21 de setembro de 2013

É época de mudanças....




Sabem que odeio mudanças, não sabem? Pois é. Mas várias mudanças estão ocorrendo agora em minha vida. E nas próximas semanas talvez eu não consiga aparecer aqui. Não sei ainda. Não sei de nada no momento.Na verdade, a única coisa que sei é que não deixarei vocês. De modo algum. Apenas preciso arrumar minha vida e talvez, por umas duas semanas, não consiga aparecer. Mas vou tentar. Vou tentar muito. E quando eu voltar, será como se não tivesse sumido. :) Talvez eu nem desapareça, sabe? Mas preciso avisar que pode acontecer. E não quero deixar que vocês fiquem sem uma explicação. Mas eu volto. Volto bem rápido! :D 

Eu amo esse blog. Amo as amizades que fiz através dele. E nunca abandonarei nem minhas amigas e nem o meu cantinho querido, meu blog amado. O Emoções à Flor da Pele faz parte de mim. É um pedaço de mim. Eu sou Emoções à Flor da Pele.rsrs... E não posso me abandonar, verdade?rsrs... 

Voltarei, queridos! Esperem por mim! :) Já sinto imensa falta de vocês e das minhas amigas queridas! Por isso voltarei correndo. :D

Dois Pesos, Duas Medidas - Judith McNaught

(Título Original: Double Standards
Tradutora: Alda Porto
Editora: Bertrand Brasil
Edição de: 2010)


Homem de viril beleza, Nick Sinclair, presidente da Global Industries, comanda os negócios da mesma forma como o faz com suas mulheres - com charme, ousadia e implacável autocontrole. Acostumado ao que há de melhor, ele contratou Lauren Danner e supôs que a orgulhosa beldade logo seria mais uma conquista fácil. No entanto, a brilhante inteligência e a rara energia da jovem o deslumbram. Aos poucos, contra sua vontade, ele se vê intrigado, desafiado e... apaixonado.

Entretanto, Lauren vive uma mentira, uma farsa que se torna mais perigosa a cada momento. Seu segredo pode destruir a frágil confiança de Nick - e a promessa de um futuro com o homem mais irresistível que ela já conheceu...


Palavras de uma leitora...


 "... Nick segurou o pé dela com a mão esquerda e estendeu a outra para pegar a sandália. Quando já ia calçá-la, ergueu o olhar e deu um sorriso preguiçoso, que fez o pulso de Lauren disparar, ao perguntar:
- Não há um conto de fadas sobre um homem que busca uma mulher cujo pé se encaixa num sapatinho de cristal?
Ela fez que sim com a cabeça.
- Cinderela.
- Que me acontece se esta sandália se encaixar?
- Eu o transformo num belo sapo - ela disse, irônica.
Ele riu, emitindo um som profundo e maravilhoso, quando os olhares se encontraram e ela viu alguma coisa reluzir das profundezas prateadas daqueles olhos misteriosos [...]"

- Eu já mencionei que amo contos de fadas? Sim?! Por um acaso também disse que a história da Cinderela é a minha preferida? :D

Lauren Danner não gostava de ir contra os seus "sentidos". Por mais que a necessidade dissesse que ela seria uma idiota ao rejeitar a proposta de Philip, um parente distante que no passado a tratou como se ela valesse menos que lixo, a consciência lhe dizia que ela estava se metendo num jogo perigoso, no qual só os melhores eram capazes de vencer e ela sequer conhecia as regras ou os adversários. A consciência a atormentava, mas a imagem do pai, deprimido e fraco, prestes a sofrer um segundo ataque cardíaco, foi o impulso necessário para fazê-la ir em frente e dizer sim para Philip. 

Tudo que Lauren precisaria fazer para conseguir o dinheiro necessário para pagar as despesas e o hospital no qual o pai se tratava, seria conseguir um emprego como secretária na Sinco e assim conseguir para Philip o nome do homem que estava traindo sua empresa e passando informações valiosas para a Sinco. Fácil, não?! Se isso não significasse espionagem e fosse um crime que poderia fazê-la passar um bom tempo na prisão.

Mesmo com todo o seu ser gritando desesperadamente "não", Lauren foi até a Sinco disposta a conseguir o tal emprego como espiã, digo, secretária.rsrs... Só que ao chegar lá sua inteligência falou mais alto e ela fez todo o possível para NÃO ser contratada. 

"Enquanto preenchia os intermináveis formulários e questionários exigidos pela Sinco, ocorreu-lhe que a melhor maneira de sair do apuro seria honrar a promessa candidatando-se a uma vaga - e depois ter certeza absoluta de que não lhe ofereceriam uma. Portanto, errou de propósito na ortografia, datilografia e estenografia, e deixou de incluir o diploma universitário. Mas o feito que coroou tudo foi como respondeu à última pergunta no formulário para candidatar-se ao emprego. As instruções mandavam relacionar, em ordem de preferência, três cargos para os quais se sentia qualificada na empresa. Lauren escrevera 'presidente' como primeira escolha, 'gerente de pessoal' como segunda e 'secretária' como terceira."

Sentindo-se muito satisfeita por não ter conseguido o emprego, Lauren saiu do prédio da Sinco imaginando que mentira descarada contaria para Philip, mas logo a noite escura e chuvosa tirou de sua mente qualquer pensamento sensato.

A chuva aumentava, deixando-a totalmente ensopada e para chegar ao carro o mais rápido possível, Lauren teve a brilhante ideia de cortar caminho através de uma área onde se lia "Acesso Proibido". O resultado de sua ousadia foi uma queda feia e o encontro com o homem mais lindo e irresistível que ela já tinha visto na vida. No final das contas, sua ideia foi realmente brilhante.rsrs...

"Lauren tropeçou e foi lançada no ar, com a boca aberta num grito silencioso; debatendo-se para equilibrar-se, pousou esparramada, com o rosto voltado para baixo, no chão aos pés dos homens.
- Sua desastrada! - disse um deles com a voz arrastada marcada por uma furiosa preocupação quando os dois se agacharam e examinaram-na ansiosos. - Que diabos você acha que está fazendo?
Apoiando-se no antebraço, Lauren ergueu um olhar magoado que foi dos sapatos para o rosto do homem.
- Teste para o circo - respondeu, secamente. - E para o bis, em geral, caio de uma ponte.
Uma sonora risadinha veio do outro sujeito, que a pegou com firmeza pelos ombros e ajudou-a a levantar-se.
- Como se chama? - perguntou. E quando ela disse o nome, ele acrescentou preocupado: - Consegue andar?
- Por quilômetros - garantiu-lhe Lauren, insegura."

Enquanto para Lauren ele era um pedaço de mau caminho, capaz de fazê-la esquecer-se de tudo, até mesmo do próprio nome, para Nick, ela não passava de uma divertida adolescente, com a cara cheia de lama. Mas a opinião dele muda completamente quando Lauren retira a sujeira (provocada pela queda) do rosto e ele vê diante de si uma linda mulher, capaz de despertar nele coisas que de modo algum ele queria sentir. Ou acreditava não querer sentir.


"Lauren sentiu um absurdo orgulho dele, e não fez qualquer tentativa de escondê-lo quando ele parou, afinal, à sua frente. 
- Alguém já lhe disse como você é lindo? - perguntou baixinho.
Um vagaroso sorriso infantil espalhou-se pelas feições dele.
- Que acharia se eu lhe dissesse que não?"

Depois desse primeiro encontro e do desejo que Lauren despertou em Nick, ele não pretendia voltar a vê-la. Ela era inocente e ingênua demais para participar dos jogos dele e Nick não queria magoá-la. Porém, Lauren não parava de pensar nele e resolveu que queria e iria ser seduzida por ele. E que o deixaria totalmente louco por ela. Quer ele quisesse, quer não. 


"No tocante às mulheres, Lauren duvidava que restasse uma única fibra de inocência naquele corpo de agressiva virilidade. Mesmo assim, teve a sensação de que Nick não ia querer seduzir uma virgem e levá-la para a cama. Claro, essa virgem específica queria muito ser 'seduzida' por ele, mas não tão cedo, e tampouco com quase nenhum esforço. Deveria fazê-lo esperar até gostar mesmo dela. Deveria, mas não tinha certeza de que o faria."

Ao fazer seus planos, Lauren não sabia quem Nick verdadeiramente era. Um empresário multimilionário, dono da empresa para a qual ela estava trabalhando e espionando. Ela acreditava, ao conhecê-lo e se envolver com ele, que Nick era apenas um engenheiro que possuía o sonho de um dia vir a ter sua própria empresa. Ela também não conhecia o passado que o tornara um homem cínico e desconfiado, alguém que não acreditava no amor e desprezava os padrões morais dela. Alguém que não se deixaria ser feito de bobo por um sentimento idiota e que tantos anos antes o tinha fragilizado e também, tinha que confessar, fortalecido com igual intensidade, pois o fez perceber que só poderia contar consigo mesmo. Que era um erro confiar e tornar-se dependente de alguém. 

Ele achava Lauren atraente e existia algo nela que o fazia querê-la com um desespero que lhe era desconhecido. Mas não queria nem poderia lhe oferecer nada além de um caso de final de semana. Breve e sem laços emocionais. Mas ao se envolver com ela, suas determinações e pré-conceitos começam a sofrer rachaduras e fica difícil continuar sendo o mesmo homem que tinha se esforçado para ser até então. 


"- Lauren? - ele chamou com a voz seca.
 - Hummm? - fez ela, os olhos cravados na lua.
Nick curvou-se, tomou-lhe o queixo e girou o rosto para o dele. Notou os olhos marejados, em aturdida descrença.
- Você está chorando! - comentou incrédulo.
Lauren acenou-lhe com a mão fazendo pouco caso do fato.
- Não ligue para isso... Também choro em filmes.
Nick desatou a rir e puxou-a para o colo. Ela teve um estranho sentimento materno ao passar o braço em volta dele e afagar-lhe de modo confortador os volumosos cabelos escuros."


- Nenhum relacionamento pode manter-se baseado em mentiras e segredos, verdade? Porém, a verdade pode ser tão nociva quanto a mentira... Sendo assim, qual a melhor opção? Manter uma mentira que pode ser descoberta a qualquer momento ou contar uma verdade que poderá acabar de vez com essa relação?

"- Lauren pegou-o, como uma autômata, e saiu correndo. Ela achou que ia desatar de novo em prantos ao entrar no carro, mas isso não aconteceu. Tampouco chorou durante as três horas que passou lendo o arquivo. Não haviam restado mais lágrimas."


- Fazia muito tempo que eu não lia alguma história da minha querida JM. E confesso que sentia muitas saudades. Me pegava várias vezes lembrando do Jason e da Victoria, do Ian e da Elizabeth, da Whtiney e do seu Clayton para lá de complexo.rsrsrs.... Do meu querido Royce e da minha querida Jennifer. Eu queria, necessitava (com desespero até.rsrsrs...) ler uma nova história da minha autora. Mas acontece que passo o dia inteiro fora e não tenho muitos livros dela em papel (somente dois. Agora e Sempre. E Sussurros na Noite. Por enquanto. Pretendo conseguir todos os livros da autora! É uma promessa que me faço!kkkk...). Quando chego em casa não tenho a menor condição de ler uma história dela no computador. Meus olhos não suportam. E ler uma história da autora aos pingos não é nada agradável. Quando pego um livro de uma autora querida para ler, tem que ser sem ficar interrompendo a leitura por dias. Tem que ser de uma vez. Tenho que ter tempo disponível para me dedicar de corpo e alma ao livro. Sendo assim, cheguei a acreditar que demoraria ainda mais tempo para voltar a ler algo da minha autora. :( E isso me deixava triste, pois uma das minhas metas de leitura deste ano era ler vários livros da JM. Mas enfim... Só que aconteceu algo sensacional e que me fez dar gritos e pulos de alegria.rsrs... Encontrei uma biblioteca recheada de ótimos livros, lançamentos um tanto recentes até. E lá, para minha completa felicidade, existem livros da JM. Sendo assim, agora tenho oportunidade para ler novas histórias da minha autora, no papel, algo que não prejudica muito os meus olhos. Foi justamente lá que encontrei Dois Pesos, Duas Medidas. Eu não tinha a menor esperança de encontrar algo da JM naquela biblioteca e ainda não consigo crer que encontrei.rsrs... No dia que devolvi Dois Pesos, Duas Medidas, já tratei de pegar Em Busca do Paraíso emprestado. :D Mas enfim... Que tal continuarmos falando de Dois Pesos, Duas Medidas?rsrs...

"Ouviu atrás de si um sussurro quando a porta deslizante se abriu e fechou, e resignou-se à perda da solidão de que tanto necessitava. Jim viera juntar-se a ela.
- Como estou me saindo até agora? - perguntou, forçando uma alegre leveza na voz.
- Está se saindo muito bem - escarneceu a voz indolente de Nick. - Já quase me convenci de que sou invisível.
Lauren sentiu a a mão tremer com tanta violência que os cubos de gelo tilintaram."

"- Sentiu minha falta?
Ela arregalou os olhos com simulada inocência.
- Andei muito ocupada."
[...]
- Então - perguntou com um sorriso -, não sentiu nem um pouco minha falta?"

- Quem resiste a esse homem?!kkkkkk... Ele até pode ser um cretino (com certeza, é!kkkk...), mas é um cretino adorável que nos faz rir até mesmo quando desejamos matá-lo. E com esse sorriso ele consegue derreter nosso coração e até mesmo nos faz esquecer por que ele merecia uma surra momentos antes.rsrsrs... 

Nick é um mocinho fácil de amar. Um mocinho que começa a arrumar um espaço exclusivo no nosso coração assim que o conhecemos. Ele possui um charme, um sorriso, um jeito de falar que nos atrai, mesmo quando descobrimos o quanto ele é um canalha. E o pior de tudo: um canalha que admite ser um canalha, gosta de ser um canalha e despreza qualquer princípio moral, quando o assunto é sexo e sentimentos alheios. Egoísta, fez de tudo para levar a Lauren para a cama, sabendo desde o princípio que aquele tipo de relacionamento, casual, não era para ela. E que vulnerável, ela poderia sair muito machucada daquela relação. O que importou para ele naquele momento foi seu próprio desejo. Foi conseguir o que queria. E o mais incrível é que depois ele acha que tudo que fez era certo e que Lauren não tinha o menor direito de reclamar. Princípios morais eram tolice. Ser canalha, era a coisa mais sensata e correta do mundo. Tanto que ele a aconselha a ser como ele. Algo que ele vai pagar caro por sugerir.kkkkkkk...

"Os olhos de Nick varreram-na de forma insolente de cima a baixo. 
- Antes de eu ir, quero lhe dar um pequeno conselho: - avisou-a gélido - cresça!
Ela sentiu como se Nick a tivesse estapeado.
Enfurecida além da razão, revidou-lhe o golpe no ego:
- Você tem absoluta razão! - exaltou-se. - É o que devo fazer. A partir de hoje, vou crescer e começar a praticar o que você prega! Vou dormir com qualquer homem que me atraia. Mas não com você, pois é velho e cínico demais para meu gosto. Agora, dê o fora daqui!"

- Sabe quando você diz algo que não desejava dizer (ou não sabia que não desejava dizer?!kkkk...)? Quando fala sem pensar e depois deseja com todo o seu coração voltar no tempo e se impedir de dizer tal coisa? O Nick sabe.kkkkkkkkk... E como sabe! É muito divertido ver o tormento que ele passa depois de aconselhar a Lauren a ter relacionamentos casuais. Ao dizer tal coisa, ele estava furioso com ela e com ele próprio, pois estava sentindo coisas que não desejava sentir. Pois estava se apaixonando por ela e isso o deixava apavorado. Um dia tinha sido inocente o suficiente para amar. E a dor que aquele sentimento lhe provocou lhe deixou marcas profundas. Machucou. E mesmo quando a dor se tornou suportável, a cicatriz o fazia lembrar-se daquele momento, tão doloroso, como se tudo tivesse acontecido no dia anterior. Por isso não desejava mais amar. Não podia. E por isso estava tão confuso e atormentado: porque seu coração não o ouvia. Não queria ouvir seus motivos. Simplesmente queria abrir-se para o amor. Queria Lauren.

"- Eu preciso de você, doçura. Sabe que desde que cheguei...
- Não ouse me chamar de doçura! - ela explodiu, vacilante com indesejável alegria diante daquela ternura casual.
- Por que não? - bajulou-a, e um sorriso iluminou-lhe o rosto. - Você é doce.
- Vai mudar de ideia se tornar a me chamar de doçura - prometeu ela."


- Infelizmente, nem sempre querer é poder, verdade?!kkkkkkkk... Apesar de inocente e muito vulnerável, Lauren também é forte. E tem uma língua muito afiada.kkkk... E seus punhos são capazes de provocar grandes danos.kkkkkkkk... Ela nunca deixava passar em branco uma só coisa que o Nick fizesse. Cada ação dele provocava uma reação nada agradável para o nosso querido cretino, digo, mocinho.rsrs... E quanto mais ele tenta fugir dos sentimentos que ela lhe desperta, mais prisioneiro ele se torna. 

" - Você tem os olhos azuis mais incrivelmente lindos que já vi. Quando se enfurece eles...
- Poupe-me! - sibilou Lauren, sacudindo com violência o pulso.
- Já poupei - provocou-a com ar sugestivo.
- Não fale comigo assim... não quero parte alguma de você.
- Sua pequena mentirosa. Você quer cada pedacinho de mim."

- Sim, ela quer!kkkkkkk... Mas negaria isso mesmo sob tortura!rsrsrs... Em resumo posso dizer, queridos, que entre tapas, beijos, socos e pontapés (todos os tapas, socos e pontapés vindos da Lauren, claro. Ela não tem paciência para falar o tempo todo.rsrs...) esse casal nos diverte muito e nos faz amá-los sem medidas. Eles conquistaram totalmente o meu coração e me fizeram rir muito e chorar bastante também, no final. Me emocionaram, pois pude enxergar o amor deles. Sentir. É um amor muito lindo, capaz de perdoar e superar qualquer coisa. Até mesmo um passado traumatizante e segredos para lá de venenosos. 


"- Lauren - disse Nick numa voz de advertência - quero que você me conheça. Também sei que está furiosa comigo por iniciá-la sexualmente, e depois...
- Ah, mas não estou! - ela protestou com enganosa doçura. - Não trocaria aquela noite por nada no mundo. - Recuando um passo cauteloso, acrescentou com leviandade: - Na verdade, já decidi que quando eu tiver uma filha e ela tiver a minha idade, eu darei um telefonema a você. Se ainda estiver 'ativo', gostaria que a iniciasse...

Um passo não bastou. Ele arrancou para frente, agarrou-lhe os pulsos e prendeu-a entre as coxas, os olhos faiscando com uma perigosa combinação de raiva e desejo.

- Sua linda, atrevida... - precipitou a boca, tomando-lhe os lábios com bruta e devastadora fome e implacável insistência."

- Não é necessário eu dizer se recomendo essa história, verdade????!!! :D


"Nick sorriu com um ar melancólico.
- Eu quero pertencer a você... de todas as maneiras."

14 de setembro de 2013

Mañana es para Siempre... verdade?


Imagem retirada do Google




El alma nos juntó 
con sólo un beso de testigo
cada latido prometió 
que ibas a estar siempre conmigo
Hoy todo cambió
y es que has seguido otro camino
pero mi vida se quedó toda en tus labios
toda contigo

Te dice un corazón desesperado que regreses a mi lado
que la vida sin tu amor no ha sido igual 
Te pido con el alma que recuerdes
que juraste no perderme
prometimos que no acabaría jamás
que mañana es para siempre

Dentro de mi piel
sigue la ausencia de tus manos
sigo tratando de entender
por que el destino quiso engañarnos

Te dice un corazón desesperado que regreses a mi lado
que la vida sin tu amor no ha sido igual 
Te pido con el alma que recuerdes
que juraste no perderme
prometimos que no acabaría jamás

Sé que hay una fe que no se acaba
una luz y una mirada
que nos volverá a encontrar

Te pido con el alma que recuerdes
que juraste no perderme
prometimos que no acabaría jamás
que mañana es para siempre

(Música: Mañana es para Siempre/Cantor: Alejandro Fernandez)


Post escrito: 14/09/2013 - sábado.

- Eu estava deitada no sofá, lendo o livro Dois Pesos, Duas Medidas e rindo muito por causa da Lauren e do Nick. Eles me fizeram passar vergonha no trem e no ônibus esta semana.rsrsrs... Existiram momentos nos quais eu não consegui rir em silêncio e aí pensaram que eu era maluca. Claro que eles não estavam tão enganados assim. Mas enfim... Como eu estava dizendo, eu estava deitada no sofá lendo esse livro. Aí, eu resolvi ligar o computador para poder comentar sobre ele com a Carlita e a Moniquita. Mas foi só eu entrar na internet para ver um post que me deixou um tanto abalada. Simplesmente recebi a mesma notícia que recebi pouco tempo atrás: outro blog do qual eu gosto está chegando ao seu fim. Está se despedindo... Não sei se a blogueira sentiu ao escrever o post, a mesma coisa que eu senti ao lê-lo: uma sensação de vazio e falta intensa de alguma coisa. Um único post me fez pensar em tantas coisas... e me deixou com uma espécie de dor dentro de mim. Fiquei pensando em quantas coisas mudaram nos últimos anos, quantas coisas chegaram ao fim, quantas pessoas entraram na minha vida e quantas saíram. Quando eu era mais nova acreditava que as coisas que a gente mais ama poderiam durar para sempre se nós desejássemos isso com muita intensidade e entregasse essas coisas nas mãos de Deus. Mas, olhando para trás, eu percebo que não é bem assim. Que não adianta muito você desejar que as coisas não mudem. Elas vão mudar, independente da nossa vontade. É a vida, por mais triste que isso seja para mim. Quando a mudança é positiva, quando é uma mudança para melhor, o efeito não é tão intenso como quando a mudança é para pior, verdade? Quando uma nova pessoa entra na sua vida, preenchendo algum espaço vazio, você não reclama por essa mudança. Se alegra com ela. Mas quando alguém que você ama demais lhe diz adeus, a mudança não é de modo algum bem recebida. É desse tipo de mudança que não gosto. Das mudanças ruins. Elas sempre me machucam muito. E ver alguns blogs se fechando representa exatamente esse tipo de mudança. E me entristece muito. 

Quando eu era muito novinha, ainda criança, tinha muitos amigos queridos. Eu os amava com todo o meu coração. Contava tudo para eles e era sempre a escolhida para dar conselhos (e não. Nem todos os meus conselhos eram sábios). De certa forma, mesmo tendo mais ou menos a mesma idade, eu me sentia como mãe deles.rsrs... Eu queria estar com eles todos os dias e até brincava das brincadeiras que não me interessavam, só para estar com eles. Mas eu tinha ainda um grupo de amigas mais próximo, um grupo que significava ainda mais para mim. E quando os meus outros amigos começaram a se afastar, aquele meu grupo próximo ainda permaneceu. E eu queria que durasse para sempre. Que jamais chegasse ao fim. Nós chegamos à adolescência e ainda continuamos amigas. Então, era época de grandes e desagradáveis mudanças para nós. E eu resolvi que nós precisávamos de regras para que o grupo não acabasse se dividindo. E uma das primeiras regras que eu criei era que não era permitido namorar com ex-namorados das amigas. Nós concordamos sobre isso. Não importaria se a amiga gostava ou não da pessoa, simplesmente não era permitido. Eu tinha muito medo de ver a nossa amizade se acabar por causa de algum garoto. Enfim... Também concordamos que não era permitido outras pessoas entrarem para o nosso grupo (sim. Sempre fui muito ciumenta. Temia que se outras meninas entrassem para o grupo, as minhas amigas iriam me deixar) e que todas poderiam ter outras amigas (além das que pertenciam ao grupo), mas que nada que nós dividíamos poderia ser dividido com as outras. Nossos segredos, seriam só nossos. Enfim... Outras regras foram criadas e aceitas. Éramos inseparáveis. Nos conhecíamos muito bem e toda vez que achávamos que alguma coisa de errado estava se passando com uma de nós, fazíamos as reuniões dos segredos. Reuniões nas quais poderíamos confessar qualquer coisa que seria dita, perdoada e esquecida ali. E todo dia 1 de janeiro nós desejávamos primeiro Feliz Ano Novo para as amigas. Fazíamos uma roda e afirmávamos que seríamos amigas para sempre, independente do que acontecesse. Que ninguém jamais iria conseguir nos separar. E eu acreditava com todo o meu coração nisso. Mas não é difícil imaginar que eu estava bem enganada, não é? Que todas nós estávamos. Iríamos deixar de ser amigas. E não demoraria muito. 

Mas começou devagar. Algumas coisas foram ocorrendo... Uma delas insistia em fazer coisas que minha consciência não aceitava e meus conselhos já não eram bem recebidos. E justamente essa quebrou a nossa tradição de sempre reafirmar nossa amizade no dia 1 de janeiro. Quando isso aconteceu pela primeira vez, eu soube, dentro de mim (por mais que insistisse em negar) que as coisas estavam caminhando para o fim. Mesmo assim não fui eu que terminei com a amizade. E nem sei quem foi. Simplesmente houve um momento em que a confiança deixou de existir, que eu já não sentia vontade de compartilhar certas coisas e elas também não sentiam mais a mesma coisa. Nós não nos afastamos de uma vez. Foi devagar.Cada uma passou a seguir o próprio caminho e a continuação da amizade já não fazia parte dos planos. 

Na minha vida, ainda encontro algumas delas. Tem umas que moram bem perto de mim e outras que se mudaram para outros lugares. Uma das minhas mais antigas amigas (hoje, ex-amiga), tem um filho. Um menino lindo que eu adoro. Um filho que seria o orgulho de qualquer mãe. Menos o dela. Para ela, não é nenhum orgulho. Ele tem apenas um ano e ela já acha que ele lhe atrapalha a vida. Tanto que o deixou e nem reserva um final de semana sequer para vê-lo, para saber se ele está vivo, se sente a falta dela, se precisa dela. A frieza dela representou um grande choque para mim no início e ainda hoje me pego lembrando de quem ela foi e o que ela é agora. Lembro das brincadeiras, das confissões, dos sonhos que ela tinha. Lembro até de como ela se sentia quando se apaixonou pela primeira vez e como nunca teve coragem para confessar para o garoto que gostava dele e permaneceu sendo amiga dele sem revelar seu segredo. Lembro do cantor favorito dela, lembro do tempo que eu gastava ajudando-a com os deveres para que a mãe dela não batesse nela. Lembro até que às vezes, quando ela não queria aprender, eu fazia as lições dela e depois mentia descaradamente para a mãe dela, dizendo que ela tinha entendido e feito tudo certo. Eu aceitava cada defeito dela e a compreendia. E mesmo depois que deixamos de ser amigas e muita coisa mudou na vida dela, eu continuei aceitando-a como ela era. E quando ela teve aquele bebê eu acreditei que ela iria finalmente amadurecer e ser uma boa mãe. Mas ela o deixou. Sem nunca olhar para trás. E não sei em quem mais isso dói. Se na mãe dela ou em mim. Sei que um dia doerá mais na criança, que se perguntará por que a mãe não o quis. Olho para a mulher na qual ela se transformou e não gosto do que vejo. Eu não conheço essa pessoa. É uma completa estranha para mim. Como pode uma pessoa mudar tanto? 

Não foi a única coisa que mudou na minha vida. Não foram só as amizades. Muita, muita coisa mudou... E tenho que conviver com as mudanças, mas nunca irei apreciar as mudanças. Não as negativas... 

Um dia eu tive uma avó. Uma mulher maravilhosa, capaz de se entregar por completo às pessoas que amava. Capaz de ficar o dia inteiro na cozinha fazendo a comida preferida dos filhos, capaz de se dedicar de corpo e alma a um filho com problema mental, capaz de perdoar as piores falhas dos filhos e de criar, sem reclamar, as netas. Minha mãe se separou do meu pai quando eu era bem criança ainda e foi recebida de braços abertos pela minha avó. Separada do marido, ela tinha que trabalhar para sustentar as filhas e não tinha tempo para a gente. Foi a minha avó que me criou. Durante boa parte da minha vida. Era ela que lutava para me fazer comer (pois nunca achei necessário me alimentar direito. Horário de comer era um pesadelo para mim), era ela que me ensinava o que era importante e perdoava as minhas falhas. Minha mãe não tinha muito tempo para perdoar minhas travessuras, mas minha avó perdoava. E todo dia ela sentava no sofá, ao meu lado, para assistir nossas novelas. Foi ela que fez eu me apaixonar por novelas. Foi ela que fez eu crescer sendo uma romântica incurável e totalmente apaixonada pelo Fernando Colunga (risos). Foi ela que me mostrou o amor, através do amor que demonstrava pelos filhos e pelas netas. Era dela que vinham os abraços. Eu sabia que sempre poderia contar com ela. Bem... até um maldito câncer tirá-la de mim. Eu tinha certeza que minha avó era para sempre. Tinha certeza que poderia sempre tê-la por perto, que eu cresceria ao lado dela, tendo-a para me apoiar quando eu precisasse. Mas a vida tratou de arrancá-la de mim. Nem todo o meu amor e todo o meu desejo de tê-la sempre comigo bastaram. 

Um dia eu tive muita coisa que hoje já não tenho mais. Muitas pessoas. Umas não fazem mais parte da minha vida por terem morrido. Outras, porque simplesmente seguiram por outros caminhos... E em todos os casos eu acreditei que eram pessoas que estariam sempre comigo. Porque, no meu coração, o "para sempre" existia. Sempre acreditei que o tempo e os obstáculos da vida não eram capazes de acabar com o amor. E sabe? Realmente não são. Pois mesmo não tendo muitas pessoas mais na minha vida, ainda as amo. Mas o tempo é capaz de acabar com uma amizade, com um relacionamento amoroso, com uma vida. As coisas mudam muito com o passar do tempo. E como mudam! Quase todos os dias da minha vida, sou obrigada a ver como o sempre não existe. Sou obrigada a ver como as coisas mudam... Como se acabam. Não adianta eu lutar para manter as coisas como são em determinado momento, não sou capaz de impedir a mudança, o fim de certas coisas. E isso dói bastante. Vocês não sabem o quanto. Eu vejo coisas se acabando todas as semanas, gente. Ainda não aprendi a lidar com isso. A suportar sem sofrer. Espero um dia conseguir. 

Quando penso em mudanças, sou obrigada a pensar também que coisas que existem atualmente em minha vida também chegarão ao fim. E é horrível pensar nisso. Me sinto perdida, desesperada, toda vez que penso nisso. Não estou preparada e nunca estarei, para dizer adeus às pessoas que atualmente fazem parte da minha vida. Não importa o quanto eu esteja consciente do fato de que tudo termina, que tudo tem um começo e precisa ter um fim. Que a vida é assim e ponto final. Que não adianta eu negar o fato. 

Toda vez que brigo com alguém que amo e a situação fica insuportável entre nós, fico pensando: "E se algo acontecer? Se essa briga for a última lembrança que terei da pessoa ou que a pessoa terá de mim?" E então eu fico lembrando de todos os momentos bons que dividi com aquela pessoa e fico pedindo a Deus para ter misericórdia de mim e me dar a chance de me desculpar, peço a Deus para impedir que qualquer mal ocorra, pois Ele sabe até onde sou capaz de suportar. É algo que ocorre muito quando brigo com a minha mãe, por exemplo. Minha mãe e eu temos um relacionamento muito complicado, recheado de mágoas e de momentos tensos. Brigamos quase sempre. Algumas brigas são leves, mas outras são terríveis e muito dolorosas. É comum dizermos coisas horríveis para a outra nesses momentos. E acabamos por ficar sem nos falar. Mas depois... quando estou na rua, dentro de um ônibus e ela não está perto de mim, está longe seguindo a rotina diária dela, eu fico lembrando da briga e do quanto fui estúpida. Lembro do fato de, no dia da briga, não ter lhe dado um beijo (como todo dia faço) só porque estava aborrecida. E aí eu também lembro dos momentos bons que dividimos, dos sorrisos dela, das brincadeiras, de tudo que ela fez por mim e passo o dia inteiro em agonia, implorando que Deus me dê a chance de corrigir a situação, que Ele impeça todo o mal e não me faça me culpar a vida inteira por uma briga estúpida. 

Sou um poço de sensibilidade, não é? E existem momentos nos quais odeio isso. Incrível como um único post provocou tantas lembranças e tantos pensamentos... Mas, no final das contas, mesmo depois de lembrar de tantas coisas que chegaram ao fim (muitas não mencionadas aqui) e de saber que o para sempre não existe, não sou capaz de me conformar com isso. Não me importam essas lembranças e o fato das coisas mudarem na vida, o fato de tudo chegar ao fim. Ainda assim, desejarei que as pessoas que estão na minha vida no momento permaneçam para sempre. E sabe o que costumo dizer para as pessoas que amo? Que as amo muito e sempre amarei. Mesmo que o sempre não exista. As coisas podem acabar nesse mundo. Até mesmo a vida pode acabar. Mas o amor... quando verdadeiro, não acaba. Nem mesmo quando a própria vida se acaba. Vai mundo além da vida e desse mundo aqui. 

Mas sabe o que também penso quando penso em mudanças e fim? Que tenho que valorizar todas as pessoas que amo enquanto as tenho. E não esperar não tê-las para me lamentar. Eu sei que as pessoas que eu amo sabem que eu as amo, mas mesmo assim não canso de repetir várias e várias vezes. Não canso de estar com elas e mostrar o quanto são importantes para mim. É bom dizer: "eu te amo", sabe? E também é muito bom ouvir. Não guarde essas palavrinhas dentro de você. Diga! Diga quantas vezes desejar. E demonstre. Eu aprendi de forma bem dolorosa a não guardar essas palavras dentro de mim. Sempre me arrependerei de não ter dito muitas e muitas vezes o quanto eu amava a minha avó. Sempre me arrependerei por não ter demonstrado o suficiente e por não ter pedido perdão. 

"Hoje é vida.
A única vida de que se tem certeza.
Faça valer." Autor: Desconhecido (frases lidas na série CSI)

5 de setembro de 2013

Escrito nas Estrelas - Sidney Sheldon


Lara Cameron é uma mulher moderna e visionária que trabalhou durante toda sua vida para erguer a Cameron Enterprises, um império no ramo imobiliário. Usando sua grande inteligência e a capacidade de identificar as pessoas certas para ajudá-la a superar cada obstáculo, ela se tornou uma rainha em um universo tradicionalmente dominado por homens. Entretanto, alguém insatisfeito com o seu sucesso planeja uma vingança. Laura oculta um passado sombrio e repleto de monstros que ameaçam retornar e destruir tudo o que construiu. Marcado pelo estilo inigualável de Sidney Sheldon, "Escrito Nas Estrelas" é um suspense eletrizante.


Palavras de uma leitora...


"É o Destino, refletiu Lara. Não se pode lutar contra o Destino."


Existe realmente a possibilidade do Destino se virar contra alguém e destruí-lo? Existe realmente Destino? Nossa história já está escrita? E se sim, existirá a possibilidade de lutar contra o Destino e escrever uma nova história?

James Cameron diria que não. Para ele não existia forma de ir contra um destino cruel e vingativo. Seus pais eram muito pobres e aos 14 anos ele teve que trabalhar numa mina para ajudar com as despesas, mas ao sofrer uma lesão nas costas ficou impossibilitado de continuar trabalhando lá. Aos 16 anos, perdeu os pais num desastre de trem, passando a crer, assim, que por algum motivo desconhecido, o Destino o odiava e queria arruiná-lo. só que ele não desistiu logo de cara. Usando sua beleza e charme, casou-se com uma rica herdeira, acreditando que assim mudaria sua história. Só que depois de fazer um investimento estúpido fez com que o sogro o desprezasse e não lhes desse mais nenhum centavo. James então desistiu de lutar e passou a encontrar satisfação em seu fracasso, desperdiçando qualquer oportunidade de melhorar de vida. Vivia embriagado e deixava todo e qualquer trabalho nas costas da esposa. Quando ela engravidou, James se recusou a gastar qualquer dinheiro com um médico e ela não recebeu nenhum auxílio durante a gravidez. Ao dar à luz, enfrentou sérias complicações e acabou não resistindo. Deu à lus a gêmeos, mas o menino também faleceu, restando apenas uma garotinha que ninguém sabia se sobreviveria e que o pai desejava com todas as forças que morresse. James recusou-se até mesmo a dar um nome à criança e foi a ama-de-leite quem escolheu seu nome. Assim, ela foi batizada como Lara Cameron. 

Aquela pobre neném, que não sabia o quanto era desprezada, sequer poderia imaginar todo sofrimento e decepção que passaria na vida. Nem as marcas que seu pai deixaria em seu coração. E ela também não poderia imaginar que era forte. Forte o suficiente para superar qualquer coisa. E encontrar em seu caminho pessoas capazes de amá-la e lhe estender a mão. Não podia imaginar que a ajuda, a maior ajuda, pode vir de quem menos se espera. Mas o mesmo ocorre com o pior golpe: pode vir de quem menos esperamos...


"Quando o Destino está contra a gente, nada de bom pode acontecer."

- A história começa de uma forma muito perturbadora, quando Lara está completando 40 anos de vida. É um início que nos angustia e nos faz imaginar o que levou Lara àquela situação. O que deu errado? Que tipo de mulher ela era para provocar tamanha situação? E aí, Lara nos leva de volta ao passado e chegamos à sua infância, conhecendo-a profundamente e ainda assim, não totalmente. Acho que nunca serei capaz de conhecer totalmente a Lara. Ela sempre ocultará uma parte de si. Mas o que importa é que conheço o suficiente para saber que ela é uma pessoa incrível, com a coragem, a determinação e a capacidade de dar a volta por cima, marcas registradas das mocinhas do Sidney Sheldon. Lara é uma mulher que começou do nada, suportando humilhações, se sujeitando à coisas nojentas e recebendo golpes insuportáveis. Uma mulher que conseguiu vencer num mundo de homens, que conseguiu criar um espaço para si mesma e ainda assim, continuou sendo a mesma garotinha de antes. A garotinha que fazia com que as pessoas a amassem e quisessem ajudá-la, quando seu próprio pai desejava que ela tivesse morrido ao nascer. Que desejava que ela sequer tivesse nascido. Existia algo em Lara, algo além de sua beleza, que fazia com que os outros quisessem lhe dar uma chance e foi graças a um homem que se hospedava na pensão que seu pai dirigia, que ela entrou para a escola. Foi com outro hóspede de lá que ela aprendeu coisas valiosas, que lhe fariam brilhar no futuro. Foi graças às pessoas que a viram crescer, que ela não tinha falhado em sua primeira tentativa de ter algo seu. Algo construído por ela. Nada dado pelos outros. Nada que os outros não queriam mais e lhe davam por caridade. Não. Aquela seria sua criação. Algo para o que ela estaria dando vida. Algo completamente seu. 

" - O que me incomoda, srta. Cameron, é que não consigo definir quem é. Quando interrogo duas pessoas a seu respeito, obtenho três opiniões."

- Durante vários momentos da leitura, me peguei sorrindo ao ver Lara imaginando um prédio em determinado lugar, um hotel em outro, um shopping ali, outro edifício aqui. O entusiasmo dela, seu olhar, seu sorriso, a empolgação, me faziam lembrar do meu amor pelos livros. Para ela, aquelas criações não eram somente fonte de dinheiro. Eram muito mais do que isso. Eram sua vida. Uma parte dela. Uma parte do seu coração, da sua alma. Eu ficava fascinada vendo-a se dedicar a cada projeto e muitas vezes ter vários projetos ao mesmo tempo. Todo mundo tem um motivo para viver e o motivo da Lara eram suas criações. Era imaginar as pessoas vivendo, confortáveis, em determinado prédio, tendo algo que ela não teve quando criança. Ela conseguia visualizar pessoas felizes vivendo em suas criações, antes mesmo que o projeto estivesse no papel. Ela respirava cada uma das suas obras. E cada vez que um prédio seu ficava pronto e era inaugurado era como se uma parte que lhe faltava tivesse sido encaixada no lugar certo, era como se um vazio tivesse sido preenchido. Mas o que me entristecia era que, mesmo com o passar de vários anos, ela nunca esqueceu o pai. Não que ela lembrasse dele com amor. De modo algum. Ele conseguiu matar, de forma bem lenta e dolorosa, todo e qualquer amor que ela sentia por ele. Ela não lembrava dele com amor. Simplesmente lembrava de cada palavra amarga e cruel que ele lhe disse na vida, cada vez que tentou jogá-la no chão, fazê-la desistir. Cada vez que ele disse que ela nunca chegaria a lugar algum. Toda vez que Lara pensava nele, eu ficava triste por ela. Porque apesar de todo o sucesso, ela ainda possuía marcas profundas e dolorosas. Não conseguia se livrar delas. 

"Lara erguera um muro protetor ao seu redor. Ninguém jamais vai me magoar de novo, jurou ela. Absolutamente ninguém."

- Todo muro pode ser derrubado e com o muro protetor que Lara ergueu ao seu redor, não era diferente. Apesar de todas as tentativas para se proteger, para proteger o seu coração de uma dor já suportada no passado, Lara perceberá que ainda é capaz de amar. De se entregar de corpo e alma ao amor. De esquecer tudo por uma pessoa. De abrir mão de muita coisa por uma pessoa. Ela conhecerá esse sentimento tão lindo e tão doloroso como o amor. Mas também pagará muito caro por isso...

- Eu estou aqui, tentando me controlar ao máximo.rsrs... Sem saber exatamente o que dizer, pois não quero revelar segredos da história ou contar muito sobre a vida da Lara. Parece que qualquer coisa que eu vá dizer será demais e não quero de modo algum falar demais.kkkk... Eu amei essa história. Amei cada instante que passei com esse livro, conhecendo a Lara, me apegando àquela garotinha sem mãe, sem amor. A garotinha que tentava fazer de tudo para agradar ao pai, mas que percebeu, ainda muito nova, que o melhor era não demonstrar seus sentimentos. Que o melhor era escondê-los para não sofrer. Uma criança que cresce temendo demonstrar verdadeiro afeto por qualquer pessoa, que se vê sozinha no mundo ainda muito jovem, mas tem dentro de si uma força e uma vontade de viver impressionantes. Desde o início torcemos por ela, desejando que toda humilhação, que todo esforço e toda esperança não sejam em vão. Que o início da história não signifique o que parece. É muito fácil gostar da Lara, é muito fácil sofrer com e por ela. É muito fácil desejar que ela encontre o amor, que seu vazio seja preenchido por um homem que a ame e não por prédios frios e incapazes de retribuir os seus sentimentos. Mas ao mesmo tempo que desejamos que a Lara encontre o amor, tememos que esse sentimento possa colocar tudo que ela tanto lutou para construir, à perder. E quando Lara finalmente encontra o amor, não tememos só por isso... passamos a temer também pela vida dela. Afinal de contas, ela estava brincando com o perigo. E o risco de sair muito ferida (ou coisa pior) é enorme...

- Como eu disse, não quero falar demais. Só posso dizer que adorei ler essa história, mesmo achando que o final dela poderia ser mais elaborado, mais profundo. Não foi um final ruim, mas muita coisa ainda poderia ter sido escrita e não foi. Terminou de forma muito rápida e certas coisas não foram contadas. Mas já estou até acostumada com esse tipo de coisa. O SS adorava terminar suas histórias de forma abrupta, deixando em nossa boca um gostinho de quero mais.rsrs... Fazendo a gente desejar mais e mais. É algo muito frustrante.kkkkkk... Mas uma outra coisa que me entristeceu nessa história foi um choque que levei no final. Aquilo nunca tinha passado pela minha cabeça e o golpe foi bem doloroso.... No final, era como se uma fita contando toda a história se passasse pela minha cabeça. Me mostrando cada instante, como tudo começou e como tinha terminado para certas personagens... Eu fiquei feliz, mas também fiquei bem triste com o final. Mesmo assim, valeu muito a pena ler esse livro. :)


"Lembre-se apenas de que, no final, os mocinhos sempre vencem.
E Lara se perguntou: Sou uma mocinha?"

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