Literatura Nacional
Editora: José Olympio
Edição de: 2016
Páginas: 160
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*Lido emprestado da biblioteca pública
Sinopse: O quinze foi o primeiro e mais popular romance de Rachel de Queiroz. A história se dá em dois planos: um enfocando o vaqueiro Chico Bento e sua família; o outro, a relação afetiva entre Vicente, rude proprietário e criador de gado, e Conceição, sua prima culta e professora.
"Dignai-vos ouvir nossas súplicas, ó castíssimo esposo da Virgem Maria, e alcançai o que rogamos. Amém."
Naquele dia, como em tantos outros, Dona Inácia suplicava pelas chuvas, única esperança para seu povo que estava enfrentando a grande seca de 1915, vendo o gado morrer, a terra desolada e a fome se espalhando pelo sertão cearense. Conceição, sua neta de 22 anos que estava passando as férias ao seu lado, não acreditava que suas orações adiantariam de alguma coisa. Não choveria. Aquele era o início de um longo período de fome e miséria, marcado por desespero e mortes.
"- Ô sorte, meu Deus! Comer cinza até cair morto de fome!"
Determinada a tirar a avó daquele lugar, Conceição a convence a ir embora com ela para a capital, onde trabalhava como professora, e a situação de vida era bem diferente. Sabia que aquele apego pela antiga fazenda da família, no Logradouro, apenas acabaria por matar sua avó, sozinha, sem filhos, durante uma seca tão brutal.
Mas ao fim daquelas férias, Conceição não deixaria para trás apenas as lembranças da infância e os livros que já conhecia de cor... Deixaria também o seu primo Vicente, quem quase não encontrava ao longo dos anos, mas que todos que os conheciam desde meninos sabiam que ela amava. Tentara fazê-lo entender que o melhor era ir embora também, mas Vicente, teimoso e amante da terra, não se deixava persuadir. Aquele era o seu lugar. Ali morreria. Jamais faria parte do mundo dela.