de tanta hipocrisia e de pessoas que só se importavam com a imagem. Era hora de construir uma nova vida. Num lugar completamente diferente do seu. Uma vida completamente diferente da qual ela sonhava um dia ter. Ela estava aterrorizada, mas sabia que era o melhor. E pensando nisso, ela entrou naquele trem e foi ao encontro do seu futuro marido. 



"— Não me faça gostar de você — murmurou mais para si mesma do que para ele.
Rowe pôs as mãos em seus ombros.
— Isso seria assim tão ruim?
Com a cabeça rodopiando, Jenna fechou os olhos.
— Gostar não fazia parte de nosso acordo.
Com o polegar, Rowe traçou uma linha em volta de seu queixo.
— Estou disposto a renegociar.
— Você é um homem perigoso, Rowe Mercer — ela afirmou, voltando a fítá-lo.
Um sorriso curvou os lábios dele enquanto se inclinava mais para perto. Beijou-a na testa e apanhou o chapéu na cama.
— Apenas de maneira positiva."


- Rowe Mercer sabia o que era sofrer. Desde bem novo. Sequer tinha chegado a conhecer a mãe que o abandonou quando ele era ainda muito pequeno e anos depois, quando tinha apenas dez anos de idade, ele também foi abandonado pelo pai que o deixou numa escola de missionários e nunca mais apareceu.

Não querendo cuidar daquele garoto por muito tempo, os missionários também o rejeitaram quando ele estava apenas no início da adolescência e Rowe teve que trabalhar muito para sobreviver. Foi acolhido pelo pai de Laura, que se tornou sua grande amiga, e durante algum tempo trabalhou para ele. Mas aquela não era a vida que ele desejava para si. Rowe queria conseguir muito dinheiro para ter sua própria fazenda, suas próprias terras e desapareceu, deixando somente um bilhete para o ex patrão. Somente muitos anos depois ele voltou a se encontrar com a amiga e o amigo, que haviam se casado. Naqueles anos em que esteve ausente, Rowe enfrentou o perigo e esteve mais perto da morte do que muitas pessoas já estiveram e sobreviveram para contar a história. Era um caçador de recompensas. Um homem que rastreava bandidos e os matava. Ninguém sabia ao certo quantos homens ele tinha matado na vida e enquanto uns o admiravam, outros o temiam. Mas ninguém sentia por ele o que o próprio Rowe sentia: desprezo. Sentia-se como animal. Não. Pior do que isso. Sentia até mesmo que não possuía alma. Tudo que ele queria era enterrar aquele passado e ter uma família. Ter uma chance de ser feliz, como outras pessoas tinham. Será que era pedir demais? Será que ele era tão mau que não merecia ao menos um pouco de felicidade? Uma mulher e filhos a quem pudesse educar e proteger? Que pudessem preencher seus dias vazios e encher sua casa de risos? Era tudo que ele mais sonhava. A única coisa que desejava. Mas as jovens solteiras da cidade não queriam saber dele. Mantinham-se distante e a única forma de vir a se casar seria encomendando uma esposa por correio. E foi o que ele fez. 


Quando Jenna respondeu ao seu anúncio, ele mal conseguiu acreditar. Mesmo acreditando que aquilo não daria em nada, ele respondeu à sua carta e logo eles estavam acertando as coisas para o casamento. Ele sabia que ela era viúva (?) e possuía uma filha, mas não se importava. Amaria aquela criança como sua e daria a Jenna a segurança que ela tanto ansiava. Só não lhe prometia amor, mas faria o possível para que ela fosse feliz ao seu lado. 

Ao vê-la pela primeira vez, Rowe mal pode acreditar em seus olhos. Aquela jovem tão linda e tão frágil era sua futura esposa? Não. Aquilo só podia ser um sonho. Mas se fosse... ele não desejava acordar.





"— Se sou autoritário é porque tento mantê-la em segurança. Não quero perder você, Jenna." 


- Suspiros... O que posso falar sobre essa história? Eu odeio isso.rsrs... Odeio me arrepender por não ter lido um livro antes. Sempre fica aquela sensação de que eu deveria ter conhecido a história antes, pois ela merecia isso, mas eu adiei por ser uma completa estúpida. E foi o que eu senti logo que comecei a leitura dessa história. Senti que ela era especial antes mesmo de eu ler metade da primeira página. E fiquei com raiva por ter adiado tanto a leitura dela. :( Mas como não adiantava chorar pelo leite derramado (ou a leitura adiada) eu continuei a leitura, amando cada instante. Sabe aquele livrinho que você pega para ler e não deseja largar? Aquele livrinho tão doce que alegra até o dia mais chuvoso e triste? Que enche de açúcar o seu dia? Esse livrinho é assim. Doce e fofo como poucos. Um livrinho que sei que quando invadir meus pensamentos colocará um sorriso no meu rosto no mesmo instante. Jenna, Rowe e a nossa pequena Kate sabem bem o que é uma história de amor. Uma bela história de amor.

- Jenna me conquistou desde o princípio. Senti muita compaixão por aquela jovem tão perdida e desesperada e que mesmo assim permanecia calma e tinha esperanças. Ela sabia que sua vida podia ser um pesadelo se ela ficasse com a sobrinha, mas não pensou duas vezes. Seu coração jamais a perdoaria se ela abandonasse aquele bebê. Se ela entregasse a pequena para adoção somente porque era o que a sociedade  desejava. Como aquilo podia ser a vontade de Deus? Como um ser tão pequeno e frágil podia ser tão cruelmente rejeitado? Jenna não abriu mão da menina e enfrentou todos por ela. Fugiu sim de Alexandria. Mas não por ser covarde. Mas sim porque Kate jamais poderia ser feliz naquele lugar. Cresceria ouvindo piadas e sendo ignorada pelas outras crianças. Carregaria para sempre o pecado da mãe e nunca encontraria a felicidade se ficasse ali. Pensando nela, Jenna partiu. Ao encontro de um completo estranho, mas da única pessoa que estava disposta a lhe estender a mão. Essa atitude me causou muita admiração e foi impossível não amar essa mocinha. Cada vez que ela sorria para aquela pequena ou lhe dava banho, ou conversava com ela, eu sentia meu coração derreter. O livro é cheio de momentos doces e fofos, gente. Não dá para evitar os sorrisos enquanto lemos essa história. É aquele tipo de história que lhe dá paz. E enche seu coração de amor. Depois de "O Reverso da Medalha" ler um livro tão cheio de sentimentos, era tudo que eu necessitava. 



- O que posso falar sobre o Rowe? Existe um trecho da história que tem tudo a ver com o que sinto quando conheço um mocinho que não é menos do que especial. O trecho diz o seguinte: "As emoções mais profundas eram as mais difíceis de se traduzir por palavras." E esse trecho é muito verdadeiro, principalmente no que diz respeito ao meu Roger.rsrs... Mas também é perfeito para o que sinto pelo Rowe. Não dá para colocar em palavras. Lamentei muito por seu passado e amaldiçoei aqueles pais que foram muito adultos para fazê-lo, mas não foram responsáveis e nem tinham amor suficiente no coração para ficar com ele. Na verdade, nada de amor tinham! O rejeitaram sem olhar para trás. E o fato de dizerem que a mãe dele era muito nova não me comove. Ela optou por dar à luz ao filho. Será que era tão difícil assim amá-lo? Nós mulheres possuímos o instinto materno. Aquele instinto que nos faz dar a vida por um filho sem hesitar. O que essa mulher possuía? Acredito que ela devia ter gelo nas veias, pois poderia ao menos arranjar um lar adequado para a criança em vez de deixá-la com um homem que o desprezava. Mas não. Ela simplesmente lhe virou as costas. Não posso perdoar tal coisa e espero que ela tenha sofrido bastante. Quanto ao pai dele... que queime no fogo do inferno! Nada menos do que isso!!! 

Ver o Rowe se sentindo tão pouco para a Jenna partia meu coração, gente. Eu sabia que ele era especial, mas ele não sabia disso. Se sentia sujo e tinha muita vergonha de seu passado. Achava que a Jenna era muito mais do que ele merecia e mesmo não tendo o menor jeito com as palavras, ele odiava quando ela estava infeliz e achava que ela nunca deveria ter respondido ao seu anúncio. Sabiam que o fato do Rowe não ter jeito com as palavras também contribuiu para ele invadir meu coração?rsrs... Pois é. É que ele não agia de modo rude por mal. Ele só não sabia como dizer as coisas e acabava magoando a mocinha, mas era humilde o bastante para se desculpar. E também tinha uma sensibilidade capaz de saber quando ela precisava dele ou quando simplesmente precisava ficar sozinha com seus pensamentos. Rowe é perfeito. E um pai maravilhoso. Enquanto o verdadeiro pai da Kate a odiava, Rowe a amou desde o primeiro instante. Não tem como não se emocionar ao vê-lo com essa pequena nos braços. E vê-lo fazendo planos para o futuro dela.rsrs... Ele aceitou de forma natural um bebê que não era seu. E isso porque ele se julgava um homem mau. Imagina se fosse bom!rsrsrs... Isso é ser humano. É ter amor suficiente para não rejeitar um ser tão inocente e tão necessitado de proteção. Aquela gente que tanto quis que essa menina tivesse morrido com a mãe, não merece ser chamada de gente. De seres humanos. São vermes. Lixo. 


- Eu recomendo muito a leitura dessa história. Não creio que alguém possa se arrepender de lê-la. Não é aquele tipo de livro cheio de dramas, reviravoltas, altos e baixos. Não. É uma história doce para quando suas emoções já sofreram o suficiente com os livros intensos e necessitam de uma folga. :) É um livro para quando você quer algo suave, que só lhe dê paz e tranquilidade. Vale todas as cinco estrelas do skoob. 


- Foi uma história indicada por duas amigas queridas: a Carlita e a Moniquita. :) Um livro que demorei demais para ler e que me arrependo por isso. Muito obrigada pela indicação, flores! :D É uma história do tipo que eu sentia falta. Me lembrou bastante anos atrás, quando eu comecei a ler romances. Me lembrou alguns livrinhos especiais de banca que eu tive o privilégio de ler e dos quais sinto muita falta. 


- E era para ser o livro do tema da Maratona de Banca de janeiro. :( Só que eu deixei para o último instante, gente, e infelizmente não consegui fazer a resenha no prazo. Foi a primeira vez que isso aconteceu e eu fiquei muito triste. Mas não deixaria de resenhar o livro por isso. O tema de janeiro da Maratona de Banca foi livro com a palavra AMOR no título. Para conhecer as resenhas dos participantes, basta clicar AQUI


Bjs!
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