- Olá, meus queridos!
Que final de ano mais corrido! Eu estou surtando aqui com tanta coisa que ainda necessito fazer antes da virada. Incluindo terminar a leitura de um livro que deveria ter lido em novembro.rsrs Sim, consegui me enrolar por completo. Isso que dá ler outras histórias em vez de ler as dos desafios.kkkkkkkk...
É inegável que 2018 foi um ano muito complicado. Terminei a faculdade (graças a Deus!) e o último período foi bastante tumultuado por causa de TCC, ENADE e todas as outras exigências. Existiram dias que eu não tinha energia sequer para dormir.kkkkk Deitava na cama e ficava virando de um lado para o outro, tão cansada que não era capaz de dormir. Sim, uma loucura! No entanto, por incrível que pareça, consegui ler mais do que no ano passado.
Que tal fazermos uma breve comparação dos anos anteriores? Não vou começar pelo ano de criação do blog (2010) porque só comecei a anotar as leituras que fazia por ano em 2011. Antes eu anotava sem especificar quando a leitura tinha ocorrido, infelizmente. Mas sei que 2010 foi o ano que mais li. Passou de 150 livros. E nunca consegui atingir o mesmo número. :(
- Ano de 2011: 83 livros.
- Ano de 2012: 53 livros.
- Ano de 2013: 34 livros.
- Ano de 2014: 26 livros.
- Ano de 2015: 32 livros.
- Ano de 2016: 39 livros.
- Ano de 2017: 43 livros.
- Ano de 2018: 65 livros.
Fiquei muito feliz por ter lido tanto em 2018, uma vez que minha meta inicial era ler apenas 50 e consegui ler quinze a mais, mesmo com o TCC infernizando minha vida. Para 2019 eu vou ousar mais: quero ler pelo menos 100 livros. Veremos se conseguirei!kkkkkkkk...
Dos livros que li em 2018:
- 12 foram nacionais.
- 18 foram clássicos.
* Considerando que eu pretendia ler 12 nacionais e 12 clássicos consegui cumprir a meta e ultrapassá-la no que se refere aos clássicos. :D
- Como sou um tanto louca eu participei de alguns desafios este ano. Vamos ver se fui bem?rs
Observação: até que fui bem, verdade?kkkkkk... Estou tentando finalizar a leitura do livro de novembro, mas acho que não conseguirei. Além disso, preciso fazer a resenha do de dezembro. Posso dizer que concluí 11 das 12 leituras pretendidas para este desafio.
Como vocês já sabem consegui cumprir o desafio de ler 12 livros nacionais, embora tenha optado por outros livros em vez de ler os que tinha predeterminado. Mas e o Desafio Mensal?rs As coisas iam muito bem até o mês de junho, ou seja, metade do ano!kkkkkkk Li regularmente os dois livros predeterminados para cada mês. Quando chegou em julho eu também li dois, mas fiz uma alteração: não li Emma, de Jane Austen e sim Hamlet, de Shakespeare. E a partir daí desandou. Passei a só conseguir concluir a leitura de um dos dois livros escolhidos para os demais meses. Assim, dos 24 livros consegui ler apenas 19.
Ela teve início em julho deste ano e só terminará em junho/2019. E os temas de 2018 eu concluí com sucesso. Li todos os seis livros.
Leitura Coletiva
Este ano eu participei pela primeira vez da organização (juntamente com alguns outros blogs) de uma leitura coletiva e foi uma experiência incrível! Manteremos este projeto no próximo ano. E já adianto que em fevereiro leremos Jane Eyre, de Charlotte Brontë. Aguardem que muito em breve publicarei o post com todas as informações! :D
Deste projeto concluí dentro do prazo todas as leituras que estipulamos: O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily Brontë (que na verdade eu reli); Norte e Sul, de Elizabeth Gaskell; O Conto da Aia, de Margaret Atwood.
- De forma geral eu cumpri bem os desafios.rs E os livros que não consegui ler este ano (porque li várias outras histórias que não faziam parte das metas.rsrs) serão prioridade em 2019.
Que tal finalmente falarmos dos MELHORES DO ANO?! Mas antes preciso fazer algumas menções honrosas:
Amor em Manhattan - Sarah Morgan
O Despertar do Lírio - Babi A. Sette
Hoje e Sempre - Nora Roberts
Razão e Sensibilidade - Jane Austen
As Filhas da Noiva - Susan Mallery
Segredos de Uma Noite de Verão - Lisa Kleypas
Era Uma Vez no Outono - Lisa Kleypas
O Vento da Noite - Emily Brontë
Outros Jeitos de Usar a Boca - Rupi Kaur
*Os livros acima apesar de não terem ficado entre os 12 melhores do ano merecem sim uma posição de destaque. São livros favoritos do meu coração e que não conseguiram ficar entre os doze porque fiz muitas leituras maravilhosas e tinha que escolher entre essas leituras incríveis aquelas que tinham um diferencial que as tornava mais especiais. Foi muito difícil escolher. :(
MELHORES DE 2018 (não estão em ordem de preferência)
Este livro me provocou fortes emoções. Algo que eu não esperava. Não dava muito pela história, mas quando comecei a ler foi impossível parar. Claro que odiei o Bento com todas as minhas forças e tenho certeza que a Capitu não o traiu (cito na resenha todos os meus motivos para não acreditar na traição). Ele não passava de um doente, um homem obsessivo, que ainda por cima tinha inveja da própria esposa. Era um ser desprezível que a Capitu teve a infelicidade de conhecer e por ele se apaixonar. Senti muita pena dela. :(
Eu já era fã do Machado de Assis antes deste livro, pois ele me ganhou através dos seus contos. Mas foi Dom Casmurro que me fez perceber o quanto ele era realmente brilhante. A ambiguidade presente em todas as suas obras que li se faz ainda mais evidente neste livro. A construção do enredo e dos personagens é da genialidade de um mestre.
Se Dom Casmurro mexeu com minhas emoções, Sorrisos Quebrados me deixou em pedaços. Foram muitas lágrimas, muito sofrimento pela quantidade de coisas pelas quais a Paola e a pequena Sol passam. E o André que sofre pelas duas também. Mas depois a forma como eles três recomeçam é tão linda, tão tocante que não existia maneira deste livro não ficar entre os melhores.
Paola foi vítima de violência doméstica. Seu marido era um monstro e ela carregava em seu corpo as cicatrizes do momento em que ele quase a matou. Mas eram as cicatrizes da alma que mais doíam, que a impediam de seguir em frente. É quando a pequena Sol e seu pai André surgem na vida dela que nossa protagonista consegue voltar a acreditar. No amor e nas pessoas. É um livro belíssimo! Amo demais!
Este livro também aborda o tema da violência doméstica só que se trata de um thriller psicológico, onde acompanhamos o terror da protagonista e o risco que representa uma tentativa de fuga. É uma leitura de tirar o fôlego, que nos envolve por completo e torcemos para que a mocinha consiga escapar de um relacionamento tão destrutivo, tão... letal. Sabemos que o tempo dela está se esgotando, que a qualquer momento ele poderá colocar um ponto final na vida dela e isso nos angustia demais. E embora o livro seja simplesmente maravilhoso foi a maneira como ele terminou que o tornou digno de estar entre os melhores. Que final mais incrível, meu Deus! Perfeição resume aquilo!rs
Quando fiz a resenha eu disse que este livro não ficaria de fora dos melhores. Enquanto muitos massacraram a história, enxergando um milhão de defeitos no livro e nos protagonistas, eu simplesmente AMEI. É uma das minhas histórias preferidas da autora, chegando a ser melhor do que a maioria dos livros da série Os Bridgertons (sim!!! E olha que amo essa série!!!). Ele reúne muitos dos elementos que mais aprecio num romance e foi impossível não ficar suspirando e sonhando acordada depois de lê-lo. Até mesmo reli algumas cenas uns dias atrás, de tanta vontade que eu tinha de mergulhar novamente na história.
Neste livro encontramos um amor à primeira vista, daquele tipo no qual conseguimos acreditar, de tão intenso que tudo foi para o casal. E o Robert, além de se apaixonar perdidamente pela Victoria, não enxerga na posição inferior dela um obstáculo ao casamento deles. Quer passar a vida ao seu lado. Independentemente de qualquer coisa. Enquanto outros mocinhos se importariam mais com a posição social do que com o amor e iriam querer a amada como "amante" enquanto procuravam se casar com alguém de sua classe, Robert estava disposto inclusive a perder tudo (já que seu pai o deserdaria) só para estar com ela. Tê-la como esposa. Não tem jeito, gente! Impossível esta história não possuir um lugar todo exclusivo no meu coração! :D
Este ano a Harlequin publicou muitos livros lindos! E vocês verão mais de um dos seus lançamentos entre os melhores de 2018.rs
A Verdade sobre Amores e Duques me arrebatou por completo, uma história que além de contar com dois protagonistas determinados que mesmo enlouquecidos de amor não jogariam fora seus princípios, ainda nos traz uma mocinha que adota a causa das sufragistas, lutando por igualdade, justiça e liberdade. Irene é dona de si, administra o jornal da família e as finanças da casa enquanto o pai se afoga na bebida. Ela sabe o que quer para a própria vida e não se deixa abater pelas dificuldades enfrentadas por uma mulher em sua época. E amor algum a faria abandonar sua causa e este é um dos principais pontos de confronto entre o casal, já que Henry é um homem tradicional e até poderia "perdoar" o fato de Irene ser de uma classe inferior, mas não podia admitir suas ideias modernas e "escandalosas".rs É um livro apaixonante! Amei demais os dois e torci para que conseguissem encontrar um ponto de equilíbrio e serem felizes mesmo com suas diferenças. :)
Pense num livro muito forte. Esta história partiu meu coração em vários pedaços e não sou capaz de falar dela sem começar a chorar. É um livro muito rico, recheado de temas significativos e que o tornam digno não apenas de ser um dos melhores livros que li no ano, mas em toda minha vida.
Nunca serei capaz de esquecer o Hassan e tudo pelo que este pequeno caçador de pipas passou. Deus do céu! Me dói muito lembrar, gente. Já estou chorando de novo. Enfim... Se quiserem saber mais sobre a história leiam a resenha, pois sou incapaz de seguir falando sem me emocionar.
Outra história da qual não conseguirei falar já que também me deixou em prantos. :( Eu gostava muito das obras do José de Alencar antes deste livro, mas foi Lucíola que me fez perceber o quanto ele era um autor único.
Este livro nos mostra o quanto as supostas "pessoas de bem" podem ser verdadeiros lixos. Ao se sentirem tão superiores muitas das pessoas "corretas" desta história usam e abusam daqueles que não têm nada e precisam fazer o que seja necessário para sobreviver. A história de Lúcia me impactou, tudo o que essa jovem sofreu, o que a tornou a cortesã que ela era... Eu não a julguei por nada. Foram os outros que mereceram meu desprezo e meu ódio. Esta história é maravilhosa, embora muito triste. O melhor livro que li do José de Alencar. Um dos meus preferidos da vida.
Para terem uma noção dos assuntos abordados neste livro segue um trecho da minha resenha:
É um romance com forte contexto social, no qual a autora quis transmitir uma importante mensagem. Mostrar de maneira aberta e um tanto crua como era a vida das pessoas que trabalhavam e dependiam das fábricas, cujos patrões se mostravam cegos, como se operários e industriais tivessem que ser inimigos, onde concessões não eram admitidas. Conhecemos uma realidade de desespero e fome, de doenças causadas pelo trabalho extenuante e insalubre, de salários que não eram suficientes sequer para colocar comida na mesa, quando o preço da carne e dos outros alimentos subia e os salários em vez de aumentarem eram reduzidos sem que os patrões estivessem dispostos a darem explicações. Como não estourar uma greve? Se nenhum patrão estava disposto a olhar para o outro lado e enxergar que seus funcionários não eram máquinas? Que tinham famílias que precisavam sustentar? Que a angústia e as doenças os estava destruindo?
Preciso dizer mais alguma coisa? Este livro é simplesmente maravilhoso, tratando de assuntos reais e importantes, como a situação miserável em que muitos trabalhadores se encontravam na Inglaterra do século XIX e hoje em dia ainda se encontram em diversas partes do mundo, incluindo o Brasil. Mas como diriam certas pessoas: "É difícil ser patrão no Brasil". Imagina, então, ser empregado!
Eu amo todos os três livros que li da Jane Austen, mas Persuasão conquistou um espaço especial. Creio que pelo fato de algumas das escolhas erradas da protagonista terem me recordado meus próprios erros. Deixar alguém te persuadir, te manipular é uma das formas mais eficazes de ferrar com a própria vida. Anne percebeu isso quando já era bem tarde e passou por anos de sofrimento, separada do homem a quem amava porque preferiu dar ouvidos ao que sua família e uma amiga "cheia de boas intenções" achavam que era correto para ela. As coisas poderiam ter terminado bem diferente se não se tratasse de um romance com garantia de final feliz. A história entre a Anne e o seu amor me emocionou muito e torci demais pelos dois. Para que pudessem ser felizes apesar de tudo.
Eu acreditava que O Despertar do Lírio estaria entre os melhores, mas aí eu li Senhorita Aurora e a história me atingiu de uma maneira... Mergulhei de cabeça na história dos protagonistas, no passado de ambos, no quanto lutaram para chegar onde tinham chegado, quantas coisas tiveram que superar. Mas não foi só o fato de ter amado muito o livro que o fez merecer estar aqui: a autora abordou um tema muito delicado e que eu jamais tinha lido em livro algum. E trabalhou tudo de maneira tão humana e sensível que foi impossível não ficar impressionada. Ela me fez refletir muito e perceber como muitas vezes eu mesma não compreendi a dor do outro, não olhei realmente para a outra pessoa. :( Este livro foi muito importante para mim.
Embora Amor em Manhattan tenha me libertado de uma baita depressão literária e tenha merecido uma menção honrosa neste post, foi Pôr do Sol no Central Park que mais me envolveu, que se tornou o meu favorito da série. É aquele tipo de livro que é uma delícia ler, do tipo que te faz rir, até mesmo gargalhar e em outros momentos contém cenas capazes de deixar seu coração com aquela sensação de quentinho. Só em mencioná-lo já sinto vontade de reler! Recomendo muito!
Preciso mesmo explicar o motivo de ela estar aqui?! Creio que esta história se tornou tão conhecida mundialmente que acaba por falar por si mesma e é fácil entender porque está entre as melhores. Trata-se de uma distopia (não tão impossível assim de acontecer), em que um governo teocrático e totalitário se instaura após um golpe de Estado. Dispostos a trazerem de volta o que era praticado e autorizado no Antigo Testamento bíblico (conforme interpretação distorcida dos membros deste governo) eles decidem suprimir todos os direitos que as mulheres possuíam, tornando-as meros objetos nas mãos do novo regime, que decidia quem permanecia casada e quem não, quem era "digna" de ainda ser considerada mulher e quem passaria a ser vista como "não mulher", entre outros absurdos. E assim surgem também as aias, que eram mulheres férteis transformadas em escravas sexuais dos membros do alto escalão, com a missão de procriar. É um livro muito forte e impactante, que nos faz perceber o quanto cada direito que possuímos é frágil, como tudo pode mudar...
É isso, gente! Desejo a todos UM FELIZ ANO NOVO!!! Que 2019 seja um ano abençoado para todos nós, recheado de amor, saúde, paz e boas conquistas. Vocês sabem que não estou muito feliz com o governo que começará no próximo ano, que não estou muito otimista, mas ainda assim sou incapaz de não ter esperanças de que 2019 e os próximos anos sejam bons, porque preciso acreditar nisso. Preciso ter fé. E espero que o amor se faça muito presente em nossos corações. Não só o amor por nós mesmos, mas pelo próximo. Que consigamos enxergar o sofrimento do outro e fazer o que estiver ao nosso alcance por um mundo melhor. Dizem que uma andorinha só não faz verão. Mas uma só atitude boa pode fazer uma enorme diferença sim!
Espero que possamos ser melhores e mais solidários neste próximo ano. Que paremos de destruir a nós mesmos. Que nossa boca fale mais coisas positivas do que negativas sobre o outro. Que estendamos nossas mãos para abraçar e não acusar, que se alguém estiver no chão façamos por onde ajudá-lo a levantar. Dia 1º é o Dia Mundial da Paz. Mas não devemos buscar a paz apenas neste dia e sim em todos os outros da nossa vida.
Desejo a todos um novo ano maravilhoso!
Bjs!