30 de junho de 2012

Divino Tormento - Mary Jo Putney


(Título Original: Uncommon Vows
Tradutor: Arthur Max Rodrigues de Oliveira
Editora: Nova Cultural)



Lorde Adrian, conde de Shropshire, sabia que lady Meriel de Vere o estava enganando. Majestosa na floresta real, com seu falcão pousado no braço, ela corajosamente proclamava ser uma plebeia galesa, e não uma nobre normanda. Adrian, contudo, contemplou extasiado os cabelos negros como as asas de um corvo e os desafiadores olhos azuis, ouviu suas mentiras, e sentiu uma paixão intensa e primitiva roubar-lhe todo o bom-senso... 

Em um irrevogável lance do destino, Adrian deu ordens para que aquela beldade fosse trancafiada na torre de seu castelo, jurando que iria seduzi-la até que ela lhe contasse a verdade e se entregasse a ele, com beijos tão sequiosos quanto os seus... Meriel, porém, jamais cederia. Morreria se preciso fosse... Esse foi o seu juramento... Até que um inesperado arroubo de impetuosidade envolve Adrian e Meriel numa rede de tormentos que poderá pôr em risco o mais sublime dos amores... 




Palavras de uma leitora...




"Desde o primeiro momento em que a vi, senti que ela era... uma parte de mim que faltava. Que eu jamais conheceria a paz novamente se ela não estivesse por perto."


- Eu estava com medo de escrever essa resenha. Neste exato instante, ainda me sinto insegura. Simplesmente porque é muito difícil falar de um livro que mexeu tanto com o meu coração e arriscaria dizer, tocou até mesmo minha alma. "Divino Tormento" não é um livro qualquer. Não é simplesmente mais um romance. É um livro muito mais especial do que eu imaginaria que ele seria quando comecei a lê-lo. É... sublime. Arrebatador. É o que eu sinto e não consigo colocar em palavras. 



"— Não sou seu carcereiro.
Ela ergueu as sobrancelhas escuras.
— O que é então?
— Talvez eu seja seu destino."



- Não estava nos meus planos ler este livro. Eu nem lembro de ter ouvido falar dele antes. Mas dando uma olhada nos blogs que me são queridos, encontrei uma resenha que me arrebatou e o modo como a blogueira falava do livro, as coisas que ela dizia sobre ele, me fizeram ter certeza absoluta de que eu deveria esquecer todos os outros livros e ler aquele. Que eu precisava daquele livro, entende? Foi um sentimento muito intenso. Algo meio ilógico.rsrs... Eu não sabia por que, mas o livro me "chamava". Sim. Isso talvez seja uma prova de que não sou normal, mas eu nem quis pensar. Comecei a ler o livro. E não demorou muito para eu descobrir por que precisava tanto daquela história. 




"— O que sinto por você não é simples luxúria — disse ele, suavemente. — Para mim você é única e insubstituível, e não a deixarei partir."


- Vocês acreditam em amor à primeira vista? Sei que não é algo em que é fácil acreditar, mas eu sou o tipo de pessoa que acredita em amores que surgem à primeira vista. Quando duas pessoas estão destinadas (também acredito em destino? Às vezes.rsrs...) a se amar é muito possível que elas sintam essa conexão após a primeira troca de olhares. Ou talvez antes. Talvez antes mesmo de se olharem, pelo simples fato de estarem próximas, essas pessoas sintam que existe algo profundo, incompreensível entre elas. Talvez não percebam no primeiro momento que aquilo é amor, mas depois de um tempo, ao olhar para trás, não terão a menor dúvida. Foi o que aconteceu entre Adrian e Meriel. Bastou um simples encontro, um breve momento, para ambos sentirem que pertenciam um ao outro. Adrian não lutou contra essa certeza incompreensível. Ele soube que nunca conseguiria esquecê-la, mesmo se jamais voltasse a vê-la e não era forte o suficiente para lutar contra algo que, no fundo, ele desejava com desespero. Afinal de contas, ele sempre soube que algo faltava em sua vida. E nem mesmo todos os anos dedicados ao Senhor, conseguiram preencher aquele vazio. Mas Meriel, sim, lutou contra esse sentimento. Com todas as suas forças. Era um sentimento que surgiu quando ela menos esperava, que ela não sabia que desejava. Que surgiu num momento em que ela estava extremamente vulnerável. Ela não podia aceitá-lo. Como poderia aceitar o amor que vinha de uma pessoa que a tinha privado de toda a sua liberdade? Que a tinha trancafiado como um passarinho numa gaiola? Ela não podia amá-lo. Ele, para ela, era um monstro. Um anjo caído, que desejava governar sozinho e não tinha a menor piedade de quem quer que fosse. Ao olhar para Adrian, Meriel via o perigo. E corria na direção oposta.


"Mas se o conde fosse um anjo, devia ser um dos anjos caídos de Lúcifer, pois não enxergava nele compaixão ou bondade. Sua intensidade mascarada era mais assustadora que a brutalidade óbvia, e sentiu a garganta seca de medo."


Um pequeno resumo:


Século XII, 1137. Idade Média. 


Adrian sabia que aquela era a escolha certa. Não havia outra opção. Que maneira melhor de dominar sua natureza brutal, violenta e assassina, do que se entregando completamente a Deus? Se tornando monge e passando o resto de sua vida longe do mundo real? Mas no fundo, havia a dúvida. A vontade de desistir. Desistir de lutar tanto contra si mesmo e acreditar. Acreditar que, mesmo sendo mau, tinha o direito de amar e ser amado. Esse era um dos desejos mais secretos de seu coração. O desejo de casar e ter sua própria família. Casar por amor e servir a Deus de outra forma. Mas ele tinha medo. Tinha medo do próprio sangue, de si próprio. E sozinho, jamais conseguiria tomar a decisão de apostar em si mesmo. Mas uma interferência do destino... o obriga a sair de seu mundinho tranquilo e seguro.

No meio da noite, Adrian recebe uma notícia que abala seu autocontrole. Algo que o faz desejar vingança e ter sede por sangue. Algo que o faz tomar a decisão que precisava...

Sua família estava morta. Seu pais, seus irmãos, cunhada e sobrinhos. Seus criados. Todos. Assassinados. A ambição e crueldade de um bandido, tinha matado até mesmo mulheres e crianças. Seu pai e seus irmãos tinham lutado bravamente até a morte. Mas não tiveram a menor chance. Tinham sido enganados, caíram numa armadilha e ninguém pôde sobreviver ao incêndio. 

Adrian não tinha ainda nem dezesseis anos quando foi transformado em guerreiro e herdeiro de seu pai. Seu mundo seguro tinha ficado para trás e ele jurou, naquela mesma noite e diante de Deus, que vingaria sua família. Que reconstruiria Warfield e caçaria seu inimigo até ao inferno se fosse preciso. E o mataria. Mesmo que isso custasse a sua vida. 


Século XII, 1143.


Meriel deveria se sentir feliz. Afinal de contas, era uma sorte que sendo a caçula de cinco irmãos, seu pai ainda tivesse dinheiro suficiente para pagar o dote necessário para ela entrar para o convento. Era tudo que ele poderia fazer por ela e Meriel deveria se sentir grata. E estava. Em poucos dias, faria os votos que a prenderiam para sempre ali. Prender? Realmente deveria encarar seu destino como uma prisão? 

Embora lutasse contra aquela sensação, Meriel sentia que estava sufocando. Que ser freira não era o que seu coração desejava. Mas ela só teve certeza absoluta disso após vê-lo pela primeira vez...


Ela estava voltando do povoado, após ter cumprido suas tarefas, quando percebeu uma emboscada. Seu coração desejou avisar os homens que estavam caminhando para uma cilada que poderia lhes custar a vida, mas o vento e a distância jamais permitiriam que o aviso chegasse. E ela teve que assistir, impotente, a guerra mortal que não demorou a começar. Embora soubesse que era perigoso continuar ali, parada assistindo, não conseguiu desviar os olhos e nem correr enquanto podia. Ela só fugiu para o convento, quando o líder do grupo que tinha caído na armadilha, assumiu o controle da situação. Só aí, ela despertou e percebeu que precisava correr de volta para a segurança.

Mais uma vez o destino resolveu interferir e Meriel foi forçada a rever aquele homem naquele mesmo dia. E foi esse encontro, quando os dois estavam muito mais próximos do que ela poderia desejar, que a fez tomar sua decisão. Não tinha nascido para ser freira. Embora soubesse que o mundo era um local perigoso, pronto para tragar quem arriscasse viver nele, ela sabia que se sentiria muito menos perdida e sufocada vivendo nele do que dentro dos seguros muros do convento. 

E foi essa decisão que provocou, cinco anos depois, o reencontro inevitável. 

- Meriel adorava o ar livre. Passear sozinha com sua querida égua e seu falcão-peregrino, após cumprir suas obrigações. Já fazia cinco anos que ela tinha tomado a decisão de sair do convento e nunca se arrependeu. Vivia feliz no feudo de seu irmão, Alan, e não podia desejar mais nada da vida. Ou talvez, não soubesse que desejava.

Ela tinha saído para outro de seus passeios e dessa vez não permitiu que ninguém a acompanhasse para protegê-la. Não pretendia se afastar muito e nenhum perigo existia entre seu povo. 

Porém, durante o passeio, seu falcão-peregrino acabou entrando na floresta proibida. A floresta real, onde somente o rei Stephen e a imperatriz Matilda, ou nobres autorizados por eles, poderiam caçar. Caçar ilegalmente ali poderia significar ser seriamente punido. Meriel sentiu medo ao se aproximar daquele lugar, mas não podia deixar seu falcão ali. E por isso, ela acabou entrando. Selando para sempre o próprio destino. 


"Ao observar aquela garota magra e de cabelos negros embaraçados, Adrian sentiu algo sombrio e perigoso remexer lá no fundo de si. Ele a desejava com a mesma intensidade selvagem que sentia quando estava lutando por sua vida."


Foi naquela floresta que eles se reencontraram. Adrian não a reconheceu, mas sentiu algo profundo e violento. E soube, naquele instante, que não poderia deixá-la partir. Que não poderia deixá-la desaparecer sem fazer nada. Por isso, tomado por aquele sentimento perturbador e se aproveitando de uma acusação injusta de caça ilegal, ele ordena que seus homens a levem para o castelo e a prende na torre, deixando claro que ela só tinha duas opções. Ser sua prisioneira... ou sua amante.  


"— E sendo uma caçadora ilegal, moça, agora você pertence a mim, para fazer com você o que eu quiser."


- Desesperada, Meriel jura que jamais entregará seu corpo. Que se quisesse tê-la, Adrian teria que usar a força e subjugá-la. E a partir daí, uma guerra fria se inicia. Uma guerra que pode ser muito mais perigosa e trazer mais dor do que eles poderiam imaginar. 



"— Escreva minhas palavras, milorde. Pode me estuprar, pode me matar, pode destruir meu corpo de mil formas, mas não terei valor algum para você depois disso. — Baixou a voz e disse num sussurro: — E juro sobre o túmulo de minha mãe que não me fará ceder."


- Esse é um dos trechos mais marcantes para mim. Não por mostrar o quanto Meriel era corajosa, capaz de desafiar um homem que tinha a vida dela em suas mãos, mas por outros motivos. Não direi por que, pois estaria revelando um segredo da história. Mas posso dizer que esse trecho, esse desafio, trará muito sofrimento aos leitores do livro. Pelo menos, foi o que aconteceu comigo. Ainda me lembro do que senti pouco tempo depois da Meriel dizer isso. Durante várias páginas do livro, após esse trecho, eu me derramei lágrimas. Foi impossível manter o controle. Foi impossível ver meu casal querido sofrendo tanto e ficar indiferente. Não consegui. Chorei com eles. Sofri com eles. Me desesperei com eles. E cheguei a acreditar que nada mais poderia dar certo. Achei tudo muito chocante e inesperado. Nunca poderia imaginar que algo como aquilo pudesse acontecer. Mas eu sabia que o amor do Adrian era violento, obsessivo. Desde o início eu soube que se ele perdesse o controle, as consequências poderiam ser sérias demais. Eu sabia que um amor como aquele poderia destruir os dois. Sabia que ele poderia ir longe demais... Mas nada pôde me preparar para o momento. Eu sofri muito, mas não se compara ao sofrimento dos dois. Principalmente, ao sofrimento do meu querido Adrian. 


"Ela é como... uma doença no meu sangue."

- Não dá para explicar o que sinto pelo Adrian. Sempre que penso nele sinto meus olhos se encherem de lágrimas. Dizer que sinto afeto por ele, carinho, que o amo com todo o meu coração ainda seria pouco. É muito mais do que isso. Sempre soube que ele não era um mocinho qualquer. Logo no início, pouco tempo depois de conhecê-lo, eu soube que ele iria me atingir. Que iria me roubar o ar e o coração. E que eu choraria por ele. Que desejaria pegá-lo no colo e protegê-lo dele mesmo. Abraçá-lo e dizer que tudo iria passar e que ele não era o monstro que acreditava ser. Adrian mexeu demais com as minhas emoções. Nunca pude considerá-lo um mocinho cruel. Ele era teimoso, tinha machucado a Meriel, tinha roubado sua liberdade e a estava sufocando, mas em nenhum momento ele quis lhe fazer mal. Não. Tudo que ele fazia era por amar demais e não ter forças suficiente para deixá-la voar livremente. Ele não podia deixá-la voar para longe dele. Isso significaria sua destruição e era impensável. Então, ele cortou suas asas e a afastou de tudo que ela amava. A privou da companhia de qualquer pessoa. A impediu, inclusive, de se distrair enquanto estava trancada naquele quarto. Adrian acreditava que a solidão a faria se voltar para ele e isso mexeu muito com o meu coração. Ele não queria o mal dela, queridos. Tudo que ele queria era o seu amor. Se não tivesse contato com outras pessoas, ela aceitaria mais facilmente sua presença, sua aproximação e com o tempo, viria a amá-lo. Era nisso que Adrian acreditava. Então, ele a deixava trancada por dias e depois se aproximava para convidá-la para algum passeio. Eu não lembro de ter sentido raiva dele.rsrs... Ele  a estava machucando sem perceber, mas sua intenção não era essa. Sei. Não é desculpa.rsrs... Já mandei outros mocinhos para o inferno por menos, mas... Não pude fazer o mesmo com o Adrian. Não pude julgá-lo e nem condená-lo. Não tinha esse direito. Ninguém tinha (já deu para perceber que o Adrian tem a minha proteção? Que o defenderei de quem tentar crucificá-lo?rsrs...). Eu vi todo o amor que ele sentia por ela. Sua necessidade de ser amado por ela. E antes mesmo de eu perceber, ele já tinha conquistado meu coração. A partir daí, fiquei perdida. 


"— Jesus Cristo — disse arfante numa prece desesperada. — Meu bom Jesus, ajude-me.


As palavras não aliviaram sua loucura. Convulsivamente ele se virou, agarrou o baú ao pé da cama e arremessou-o contra a parede de pedra com toda a sua força, os músculos retesando-se ao limite, e soltou um urro angustiado e sem sentido. As tiras de metal se partiram e o baú se arrebentou num estrondo, caindo no chão, e as roupas coloridas voaram sobre o junco.

A destruição aliviou um pouco de seu tumulto interno, mas não o bastante, nem perto disso. Adrian olhou nos olhos azuis de Meriel, arregalados de choque e terror.

— Perdoe-me — sussurrou ele. — Perdoe-me, falcãozinho."


- Já conheci diversos mocinhos que fizeram mal as mocinhas que amavam. Mas foram poucos aqueles capazes de se arrepender e pedir perdão. E foram poucos os que me emocionaram tanto ao se arrependerem. Estou aqui em lágrimas novamente.kkkkk... Eu me lembro de tudo que o Adrian sofreu e ainda sinto uma dorzinha no coração por causa disso, mesmo depois de ter terminado a leitura. Mesmo depois de saber que tudo terminou bem no final. Mas não consigo evitar me sentir mal por ele ter sofrido, entende? Porque ele errou. Sim. Errou feio, mas não merecia pagar tão caro. Achei seu castigo injusto demais. Mocinhos que fizeram coisas piores, pagaram menos. E uns nem pagaram! E ele... que a amava com toda sua alma, que daria sua vida por aquela mulher, tinha pagado um preço muito alto por algo que merecia um castigo menor. Eu senti que a vida foi muito injusta com ele. E disso sim senti raiva. Muita raiva. Algo que só aumentou o desprezo que sinto por supostos mocinhos que tratam as mocinhas como se elas fossem lixo e depois são perdoados sem sequer pedirem perdão de forma decente. Dizer que eu fiquei furiosa com tudo que o Adrian sofreu, seria pouco. O Adrian foi um dos mocinhos pelos quais eu mais sofri. Um dos que mais me fizeram derramar lágrimas. 


"Liberte-a.

Um calafrio cortante acompanhava as palavras, atravessando seu corpo e abrigando-se em sua alma."


- Não sei dizer ao certo o que tem de tão especial no Adrian. Só sei que o amo demais e que ele é totalmente digno do amor de nós leitoras. Ele é... único, sabe? Lutava tanto contra si mesmo. Desejava tanto o amor de Meriel e ao mesmo tempo se considerava um monstro. Um ser humano que só tinha maldade dentro de si e precisava lutar contra essa "realidade". Ele acreditava nisso por causa da loucura que o tomava toda vez que ele estava numa batalha. Ele não conseguia enxergar que tinha um lado bom. E que esse lado, todo o amor que ele tinha dentro de si, era mais forte do que qualquer coisa. 

"— Eu vou me redimir, ma petite. Por tudo que lhe fiz."


- É raro eu ver um mocinho prometer não mais machucar a mocinha e realmente cumprir a promessa. É difícil conseguir sentir tanto amor num mocinho. Mas o Adrian, sempre cumpria suas promessas. E mais importante do que sua alma, sua vida e sua felicidade, era Meriel. Se para ela ser feliz, ele precisasse morrer, ele não pensaria duas vezes antes de se entregar ao inimigo e deixar o outro matá-lo. Meriel era o ar  que ele respirava. Sua amada. Sua razão de viver. Não pude resistir a tanto amor. E a Meriel, coitadinha, também não conseguiu resistir por muito tempo.rsrs... 


"Nos últimos meses, aprendera muito sobre medo e coragem, sobre paixão e raiva, sobre as sombrias e misteriosas profundezas da alma humana. Havia perdido a inocência em vários sentidos, e percebeu como estava protegida na vida que tinha anteriormente."



- O que eu posso dizer sobre a Meriel? Assim que a conheci, pensei que ela era um anjo. Uma mocinha incapaz de sobreviver na Idade Média e em qualquer outra época. Acreditava que nem no século atual ela conseguiria sobreviver. A julgava uma pessoa muito frágil, que precisava ser protegida, senão iria cair e se partir em vários pedaços. E em parte, eu estava certa. Meriel não tem a metade da força que Whitney (Whitney, Meu Amor), Sheila (A Carícia do Vento), Victoria (Agora e Sempre) ou Gelina (A Conquistadora) tiveram. Não sobreviveria ao que Isaura (O Quarto Arcano) sobreviveu, mas também é uma querida. Um anjinho que nós queremos proteger, sabe? E teve coragem suficiente para voltar atrás. Para parar de lutar contra algo que ela desejava. Que precisava com desespero. Senti raiva dela em certos momentos da leitura, é claro.rsrs... Ela magoou muito o meu Adrian. Fez ele comer o pão que o diabo amassou, mas também foi impossível não perdoá-la. Acabei adotando-a também.rsrs...


- Já falei demais, não é? Mas já estou acabando.rsrs... E não contei os segredos da história! Consegui ficar com a boca calada (só aqui, é claro. A Carlita e a Moniquita tiveram que aguentar meu desabafo, coitadas. Isso que dá serem minhas amigas.rsrs...), mas só porque não quero ser uma estraga-prazeres. A vontade que eu tenho é de contar a história inteira. Falar dela até me cansar (algo que não aconteceria nem tão cedo!). Dizer tudo que acontece e tudo que cada cena me fez sentir. Mas vocês merecem conhecer a história sozinhos. Só peço que não demorem muito!kkkk... Quer um conselho? Largue o que estiver lendo (se a leitura não estiver sendo muito agradável) e corra atrás de "Divino Tormento". Você não irá se arrepender, pode ter certeza. 


- O pano de fundo dessa história é a guerra entre o rei Stephen e a imperatriz Matilda. O rei Henrique I antes de morrer fez seu povo jurar aceitar Matilda como herdeira do trono. Apesar de ter outros filhos, Matilda era a única legítima e Henrique queria que ela o sucedesse. Mas a traição de Stephen fez com que Matilda perdesse o trono e ele assumisse seu lugar. Na verdade, ele roubou o trono dela, fazendo assim com que a Inglaterra fosse dividida e uma guerra de anos se iniciasse. E  é no meio dessa guerra, que se passa a história de Adrian e Meriel. Adrian era aliado da imperatriz Matilda e Meriel, apoiava o rei Stephen.  


- Como disse no início da resenha, foi graças a resenha de uma blogueira querida que eu decidi ler esse livro. Foi a resenha da Tonks do blog Romances in Pink. Para conferir a resenha dela, basta clicar AQUI.


- Dei cinco estrelas ao livro no Skoob porque não podia dar mais. Mas o livro é digno de mais do que isso. Nem mil estrelas ainda seria suficiente para mim. É um dos livros mais especiais que eu já li. E eu recomendo sem pensar duas vezes! 


Bem... É isso. Durante a leitura do livro, quando já estava chegando ao final, pensei numa música e acabei considerando-a perfeita para a história.rsrs... É a música "Si Yo Fuera Tu" de Servando y Florentino. Recomendaria que, quem gosta de ouvir músicas enquanto lê, ouvissem essa música durante a leitura do livro. :)


"— Eu a amo desde o momento em que a vi, Meriel, não apenas porque aos meus olhos você é linda, mas porque preenchia alguma necessidade profunda e dolorida da minha alma. Acho que foi porque você era tão inteiramente você mesma. E tão livre. Tão livre quanto seu próprio falcão. — Adrian se interrompeu olhando para o outro lado, as linhas do corpo rígidas. — O abade William diz que frequentemente matamos o que mais amamos, e ele tem razão. Sendo homem e sendo um tolo, tentei enjaulá-la, prendê-la a mim, destruir o que mais amava em você."


— “Eu dormia, mas meu coração estava desperto” — disse ele baixinho, também citando o Cântico dos Cânticos. — “É a voz do meu amado que me chama, dizendo: Abra-se para mim, minha querida, minha pomba, minha companheira.”


"— O que há em meu coração é amor. — Meriel pegou a mão dele e beijou-o na ponta dos dedos. — “Eu sou do meu amado, e meu amado é meu.”


"— “Beija-me com os beijos da tua boca, que teu amor é melhor que o vinho.”


24 de junho de 2012

Bodas de Fogo - Deborah Simmons


(Título Original: The Devil's Lady
Editora: Nova Cultural)


1º Livro da Série De Laci


Piers Montmorency

Diziam que o misterioso Cavaleiro Vermelho não era um simples mortal. Que fizera um pacto com o demônio, em troca de se tornar um guerreiro invencível. Isadora, porém, podia sentir com todo o seu ser que as sombras do enigmático e fascinante Piers ocultavam um segredo muito mais profundo...

Isadora de Laci

Feito um vendaval, Isadora invadiu o castelo de Dunmurrow para reivindicar o Cavaleiro Vermelho como marido! E Piers percebeu que sua vida mudaria para sempre. Mas uma mulher tão ardente e cheia de luz iria aceitar viver uma paixão envolta pelas trevas?



Palavras de uma leitora...



Víveme sin miedo ahora
Que sea una vida o sea una hora
No me dejes libre aquí desnudo
Mi nuevo espacio que ahora es tuyo, te ruego.
Víveme sin más vergüenza
Aunque esté todo el mundo en contra
Deja la apariencia y toma el sentido
Y siente lo que llevo dentro.

Y te transformas en un cuadro dentro de mí
Que cubre mis paredes blancas y cansadas.

Créeme esta vez
Créeme porque
Me haría daño una y otra vez.

Sí, entre mi realidad
Hoy yo tengo algo más
Que jamás tuve ayer
Necesitas vivirme un poco más.

(Música: Víveme/Cantora: Laura Pausini)


- Talvez seja porque estou com essa música na minha cabeça. Mas achei essa música simplesmente perfeita para o casal. Principalmente o refrão. Acho que agora, toda vez que ouvir essa música, irei lembrar de Isadora/Aisley e Piers. Acho que mesmo sem a música esse casal não vai sair da minha cabeça tão fácil. E nem do meu coração! Que bom que meu coração é grande o suficiente para abrigar tantos mocinhos.rsrs... 

- Vocês que me conhecem já há tanto tempo sabem: sou uma romântica incurável. E como tal, não resisto à uma bela história de amor. Seja num filme, numa música, novela ou livro. Principalmente, num livro. E, se conhecem essa história, podem imaginar o quanto eu me xinguei aqui por ter demorado tanto tempo para ler esse livro. Não podem?!rsrs... Pois é. Só de pensar na quantidade de porcarias que li nesses últimos anos (um exemplo: Alana, a Bruxa. Outro exemplo: Rede de Sedução. E ainda outro: Amor/Ódio e Vingança) sinto uma vontade enorme de me esganar. Isso porque no lugar desses livros, eu poderia ter lido "Bodas de Fogo" e "A Esposa Virgem". E já digo até mesmo "O Lobo Domado", pois já tenho certeza de que vou amar esse livro. E não consigo aceitar que li tantos livros ruins quando poderia ter lido esses livros da Deborah Simmons! Como pude ser tão estúpida ao ponto de passar aquelas "coisas" na frente? Não é algo aceitável!

- Hoje eu tinha centenas de coisas para fazer. E as deixei em último plano. Para terem uma ideia são quase sete horas da noite e nem comecei a fazer nada do que precisava. Sim. Estou encrencada, mas não dou à mínima. Passei horas maravilhosas ao lado de "Bodas de Fogo" e não me arrependo nem um pouco disso. Foram momentos inesquecíveis e mágicos. O mundo inteiro parou de existir quando eu comecei a ler esse livro. É como se eu tivesse sido enviada para outro mundo. Como se a vida não tivesse problemas, como se eu não tivesse obrigações e nem preocupações. Me envolvi completamente com a história de Aisley e Piers.  Me diverti com os planos da Aisley e sofri pelo meu querido Cavaleiro Vermelho e solitário. Foi uma experiência única e inesquecível. Mas creio que eu já disse isso, certo?rsrs... 


- Pretendo ler muitos outros livros da Deborah Simmons. Ela já me ganhou como fã! Depois desse livro, me declaro fã dessa autora sensacional. Mas, embora eu pretenda ler muitos livros da autora, posso afirmar desde já que nenhum irá superar "Bodas de Fogo". Nenhum se tornará mais especial do que esse. Como disse no caso da história do meu Roger, sou uma pessoa fiel. Amei muito o livro "A Esposa Virgem". Me irritei muito com o Nicholas, mas acabei completamente apaixonada por ele. E por falar em Nicholas... Ele aparece em "Bodas de Fogo". Bem mais irritante do que é na própria história, só para saberem.rsrs... Tenho certeza de que irei amar o lobo da frase "Trema por mim, moça!", mas nenhuma história da autora poderá me arrebatar mais do que a do meu querido Piers. Não. Ele já conquistou o direito de estar acima dos outros. Peço perdão ao Nicholas, mas a culpa não é minha.rsrs...


- Para começar, nada de "um pequeno resumo" nesta resenha. Posso ser louca, mas nem tanto. Se fizer o tal resumo separado vou acabar contando demais e não me perdoaria por isso. Nem vocês me perdoariam!rsrs... 


Eu comecei a leitura desse livro já sabendo qual era o segredo sombrio que atormentava nosso Cavaleiro Vermelho. A culpa foi e não foi minha por eu saber. Foi minha porque eu não deveria ter começado a ler a série pelo segundo livro (ler séries fora de ordem nem sempre dá certo. Na maior parte das vezes, dá muito errado.). E não foi porque não poderia adivinhar que a autora seria uma fofoqueira no segundo livro.rsrs... Logo no começo da segunda história, a autora já foi soltando todos os segredos que cercavam o primeiro livro. Ela nem pensou nos pobres desavisados que poderiam não saber que o livro faz parte de uma série (não foi meu caso, pois eu sabia.rsrs...), mas tudo bem. De qualquer forma, saber o segredo não diminuiu em nada minha vontade de ler a história. Pelo contrário, quanto mais eu sabia sobre a Aisley e o Piers (através do segundo livro) mais vontade eu tinha de ler o livro deles. E como prova, aqui estou eu falando do livro! Mal acabei de ler "A Esposa Virgem" já me preparei para começar a ler "Bodas de Fogo". Não tinha a menor vontade de adiar mais a leitura deste livro. Precisava com desespero conhecer o famoso Cavaleiro Vermelho. Precisava saber mais sobre ele, ler sua história, conhecer mais profundamente seu coração e seu amor pela Aisley. E como eu já disse, foi uma experiência inesquecível (suspiros, suspiros, suspiros).


- Para os leitores que ainda não conhecem a história:

Tudo começou por causa da traquinas de dezessete anos (conhecida tanto pelo nome de Aisley quanto Isadora) que viu toda sua família morrer e ficou com a responsabilidade de sustentar seu povo e manter suas terras. Embora fosse nova e inexperiente, Aisley não teve medo da responsabilidade. Pelo contrário. A abraçou e se dedicou dia e noite ao trabalho. Suas terras se conservaram prósperas, seu castelo impecável e seu povo alimentado e saudável graças aos seus esforços. E ela não poderia ter ficado mais revoltada quando o rei Edward, do alto da sua sabedoria, decidiu que ela necessitava de um marido para protegê-la e cuidar de suas terras.

Aisley nunca tinha desejado se casar. Sequer tinha alguma vez ficado atraída por qualquer homem. Ela desejava permanecer solteira para sempre, pois sabia que um casamento significaria perder todos os seus direitos. O seu direito ao próprio corpo, à liberdade e a tudo aquilo que era seu por ser a única sobrevivente dos de Laci. E ela não podia aceitar tal coisa. Não estava nem um pouco disposta a se curvar perante a ordem do rei. Por isso, sem temer as consequências de tal ousadia, ela decidiu traçar um plano para enganar seu adorado soberano. 

Seu plano não deu certo, como era de se esperar. E por causa da sua ousadia, Aisley acabou presa a um homem que era temido por todos. Um homem terrível que muitos diziam ser amigo íntimo do demônio. Alguém que tinha se trancado num castelo antigo do qual, segundo as lendas, quem entrasse não saía com vida. Além disso, as pessoas também diziam que ele não era um simples mortal. Mais um ser com poderes sobrenaturais capaz de enfeitiçar um ser humano para depois comer o seu coração no jantar. 

Embora não acreditasse em bruxaria ou algo do gênero, Aisley tinha que admitir que sentia medo. Graças à sua estupidez, estava presa a um desconhecido. Alguém que poderia fazer com ela o que quisesse e ninguém iria interferir. Até porque, nenhum ser humano com um mínimo de juízo (algo que faltava na cabeça dela), ousaria se aproximar do covil do Cavaleiro Vermelho. 

Ao entrar no castelo de seu futuro marido, Aisley mergulha num mundo novo e assustador. Um lugar cercado pela escuridão e por um mistério que ela estava longe de desvendar. Quem seria o Cavaleiro Vermelho? Um assassino cruel? Um feiticeiro? Uma fera? Um ser com alguma deformidade nauseante? Um homem obrigado a viver dentro daquele castelo sombrio e carente de vida por ter feito um pacto com o demônio? Uma coisa eu posso dizer: seja o que for, homem ou fera, nosso Cavaleiro Vermelho possui um coração que não demorará a ser conquistado por uma jovem bela e persistente que não sossegará até ter nosso temível Cavaleiro Vermelho em suas mãos. 


"- Você vai cantar para mim esta noite?"


- Uma das frases mais marcantes do livro para mim, foi esta. Não sei explicar direito por quê. Talvez porque através dela e do modo que ela foi dita, eu enxerguei toda a vulnerabilidade do meu querido mocinho. Mesmo explosivo, capaz de destruir toda a mobília com as próprias mãos (perdi a conta de quantas vezes ele bateu com o punho em algum móvel), existia uma vulnerabilidade tocante nele. Eu sentia que se quisesse,a Aisley poderia destruí-lo. Eu podia enxergar toda sua dor e toda sua solidão. E vê-lo sofrer, me fazia sofrer. E eu não poderia ter ficado mais feliz com a escolha que a Deborah fez. Não existia ninguém mais perfeita do que Aisley para libertar nosso Cavaleiro Vermelho. Ninguém capaz de se entregar de corpo e alma e sem medo ao mundo dele, de amar mesmo sem saber seus segredos. Mesmo temendo conhecê-los. Quanto mais próxima ficava a relação dos dois, mais envolvida e apaixonada eu ficava.rsrs... Sabia que tinha que deixar o livro de lado um pouco, para organizar minha própria vida, mas não conseguia! Não conseguia me libertar do mundo de "Bodas de Fogo". Esse livro me tornou prisioneira até que eu cheguei ao fim da história. Na verdade, creio que serei prisioneira dele para sempre. E não estou reclamando.rsrs...

"Porém antes que tivesse tempo de protestar, o silêncio ao redor foi quebrado por um rugido feroz, como se alguma fera estivesse à solta.

- Piers. - O nome do marido escapou de seus lábios num murmúrio rouco e emocionado."


- Piers é um mocinho que me conquistou muito mais rápido do que o Nicholas (mais uma vez tenho que pedir perdão ao meu querido mal humorado). Não sei dizer em que momento aconteceu. Ele simplesmente me conquistou, me envolveu, me roubou o ar. E eu que tinha dito que precisava ler um livro que NÃO me impedisse de respirar.kkk... Eu tinha expectativas quando comecei a ler o livro. Até porque, já tinha ouvido falarem maravilhas da história (uma amiga querida, inclusive, ama com todo o seu coração esse livro). E o livro não foi menos do que imaginei. Chegou a ultrapassar minhas expectativas. Ele é muito mais apaixonante do que eu imaginei que seria. O Piers é muito mais arrebatador do que eu poderia sonhar que ele seria. Foi uma delícia ler essa história, queridos! Foi algo único. E eu continuo furiosa por ter esperado tanto. Me arrependo amargamente por não ter conhecido antes o meu Piers e sua maravilhosa história. Me arrependo muito. 


- Bem... É chegado o momento de eu parar de falar.rsrs... Não posso correr o risco de falar demais. Já disse que eu não me perdoaria por isso. Só vou comentar mais uma coisa antes de encerrar, ok? :)

- Amei o aparecimento do meu Nicholas!:D Sei que ele é um cabeça dura, teimoso, explosivo e que consegue ser muito, muito, MUITO irritante mesmo. Mas eu suspirei aqui encantada quando ele apareceu. Sempre frio, indiferente, mas irresistível. Chegou como um anjo vingador, concentrado em sua vingança e nem sequer conseguiu perceber que tinha uma irmã precisando do afeto de seu último parente vivo. Claro que a indiferença dele me irritou mais uma vez, mas eu já o conheço e ele não me engana mais. Sei que dentro daquele coração duro existem sentimentos profundos e maravilhosos. Que ele era apenas um homem ferido e sozinho, esperando por sua Sophie. :D

Achei interessantes alguns comentários do casal sobre o meu Nicholas:


"- Mas quando olho dentro daqueles olhos cinzentos é como se enxergasse apenas o frio e a escuridão."

"- Seu irmão precisa de uma esposa. - Piers abraçou-a com força, aspirando o perfume dos cabelos longos e sedosos. - Talvez Edward possa ser persuadido a arranjar alguma coisa. Tenho a impressão de que, assim como a irmã, Nicholas só se casará se for forçado a fazê-lo."


- Se eu não soubesse que o Piers seria incapaz de entregar uma pobre moça nas mãos daquele Nicholas supostamente vazio e cruel, eu poderia jurar que ele teve participação na decisão do rei Edward de casar Nicholas e Sophie.kkkkk...


- Não posso deixar de dizer que esse livro foi uma indicação da minha querida amiga Carlita. E da desaparecida e também querida, Jessica Santana. Agradeço muito pela indicação de vocês, meninas! Foi um presente ler esse livro! :)

- Nem preciso dizer se indico esse livro, não é? É leitura obrigatória, queridos! Sei que gosto é algo muito pessoal, mas leia esse livro com o coração e tenho certeza de que você também será conquistado pela história de Aisley e Piers. É uma história linda demais que eu desejo que todos tenham a oportunidade de conhecer.

Para quem ainda não sabe, já existe resenha deste livro aqui no blog. Sim! Como eu disse, minha querida amiga Carlita é apaixonada pelo livro e já resenhou sobre ele. Para conferir a resenha dela, clique AQUI. Eu recomendo muito a resenha dela. Vamos ver por quanto tempo vocês conseguem resistir à vontade de ler esse livro.rsrs... Aviso: se demorarem muito vão ficar com raiva de vocês mesmos como eu fiquei de mim. Ainda não consigo entender como pude ser tão estúpida ao ponto de demorar tanto tempo para ler um livro que eu já sabia que era especial!!! 



Para conhecer o segundo e último livro da série:



Bjs e até breve!

23 de junho de 2012

A Esposa Virgem - Deborah Simmons [Maratona de Banca 2012 - Junho]

(Título Original: Maiden Bride
Editora: Nova Cultural)



Em junho: Histórico -> Período Medieval



2º Livro da Série De Laci


Ele queria vingança. Ela ansiava por paixão.


Bretanha, Idade Média.

Nicholas de Lacy tinha uma chance de se vingar usando Sophie Hexham, a sobrinha de seu inimigo. Ele se casou para transformar a vida dela num inferno. Mas se ele estava pensando que ela aceitaria isso passivamente, estava muito enganado. Será que o ódio e o desejo de vingança poderiam se transformar em amor?

Sophie Hexham ficou desapontada com o desinteresse de Nicholas de Laci em fazer-lhe companhia no leito nupcial... É que Nicholas, obrigado a se casar, por ordem do rei, com a sobrinha de seu maior inimigo, jurara vingar-se fazendo-a sofrer. Mas Sophie sabia como conquistar o coração do marido de uma maneira que ele jamais imaginara!





Palavras de uma leitora...


"  — Vou descobrir do que ela mais gosta e privá-la disso como Hexham tentou fazer comigo. Também descobrirei o que ela mais teme e a farei enfrentá-lo. Vou atormentá-la e sentirei prazer com isso. Executarei minha vingança."


- O Nicholas chegava a se tornar cansativo com todo esse blá-blá-blá.rsrs... Perdi a conta de quantas vezes  ele jurou para a Sophie e para si mesmo, que iria se vingar dela. Que a faria sofrer, que ela seria sua escrava, etc e tal. Mas nosso mocinho mal humorado, teimoso e explosivo caiu rapidinho nas garras do amor. 

- No início, confesso, eu não era muito fã do Nicholas. Na verdade, chegava até mesmo a desprezá-lo. Ele me irritava porque sua decisão de se vingar da Sophie, uma mocinha de dezoito anos que vivia num convento, me fazia lembrar de um certo mocinho-vilão que eu desprezo. Eu não conhecia os livros da Deborah Simmons. Não tinha ideia do que o Nicholas era ou não capaz de fazer e estava me preparando para odiá-lo.rsrs... Mas ele acabou me surpreendendo. 


Um pequeno resumo:


Ele nunca soube o que era dar ou receber afeto. 

Nicholas cresceu numa família que o amava, mas desprezava qualquer demonstração de afeto. Eles amavam em silêncio e Nicholas acabou crescendo acreditando que o amor não era um sentimento bom. Até mesmo, que esse sentimento simplesmente não existia. Ele não sabia demonstrar alegria ou qualquer outro sentimento. Nem sequer raiva, já que um De Laci jamais levantava a voz. Mas ele passa a saber bem o que é o ódio, o desejo de vingança, quando quase morre graças à traição de um amigo. 

Ele estava lutando na Guerra Santa fazia já algum tempo. Mas depois de acabar seriamente ferido, passa a aguardar o aparecimento de algum outro soldado amigo que pudesse oferecer-lhe ajuda. Assim, quando Hexham aparece, Nicholas se sente aliviado acreditando que seu sofrimento estava acabando. Mas estava muito enganado.

Levado pela inveja, Hexham abandonou Nicholas, escondendo seu corpo ferido para que ele sofresse até morrer sem que ninguém pudesse salvá-lo. Depois, foi em busca das terras dele.

Graças à ajuda de uma camponesa, Nicholas conseguiu sobreviver e após a morte do pai e o ataque de Hexham, seu desejo de vingança passou a ser seu motivo para continuar vivendo. Ele respirava ódio e passou a ser uma pessoa muito amarga quando Hexham morreu. Pelas mãos de seu cunhado, Piers. 

Ele se tornou um homem vazio, que se irritava com a felicidade das outras pessoas. Não entendia esse sentimento. Continuava dominado pelo desejo de vingança que não poderia mais realizar.

Mas uma mensagem do rei Edward lhe dá novas esperanças.


Ao contrário do que todos pensavam, Hexham tinha sim um parente vivo. Uma sobrinha que vivia num convento, afastada da maldade dos homens. Alguém que poderia saciar o desejo de vingança dele. 

Ao saber da novidade e que teria que se casar com a moça se quisesse colocar as mãos nas terras de seu inimigo, Nicholas corre ao encontro de seu novo objeto de ódio, disposto a infernizá-la até o dia de sua morte. Mas se surpreende ao conhecer a mulher que já desprezava. 

Sophie não era uma mocinha frágil e sem graça como ele imaginava. Ela tinha um gênio difícil, era rebelde e deixou bem claro que ele não conseguiria tão fácil o que queria. Logo no primeiro encontro, mostrou toda sua coragem ao tentar escapar de seu destino. Mesmo contra a vontade, Nicholas começou a admirar a moça que já tinha decidido odiar. 

Como será o casamento entre os dois? Será que Nicholas realmente conseguirá se vingar? Ou um sentimento muito mais forte do que o ódio o fará voltar atrás?


"— Os habitantes de Belvry estão com medo. Eles fogem e se escondem quando Nicholas se aproxima da mulher."

- Nicholas consegue ser um mocinho bem irritante. Creio que nunca conheci um mocinho tão mal humorado como ele.rsrs... Passa boa parte do livro gritando e ameaçando. Ele chega a machucar a Sophie sim (não fisicamente), mas nem chegou perto do que eu imaginava. Ele sabia dizer coisas cruéis, humilhava a mocinha na frente dos outros, mas as cenas acabam sendo leves graças ao objeto de ódio dele. A Sophie é uma graça! Rebelde, teimosa e explosiva, ela consegue se igualar ao seu "inimigo". Nunca deixava barato suas atitudes. 

"— O que pensa estar fazendo?
— Trabalhando. Vá embora — respondeu ela.
— O quê?
— Você me ouviu. Estou trabalhando. Vá embora.
— Como? — esbravejou ele.
Finalmente, Sophie se levantou e, furiosa, gritou:
— Estou cuidando das plantas. Você é cego e surdo?"


- E essa é só uma pequena demonstração de como o temperamento dela é.rsrs... Me acabei de rir com uma cena em particular. Quando ela desafiou o Nicholas e ele saiu correndo atrás dela. Ela subiu em cima de uma mesa e os dois ficaram gritando um com outro como loucos que tinham fugido do hospício. Foi nesse exato instante que a irmã dele e seu cunhado (protagonistas do primeiro livro da série) chegaram. Achei muito divertido. O Nicholas conseguiu pegar a Sophie e a tinha colocado sobre o ombro como um saco de batatas. E ela o chutava e gritava com todas as suas forças.kkkk... Os criados fugiam correndo toda vez que os dois começavam a discutir. Eles nunca tinham ouvido o Nicholas levantar a voz até o momento que voltou casado com a Sophie. Desde então, passou a ser algo comum e assustador ouvi-lo gritando. As brigas eram violentas (embora divertidas) e os pobres coitados não sabiam o que fazer para que seus patrões se entendessem. 


"Ela e Piers aproximaram-se e, só então, Nicholas os viu. Aisley estranhou-lhe a expressão de surpresa, a primeira emoção, além de ódio, que ele exibia em anos. Na verdade, a presença deles parecia deixá-lo sem fala. A mulher dava-lhe pontapés e o esmurrava nas costas. 

— Pare com isso! — Nicholas aconselhou por sobre o ombro.

Voltou a fitá-los e Aisley teve certeza de que ele estava embaraçado. Nicholas, o indiferente? Teve de morder o lábio para não sorrir.

— Aisley? Piers? O que os traz aqui? — indagou ele admirado.

Ao ouvir-lhe a voz, a mulher aquietou-se, mas ele não explicou sua posição.

— Problemas com uma criada insubordinada? — indagou Piers.

— O quê? Ah, não. Esta é minha mulher."


- Essa relação de amor e ódio me provocou muitos momentos de diversão. Embora eles ainda não soubessem, já tinham se apaixonado fazia tempo. Mas é justamente depois da visita dos parentes que Nicholas começa a perceber seus sentimentos por Sophie. E isso não o deixa nada feliz. 

- Eu me apaixonei perdidamente por esse casal, gente! Me diverti muito com eles e o Nicholas conquistou completamente o meu coração depois de uma cena que fez com que eu me emocionasse muito. Era tão difícil para ele demonstrar qualquer sentimento, sabe? Exceto raiva, é claro.rsrs... Ele não gostava de sorrir e não queria admitir que estava se envolvendo com a Sophie, que ela o estava conquistando. Mas depois de uma doença que ataca seu povo e chega ao castelo, deixando Sophie muito doente, aquele Nicholas frio e "vazio" que conhecíamos, se transforma num homem desesperado temendo pela vida da mulher que ele supostamente odiava. É emocionante vê-lo brigando com ela, tentando forçá-la a viver. Até nesses momentos ele gritava (risos), mas foi muito emocionante. Ele ficou destruído pela possibilidade dela acabar morrendo. Ele não queria perdê-la. Ela tinha sido a única capaz de atingir o coração dele e ele não podia sequer imaginar sua vida sem ela. O desespero dele me provocou lágrimas porque foi realmente real, tocante, sabe? Eu sabia que ele tinha algo bom dentro daquele coração duro, já tinha percebido que ele tinha começado a amá-la, mas ele não tinha conseguido me tocar tanto como tocou naquele momento. Ele cuidou dela dia e noite e fez uma promessa para Deus. Prometeu que se ela sobrevivesse, ele esqueceria a vingança e nunca mais a faria sofrer. Me deu vontade de pegá-lo no colo e dizer que tudo ficaria bem. Vocês acreditam que ele chorou? Sim! Ele sabia que tudo acabaria para ele se ela fosse embora. Se a morte a levasse. Então, ele passa a se apoiar na fé em Deus, no milagre e quando a Sophie se recupera, ele se torna um mocinho ainda mais engraçado.kkkkkk...

- Não irei dizer por que ele fica mais engraçado, pois já falei demais. Só digo que se eu não tivesse começado a amá-lo antes, passaria a amá-lo após a recuperação da Sophie. Como ele próprio disse, era um homem de palavra.rsrs...


- O livro é doce, simples e apaixonante. Já entrou para a lista dos inesquecíveis. Foi um prazer enorme ler esta história. E acredito até que já sou fã da autora, pois estou com muita vontade de ler outro livro dela. Eu estava sentindo falta de romances assim, simples e tocantes. Histórias de amor sem grandes reviravoltas e dramas. Estava precisando de algo leve, sabe? Li muitos romances intensos ultimamente e embora os adore, estava precisando de uma folga.rsrs... Não poderia ter escolhido livro melhor. Ainda bem que decidi lê-lo antes de seguir com a leitura de "Amor Selvagem". 


"Se havia conhecido a dúvida, agora tinha certeza da verdade. Amava o homem severo que a fora buscar no convento. Desejava envelhecer ao lado dele, mesmo sofrendo-lhe as provocações e rompantes, pois restava ainda a paixão alucinante que os unia."


" — O coração é uma coisa maravilhosa. Ele vê verdades que a mente não percebe. O meu é muito grande, Nicholas. Embora você seja o primeiro e o mais importante nele, ainda sobra lugar para outras pessoas.

Sem saber aonde ela queria chegar, Nicholas continuou em silêncio.

—  Existem cantos para Edith, Wilie, Piers, Aisley, Sybil e até para Darius.

Depressa, ele a fitou. Seus olhos verdes estavam calmos e límpidos.

—  E ainda há lugar para nosso filho. Nicholas, eu posso amar todos eles sem amá-lo menos."


- Não poderia deixar de comentar sobre esse trecho, queridos. Foi quando comecei a perceber isso que o Nicholas ganhou um espaço exclusivo no meu coração. Essa mania dos De Laci de não demonstrar sentimentos fez muito mal para o Nicholas. Ele nunca se sentiu amado. Sabe o que é uma criança crescer sem conhecer o amor? E após passar anos longe por causa da guerra, a irmã e ele se tornaram dois desconhecidos. Aisley o amava, mas ele sequer lhe dava espaço para demonstrar esse amor. Ele se afastou completamente da irmã, não suportava sequer ficar perto da sobrinha e odiava o cunhado.rsrs... No fundo, eu acredito que ele tinha ciúmes do Piers, acreditando que ele tinha lhe roubado seu último parente vivo. Então, quando se apaixona pela Sophie ele passa a ter um ciúme doentio dela.kkkk... Não suportava sequer que ela cuidasse de alguém que ficasse doente. Várias vezes ele afirmou que a obrigação dela era cuidar somente dele. Ele fica encantado quando a vê segurando a filha da Aisley, mas também sente muitos ciúmes disso. Ele nunca tinha tido algo realmente seu. Algo que fosse precioso. E passa a não querer dividir a Sophie com ninguém. Isso é divertido, mas também toca os nossos corações. E é amando-a que ele percebe que sempre foi amado. Que tinha uma família. Gostei muito do momento no qual o Piers e ele se entenderam. Achei que isso não fosse acontecer depois dos dois quase terem se matado.rsrs...


- Este livro foi uma indicação da querida Jessica Santana. Faz tempo que ela desapareceu e eu estou sentindo muita falta dela. Ela não dá notícias nem nada (espero que esteja lendo isso e apareça, querida!). Eu agradeço muito pela indicação, amiga! Adorei a história!

- Eu recomendo a história? Não precisava nem perguntar, certo?rsrs... Recomendo para todos. É um livro que eu não acredito que vocês possam odiar. Não tem contra-indicações.rsrs...


- Esta foi minha escolha para o tema de junho da Maratona de Banca 2012. Para conhecer as resenhas dos outros participantes sobre o tema, clique AQUI.


Bjs e até breve!




P.S.: Só não indico esse livro para quem ainda NÃO leu o livro "Bodas de Fogo". É que há um segredo do primeiro livro revelado neste livro. 

21 de junho de 2012

Marcou maio 2012:




Em maio, li os seguintes livros:



- Desta vez foi muito difícil escolher. Dois livros tinham me marcado profundamente em maio: "A Conquistadora" e "Identidade Roubada" e eu fiquei um pouco em dúvida na hora de fazer o post. Mas, parando para pensar nas duas histórias, tive que escolher o livro da Annie. Por mais que ainda esteja com o Conn e a Gelina na minha cabeça, por mais que a saudade seja enorme e eles tenham me feito viver momentos de muita angústia, tenham me envolvido completamente com a história deles e eu sinta vontade de correr de volta para o livro e esquecer que existem vários outros livros na fila.rsrs... Por mais que eu sequer tenha palavras para dizer o quanto o Conn e a Gelina me marcaram, o quanto eles estão presentes no meu coração... O livro que mais me marcou foi realmente "Identidade Roubada". Esse livro me atormentou até mesmo em sonhos (pesadelos).


"No segundo que esperei pela resposta, percebi que ele estava muito perto de mim. Algo rígido pressionou minha região lombar.


Tentei me virar, mas ele agarrou meus cabelos e puxou minha cabeça para trás, com um gesto tão rápido e doloroso que parecia arrancar meu couro cabeludo. Meu coração ficou espremido entre as costelas, e o sangue subiu à cabeça. Eu queria que minhas pernas chutassem, corressem... que fizessem alguma coisa... mas elas não conseguiam se mexer.


- É, Annie, isto aqui é uma arma. Então, escute bem. Vou soltar seu cabelo e você vai ficar calminha, enquanto vamos até o carro. E quero ver esse sorriso bonito até chegar lá, está bem?" [Páginas 12 e 13]



- Confesso! Eu estava fugindo deste post. Comecei a fazê-lo no início da semana, se bem me lembro. Mas não consegui seguir em frente. Eu sabia que quando começasse a falar do livro teria problemas.rsrs... Sabia que todos aqueles sentimentos iriam voltar e eu, sinceramente, não queria isso. Mas eu não podia fugir para sempre, verdade? Então, o melhor seria encarar logo isso e afastar "Identidade Roubada" dos meus pensamentos por tempo indeterminado. Colocar um ponto final logo nisso. 

Mas por que eu estava fugindo e por que desejo esquecer o livro? Porque ele me marcou além do necessário. Além do aceitável. Ele destruiu os meus nervos, me fez ter pesadelos, andar com medo na rua. Me fez me envolver tanto com a personagem principal que eu me senti uma porcaria por não ter feito nada para salvá-la.kkk... Sei. É loucura. Mas existem muitas mulheres como a Annie neste mundo. Existem pessoas como ela aguardando por socorro e nós não fazemos nada. Elas estão sozinhas, estão sofrendo. Sabe o que é você se sentir um lixo por isso? Imaginar outras pessoas, até mesmo crianças, passando pelo mesmo que a Annie passou me deixa em profunda agonia. Por isso eu estava evitando esse post. São sentimentos dolorosos que eu não queria sentir de novo. No fundo, eu queria apagar "Identidade Roubada" da minha mente. 


"Eu não tinha como me proteger, nem como sair. Era preciso me preparar para o pior, mas eu nem sequer sabia o que o pior poderia ser." [Página 21]


- Mais uma vez eu digo: vocês não tem ideia do que a Annie passou. Nada que eu disse na minha resenha ou estou dizendo aqui pode prepará-los para essa história. A Annie viveu um ano inteiro de agonia, dor, desespero. E o mais incrível foi que ela não desistiu. Mesmo sozinha, mesmo sentindo que ninguém se importava o suficiente com ela para continuar procurando-a, ela se manteve forte. Ela não desistiu do seu direito de viver. Mesmo chorando, mesmo se trancando dentro do closet, ela seguiu em frente. Ao escapar de seu cativeiro, ela procurou ajuda. Enfrentou cada momento difícil com garra. Ela é um exemplo. Uma heroína que sempre irei admirar. Por isso, esse é um livro que marcou tanto de modo negativo (por causa de todos os sentimentos dolorosos que provocou em mim) quanto positivo (por causa da força, da vontade de viver da personagem principal). É um livro que eu não conseguiria esquecer nem se lutasse com todas as minhas forças para isso. 


Bjs!

20 de junho de 2012

Aliança do Amor - Michelle Reid


(Título original: Marchese´s Forgotten Bride
Tradutora: Vanessa Mathias Gandini
Editora: Harlequin)



Como ela poderia confessar que ele era o pai de seus filhos gêmeos?

Quando Alessandro Marchese adentra a sede de sua mais nova empresa, uma pessoa em especial fica abalada com sua presença imponente. O frisson em sua pele revela a Cassie que seu novo chefe é o homem que a abandonou grávida de gêmeos!... E ele parece ter se esquecido completamente dela... Mas Cassie o afeta mais do que ele deixa transparecer. Agora, Alessandro só precisa de uma coisa: Cassie, usando sua aliança...


Palavras de uma leitora...




"— Você me queria — ele declarou, sem rodeios. — Desde o instante em que me viu naquela droga de res­taurante, Cassie, você... me... queria! Bem, agora você conseguiu. Estou aqui... amarrado, apaixonado e envolto em uma embalagem de presente! Estou lhe dando o que você quer!"


"— Eu vou fazer amor com você até pensar que está morrendo... — Sandro murmurou em um tom rouco e sensual de voz."

- Quanto tempo será que fazia que eu não lia um livro da Michelle Reid? Já li tantos livros dessa autora que acreditava que ela não pudesse mais me surpreender. Mas fui pega completamente de surpresa quando cheguei ao final dessa história. E a surpresa não foi agradável.


- A autora na verdade começou a me surpreender logo que comecei a ler o livro. Eu cheguei a me perguntar se esta era realmente uma história da Michelle Reid. Os mocinhos dela são apaixonados, quentes, irresistíveis, mas, na maior parte das vezes, são verdadeiros canalhas com as mocinhas. São arrogantes demais, os únicos que tem razão em tudo e não se importam em ameaçar e humilhar as mocinhas. É verdade que a LG consegue criar mocinhos piores, mas a Michelle não fica muito atrás.rsrs... Porém, o Sandro era perfeito!kkk... Arrogante, sim. Convencido. Mas o amor dele pela Cassie era visível. A química foi imediata. E havia um fogo, sabe? Algo mais quente, mais forte do que paixão. Existia algo arrebatador ali. E eu me peguei apaixonada pelo Sandro antes que tivesse chegado à metade do livro. Me perguntei: "Ele realmente existe?" Ele é tão perfeito assim mesmo sendo um mocinho da Michelle????!!!kkkk... E quanto mais o conhecia mais apaixonada ficava.




"— Eu já possuo um castelo.
Ela congelou próximo à porta, sentindo o corpo intei­ro ficar tenso.
— E meu próprio jato. — A voz dele soou comovida. — Eu possuo diversas residências no exterior, lugares exóticos, um par de helicópteros, um iate e uma ilha no Caribe — ele declarou com a voz rouca. — O que eu não possuo é o que você já tem... um lar, como você mesma disse."



- O Sandro admitia seus sentimentos sem problema algum. Não acusava a Cassie de ter cometido pecados imaginários, a tratava com carinho, paixão... amor, desde o início. Ele não tinha medo de mostrar que era um ser humano e vulnerável. Ele queria a Cassie e deixou isso claro. Não acusou a Cassie de tentar dar um golpe nele ao apresentar os gêmeos seis anos depois do caso deles. Ele aceitou os filhos como presentes que a vida estava lhe dando. Que a Cassie estava lhe dando. Ele era tão irresistível que me fazia suspirar aqui!rsrs...




"— Você está frio — ela murmurou.
— Nunca. — Um sorriso fraco surgiu nos lábios dele.
— Eu sou italiano. Nós somos sempre quentes."

"— Está querendo bancar a minha mãe, cara? — Ele provocou. — Se eu continuar deitado aqui, pálido e pa­tético, vai suavizar o seu ódio contra mim e ouvir o que tenho a lhe dizer?"


"Estreitando os olhos, Sandro murmurou em tom baixo e rouco de voz:
— Se isso ajudar, cara, apenas diga uma palavra e eu tirarei as minhas roupas para que você possa me analisar melhor..."



- Eu não esperava que o Sandro pudesse fazer algo condenável. Não imaginava que ele pudesse me magoar em algum momento. Ele era tão maravilhoso, humano, apaixonado, sensível e entregue à Cassie e aos filhos que eu acreditava que ele era totalmente diferente dos outros mocinhos da autora. Que ele seria aquele, entre os mocinhos dela, que eu mais amaria. E estava certa... até certo ponto. Realmente o Sandro se tornou o meu preferido entre os mocinhos da autora, mas... ele não é tão diferente assim dos outros.kkkk... Ele apronta?! Sim. Quando eu acreditava que nada poderia dar errado e que eu já sabia tudo sobre o Sandro... a autora veio com um golpe terrível.


Um pequeno resumo:


Seis anos antes, Cassie tinha conhecido o homem que iria marcá-la para sempre. O único para o qual ela conseguiria se entregar. Aquele que mexeria com todas as suas emoções e roubaria seu coração. Que lhe daria dois filhos. E a deixaria sem explicações. Que a abandonaria grávida dos filhos dele. Que a deixaria sozinha para enfrentar a gravidez e a responsabilidade de criar dois filhos, fazê-los felizes e impedi-los de passar fome. 

Cassie tinha lutado contra a atração que sentia por Sandro Rossi. No fundo, sabia que não deveria se envolver com ele. Ela era muito diferente daquele homem sofisticado e que era evidente que fazia parte de uma família rica. Mas Sandro foi insistente. Não a deixou escapar. Durante duas semanas ele fez o que pôde para seduzi-la. Inclusive, admitiu que a amava. Depois de tanto lutar, Cassie acabou perdendo o chão e se entregando ao amor que Sandro dizia sentir por ela. Ela nunca tinha arriscado tanto em sua vida, mas acreditava no amor dele e precisava desse amor. Sandro tinha se tornado essencial para ela. Ela sabia que se entregar era um risco, mas seria muito mais doloroso perder a chance que a vida estava lhe dando de amar e ser amada. Então... ela se entregou. Para ter seu coração despedaçado logo depois.

Eles passaram uma noite maravilhosa juntos. Uma noite na qual Cassie não entregou somente sua virgindade, mas seu coração, sua alma e sua vida. E perder Sandro na manhã seguinte a destruiu.

Sandro tinha lhe feito promessas. Tinha dito que a amava e que iria se casar com ela. Na manhã seguinte ele disse que iria para Florença falar dela para sua família. E que voltaria. Voltaria para se casar com ela. Mas ele não voltou.

Cassie ficou desesperada. Sabia que alguma coisa estava errada. Sentia que tinha sido enganada e abandonada, mas era difícil encarar aquela realidade. Ela queria acreditar, ter esperanças de que ele iria aparecer de repente e lhe dar um motivo para aquele desaparecimento. Mas ele não apareceu.

Ela lhe enviou mensagens, ligou para seu celular. E quando ele finalmente teve a dignidade de atendê-la foi para terminar de esmagar seu coração. "Eu não a conheço. Eu não quero conhecê-la. Por favor, não me telefone mais." Essas foram as palavras que ele usou para dispensá-la. Depois desse telefonema, dessas palavras cruéis e e frias, Cassie finalmente teve que colocar os pés de volta no chão. 

E assim, seis longos e angustiantes anos se passam.

Cassie tentou afastar a lembrança de Sandro, fingir que ele nunca tinha existido, mas seus filhos, principalmente o menino, eram a prova viva de que ele tinha existido e que durante um curto período de tempo tinha feito parte da sua vida. Cassie passou todos aqueles anos anestesiada, sem esperanças de voltar a amar alguém. Se dedicando somente ao trabalho e aos filhos que dependiam completamente dela. Ela não tinha mais uma vida própria. Fazia muito tempo que ela sequer ia à uma festa. 

Mas, quando a empresa na qual ela trabalhava é obrigada a encarar o fato de que uma nova pessoa estava se tornando dona da empresa e que iria decidir sobre o futuro dos funcionários que trabalhavam nela, Cassie é obrigada a ir à uma festa. Uma festa feita em homenagem ao novo dono. 

E a vida não poderia lhe pregar uma peça melhor... O novo dono, seu novo chefe, era nada mais nada menos do que o homem que a tinha destruído seis anos antes.

E agora? O que será que vai acontecer depois desse reencontro? Será que depois de tantos anos de mágoa e sofrimento é possível um recomeço? 


"— Eu realmente odeio você.

— Eu sei... — Sandro se inclinou para tocar os lábios quentes em um dos ouvidos dela — adoro quando você demonstra o seu ódio, como acabou de fazer na limu­sine, amante mia. Mal posso esperar para desfrutar um pouco mais..."


- Vocês já viram um mocinho da Michelle Reid desmaiar? Eu ainda não tinha visto!kkkkkk... Mas é o que acontece quando o Sandro revê a Cassie depois de tantos anos. Para surpresa de todos, ele simplesmente desaba no chão, jogando por terra o desejo da Cassie de ser discreta e impedir que os outros funcionários soubessem do passado que eles compartilhavam. E aí a Cassie tem que encarar uma revelação abaladora: Sandro não tinha voltado como prometeu no passado porque tinha sofrido um sério acidente que quase lhe tirou a vida.

- Durante a viagem para Florença, houve um vazamento de óleo e Sandro acabou sofrendo um sério acidente. Durante algum tempo ele esteve em coma e quando conseguiu se recuperar, seis semanas de sua vida simplesmente desapareceram de sua memória. Ninguém sabia o que poderia ter provocado isso. O acidente provocou uma pressão em seu cérebro, mas será que sua memória tinha desaparecido por isso? Ou sua mente simplesmente se aproveitou do acidente para esconder um segredo sombrio? Existiria algo mais por trás daquela perda de memória?


"— Você acredita que pode arrancar os meus filhos dos meus braços e fugir com eles! — Sandro exclamou, ir­ritado.

— São meus filhos também. —Arrancá-los dos bra­ços dele? — E não me lembro de ter dito que eu faria isso!
— Mas, é o que você está pensando! — Ele acusou furiosamente. — Você quer me punir! Você quer me dis­pensar da sua vida!"


- Sandro é um mocinho muito passional.rsrs... Ele é pura emoção. Se entrega sem pensar nas consequências, grita quando está com raiva, não pensa muito no amanhã e sim no que sente. No que acredita que é certo. Pensa nas emoções, sabe? Ele consegue ser mais emotivo do que a Cassie.kkkkk... E quando esses dois resolvem brigar tudo sempre termina em beijos e sexo. Eles pegam fogo juntos!rsrs... E além disso, ele também sabe bem como usar de chantagem emocional. Nossa! Eu sabia que ele estava se aproveitando da situação, mas o desavergonhado ainda tem a coragem de confessar que realmente se aproveitou. E diz isso sem um pingo de remorso!kkk...

Como eu disse, o Sandro desmaiou ao reencontrar a Cassie. E cenas parecidas passaram a acontecer sempre que eles brigavam. Ele simplesmente ficava pálido, dizia sentir fortes dores na cabeça e perdia os sentidos. Fato que preocupava e muito a Cassie, despertando a compaixão dela e a fazendo se aproximar dele. E Sandro acaba vendo nesse problema sua chance de recuperar a mulher que ele amava. 

"— Eu quero os meus filhos e quero você — ele declarou, fitando-a diretamente nos olhos."


E ele não é nem um pouco paciente:

"— Não! — Repetiu furioso. — Eu quero um casa­mento, e quero agora."


- Além de usar de chantagem emocional para fazer a mocinha perdoá-lo por ter sofrido um acidente no passado e esquecido somente dela, ele ainda não tinha paciência para esperar. Simplesmente resolveu fazer as coisas da sua maneira. Se aproveitando do amor que a mocinha sentia pelos filhos. 


"— Você está me ameaçando? — Ela indagou, cho­cada.
— Não... — E, aproximando-se dela, ele prosseguiu — a menos que eu precise fazer isso."


- Mas apesar de não ter um pingo de vergonha na cara e de usar de algumas chantagens para conseguir a Cassie de volta, é impossível a gente não se apaixonar por ele e rir de algumas de suas atitudes.rsrs... Ele é extremamente cativante, gente! Não dá para não amá-lo e perdoar suas falhas. 


"— Não — ele disse. — Apenas fique calada e pare de procurar desculpas para fugir de mim. Nós pertencemos um ao outro... lembre-se de ter um pouco de fé."


- Só que algumas coisas acontecem. Na reta final do livro. Não irei dizer o que é. Só posso dizer que fui pega de surpresa e o golpe foi terrível. Eu não estava preparada para aquilo. Tinha me envolvido tanto com a história, com o Sandro, que até me esqueci do quanto a Michelle Reid gosta de nos fazer encarar alguns erros dos seus mocinhos. O quanto ela gosta de mostrar que as pessoas não são perfeitas e não devemos esperar perfeição delas. Eu sabia que o Sandro possuía defeitos. Não estava cega. Mas eu não imaginava que ele fosse capaz de me chocar tanto. Sei lá. Eu só não esperava aquilo dele. Quando uma coisa foi revelada, a Cassie não foi a única a ficar magoada. Eu me senti ferida.kkkkkkkk... E fiquei muito confusa. Cheguei a pensar que não o perdoaria. Estava com muita raiva. 


Mas, acredite, a Michelle Reid nos faz perdoá-lo depois.rsrs... Ela nos revela mais detalhes nas últimas páginas e acabamos perdoando o Sandro por ter feito aquilo. Não que eu ainda não esteja chocada, mas já vi coisas assim antes e ele é muito melhor do que alguns outros mocinhos da própria Michelle Reid e da LG que fui capaz de perdoar. 


Além dessa revelação, também fui pega de surpresa por uma chantagem mais cruel do Sandro. Aí eu pude ter certeza de que ele era um mocinho da Michelle!rsrs.. Também fiquei aborrecida, mas entendi que ele tinha um bom motivo para estar fazendo aquilo. Ele amava muito a Cassie e não podia perdê-la de novo. 


- Eu não sei o que faria no lugar da Cassie. Sinceramente, talvez perdoasse, mas esquecer seria impossível. Acho que a vida inteira eu iria ser atormentada por aquele fato, não conseguiria ter paz. Não sei. Realmente não dá para saber. Porém, eu ficaria furiosa com a Cassie se ela não o tivesse perdoado!kkkkkk... O Sandro errou. Errou muito feio, mas ele a amava e nunca teve intenção de machucá-la. Ele não a seduziu somente por seduzir. Ele se envolveu com ela. Ele se entregou. É tão difícil ver um mocinho se entregar da forma que o Sandro se entregava, confessar os sentimentos sem vergonha e medo de ser visto como um fraco, que não pude condená-lo para sempre. Eu não consegui.rsrs... Acho que vocês também não irão conseguir.


- Não tirem conclusões precipitadas. Não o julguem sem conhecê-lo até porque vocês não sabem que pecado ele cometeu. Não é exatamente o que vocês podem estar pensando.rsrs... 


- Eu dei cinco estrelas ao livro sem pensar duas vezes. E o coloquei entre os meus favoritos porque amei o livro, o Sandro me conquistou totalmente e creio que essa é uma daquelas histórias simples, mas inesquecíveis. Não acho que irei esquecer esse mocinho. 


- Recomendo o livro para aqueles que gostam dos nossos queridos romances de banca ou conhecem e adoram os livros da Michelle Reid, reencontros, mocinhos italianos e apaixonados. 



"— Eu juro pela minha vida que você não vai se arre­pender por se casar comigo, Cassie."




"— E o que você tem aqui? — Cassie indagou, erguen­do o rosto e fitando-o diretamente nos olhos.
— Uma esposa — ele disse. — Minha mulher, acor­rentada em mim de várias maneiras. — A forma como a abraçava fez com que Cassie tivesse certeza de que estava acorrentada a Sandro ao menos de uma maneira. — Você me ama. Você é louca por mim como eu sou lou­co por você. — E, sustentando o brilho dos olhos dela, ele quis saber — por que você não se rende e me diz essas coisas para que eu possa relaxar e seguir adiante?"


Bjs e até breve!


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