30 de março de 2012

O Morro dos Ventos Uivantes - Emily Brontë (segunda resenha)


(Título Original: Wuthering Heights
Editora: Lua de Papel
Tradutora: Ana Maria Chaves)



"Se o amor dela morresse, eu arrancaria 
seu coração do peito e beberia seu sangue."

Na fazenda chamada Morro dos Ventos Uivantes nasce uma paixão devastadora entre Heathcliff e Catherine, amigos de infância e cruelmente separados pelo destino. Mas a união do casal é mais forte do que qualquer tormenta: um amor proibido que deixará rastros de ira e vingança. "Meu amor por Heathcliff é como uma rocha eterna. Eu sou Heathcliff", diz a apaixonada Cathy.

O único romance escrito por Emily Brontë e uma das histórias de amor mais surpreendentes de todos os tempos, O Morro dos Ventos Uivantes é um clássico da literatura inglesa e tornou-se o livro favorito de milhares de pessoas, incluindo os belos personagens de Stephenie Meyer.



Palavras de uma leitora...


- Antes de mais nada. Perceberam que coloquei entre parênteses algumas informações sobre o livro, como o título original? É porque, a partir de hoje, pretendo sempre deixar essas informações sobre cada livro que resenhar, só para poder ajudar um pouco mais na hora da busca pelo livro. Pode ter quem goste de ler o livro no idioma original e necessite dessa informação. Como estou mais habituada a só colocar o título do livro e o nome da autora, peço que me perdoem se em algum momento eu esquecer de acrescentar as novas informações.rsrs... 


- Há quase três anos, eu li pela primeira vez O Morro dos Ventos Uivantes e cheguei a fazer resenha sobre ele aqui. Como não gosto muito daquela resenha, cheguei a pensar em retirá-la do blog, mas, ao sentir vontade de reler a história, acabei optando por fazer uma nova resenha, baseada no que sinto hoje pelo livro. Não me importa o que eu sentia antes. É como se eu tivesse lido o livro pela primeira vez. 


- Faz algumas horas que terminei de reler o livro. Acho que nunca li um livro tão devagar na minha vida. Foram muitas as vezes que parei para copiar trechos do livro num caderno, reler páginas, ler mais de duas, três vezes, uma mesma frase. Enfim... Eu queria entender os personagens, não perder uma só frase, uma só expressão, um só sentimento. Sem mencionar os momentos nos quais fiquei com o livro nas mãos, enquanto meu pensamento voava. Eu pensava muito em vários personagens da história e no quanto tudo poderia ter sido diferente para todos eles. Ouvia a música inspirada na história e sentia uma espécie de tristeza por já saber como o livro terminaria e não poder fazer nada para mudar aquilo. Eu queria que tudo pudesse ter sido diferente. E ainda estou melancólica, meio deprimida, com aquela sensação de que foi tudo muito injusto, tirando o destino da pequena Cathy e do Hareton. O destino deles foi justo. Dos outros, não.


- Mas antes de continuar, vou deixar claro uma coisa: essa resenha terá spoiler. Ainda não sei o quanto irei revelar, mas para quem desconhece o final do livro e pretende ler o livro desconhecendo-o, é melhor não ler essa resenha. Nada do que eu venha a falar será suficiente, é claro. Nem poderá te fazer sentir metade do que você vai sentir ao ler o livro, mas é melhor avisar. Eu preciso desabafar um pouco, gente. Preciso colocar em palavras pelo menos um pouco do que sinto. Preciso falar sobre certas coisas. Acho que não conseguirei me libertar deste livro antes de falar sobre o que me incomoda, o que me angustiou durante a leitura e tudo que foi marcante para mim. Creio que essa resenha será longa.


- Foram muitos os momentos nos quais pensei neste livro ao longo dos anos. Vira e volta lembrava da Catherine e do Heathcliff. Existiam trechos que me perseguiam, me atormentavam e me faziam desejar jamais ter lido esse livro. Mas também existiam trechos que me faziam acreditar cada vez mais no amor verdadeiro e no poder que esse amor pode ter. Trechos que apesar de machucar também me faziam suspirar e sonhar acordada. Tinha vezes que eu lia livros maravilhosos, de me roubar o fôlego, mas, de repente, lembrava do livro. Quando decidi enviar trechos marcantes para uma amiga, foi nos trechos deste livro que pensei, antes de pensar em qualquer outro. E quando uma amiga me viu com este livro nas mãos (eu estava relendo trechos dele) e perguntou sobre a história, me pediu que contasse um pouco sobre ela, era como se eu estivesse viajando para um novo mundo. O local no qual conversávamos não existia mais. Eu estava no Morro dos Ventos Uivantes, assistindo cada parte da história de Heathcliff e Catherine. E quando "retornei", essa amiga me pediu o livro emprestado para ler. Foi com uma dorzinha no coração que eu me separei dele. Ela leu o livro e ficou apaixonada por ele. Ela diz que é o melhor livro que ela já leu na vida e ela já leu muitos.rsrs... Confesso que eu não esperava por isso. Acreditava que ela iria odiar a história ou, talvez, odiar o Heathcliff e a Catherine. Mas não. E a personagem favorita dela é a Catherine. Outra coisa que me surpreendeu, já que a maioria das pessoas não suporta a Catherine. 


- Eu entendo quem odeia este livro. Realmente entendo. É um livro que alguns costumam dizer que você ama com todo o seu coração ou odeia com todo o seu coração. Eu concordo com essa afirmação? Não. Pois sou a prova de que não se pode sentir somente um desses sentimentos por esta história. Tanto amo quanto odeio este livro. Sinto uma mistura dos dois sentimentos e ambos de forma intensa. Nunca poderia declarar que odeio este livro, sem dizer que também o amo. Explico meus motivos daqui a pouco. 




"Perturbá-la? Não! Ela é que me tem perturbado dia e noite ao longo destes dezoito anos... incessantemente... sem remorsos..." [Página 248]




"Tu sabes como a sua morte me deixou enlouquecido para todo o sempre, de uma madrugada a outra, implorando-lhe que voltasse para mim... invocando o seu espírito... tenho muita fé nas almas do outro mundo; estou convencido de que, não só podem andar, como de fato andam entre nós!" [Página 249]


"Quase podia sentir o seu sopro quente deslocando o ar gélido. Eu sabia que não estava ali nenhum ser vivo, no entanto, tal como nos apercebemos da proximidade de um corpo material na escuridão, mesmo sem podermos vê-lo, senti que a Cathy estava ali, não sob mim, mas acima da Terra." [Página 249]


"Mas o que não associo eu a ela? O que não a traz à minha memória? Se olho para estas lajes, vejo nelas gravadas as suas feições! Em cada nuvem, em cada árvore, na escuridão da noite, refletida de dia em cada objeto, por toda a parte eu vejo a sua imagem! Nos rostos mais vulgares de homens e de mulheres, até as minhas feições me enganam com a semelhança. O mundo inteiro é uma terrível coleção de testemunhas de que um dia ela realmente existiu e a perdi para sempre!" [Páginas 279 e 280]



Um pequeno resumo: 


Foi no ano de 1771 que Catherine Earnshaw conheceu o homem que alteraria para sempre o seu destino. O homem que teria um forte poder sobre ela, que dominaria seus sentimentos e também teria participação na sua morte. Aquele que seria o seu melhor amigo, seu consolo nas horas de sofrimento, seu porto seguro. Seu amor secreto. Sua destruição. Mas ele ainda não era um homem quando ela o conheceu. Não passava de um menino. Um menino perdido e morrendo de fome e frio, que tinha sido encontrado pelo seu pai e levado para casa para ser criado ao lado dela, como parte da família. Catherine ainda não tinha completado seis anos e sua primeira reação foi de desprezo. Afinal de contas, por ter encontrado aquele menino na rua e ter perdido seu tempo se preocupando com ele, o pai dela havia perdido o chicote que ela tinha pedido que ele lhe trouxesse quando retornasse da viagem que tinha feito. O irmão de Catherine também não reagiu muito bem. Apesar de ser um adolescente e se esperar dele que se comportasse como um rapaz maduro, a reação dele chegou a ser mais violenta do que a de Catherine e seu ódio não foi momentâneo. Pelo contrário. E com o tempo, cresceu ainda mais chegando ao ponto de fazê-lo cometer as maiores maldades possíveis contra o menino, que era pouco mais velho do que a irmã dele.

Sempre que tinha uma oportunidade, Hindley maltratava o menino. O espancava e humilhava sem dó nem piedade e Heathcliff aguentava tudo calado, alimentando dentro de si o desejo de vingança e acreditava que um dia, por mais que esse dia demorasse para chegar, iria se vingar daquele rapaz que tanto lhe maltratava. Mas Heathcliff tinha um consolo. Um motivo para suportar qualquer dor e humilhação. Tinha Catherine. A menina dos olhos de anjo e do sorriso mais lindo do mundo. Aquela que o entendia e não o desprezava. Que era sua companheira de travessuras, sua única e verdadeira amiga. Por ela, ele seria capaz de suportar os tormentos do inferno.

O tempo passou... Hindley acabou sendo mandado para um colégio interno e isso provocou um certo alívio em Heathcliff e Catherine, mas eles sequer poderiam imaginar o que o destino ainda lhes reservava.

Anos mais tarde, o protetor de Heathcliff e pai de Catherine acabou falecendo e Hindley voltou para assumir o seu lugar de direito, como dono do Morro dos Ventos Uivantes e tutor de Heathcliff e Catherine. Ele voltou casado com Frances, uma mulher de saúde fraca e personalidade mais fraca ainda. Apesar dos anos, seu ódio por Heathcliff não diminuiu e ele aproveitou sua oportunidade para transformar o menino num servo seu, quase um escravo e atormentá-lo sempre que sentisse vontade. Os anos foram difíceis tanto para Heathcliff quanto para Catherine. Era um tormento para a menina ver seu amigo sendo maltratado por seu irmão e assim, a amargura foi deixando marcas profundas no coração dos dois jovens, que tinham acabado de entrar na adolescência.

"Nunca imaginei que o Hindley me fizesse chorar tanto!", escreve ela. "Dói-me tanto a cabeça que mal consigo deitá-la na almofada. Apesar de tudo, não consigo deixar de chorar. Pobre Heathcliff! O Hindley chama-o de vagabundo e proibiu-o de conviver ou fazer as refeições conosco. Além disso, proibiu-nos de brincar, ameaçando expulsá-lo de casa, caso voltasse a desobedecer. 


Tem andado a culpar o nosso pai (como é possível) pelo tratamento generoso que concedeu a H. E promete que o há de colocar no seu devido lugar."


Naquele mesmo ano, 1777, a amizade entre Heathcliff e Catherine sofreu uma nova provação. Catherine, durante uma brincadeira com Heathcliff, acabou indo parar na Granja dos Tordos, propriedade de uma família muito importante da região, os Linton, e, após ser mordida pelo cachorro dos donos, foi levada para dentro, sendo muito bem-recebida por todos. Heathcliff não recebeu o mesmo tratamento. Enquanto eles quiseram manter Catherine com eles por várias semanas, Heathcliff foi expulso de lá, somente partindo por ver que a amiga estava feliz e fascinada pela atenção recebida. Foi a primeira longa separação que eles tiveram que suportar.

Cinco semanas mais tarde, Catherine retornou, mas não era mais a menina de antes. A garota traquinas, rebelde e selvagem, tinha dado lugar à uma belíssima dama, vestida com belas roupas e altiva como lhe ensinaram a ser. Ela nunca antes tinha se preocupado com roupas, mas os Linton lhe ensinaram "tudo que uma dama deveria saber e como deveria se comportar". Catherine tinha que ser como Isabella e desde o dia que foi mordida pelo cachorro deles, os dois adolescentes, Isabella e Edgar Linton, passaram a fazer parte da sua vida, mesmo sem terem sido convidados. Catherine acabou aceitando a amizade deles, mas não esqueceu seu amigo de infância. Ao retornar, procurou por ele, mas, por causa da sua nova aparência e modo de ser, não foi bem recebida. Ela o ofendeu, mesmo sem ter essa intenção e a amizade passou a correr sérios riscos de se acabar. Edgar estava cada vez mais presente na vida da menina e todos queriam uma união entre eles. Catherine ainda preferia Heathcliff. Ela amava o amigo, embora ainda não soubesse que não sentia por ele apenas um amor de amiga, mas estava confusa.

A vida de Heathcliff piorou ainda mais. Se já não bastasse sofrer nas mãos de Hindley, agora também tinha que dividir sua amiga com Edgar e Isabella e sentir, dentro de si, que eles a estavam roubando dele. Ele sabia que a estava perdendo e aquilo só aumentou o desejo de se vingar de Hindley, por tê-lo feito descer tão baixo e se tornar indigno do amor de Catherine. Também o fez sentir um ódio violento por Edgar, que não escondia o interesse que sentia pela jovem. Ver Catherine com Edgar fazia sangue escorrer do seu coração. Doía. Atormentava. E assim, mais anos se passaram. Até que Heathcliff completou 16 anos e recebeu um golpe que o fez deixar seu amor para trás e seguir um novo caminho.

Ao ouvir uma conversa entre Catherine e a governanta Nelly, na qual Catherine mencionava sua intenção de se casar com Edgar e dizia que seria degradante para ela se casar com o Heathcliff, ele decidiu ir embora. Não levou nada e nem avisou que estava partindo. Simplesmente foi embora, deixando Catherine destroçada e atormentada pela culpa que sentia pela fuga do homem que ela amava. Catherine adoeceu gravemente, sofrendo pela primeira vez a febre cerebral que a mataria poucos anos depois. Com o tempo, ela conseguiu se recuperar e três anos depois se casou com Edgar Linton, acreditando que seu único amor jamais voltaria. Porém, seis meses após seu casamento, Catherine acaba sendo surpreendida pelo retorno de Heathcliff que lhe traz tanto felicidade quanto angústia.

Heathcliff retorna quase irreconhecível. Tinha crescido e enriquecido, embora ninguém soubesse como. Era agora um cavalheiro. Seu retorno sela o destino de quase todos os personagens desta história, que de uma forma ou de outra, tinham lhe roubado sua Catherine. Heathcliff retorna disposto a não ter pena dos seus inimigos e destruir um por um. Seu ódio por seus inimigos era tão forte quanto seu amor por Catherine. E da mesma forma, destruidor. E assim, ele começa sua vingança. Porém, ele jamais poderia imaginar as sérias consequências que isso teria... Se soubesse que sua vingança levaria com ela a vida de Catherine jamais teria começado tudo aquilo. Mas era tarde demais para voltar atrás. Era tarde demais para se arrepender.

Heathcliff decide que, como parte da sua vingança, irá se casar com Isabella, irmã de Edgar, e fazer da vida dela um inferno. Por causa desta decisão, Catherine e ele acabam tendo uma violenta briga que faz Edgar proibir Heathcliff de voltar a pôr os pés em sua casa. Catherine, mesmo furiosa com o amor da sua vida e angustiada por causa da decisão dele, não aceita a ordem de Edgar e após ser acusada por ele de incentivar as atitudes de Heathcliff, acaba tendo uma séria briga com o marido também. O estresse, a angústia e o medo de perder novamente Heathcliff a faz ter uma crise, seguida por um desmaio. Ela passa dias sem se alimentar e se tranca num mundo próprio, onde não existia dor e somente Heathcliff e ela. Nos seus pensamentos, ela ainda é uma menina e Heathcliff é seu companheiro. Eles estão juntos e felizes. Ela não está casada e jamais se casaria com Edgar. Jamais sairia do Morro dos Ventos Uivantes. E assim, Catherine piora  cada vez mais.

Enquanto isso, Heathcliff e Isabella fogem para se casar e passam alguns meses longe. Nenhum dos dois sabia sobre a doença de Catherine. É somente quando retorna que Heathcliff descobre. Desesperado para voltar a ver sua amada e angustiado por causa da sua doença, ele decide pedir a ajuda de Nelly para voltar a vê-la. Após a governanta se recusar ele acaba ameaçando-a, fazendo-a assim atender seu pedido.

Heathcliff vê Catherine com vida pela última vez e aquele último encontro é o mais doloroso da sua vida. Catherine não era nem sombra do que tinha sido e só de olhar para ela, dava para perceber que ela não escaparia da morte. A dor toma conta dele e as últimas palavras de Catherine ficam para sempre cravadas no seu coração. Edgar o expulsa de lá, mas Heathcliff não se afasta muito, pedindo a Nelly que lhe dê notícias sobre Catherine, que passou mal quando Edgar chegou e Heathcliff teve que partir. Foi horrível para ele deixá-la naquele estado, mas ele não queria brigar com Edgar e assim, provocar uma piora. Prefere aguardar por perto, para saber se ela tinha melhorado.

Porém, por volta da meia-noite, Catherine dá à luz a filha que esperava. Filha dela e de Edgar. Não recupera os sentidos o suficiente para conhecer a filha e morre poucas horas depois. Catherine Linton nasce e sua mãe morre. Uma criança inocente marcada para sofrer, desde o seu nascimento.

No dia do enterro de Catherine, Isabella Heathcliff provoca o marido até fazê-lo reagir com violência. Ela odiava tanto o marido que seu sofrimento lhe dava enorme prazer. Ele tinha destruído toda sua vida e vê-lo no chão, destroçado pela morte da única pessoa que ele amava, a fazia querer chutá-lo até matá-lo. Sua provocação chega longe demais e após a reação dele, ela consegue escapar. Não retorna. Dá à luz, poucos meses depois, ao filho deles que ela mantém afastado do pai, protegendo-o até o dia de sua morte. Isabella morre treze anos depois, deixando o filho sob a proteção de Edgar e fazendo-o prometer que cuidaria dele.

Mas Heathcliff, usando seu direito como pai, retira o menino de Edgar, levando-o para viver em sua casa. Se os maus-tratos de Hindley e o ódio que ele sentia por Edgar ter roubado sua Catherine, o tornaram um jovem amargo e violento no passado... A morte de Catherine lhe tirou seu coração, sua alma, sua paz e capacidade de amar qualquer outra pessoa. Assim Heathcliff se torna uma pessoa cruel, incapaz de amar o próprio filho. Ele decide continuar sua vingança nos descendentes daqueles que tinham destruído sua vida: Linton Heathcliff (que era filho dele, mas também era filho de Isabella Linton), Hareton Earnshaw (filho de Hindley) e Catherine Linton (que era filha de Catherine, mas também de Edgar Linton, o homem que ele mais odiava).

Será que Heathcliff vai conseguir se vingar até o fim? Será que Linton, Hareton e Catherine, três jovens inocentes, vão ter suas vidas destruídas por um ódio que começou há mais de dezessete anos? Serão condenados por um crime que jamais cometeram? Até onde um homem destruído pela dor e por um amor doentio pode ir?


Um clássico da literatura inglesa. Único livro escrito por Emily Brontë. Um livro marcado por um amor violento, arrebatador, destruidor; um ódio sem limites, vinganças, traições, loucura, desespero, tragédias. Uma história inesquecível. Personagens que despertam tanto nosso amor quanto nosso ódio. O Morro dos Ventos Uivantes é um livro forte, cruel e macabro. Uma história marcante.


" - Ele... completamente sozinho! Nós dois... separados! - exclamou ela, indignada. - E quem vai nos separar, não me dirás? Quem tentar terá o destino de Milo! Não enquanto eu for viva, Ellen... nenhum mortal vai conseguir isso. Mais depressa sumiriam da face da Terra todos os Linton do que eu permitiria separar-me do Heathcliff" [Página 74]


- Este é apenas um dos trechos mais marcantes do livro para mim. Existem outros. Alguns vou colocar nesta resenha. Outros, vou colocar num post separado somente para os trechos mais marcantes do Morro dos Ventos Uivantes (ainda vou preparar o post. Devo publicá-lo no domingo, se Deus quiser). 


- O livro começa no ano de 1801. Dezessete anos após a morte de Catherine Earnshaw, a única mulher que o Heathcliff tinha amado e ainda amava com loucura. Um visitante, disposto a passar um tempo na Granja dos Tordos, propriedade que tinha pertencido ao Edgar Linton e agora pertencia ao Heathcliff, aparece e resolve visitar seu senhorio. Após passar por situações estranhas no Morro dos Ventos Uivantes, ele volta para a Granja dos Tordos, muito gripado e, durante sua recuperação, Nelly, atendendo a um pedido seu, lhe conta a história das duas famílias. Tanto da família Earnshaw quanto da família Linton. E assim, nós somos levados ao passado dos personagens e ficamos sabendo como tudo começou. Apesar do livro ser narrado pelo tal inquilino e pela Nelly, através das lembranças da própria Nelly, nós conseguimos sentir as emoções dos personagens. Isso poderia ser impossível em outros livros, pois a Nelly era apenas uma pessoa que viu e ouviu muitas coisas ao longo dos anos. Esteve presente durante muitos acontecimentos, mas não fazia parte daquela história. Como posso explicar? Ela não estava no meio de toda aquela confusão. Mesmo assim, as lembranças dela nos faz conhecer cada personagem. Fez com que eu amasse e odiasse a maior parte deles. Provocou uma completa confusão em mim, fazendo eu me achar uma louca por amar alguém como Heathcliff. Fazendo eu desejar matá-lo em vários momentos e ao mesmo tempo abraçá-lo forte até livrá-lo da sua dor. Livrá-lo daqueles sentimentos que tanto o destruíam. 



" - Não sei como explicar, mas certamente que tu e toda a gente têm a noção de que existe, ou deveria existir, um outro eu para além de nós próprios. Para que serviria eu ter sido criada se apenas me resumisse a isto? Os meus grandes desgostos neste mundo foram os desgostos do Heathcliff, e eu acompanhei e senti cada um deles desde o início; é ele que me mantém viva. Se tudo o mais perecesse e ele ficasse, eu continuaria, mesmo assim, a existir; e se tudo o mais ficasse e ele fosse aniquilado, o universo se tornaria para mim uma vastidão desconhecida, a que eu não teria a sensação de pertencer. O meu amor pelo Linton é como a folhagem dos bosques: irá se transformar com o tempo, sei disso, como as árvores se transformam com o inverno. Mas o meu amor por Heathcliff é como as penedias que nos sustentam: podem não ser um deleite para os olhos, mas são imprescindíveis. Nelly, eu sou o Heathcliff. Ele está sempre, sempre no meu pensamento. Não por prazer, tal como eu não sou um prazer para mim própria, mas como parte de mim mesma, como eu própria" [Páginas 74 e 75]




"- Deves estar possuída pelo diabo - continuou ele, desvairado, - para falares comigo nesse tom, quando estás à beira da morte! Já pensaste bem que toda essas palavras vão ficar gravadas na minha memória, consumindo-me a alma eternamente depois de tu morreres? Sabes que mentes quando afirmas que fui em quem te levou a esse estado deplorável. E também sabes, Catherine, que, enquanto eu viver, jamais te esquecerei! Não será suficiente para o teu egoísmo atroz saberes que, enquanto descansas em paz, eu sofrerei os tormentos do inferno?" [Página 138]




- O que posso dizer sobre a Catherine? É muito triste o seu destino. Eu me apeguei a ela e foi difícil vê-la morrendo. Foi doloroso suportar seus momentos de delírio. Em vários momentos lembrei da criança inocente, rebelde e amorosa. Ela podia ser difícil, mas era só uma criança e só precisava ser aceita e amada. Lembrei do quanto ela não compreendia as atitudes do pai, que dizia que ela lhe provocava desgosto e não aceitava seu espírito livre. Lembrei da linda amizade que existia entre ela e o Heathcliff e que logo se transformou num amor forte demais para uma jovem de 19 anos suportar (através da tabela que a Ana, do blog Seis Milênios, encontrou para mim, pude conhecer os anos importantes da história e a idade dos personagens em cada momento. Assim, quando Catherine morreu, estava com 19 anos). Lembrei de seu sofrimento por ver o amigo sofrer. E de vários outros momentos. Ver aquela jovem se apagar não foi fácil. Ela não era uma santa. Nem chegava perto. Sabia ser terrivelmente cruel, agressiva e egoísta. Por mais que eu leia este livro mil vezes, jamais conseguirei entender completamente a Catherine. Ela era tão complicada quanto o Heathcliff. Poderia dizer que ela era apenas humana e como todo ser humano, possuía qualidades e defeitos. Mas nem esta afirmação é suficiente. Somente lendo o livro vocês irão entender por que não é suficiente. Sinto falta dela. Apesar dos momentos nos quais ela me irritou, e apesar de qualquer egoísmo por parte dela, ela faz falta. Era cheia de luz, vida... Era uma pessoa de espírito livre e gênio difícil. Não suportava frieza e amava demais o Heathcliff apesar de conhecer cada um dos seus defeitos. Ela não merecia a morte, gente. Ela merecia uma chance de corrigir o erro cometido e tentar uma vida ao lado do único homem que amava e vê-la morrer daquela forma é de partir o coração. É muito triste. É injusto. Me senti uma inútil por não poder fazer nada para impedir sua morte. E o sofrimento do Heathcliff teve um impacto muito forte em mim. Não dá sequer para colocar em palavras o que senti... 





" - Muitas vezes provocamos os fantasmas e nos desafiamos mutuamente a andar e chamar os mortos por entre as sepulturas. Mas tu, Heathcliff, se te desafiar agora, ainda terás coragem de fazê-lo? Se tiveres, ficarei contigo. Não quero jazer ali sozinha. Podem enterrar-me a sete palmos de profundidade e fazer desabar a igreja sobre mim, mas não descansarei enquanto não estivermos juntos. Jamais!" [Página 111]





"- Mostraste-me agora o quão cruel tens sido. Cruel e falsa! Por que me desprezaste, Cathy? Por que traíste o teu próprio coração? Não tenho sequer uma palavra de conforto para dar. Tu mereces tudo aquilo por que estás passando. Mataste a ti própria. Sim, podes beijar-me e chorar o quanto quiseres. Arrancar-me beijos e lágrimas. Mas eles vão te queimar e serás amaldiçoada. Se me amavas, por que me deixaste? Com que direito? Responde-me! Por causa da mera inclinação que sentias pelo Linton? Pois não foi a miséria, nem a degradação, nem a morte, nem algo que Deus ou satanás pudessem enviar, que nos separou. Foste tu, de livre vontade, que o fizeste. Não fui eu que despedacei teu coração, foste tu própria. E, ao despedaçares o teu, despedaçaste o meu também. Tanto pior para mim, que sou forte e saudável. Se eu desejo continuar a viver? Que vida levarei quando... Oh! Meu Deus! Gostaria tu de viver com a alma na sepultura?" [Página 140]





" - Beija-me e não me deixes ver os teus olhos! Perdoo-te o mal que me fizeste. Eu amo quem me mata. Mas... como poderei perdoar quem te mata?" [Página 140]


- Não canso de reler estes trechos. E sempre sinto as mesmas emoções. O que posso falar sobre meu Heathcliff? Se não sabia o que falar da Catherine, muito menos dele. Já disse. Não dá para colocar em palavras tudo que sinto por esta história. É impossível. São coisas que simplesmente sentimos durante a leitura. Odeio o Heathcliff? Sim. Odeio o homem cruel, que maltrata as pessoas sem piedade, maltrata animais indefesos, se comporta como um verdadeiro demônio, um monstro vindo do inferno. Mas... Também o amo. O quê?! Sim. Seria uma mentira descarada afirmar que odeio o Heathcliff porque ele não é humano e é a maldade em forma de pessoa. Eu realmente o odeio, mas é um ódio mesclado com amor. Sinceramente, eu sinto as duas coisas. O simples fato de chegar a odiar o Heathcliff me faz sofrer, pois esse sentimento entra em guerra com o amor que também sinto por ele. Por mais que o Heathcliff tenha sido cruel, por mais que ele tenha machucado pessoas inocentes, eu não consegui esquecer quem ele foi. Não consegui deixar de enxergar o menino ainda aprisionado dentro dele. O jovem apaixonado e sofrido, que idolatrava seu anjo, sua amada. Não pude deixar de imaginar o quanto ele sofria cada dia pela perda da Catherine. Por tê-la perdido daquela forma. O Heathcliff tentou. Ele realmente tentou acabar com todo o amor que eu sentia por ele, mas não conseguiu. Despertou meu ódio, mas não matou o meu amor. Me senti como uma mãe que mesmo sabendo que o filho é um criminoso, um monstro e que deve pagar por isso, não consegue condená-lo e o defende com unhas e dentes. Heathcliff é meu querido. Um bebê que eu não pude salvar. Um jovem destruído por dois sentimentos fortes demais. Mais fortes do que ele: o ódio e o amor. É incrível como um sentimento tão belo, como o amor, pode ser capaz de provocar tanto dano. Eu jamais concordaria com alguém que afirmasse que o Heathcliff não amava a Catherine. Nunca poderia concordar com algo assim. Ele a amava mais do que tudo. O amor que ele sentia por ela matava seu amor-próprio. Catherine era o ar que ele respirava, sua força e sua fraqueza. Era sua alma, seu coração. Ao perdê-la, ele perdeu tudo. 


" - Jaz com um doce sorriso nos lábios e, certamente, os seus últimos pensamentos foram para os dias felizes do passado. A sua vida acabou como um sonho sereno. Assim ela possa despertar no outro mundo!

- Pois que desperte em tormento! - bradou ele com assustadora veemência, batendo o pé e soltando um grito, paroxismo de cólera incontrolada. - Por que ela mentiu até o fim? Onde está ela? Não está aqui, nem no céu, nem morta! Onde está então? Oh! Disseste que não te importavas que eu sofresse! Pois o que eu te digo agora, vou repetir até que a minha língua paralise: Catherine Earnshaw, enquanto eu viver não descansarás em paz! Disseste que te matei. Pois então assombra-me a existência! Os assassinados costumam assombrar a vida dos seus assassinos, e eu tenho certeza de que os espíritos andam pela terra. Toma a forma que quiseres, mas vem para junto de mim e me enlouquece! Não me deixes só, neste abismo onde não te encontro! Oh! Meu Deus! É indescritível a dor que sinto! Como posso eu viver sem a minha vida?! Como posso eu viver sem a minha alma?!" [Página 146]




- Vocês conseguem "sentir" este trecho? Eu consigo ouvir o Heathcliff falando estas palavras. E ele não estava falando nada daquilo da boca para fora. Realmente estava sofrendo e desejava com desespero que a Catherine o perseguisse, que ela não se afastasse dele um só instante. Não importava que ela estivesse morta e que o correto fosse deixá-la descansar em paz. Ele precisava dela. Lembram-se que eu disse que ela era o ar dele, seu coração e alma? Como um ser humano pode viver sem isso? Não pode, verdade? Por isso, ele precisava que ela o atormentasse, que ficasse com ele, assombrando sua vida. Porque ele suportaria sofrer, suportaria a loucura, mas não suportaria ficar longe dela. É forte demais. É realmente um amor doentio. Um amor suicida. Mais destruidor do que a tempestade mais violenta. Mas é amor. Não importa se não é um amor saudável. É amor e eles não escolheram amar daquela forma. Não foi escolha deles. Eles não são culpados por se amarem tanto. Quem pode condenar dois jovens que se amam? Eu não posso. Condenei um dia, quando estava muito furiosa com o livro, por não me deixar em paz.rsrs... Por ficar me fazendo lembrar tanto dele. Mas me arrependi quase imediatamente. No fundo, eu não podia condená-los. 


- Enfim... Já falei muito, não é verdade? E nem disse metade do que gostaria de dizer. Faltaram-me as palavras adequadas. Creio que, talvez, por não existir palavras que pudessem fazer vocês sentirem o que sinto por esta história. Peço somente que vocês leiam a história. Não prometo que vocês vão amá-la. Existem pessoas que odeiam profundamente o livro e o casal principal. Existem aqueles não conseguiram sentir um pingo de ódio pela história, que a amam com todo o coração. E existem pessoas, como eu, que sentem tanto amor quanto ódio pelo livro. Ler este livro é um risco, mas talvez vocês devam arriscar. A escolha é de vocês. :)

- Eu poderia falar sobre outros personagens desta história. Outros personagens que também marcam o livro, embora não seja de forma tão intensa como Catherine e Heathcliff marcaram. Mas marcam. Entre eles: Edgar Linton, Isabella, Hareton e Cathy (filha da Catherine). Porém, como já falei demais, deixo que vocês conheçam esses personagens lendo o livro. Sobre eles, não digo nada. 


- Enfim... É isso. Espero que O Morro dos Ventos Uivantes possa me deixar tranquila agora. Sinceramente, não desejo ficar pensando tanto neste livro. Não faz bem. Nunca vou esquecer esta história, nem se lutasse com todas as minhas forças conseguiria, mas desejo deixá-la no cantinho dela e ler outros livros. Livros lindos e não tão fortes quanto este. Livros "tranquilos".rsrs...


Bjs e até breve!

24 de março de 2012

Selinhos e Memes


Olá, gente! :)


Recebi os selinhos e o meme abaixo da querida Alexis do blog Meus Tesouros Preferidos. Muito obrigada, flor! E peço mil desculpas por não ter publicado o post antes. 




Para aceitar:

- Cite o blog que lhe passou o selinhoMeus Tesouros Preferidos
- Indique para três blogs: No final.



- Indique 10 blogs para receber o selinho: No final.




Regrinhas:

Para poder usar esse meme, você deve:

- Ser indicado por algum blog;
- Responder as perguntas;
- Escrever quem te indicou: Meus Tesouros Preferidos;
- Postar essas regras;
- Indicar 5 blogs para o meme.


As perguntas e minhas respostas:


1- Quais são os seus cuidados de beleza diários?

R: Bebo bastante líquido, gosto de caminhar, danço (quando estou sozinha!!!rsrs... E isso é cuidado com a beleza, com o corpo), retiro toda a maquiagem antes de dormir... Também evito passar maquiagem durante a semana. Tem vezes que passo, tem vezes que não. Normalmente, uso apenas batom e rímel. E algumas vezes, somente o batom. Maquiagem demais estraga a pele. 

2- O que não falta na sua bolsa?

R: Documentos, celular, batom, Bíblia, caderno de anotações pessoais, canetas (sim. No plural. Vai que alguma não funciona? Como escrevo o que estiver passando na minha mente? Para quem não entendeu, eu escrevo as ideias que tenho para não esquecer. Gosto de escrever e quando uma ideia passa pela minha cabeça, tenho que colocá-la no papel para quando tiver tempo de desenvolvê-la)... E, é claro, livros! Nunca saio sem, pelo menos, um livro na bolsa. 


3- Para você, se cuidar é?

R: Comer comidas saudáveis (embora ultimamente eu não tenha paciência para comidas saudáveis.kkkkkkk...), beber bastante líquido, caminhar pelo menos uma vez por semana, ouvir músicas, ler um bom livro, assistir filmes, novelas (Sério?! Sim, pois está distraindo e alimentando a mente com coisas boas), não viver só de trabalho. Viva só de trabalho e verá o quanto isso faz mal! Lembre-se da Suzana, de "O Diário de Suzana para Nicolas". Lembre-se da lição das cinco bolas.rsrs..


4- O que mais gosta de comprar?

R: Nem preciso pensar muito: LIVROS!!!!!!!!rsrsrs... 


5- Como leitora, qual é seu livro favorito?

R: A história "O Quarto Arcano". Ela está dividida em dois livros (O Anjo Negro e O Porto das Tormentas), mas é a mesma história. Sou louca por essa história! Não poderia escolher outra.rsrs... 


6- O que lê atualmente?

R: Livros de banca e livraria. 



"Cada pessoa deve postar 11 coisas sobre si mesma, responder as questões de quem te enviou e então criar novas 11 questões e repassar para outros blogueiros. Avisar a quem indicou e assim a rede de conhecimento vai adiante. Não é preciso indicar quem te enviou as questões. Vamos lá..."

- Depois que eu disser 11 coisas sobre mim, irei responder as perguntas que a Alexis fez para as pessoas que ela indicou e também tenho que criar outras 11 perguntas e repassar. 


11 coisas sobre mim:

-> Adoro ler (não é nenhum segredo.rsrs...);
-> Não vivo sem músicas;
-> Sou louca pela novela "Zorro: A Espada e a Rosa" e estou aguardando com ansiedade o momento no qual ela será reprisada;
-> Sou do signo de câncer;
-> Acredito na existência do grande Criador. Acredito na existência de Deus;
-> Tenho pavor dos livros da Johanna Lindsey, apesar de ficar "presa" toda vez que começo a ler um livro dela;
-> Sou completamente apaixonada pelo Roger Blackraven, mocinho da história "O Quarto Arcano";
-> Comecei a ler romances em 2008;
-> Quando estou MUITO, MUITO furiosa sou explosiva.kkkkkk... Minha mãe, minha irmã e uma editora com a qual me aborreci, que o digam.rsrs...
-> Gosto de ajudar. Sim.rsrs... Sinceramente, eu adoro! E fico aborrecida quando alguém me pede ajuda e eu não sei como ajudar. Se vejo alguém pedindo ajuda, até mesmo no mundo virtual, e tenho como ajudar, eu ofereço minha ajuda, mesmo temendo que a pessoa não vá receber muito bem meu apoio;
-> Gosto do tempo nublado. Amo o vento, o céu meio cinzento... Me sinto em paz quando o tempo está assim. 

Perguntas da Alexis e minhas respostas:

1- Qual o seu lugar preferido para ler?

R: Minha cama.

2- Se você pudesse entrar dentro da trama de algum romance e assumir o lugar da mocinha, em qual você entraria e por quê.

R: kkkkkkkkkkk... A Isaura vai acabar com a minha raça!rsrs... Eu entraria no lugar da Isaura, apesar dela ter sofrido bastante. Por quê? Porque eu adoraria ser a razão de viver do Roger!kkkkkkkk... Eu sou louca por ele, já disse. É um fato. Sou perdidamente apaixonada por esse mocinho tão complexo e irresistível. :D

3- O que você prefere, mar ou montanha.

R: Montanha.

4- Qual a maior loucura que você já fez?

R: No momento, considero que minha maior loucura foi comprar pela internet recentemente, mesmo sabendo que a internet não é tão confiável. Me estressei demais por causa disso. Perdi a paciência e a culpa foi toda minha. Se não tivesse confiado no tal site, não teria me estressado. 

5- Qual seu personagem favorito?

R: Roger Blackraven. Sem comentários!kkkkkkkk...

6- Que tipo de romance você mais gosta?

R: Parece fácil de responder, mas não é.rsrs... Ultimamente tenho preferido romances mais reais, mais humanos. Mas tem vezes que quero ler um romance policial, um romance no qual o mocinho parece um cavalo, romance com mocinha explosiva, romance sobre amnésia, casamento em crise, vingança, romance histórico... Depende do dia. Do momento. 

7- Qual livro mais recente que você leu e ficou suspirando?

R: O Diário de Suzana para Nicolas - James Patterson. Suspirei com o amor que existia entre Suzana e Matt. Me emocionei muito com eles. 

8- Dos livros que você já leu, qual a cena mais inesquecivel?

R: A cena na qual Isaura e Roger se reencontram. É tocante demais. Foi num momento muito difícil para a Isaura e as coisas que o Roger disse, o apoio que ele lhe deu... Foi emocionante demais. A Isaura desmaiou, não porque fosse fraca, mas porque ela já não suportava mais. O momento que ela estava enfrentando era muito terrível e ao ver o Roger, ela não suportou mais. Com ele por perto, ela pôde se dar ao luxo de deixar a mente descansar por uns instantes. De fingir que nada de ruim estava acontecendo. Quando ela acorda, o Roger diz: " - Aqui estou, por ti. Foi o teu amor que me trouxe."  E existe um momento também, depois daquele reencontro, no qual o Roger pede a Deus para devolver sua Isaura. Ela não estava morrendo nem nada, mas estava destruída por dentro e aquilo estava destruindo o Roger também:

"Blackraven apertou-a contra si, beijou-lhe a cabeça, a testa e chamou-lhe 'minha pequena, meu amor', até que ergueu os olhos ao céu, suplicando:

- Meu Deus, devolve-ma."

9-  Se você fosse para uma ilha deserta e pudesse levar um mocinho, qual voce escolheria?

R: Preciso mesmo dizer???!!!kkkkkkkk... O Roger, é claro! 

10- Se pudesse viver em outro período de tempo, qual escolheria?

R: Antigamente, eu costumava dizer que nasci na época errada, pois sou muito romântica e tal. Mas depois de conhecer mais sobre o que se passava nos séculos anteriores, percebi que nasci na época certa.kkkkk... Se eu escolhesse outro período seria pelo Roger (vocês já devem estar cansados de me ver falar dele!rsrs...).

11-  Seu sonho de consumo para 2012:

R: Comprar boa parte dos livros que estão na minha lista de livros que tenho que comprar.rsrs... 


Agora, as minhas perguntas:

1- Gosta mais de romances históricos ou contemporâneos?
2- O que você mais gosta nos livros? 
3- O que você não suporta numa história?
4- Leria um livro no qual a mocinha se prostituí-se para criar o filho (estou complicando, não?rsrs...)?
5- Já leu algum livro da Judith McNaught? O que achou dele? Se leu "Whitney, Meu Amor", comente sobre o livro. 
6- Uma música que não sai da sua cabeça.
7- Já gostou de um mocinho que fosse contra todos os seus princípios? Já amou um mocinho que serviria mais para o papel de vilão? 
8- Já leu O Morro dos Ventos Uivantes? Se sim, fale sobre o Heathcliff. Diga o que achou dele.
9- Um filme favorito.
10- Uma novela que te marcou. 
11- Um blog que adora (não pode escolher o Emoções à Flor da Pele).


Bem... É isso. E para quem indico esses selinhos e as perguntas? Para qualquer leitora (ou leitor) que queira pegar os selinhos e responder as perguntas. Se sentir vontade, pegue os selinhos, responda as perguntas e não esqueça de deixar o link do seu blog para que eu possa conferir as suas respostas. :)


Bjs e até breve!

17 de março de 2012

A Luna indica esse blog: Livros e Distrações!!!



- Olá, queridos!

- Como vocês devem ter percebido, em fevereiro acabei não falando do blog que pretendia indicar no mês passado. E isso tudo por causa do atraso do post do mês de janeiro.rsrs... Por estar sem tempo, não consegui, em janeiro, falar do blog que pretendia indicar naquele mês e aí o post ficou para fevereiro sem ser de fevereiro.rsrs... Sei. Uma confusão. Só quero explicar que este blog que estou indicando agora, deveria ter sido indicado no mês passado. 

- Bem... Agora irei dizer por que estou indicado o blog Livros e Distrações. Por que ele é especial para mim?

"Meu nome é Isabeli, mas podem me chamar de Isa ou Beli. Tenho 25 anos e sou formada em História. Curto livros, seriados, filmes e música."

- Não. Não é pelo fato dela ser formada em História e, consequentemente, eu acreditar que ela gosta tanto de História quanto eu.rsrs... Não. O motivo não é esse. Gosto muito do blog da Beli por causa das suas resenhas, a forma como a Beli as escreve. 

- Faz já bastante tempo que conheço o blog da Beli, embora, como sempre, eu não lembre como o conheci. Só sei que não foi um blog que eu simplesmente encontrei, achei interessante e depois não visitei mais. Não. O blog chamou a minha atenção e sempre que tenho um tempo, o visito para ler as resenhas dela, saber quais livros ela está indicando no momento. Inclusive, foi graças a resenha dela que fiquei interessada no maravilhoso e inesquecível livro "O Diário de Suzana para Nicolas". Foi a resenha dela que fez eu desejar muito conhecer a história e falar dela para uma amiga, durante uma conversa. E não me arrependi. A Beli foi sincera e emotiva na resenha dela, despertando meu interesse, sem revelar demais. Me fazendo pensar no livro.rsrs... E como eu pensei nele! Continuo pensando, mesmo depois de já ter lido o livro. Não dá para tirar uma história assim da cabeça e do coração. Enfim...

- E como se o fato das resenhas dela serem bem escritas e envolventes, não bastasse para tornar o blog dela especial para mim, a Beli ainda é uma pessoa gentil e atenciosa com seus leitores. Algo que me agrada muito numa blogueira, principalmente se já sou fã do blog dela. Distância não me agrada. É fato. E a gentileza dela só torna o blog dela mais especial para mim. Faz parte dos blogs que tem espaço especial no meu coração. Aqueles que são inesquecíveis e dos quais sinto muita falta quando não tenho tempo de visitar. É um blog maravilhoso e eu recomendo muito. 

E só para deixar vocês com vontade de conhecer o blog dela, vou citar algumas resenhas que vocês podem encontrar lá. Sobre os seguintes livros:



Também pode saber a opinião dela sobre os seguintes filmes:



"Esse espaço tem uma regra muito importante: É PROIBIDO ME INDICAR ALGUM BLOG PARA COLOCAR AQUI!!! Entenderam o que eu quis dizer???!!! Vocês podem deixar links à vontade nos comentários, no espaço de recados, emails... Não me importo. Sempre tentarei visitar os blogs que vcs indicam e se o blog me interessar, irei segui-lo... Porém, NÃO é permitido me dizer qual blog eu devo colocar aqui, nesse espaço. Não irei dizer que amo um blog que nem conheço e que talvez nem tenha um assunto que me interessa. Nesse espaço, só haverá blogs que realmente tem algo que os torna especiais para mim."


Conheça outros blogs já indicados aqui:



Bjs e até breve! :)

Marcou fevereiro 2012:




- Em fevereiro só li dois livros:




- E entre esses livros, aquele que mais me marcou, conquistou... Foi Desejo nas Terras Altas. Por quê? 


"Cicatrizes lhe cobriam o peito, centenas de marcas vermelhas e brancas, como se tivessem tentado lhe arrancar a carne do corpo. Ah, Deus do céu, o que haviam feito com ele?

Seu estômago se apertou diante da evidente crueldade, e ela temeu que o simples toque da água quente lhe causasse dor. Vê-lo daquele jeito fez com que quisesse cuidar dele de novo, curar a escuridão física que sofrera. Quanto tormento Bram suportara no cativeiro? Tinha medo até de pensar naquilo." (página 33)


- Porque é um livro muito emocional, mais real do que muitos livros de banca costumam ser. Neste livro o drama não é causado por um mocinho podre de rico que se envolveu com a mocinha pobre acreditando que ela era um anjo e depois "quebrou" a cara ao "descobrir" (quase sempre eles estão errados) que ela não passa de uma qualquer. Aí, ele vai e pisa nela, ou desaparece e volta depois de alguns anos, clamando por vingança, pela honra que a mocinha manchou (a honra dele, é claro). Não. Neste livro o mocinho é feito prisioneiro pelos ingleses, come o pão que o diabo amassou e fica muito atormentado depois que consegue escapar. Achei isso humano. Os fantasmas que assombravam o Bram, as noites de insônia, os momentos de transe, sua confusão, sua prisão mental. Achei tudo isso muito real. Ele tinha passado por uma situação terrível. Era como se realmente tivesse ido ao inferno e voltado. E todo o tormento do Bram, o quanto ele era vulnerável, tocou o meu coração. E aí a autora soube conduzir muito bem a história, soube fazer algo com aquilo pelo que o Bram tinha passado. E criou uma história linda não só de amor, mas também de superação, recomeço. Eu chorei horrores com este livro.rsrs... Por isso, não pensei nem duas vezes ao escolher qual era o livro mais marcante de fevereiro. 

- Mas não pensem que este livro é só dor. Não. Apesar de explorar mais o lado emocional da história, dos personagens, a autora soube como não pecar pelo excesso. Foi tudo na medida certa e houve momentos de muita sensualidade e humor. Não consigo esquecer o momento no qual a Nairna decidiu rasgar a roupa do mocinho. A roupa que ele estava vestindo.rsrs... Ela decidiu arrancar a roupa do corpo dele.kkkkkkk... Foi muito divertido. 

- Felizmente, não teve livro que me marcou negativamente em fevereiro.


Bjs e até breve!

14 de março de 2012

O Diário de Suzana Para Nicolas - James Patterson



Depois de quase um ano juntos, o poeta Matt Harrison acaba de romper com Katie Wilkinson. A jovem editora, que não tinha qualquer dúvida quanto ao amor que os unia, não consegue entender como um relacionamento tão perfeito pôde acabar tão de repente. 

Mas tudo está prestes a ser explicado. No dia seguinte ao rompimento, Katie encontra um pacote deixado por Matt na porta de sua casa. Dentro dele, um pequeno volume encadernado traz na capa cinco palavras, escritas com uma caligrafia que ela não reconhece: “Diário de Suzana para Nicolas”. 

Ao folhear aquelas páginas, Katie logo descobre que Suzana é uma jovem médica que, depois de sofrer um infarto, decidiu deixar para trás a correria de Boston e se mudar para um chalé na pacata ilha de Martha’s Vineyard. Foi lá que conheceu Matt. E lá nasceu o filho deles, Nicolas.

 Por que Matt teria lhe deixado aquele diário? Agora, confusa e sofrendo pelo fim do relacionamento, é nas palavras de outra mulher que Katie buscará as respostas para sua vida. 

O diário de Suzana para Nicolas é uma história de amor que se constrói ao virar de cada página. Cada revelação é mais uma nuance sobre seus personagens. Cada descoberta é um fio a mais a ligar vidas que o destino entrelaçou. 


Palavras de uma leitora...



"Esta é uma história de amor, Nicolas, minha, sua e do papai! Ela conta como a vida pode ser boa quando se está com a pessoa certa. Fala de como é necessário aproveitar cada instante com essa pessoa especial. Cada milésimo de segundo" [Página 189. Suzana para Nicolas]


- Não sei como começar a escrever esta resenha. Não sei como começar a falar deste livro. É um livro muito difícil de resenhar. Não só por ser muito profundo e emocionante, mas também porque esconde um segredo que só deve ser revelado no final da história. Juro que vou tentar falar da história sem revelar demais. Prometo que vou tentar. 


- Eu me interessei por este livro quando li uma resenha muito bonita no blog Livros e Distrações. A querida Beli conseguiu fazer eu me arrepender de ter visto este livro nas Lojas Americanas certa vez e não ter comprado. Porém, eu ainda tentei me controlar. Como minha lista de leituras para este ano já estava fechada e eu já tinha muitos livros para ler, prometi para mim mesma que iria segurar a vontade de ler este livro. Prometi que aguardaria até o início do ano que vem. E o que aconteceu para me fazer ler o livro logo? Falei dele para uma amiga.rsrs... Contei sobre a resenha que tinha lido e ela mencionou ter visto um filme parecido. O que ela fez? Comprou o livro e leu. Percebeu ser a mesma história e me emprestou para eu ler.kkkkkk... Ela sabia que eu não adiaria mais a leitura, pois fico incomodada quando algo que não é meu está comigo, entendem? Se for um filme eu tenho que ver logo para devolver. Se for um livro, irei adiar tudo para lê-lo e devolver antes que a pessoa possa sentir muita falta dele. Não me agrada ficar com o que não é meu. Enfim... E assim, eu acabei adiando outras leituras para finalmente encarar o livro. 


- Confesso. Eu morria de medo dele. A Beli disse que quem gostava das histórias do Nicholas Sparks poderia ler este livro. Gostaria do livro.kkkkk... Sim. Eu gosto das histórias do autor depressão, mas morro de medo delas. As evito o máximo que posso. Ao mesmo tempo que quero ler novas histórias do autor, fujo delas, compreendem? Porque o Nicholas Sparks é um autor que escreve de uma forma tão sentimental, que você quase entra em depressão depois que termina de ler suas histórias. Ele faz com que a gente chore pelos personagens, pelas injustiças de algumas coisas, por nossas escolhas... Ele mexe demais com nosso emocional. E o James Patterson, autor do livro que estou resenhando agora, fez o mesmo ao criar esta história. Ele soube bem como mexer com a gente. Como fazer a gente se apegar aos personagens dele, só para nos destruir no final. O final é infeliz????!!! Eu disse que tentaria não revelar muito, não foi? Mas vou dizer uma coisa: o final NÃO é infeliz. Como?! Então por que o autor nos "destrói" no final?! Só lendo vocês vão saber. 


"Foi durante meu período de recuperação que um amigo me contou a história das cinco bolas. Nunca se esqueça desta história, Nicky. Ela é muitíssimo importante.
É o seguinte.
Imagine que a vida seja uma brincadeira em que você fica fazendo malabarismo com cinco bolas. As bolas se chamam trabalho, família, saúde, amigos e integridade. Você está mantendo todas as bolas no ar e um dia finalmente se dá conta de que o trabalho é uma bola de borracha. Se você a deixar cair, ela vai pular de volta. As outras quatro bolas - família, saúde, amigos e integridade - são feitas de vidro. Se você deixar cair alguma, ela vai ficar arranhada, ou lascada ou vai se quebrar de vez. 
Depois de compreender a lição das cinco bolas, você terá começado a atingir o equilíbrio na sua vida. 
Nicky, eu finalmente compreendi." [Páginas 23 e 24]


- O livro conta a história de Suzana Bedford,  uma mulher super dedicada ao trabalho. Ela era médica numa cidade grande e passava boa parte do tempo no trabalho. Se dedicava de corpo e alma aos seus pacientes. Tinha vezes que mal dormia. Porém, toda essa dedicação custou um preço muito alto. Com apenas 35 anos de idade, enquanto passeava, Suzana acabou sofrendo um infarto. Ao sobreviver naquele dia, ela teve uma chance de recomeçar e foi o que fez.




"Eu vinha dando voltas e mais voltas sem chegar a lugar algum, vivia no limite. Alguma coisa em minha vida acabaria não aguentando essa rotina. Infelizmente, foi meu coração." [Página 27]


- Suzana saiu daquela cidade e voltou para o interior. Para o lugar de onde veio. Ela não aguentava mais o estresse da cidade, não aguentava mais toda aquela pressão. Ou jogava tudo fora ou certamente iria morrer. Seu coração tinha sobrevivido uma vez. Será que aguentaria novamente? 


E é assim que ela conhece o homem que mudaria sua vida. O pintor de casas e poeta nos tempos vagos. O homem mais sensível que já tinha cruzado o seu caminho. O único com quem ela realmente se sentia em paz. Suzana tinha acabado de ser abandonada pelo homem com quem ela pretendia se casar, o homem que fazia parte da sua vida há quatro anos, pelo simples fato de talvez não poder ter filhos. Depois do infarto, uma gravidez era um sério risco. E o antigo namorado dela não estava disposto a encarar a situação. Além do mais, ele disse que já estava apaixonado por outra. Suzana ainda estava se recuperando do infarto quando recebeu essa informação. Foi um golpe. Mas ela não teve medo de confiar no Matt. Não teve medo de começar uma história com ele, pois sentia que ele era diferente. Eles eram muito parecidos. Assim como ela, Matt era feliz com coisas simples. Ele gostava de coisas simples. Amava olhar para um céu estrelado, ouvir uma bela música, dançar... viver. O namoro começou de forma natural e em pouco tempo, eles souberam que estavam destinados um ao outro. Matt a pediu em casamento e ela aceitou. Desta união nasceu o pequeno Nicolas, para quem Suzana decide escrever o diário contando toda sua história. A história de Nicolas, Suzana e Matt. Uma história de amor. 


"Todas as manhãs, sem falta, Matt se vira para mim quando acordamos, me beija e sussurra em meu ouvido. 'Temos o hoje, Suzana. Vamos levantar e ver nosso menino." [Página 158]


- É através das palavras de Suzana que nós começamos a entender esta história. Não. Não é uma leitura fácil. Quando entregou o diário para Katie, Matt avisou (através de um bilhete) que não seria fácil suportar algumas partes. Ele estava certo. Não foi fácil para Katie e também não é fácil para nós. 




"Coisas ruins acontecem às vezes, Nicolas. Lembre-se sempre disso, mas lembre também que é preciso seguir em frente de alguma maneira. 
A gente levanta a cabeça, olha para alguma coisa bonita, como o céu ou o mar, e segue em frente, caramba." [Página 93]




"É tão estranho", eu disse. "Tudo pode estar indo perfeitamente bem e então um dia, bum, somos apanhados de surpresa... um maldito e mísero golpe que nem tivemos a chance de ver." [Página 152]




- Mas o livro também conta a história de Katie, uma editora de Nova York, que venceu o medo de ir para a cidade grande e foi em busca do seu sonho. Ela era apaixonada por livros desde criança. Lia tudo que pegava nas mãos. Simplesmente adorava ler e por isso resolveu ser editora. Mas qual é a ligação entre Nicolas, Suzana, Matt e Katie? O amor das duas mulheres pelo mesmo homem. 


"Katie abaixou a cabeça quando terminou de ler o diário encadernado em couro e o colocou sobre o banquinho de madeira ao lado da banheira. Sentiu o corpo estremecer.
Então começou a soluçar e viu que suas mãos tremiam. Estava perdendo o controle e isso não era algo que acontecesse com frequência. Ela era uma pessoa forte, sempre fora. Sussurrou as palavras que ouvira uma vez na igreja do pai em Asheboro, na Carolina do Norte:


- Senhor, oh, Senhor, onde o Senhor está? 


Jamais imaginaria o efeito perturbador que aquelas páginas poderiam ter sobre ela. É claro que não havia sido apenas o diário que a deixara tão confusa e tensa.
Não, não havia sido apenas o diário de Suzana para Nicolas.
A imagem de Suzana lhe veio à cabeça. Katie a vira em sua casa tão singular na Beach Road, em Martha`s Vineyard.
Então pensou no pequeno Nicolas aos 12 meses de idade, com olhos azuis absolutamente brilhantes.
E, por fim, visualizou Matt.
Pai de Nicolas. 
Marido de Suzana.
E ex-namorado de Katie.
O que ela pensava de Matt agora? Poderia algum dia perdoá-lo?" [Páginas 7 e 8]


- Não é uma história complicada. É uma história que realmente poderia acontecer. Profunda, tocante, perturbadora. Antes mesmo de chegar ao final do livro é impossível condenar o Matt. Porque a gente percebe que ele é uma pessoa maravilhosa. Em seus poemas nós enxergamos sua alma. Em cada atitude. A forma como ele olha para Suzana, a forma como olha para a Katie, para o Nicolas. Nós enxergamos seu amor. E quando ele chora, nós sentimos vontade de chorar também. Matt é marcante. Nicolas é um anjo. Katie é especial e tão digna do Matt quanto Suzana. Mas é Suzana a personagem mais marcante desta história. É ela que mexe profundamente com a gente. Nos ensina grandes lições, como a das cinco bolas. De maneira simples, ela constrói um espaço só seu em nossos corações. Nos faz pensar em nossa vida, nossas atitudes e escolhas. Fez com que eu tomasse uma séria decisão. Suzana se tornou minha amiga. Minha grande amiga. Aquela que tem os melhores conselhos, que te faz seguir em frente. Eu nunca poderei esquecê-la. Levarei suas lições sempre comigo. Ela agora é parte de mim. Minha conselheira, minha amiga. Assim como o Roger é meu mocinho preferido, acima de todos. Suzana é minha mocinha preferida, acima de todas as outras. 




"Mas ela fez com que eu me desse conta, mais do que nunca, de quanto somos vulneráveis, de como viver pode ser igual a andar na corda bamba: um passo em falso e caímos. O simples fato de ver aquela pobre mulher hoje e de me lembrar de quanto temos sorte me deixou sem ar. 
Ah, Nicky, às vezes eu gostaria de poder guardar você em um lugar seguro, como uma relíquia preciosa. Mas o que é a vida se não a vivermos? Acho que sei bem disso.
Lembro-me de um ditado que minha avó costumava usar: um hoje vale dois amanhãs." [Página 143]


- Quando eu terminei de ler este livro estava na rua. No meio de várias pessoas. E apesar de ter tentado com todas as minhas forças segurar as lágrimas, foi mais forte do que eu. Não pude me controlar. Não pude evitar as lágrimas que queriam sair. Minha garganta doía com a força que eu fazia para me controlar, mas foi impossível. As pessoas provavelmente pensaram que sou maluca. Mas quer saber de uma coisa? Eu não me importo. Até pouco tempo atrás, detestava o fato de ser muito sensível, me emocionar com facilidade. Às vezes choro só de olhar para o céu cheio de estrelas. Antes não gostava disso. Achava que era ser muito estúpida, mas depois de conhecer Suzana, não me importo mais. Eu quero as coisas simples da vida. Quero continuar me emocionando ao ler um livro, ver um filme, uma novela. Olhando para o céu, para o mar. Quero continuar sentindo a vida. Suzana me ensinou muito e eu nunca irei esquecer suas lições. Não é uma sorte ser tão sensível? Não é uma sorte conseguir, hoje em dia, ainda se emocionar com pequenas coisas? Conseguir rir ou chorar com pequenas coisas? Não é uma sorte? "Não é uma sorte?" é uma frase que Suzana usa bastante enquanto escreve o diário para o filho, sua razão de viver. É uma frase que o Matt também passa a usar depois de ficar completamente louco por ela. E até a própria Katie usa. Mas vocês devem estar pensando... Katie não é rival de Suzana? Então deveria odiá-la, certo? E quem pode odiá-la? É impossível odiar alguém como a Suzana. A pessoa precisa ser muito cruel para desprezá-la. Só uma pessoa verdadeira má pode odiar alguém como ela. E Katie não é uma pessoa má. Ela é muito boa. Tudo que é criança a adora. Seus animais de estimação também.rsrs... Ela também é uma pessoa incrível e nem enxerga isso. Coloca defeitos em si mesma, mas é maravilhosa. Tanto que não pôde odiar a Suzana, por mais que quisesse.




" - Sabe o que é estranho, mãe? Eu gosto da Suzana. Droga. Sou uma idiota. Eu deveria odiá-la, mas não consigo." [Página 107]


- O livro recebeu todas as cinco estrelas no Skoob. É totalmente digno delas. Eu não poderia colocar defeito neste livro. Um livro que mexeu tanto comigo e me ensinou tanto, jamais poderia ser digno de menos estrelas. Ele merecia até mais. Porém... Eu o recomendo?! Bem... É complicado. Tenho medo de arriscar recomendar este livro para alguém. Ele é muito profundo. Realmente acredito que todos deveriam conhecer a história de Nicolas, Suzana, Matt e Katie, mas creio que existem momentos para ler um livro como este. Não é um livro que deve ser lido em qualquer momento. Vou te dizer uma coisa: você vai chorar ao lê-lo. Você vai sofrer com ele. Vai desejar xingar a vida e ao mesmo tempo abraçá-la. Vai reclamar do quanto ela é injusta e ao mesmo tempo irá dizer que é uma sorte poder vivê-la. Você vai se emocionar demais. Não vou mentir. Vai sofrer muito. Mas se acha que está preparado para lê-la no momento, arrisque. Não estou recomendando absolutamente nada!rsrs... Vocês decidem. Leiam o livro se quiserem. E quando quiserem. Vou deixar claro mais uma vez: não arrisquem ler o livro por causa da minha indicação, pois não estou indicando nada. Não me responsabilizo por nada!rsrs... 


- Duas músicas servem para esta história: "El privilegio de amar" - Mijares y Lucero. E "Nada es para siempre" - Luis Fonsi. 


"Nadie sabe qué podrá pasar mañana.
Quiero amarte hoy
Quiero abrir todas las puertas de mi alma.


Te quiero hoy
Quiero abrirle al corazón una ventana.
Esto es amor
Y es tan grande que no cabe en mis palabras
Quiero amarte hoy, quiero amarte hoy
Por si no hay mañana".


- Hoje o blog está completando dois anos de vida. :D Peço perdão por mais uma vez não ter conseguido pensar em nada para comemorar esta data que é tão especial para mim. Este blog é parte de mim, parte da minha vida. Do que sou. Nele escrevo o que penso, o que sinto. É meu cantinho, onde posso ser livremente quem realmente sou. E eu amo falar sobre livros. Amo demais colocar em palavras o que senti durante a leitura, mostrar para vocês o quanto tal livro é especial... ou o quanto ele é uma porcaria.rsrs... Enfim... Vocês não fazem ideia do quanto eu amo este lugar. E agradeço muito a vocês que estiveram comigo durante esse tempo. Vocês que fazem parte deste espaço, comentando, me enviando emails, sendo meus amigos. Me apoiando. É graças a vocês que este blog completou outro ano. Foram vocês que o mantiveram vivo. Sem vocês, este blog teria durado pouquíssimo tempo. Muito obrigada pelo carinho, queridos! :)




Bjs!
Topo