30 de abril de 2020

O Mapa de um Desejo Impossível - Anuradha Roy

Literatura Indiana
Tradutora: Maria Fernanda Abreu
Editora: Nova Fronteira
Edição de: 2009
Páginas: 336

24ª leitura de 2020

Sinopse: Uma fotografia que se recusa a ficar parada. Retratada nela, uma casa que parece flutuar em um rio caudaloso de águas escuras... Com essa bela e instigante metáfora de sua própria narrativa, Anuradha Roy inicia o relato da história de três gerações de uma família bengalesa, de seus desejos e amores, seus dramas e correntezas mais profundas. Tudo começa na pequena cidade indiana de Songarh, onde Amulya e a esposa, Kananbala, constroem sua casa junto a um rio, com um belo jardim e um poço profundo, que nunca seca. Ali, a família vê crescer o número de vizinhos na rua pouco movimentada, envelhece, fala sobre amenidades durante o jantar... Certo dia, em 1927, Amulya salva Mukunda, uma criança nscida da relação entre o filho de um emprgado seu e uma moça de uma tribo, deixando-o num orfanato. Nesse meio-tempo, Nirmal, filho caçula de Amulya, casa-se com shanti, cuja casa paterna, em Manoharpur, também se situa às margens de um rio. É nessa casa que Shanti morre ao dar à luz Bakul. Quando a menininha está com quatro anos, Nirmal traz para a casa da família o garoto Mukunda, agora com seis anos. Apesar da oposição ferrenha de seu irmão e sua cunhada, uma vez que ninguém sabe a que casta o menino pertence, Mukunda passa a viver com eles, morando numa cabana no quintal e cuidando das tarefas domésticas. Bakul e Mukunda tornam-se amigos inseparáveis, mas, quando chegam à adolescência, essa amizade vai se transformando num sentimento mais profundo e as manobras familiares conseguem enfim afastar o rapaz da casa. Treze anos vão se passar até que Bakul e Mukunda voltem a se encontrar. E, a essa altura, a vida de todos mudou radicalmente. 



Um livro do qual eu pensei em me desfazer várias vezes. Eu o tinha adquirido através de uma troca em junho de 2013 e nunca sequer tinha ouvido falar da história. Creio que, na época, o que me chamou a atenção foi a capa melancólica, mas nem passou pela minha cabeça colocá-lo logo na lista de leituras. Simplesmente fui deixando o tempo passar... Cheguei a separar o livro algumas vezes, no intuito de trocá-lo ou doá-lo. Até o tirei da estante... Mas sempre sem entender o motivo, voltava atrás e decidia mantê-lo comigo. Talvez, bem lá no fundo, eu soubesse que não poderia abrir mão deste livro sem lê-lo. Talvez sentisse que ele se tornaria especial na minha vida. Que me marcaria

"Um dia ela desapareceria entre as árvores de verdade, e ninguém nunca mais a encontraria."

Não sei como falar de um livro tão complexo e intenso. Tão cheio de camadas, de dramas familiares, de escolhas equivocadas... Três gerações de uma mesma família. Mais de quarenta anos de uma história contada em 336 páginas. Ainda estou impressionada com o talento da autora em ter criado algo tão profundo, percorrendo tantos anos, em tão poucas páginas. Por incrível que pareça, elas foram suficientes...

Tudo começou em 1907. Amulya, sem se importar com a opinião de sua jovem esposa, resolveu se mudar de Calcutá para a pequena Songarh e ali estabelecer-se, construindo uma bela e sólida casa, que sobreviveria, quase sem deterioração, ao passar dos anos e guardaria em suas sombrias paredes os segredos daquela família. Aquele foi o começo do fim de Kananbala, a esposa de Amulya. O fim dos seus sonhos, das suas ilusões. Mas o início da história de seus dois únicos filhos: Kamal e Nirmal, que cresceriam juntos e cujos laços de sangue seriam colocados à prova pelos caminhos da vida. 

24 de abril de 2020

Um Pequeno Milagre - Carol Marinelli

Literatura Inglesa
Título Original: One Tiny Miracle
Tradutora: Fabia Vitiello
Editora: Harlequin
Edição de: 2014

23ª leitura de 2020

Sinopse: O renascer da alma. Passaram-se quatro anos desde que o médico Ben Richardson perdera sua esposa grávida. Mas ele ainda não conseguira superar a dor. A fim de buscar um recomeço, aceitou trabalhar na emergência. Um dia, durante uma caminhada pela praia, ficou estarrecido ao ver uma bela grávida. Logo descobre que ela se chama Celeste, e que é enfermeira no hospital onde Ben trabalha. Ficar perto dela era uma constante lembrança de todo o sofrimento que passara. Por isso, decidiu manter-se distante. Entretanto, Celeste enfrentava sozinha uma gravidez de risco, e Ben sabia que precisava ajudá-la. Presenciar o milagre do nascimento da filhinha de Celeste o faz perceber que ele ainda pode ser feliz... se estiver preparado para entregar o seu coração. 



Recentemente eu fiz a resenha de Amar Outra Vez, minha primeira experiência com um livro da Carol Marinelli. Claro que depois de ter amado tanto aquele livro eu não demoraria muito em mergulhar em outra história da autora! :)

Ler Um Pequeno Milagre foi conforto e dor, uma mescla confusa dessas duas sensações, pois é uma história com uma carga emocional tão forte quanto a de Amar Outra Vez. Enquanto no livro anterior o casal protagonista passou por uma dor insuportável que destruiu seu casamento e os manteve separados por DEZ anos... Aqui nesta história temos um mocinho completamente destroçado pela morte da mulher que ele amava. Ela estava grávida, perto de dar à luz, quando uma dor de cabeça, aparentemente sem importância, a matou em minutos. É desesperador ler a cena na qual ele relembra o momento em que chegou em casa, após um plantão no hospital, e a encontrou já sem vida. Ambos eram médicos e aquela gravidez foi cuidadosamente planejada, era o sonho de suas vidas, tudo o que mais queriam. Mas além de perder a mulher que jamais deixaria de amar... perdeu também a sua filhinha, que ele nunca sequer teve o direito de pegar em seus braços. 

"Ele ainda queria correr, mas não havia praia longa o bastante, nem um universo que pudesse conter a dor que o dividia no meio."

Ao longo dos quase quatro anos após aquele dia tão traumático, Ben praticamente não viveu. Apenas sobrevivia e cumpria as suas obrigações. Seus familiares e amigos queriam que ele retomasse o seu ânimo de antes, que voltasse a ser a mesma pessoa.... Mas como passar por duas perdas tão grandes e simplesmente voltar a sorrir? Como deixar Jen e sua filhinha descansarem? Ele não conseguia dizer adeus. 

Mas um dia, aparentemente igual a todos os outros, Ben sentiu algo diferente. O mundo parecia ter cores novamente. Os pássaros, o mar... tudo parecia conspirar para que ele voltasse à vida. E foi o que ele fez... até certo ponto, é claro. Se mudou, alugou um apartamento e assumiu a posição de médico da emergência de outro hospital, distante do seu antigo ambiente. Agora aguardava o leilão da casa que tanto desejava comprar, seu novo sonho... Tudo estava "perfeito". Ele tinha recomeçado... Não era verdade?

Foi passeando pela praia, próximo à sua futura nova casa, que ele a viu pela primeira vez. Ela era tão linda, tão cheia de vida, mas poucos instantes depois ele percebeu que algo estava errado. Ao vê-la de frente não só percebeu que ela estava bem grávida, como também estava sentindo dor. Aquele foi o início de um verdadeiro recomeço... Algo que Ben ainda não fazia a menor ideia... 

E ele lutaria... Com todas as suas forças. Celeste podia ser linda e estar claramente precisando de apoio. E sim, ele estava disposto a ser seu amigo e ajudá-la em tudo o que fosse possível. Mas não podia amá-la. Não iria amá-la... Não podia substituir a mulher e a filha que perdeu. Não podia....

"Ele queria arrancá-la dali, salvá-la da maré que avançava, mas estava com medo demais. Medo de amá-la. Só que, de certa forma, ele já a amava."

Mas às vezes... Não se trata de substituir... Simplesmente é preciso deixar ir quem se ama e guardar todos os momentos bons no coração... Porque ao continuar a viver finalmente daria ao ente querido a oportunidade de descansar... Ben nunca deixaria de amar Jen e a filha que se foram de maneira tão triste. Seriam sempre seu primeiro amor. Mas merecia se dar o direito de ter um novo amor... Ele só precisava entender isso...

Foi doloroso, mas também lindo acompanhar esta história. Ben e Celeste são dois personagens tão humanos, que realmente sentimos que são pessoas que poderíamos encontrar pela vida. Com seus erros, seus acertos, suas tentativas. Pessoas como qualquer de nós, que tentamos todos os dias fazer o nosso melhor, viver a vida da melhor maneira possível. E choramos, sofremos, caímos e levantamos. Sonhamos... Mesmo quando a vida se mostra dura demais. A humanidade desses personagens foi o que mais me fascinou no livro. Eles não eram idealizados, não eram perfeitinhos. Eram como nós. 

Eu sofri com a dor do Ben. Nossa! Não dá nem para imaginar o tamanho da dor que ele sentiu ao ver a esposa ajoelhada no chão, sem vida, sem que ele pudesse fazer nada. Saber que sua filhinha não teria nem o direito de nascer. Ele perdeu as duas ao mesmo tempo e desistiu de ter uma família. Ele tinha pavor de passar pela mesma dor. Relacionamentos estavam fora dos seus planos. E podem imaginar a angústia que sentiu quando conheceu Celeste. Sobretudo por ela estar grávida...

"Ele abaixou a cabeça e encostou os lábios nos dela, e se homens de verdade não choram, então, o grupo excluía Ben, porque ela sentiu a umidade dos cílios dele em seu rosto quando ele a beijou."

É bastante natural a luta dele para manter-se distante. Mesmo que sentisse atração por ela, que gostasse de sua companhia e a amizade tivesse se construído de maneira fácil e verdadeira, ele não queria ter contato com a gravidez dela, pois cada vez que via as roupinhas de bebê, as coisinhas sendo preparadas para a chegada daquela menininha, era como uma facada em seu coração. Não era justo. Não era certo estar próximo de tudo aquilo e saber que sua filha, o seu bebê, não teve nada daquilo. Que ela não teve nem o direito de nascer. Isso o matava todos os dias. Não o deixava ter paz. 

A maneira como a autora trabalha a dor e o recomeço do Ben é simplesmente incrível. Já sou fã dessa escritora maravilhosa, sensível, que cria histórias tão humanas, focadas nos sentimentos dos personagens e não em futilidades. Os dramas são convincentes e ela desenvolve a narrativa de uma forma que não torna tudo pesado. Tudo é devidamente equilibrado na história e sentimos um quentinho delicioso no coração no final e aquela sensação boa de que "sempre se pode ter esperança". 

"Ele estava lhe oferecendo esperança; oferecendo esperança a eles... de que o impossível pudesse acontecer."

A Celeste também é uma mocinha que nos conquista por completo. Ela passou pelo que muitas mulheres acabam passando em algum momento de suas vidas: se apaixonou e acreditou na pessoa amada. Confiou e pagou caro por isso. Ela não teve a sorte de se apaixonar pela pessoa certa, não estava "escrito na testa" que aquele ser era um lixo. De um momento para o outro se viu sozinha, grávida, com seus próprios pais lhe virando as costas e tendo que se sustentar mesmo sem saber como. Estava na graduação de enfermagem e não recebia tão bem assim pelos plantões na emergência. Precisava trabalhar e estudar até o último instante possível, pois o aluguel não se pagaria sozinho, sua bebê precisaria de berço, de roupas, de tudo o que um recém-nascido necessita.... 

"O pavor absoluto estava sempre à espreita dela. O que ela teria que enfrentar no futuro?" 

E tanta angústia em ter que lidar com todo aquele peso sem ter em quem se apoiar acaba tornando a gravidez mais delicada... Ver a Celeste passando por tudo isso nos faz desejar ajudá-la, ser sua amiga, fazer um chá de bebê para alegrá-la, reunir pessoas que pudessem fazer doações... Enfim... Sentimos muita empatia, conseguimos nos colocar no lugar dela e nos perguntar o que faríamos, como aguentaríamos tantas responsabilidades sem um amigo sequer, sem ninguém. Era só ela e ela mesma. 

Quando o Ben se aproxima, mesmo tendo pavor da gravidez dela, ela finalmente tem um amigo. Alguém para escutá-la, para abraçá-la quando ela chorava... É lindo ver que antes de surgir o amor profundo que um dia sentiriam um pelo outro, primeiro veio a amizade. Eu gostei muito disso. O Ben foi lindo com ela, até quando a situação era desgastante para o emocional dele. Quando ele doou o bercinho para a filha dela?! E justamente "naquele dia". Ele foi incrível. Este casal é APAIXONANTE.

"O amor cresce, se você deixar."

Eu poderia continuar falando e falando sobre esta história. Mas simplesmente recomendo que leiam! Deem uma chance e depois me digam se não é uma história lindíssima!


21 de abril de 2020

Amoras - Emicida / Flávia e o Bolo de Chocolate - Míriam Leitão

Literatura Brasileira
Editora: Companhia das Letrinhas
Edição de: 2018
Páginas: 44
21ª leitura de 2020

Sinopse: Em seu primeiro livro infantil, Emicida conta uma história cheia de simplicidade e poesia, que mostra a importância de nos reconhecermos nos pequenos detalhes do mundo. Na música “Amoras”, Emicida canta: “Que a doçura das frutinhas sabor acalanto/ Fez a criança sozinha alcançar a conclusão/ Papai que bom, porque eu sou pretinha também”. E é a partir desse rap que um dos artistas brasileiros mais influentes da atualidade cria seu primeiro livro infantil e mostra, através de seu texto e das ilustrações de Aldo Fabrini, a importância de nos reconhecermos no mundo e nos orgulharmos de quem somos — desde criança e para sempre.




Este é um livrinho que resolvi ler "do nada". Inicialmente não estava nas minhas metas, mas eu estava um tanto triste e queria apostar numa leitura rápida e leve, que me desse um pouco mais de ânimo. 

Aqui temos uma historinha simples, mas muito importante por falar de aceitação, de amor próprio e de tolerância religiosa. Há menções à religião africana, ao cristianismo, ao islamismo... De um modo direto e lindo, mostrando que são apenas maneiras diferentes de praticar a fé e buscar um mesmo Bem. 

"Nesse planeta, Deus tem tanto nome diferente que, pra facilitar, decidiu morar no brilho dos olhos da gente."

A protagonista é uma menininha muito esperta e observadora e durante um passeio pelo pomar ao lado do pai, enquanto ele explicava que quanto mais pretinhas mais doces eram as amoras, que eram "o melhor que há", ela ficou muito feliz por ser parecida com as amoras, por ser "pretinha também". E aqui temos a questão da aceitação, de amar a si mesmo, de valorizar a sua cor de pele... entender que cada detalhe em nós foi feito com amor por Deus. É um livro de fácil leitura e compreensão pelas crianças e já quero que a minha priminha o leia (no momento ela está lendo Harry Potter e a Câmara Secreta). 

O autor também menciona Zumbi dos Palmares e Martin Luther King, enfatizando assim a sua intenção ao escrever este livro. E ele não apenas os menciona, mas ao final da leitura as crianças têm acesso a um glossário que explica de maneira bem simples quem eles foram, além de explicar também quem foi Obatalá e o que significa orixás, quilombo, o que é a África e quem é Alá


Literatura Brasileira
Editora: Rocco
Edição de: 2015
Págnas: 36
22ª leitura de 2020

*Lido no Kindle Unlimited

Sinopse: Em meio aos questionamentos da pequena Flávia sobre a sua pele marrom – tão diferente da pele branquinha da mãe –, a premiada jornalista Míriam Leitão aborda temas delicados como adoção e questões raciais de forma sensível e lúdica para os pequenos. Com belas ilustrações de Bruna Assis Brasil, a autora, ganhadora do Prêmio FNLIJ 2014 na categoria Escritor Revelação por seu livro infantil de estreia, A perigosa vida dos passarinhos pequenos, mostra que o mundo é feito de diferentes cores, pessoas e sabores. E que é justamente isso que o torna tão rico. Flávia e o bolo de chocolate é o terceiro livro infantil de Míriam Leitão, autora também de A menina de nome enfeitado.



Pense num livrinho apaixonante! Se gostei muito de Amoras simplesmente AMEI Flávia e o Bolo de Chocolate

Nele temos uma mulher que sonha muito em ser mãe, mas a vida não lhe permite engravidar. Ela era uma pessoa boa e querida por muitos, mas a tristeza por não ter um filho ia tomando conta dos seus dias. Até que ela encontrou a solução perfeita: adotar uma criança que não tivesse mãe e que a quisesse. Foi assim que Flávia, ainda bebezinha, se tornou parte de sua vida, se tornou a sua filhinha. Quando a viu pela primeira vez, Rita (a mãe) percebeu que aquela era sua menina, pois se apaixonou por ela naquele instante. 

Ao conseguir levá-la para casa, agora legalmente sua filha, Rita logo quis passear com a bebê e mostrá-la para todas as suas amigas, mas ainda que a maioria tivesse ficado feliz por ela, uma tratou de destacar as diferenças físicas entre as duas (a cor da pele) e dizer que seria impossível que aquela fosse a filha de Rita. Embora tenha ficado triste com a observação maldosa, que se preocupava mais com a diferença de cor da pele das duas, ela não se deixou desanimar e criou a filha com todo o seu amor. Elas aprendiam juntas, se divertiam, passeavam, eram muito unidas. Mas um dia...

"Flávia começou a chorar:
- Mãe, eu quero ser como você. 
- Como assim?
- Não quero ser marrom!
- É mesmo? Por quê?
- Eu quero ser branca como você.
- Mas por quê? Você é linda do jeito que é, toda marronzinha - falou a mãe."

Mesmo a mãe mostrando o quanto ela era linda e incrível do jeitinho que era, Flávia não se deixou convencer. Na sua opinião ela era feia por ter a pele marrom e queria ser branca como a mãe. Disse que tudo o que era marrom era feio e nada no mundo a fazia pensar diferente. Será que não?! É aí que o livro fica MARAVILHOSO pela maneira única e sensível que a Rita faz a filha abrir os olhos e enxergar a beleza de ser como era. Não vou dizer como ela faz isso, pois eu amei descobrir lendo. Só posso dizer que se tornou um dos meus livros queridinhos! 

Eu estava lendo "O Cortiço" para o tema deste mês do DLL 20, mas como Amoras e Flávia e o Bolo de Chocolate também se encaixam no desafio, resolvi continuar lendo O Cortiço, mas não mais para o projeto.


-> DLL 20: Um livro com um personagem negro


16 de abril de 2020

Vidas na Noite - Aione Simões


Literatura Brasileira
Editora: Independente
Edição de: 2018

20ª leitura de 2020

Sinopse: Um bar pode ser palco para muitas histórias: começos, transformações, pontos finais. Vidas na Noite é uma antologia com cinco contos de diferentes gêneros — do jovem adulto ao chick-lit, passando por trhiller psicológico e erótico — para narrar as diferentes tramas que se desenvolvem simultaneamente em um estabelecimento noturno. Cada conto, uma emoção. Cada história, uma vida única. Vidas na Noite é um convite para encarar as várias facetas de nossa própria existência.





Este é um livro curtinho com 5 contos bem diferentes uns dos outros, mas que acabam se interligando por se passarem num mesmo cenário: um bar. Local por onde passam centenas de pessoas numa mesma noite, cada uma com seus próprios dramas, segredos e passado. Quantas vidas distintas passam por um mesmo lugar... Quantos "livros" diferentes, com seus próprios começos, meios e fins...

Na primeira história, Pesos e medidas, temos duas adolescentes que são melhores amigas. Uma delas está comemorando o aniversário no bar do tio, tendo convidado pessoas que não davam a mínima para ela, mas pelas quais a garota desejava ser "aceita". Para completar, sua autoestima estava péssima e ela se sentia muito gorda e disposta a passar fome para ter o "peso ideal". O conto gira em torno da tristeza que ela sente por tudo estar correndo mal no seu aniversário, por desejar comer e sentir que não pode, pois precisa emagrecer... E a amiga dela tentando fazê-la compreender que passar fome não é o caminho e que ela necessita entender que precisa de ajuda. 

Na segunda história, Os habitantes do 9º, temos um personagem que está atormentado por ter sofrido uma dupla traição, tendo sido traído pela namorada e pelo melhor amigo que ainda achavam que ele tinha que perdoar o fato de ter sido apenas uma noite, um erro que não voltaria a se repetir. Ele fica lembrando dos momentos bons e trava uma luta consigo mesmo, pois sempre considerou a traição algo imperdoável, mas, por outro lado, ainda ama a garota. Não gostei do final desse conto. Não posso falar meus motivos para não ter gostado, pois teria que dar spoiler. 

Gatilho é o terceiro conto desta antologia e é também o meu preferido, por tocar no tema transtorno de ansiedade e relacionamento abusivo. A protagonista desta história saiu de uma relação muito ruim, na qual sofria agressões psicológicas (que muitas vezes podem ser piores que as físicas) e que quase destruíram a sua mente. 

Todavia, mesmo longe daquele que lhe fez tanto mal, ela ainda precisa lidar com os traumas e a sensação de que ele ainda tem o poder de controlar sua vida, que segue vivendo conforme as regras e influência dele. Nos sentimos "sufocados" lendo esse conto, pois é fácil nos colocarmos no lugar dessa mulher e entender o que ela está passando. Gostei da maneira como o conto terminou e imagino que, apesar de sua decisão, ela ainda precisará percorrer um longo caminho até realmente estar livre. 

O quarto conto, Domado descontrole, nos traz uma história "bem quente", sensual, de dois personagens que estão no primeiro encontro e sentem uma forte conexão. São duas pessoas livres, independentes, que enlouquecem juntas, sem pensar em nada, desejando viver apenas o momento. É bom para quem curte histórias eróticas, com um toque de sadomasoquismo. Eu, particularmente, não curto muito, portanto, é um dos contos que menos me agradou. 

O começo de tudo é o último conto da antologia e traz a ligação entre os quatro contos anteriores. Clara é funcionária do bar no qual as outras quatro histórias acontecem e tudo se passa numa mesma noite. Ela decidiu pedir demissão e está cumprindo o aviso prévio. Deseja seguir seus próprios sonhos, mas está atormentada por ter tido que abrir mão de alguém que amava, por saber que ele não aguentaria um relacionamento à distância. É bem legal acompanhar este conto não só pela história da Clara, mas principalmente por vermos como ela cruza o caminho dos personagens dos outros contos, que estão tão concentrados em suas próprias vidas e não notam muito ao seu redor. 

De modo geral, é uma antologia que me agradou bastante e me deixou desejando ler outras histórias da autora. A escrita da Aione é deliciosa e tudo flui muito bem, chega a ficar aquele gostinho de quero mais, pois acabamos desejando saber o que aconteceu com alguns personagens depois daquela noite. Dá para ler em menos de uma hora e recomendo bastante!


-> DLL 20: Um livro de capa roxa/lilás



14 de abril de 2020

Beleza Impura - Sharon Kendrick

Literatura Inglesa
Título Original: A Tainted Beauty
Tradutora: Angela Monteverde
Editora: Harlequin
Edição de: 2013
Páginas: 183
Série O Dinheiro não Compra Amor - 2/2

19ª leitura de 2020

Sinopse: Ciro D' Angelo queria uma esposa pura como a neve. Ao conhecer Lily Scott, tinha certeza de que ela era a mulher ideal! Porém surpresas surgem na noite de núpcias...


Não sei como começar a falar de tudo o que me tirou do sério neste livro. Ainda não consigo acreditar que realmente li uma "coisa" assim. E nem é possível dizer que o livro é tão "absurdo", com um protagonista extremamente machista, que nos dá asco, por ter sido escrito no século XX ou algum período anterior. Não. O livro é do século XXI. Originalmente publicado em 2012. E tem um dos mocinhos mais escrotos que tive o desprazer de conhecer. E uma mocinha tapada, que ainda considera merecer o tratamento desprezível que recebe dele!!! Faz mais de 24 horas que concluí a leitura, mas sigo furiosa com esta história. Não tem um só personagem que salve este livro! 

Lily é uma jovem de vinte e poucos anos, que pertence à uma família aparentemente com bons recursos financeiros, mas por motivos não totalmente explicados no livro, ela não pôde fazer faculdade e nem teve uma boa educação, se vestindo sempre de maneira bem humilde e um tanto antiquada. Trabalhava desde a adolescência como garçonete (mesmo pertencendo à uma família com dinheiro e certo status) e com o tempo passou a se dedicar a preparar bolos, que eram vendidos no estabelecimento de sua patroa. 

Com a morte de sua mãe, o pai dela (que tudo indica que era amoroso com os dois filhos) voltou a se casar. A madrasta era alguém mais jovem que ele e fazia o tipo "madrasta da Cinderela". Acontece que o pai de Lily faleceu pouco tempo depois do casamento e, ACREDITEM SE QUISEREM, não deixou nada para os dois filhos (????!!!). Tudo foi herdado pela madrasta má: a mansão, todos os objetos de valor (inclusive o colar da mãe da Lily, que valia uma fortuna), ações... Absolutamente tudo. Ele amava os dois filhos, mas inexplicavelmente (isso não é explicado em nenhum momento da história) não se preocupou em deixar nada para eles, considerando a madrasta a única merecedora de herdar os bens. Sendo que o irmão da Lily, ainda por cima, era menor de idade. 

Assim, a pobre Cinderela tem que trabalhar ainda mais para manter o irmão num bom colégio e, de repente, se vê diante da notícia de que sua madrasta má vendeu a mansão de sua família e ela não tem mais onde morar. 

No meio de todos os seus dramas, a mocinha descobre que o comprador é um italiano cheio de si, que ficou "encantado" por ela na primeira vez que a viu e que após convidá-la para jantar acredita que já terá, de primeira, direito ao seu corpo. Sim. Ele a convida para jantar no hotel onde está hospedado, pois queria que ela fosse para a cama com ele logo em seguida. É bem assim mesmo. Não estou inventando. 

Só que Lily não aceita ir para a cama com ele no primeiro encontro e isso é suficiente para Ciro colocar na cabeça que ela era virgem. Sim!!! Só sendo virgem para se recusar a ir para a cama com alguém que ela praticamente não conhecia!!!

Então, ele passa a ver a mocinha como a personificação da "pureza" (ela nunca disse que era virgem. Nunca!) e decide que vai se casar com ela o mais rápido possível, pois não quer que ninguém tire dele o privilégio de ser o primeiro. E aí ele cria todo um ideal em torno da garota. Pensa que ela será a sua esposa "perfeita", tradicional, "do lar", que não trabalhará fora, que será inocente na cama e fora dela, que sempre irá obedecê-lo e, claro, que nunca poderá cortar os cabelos. Ele chega ao cúmulo de fazê-la prometer que jamais cortaria os cabelos, pois não queria que ela fizesse isso. 

E aí temos o casamento relâmpago e a tão desejada noite de núpcias, quando ele percebe que ela não é virgem e faz um show. Fazia tempo que eu não desejava tanto agredir um personagem...

O pior de tudo é a mocinha se sentir culpada por não ser virgem, se sentir culpada por ter frustrado as expectativas dele e aceitar toda a grosseria, os maus-tratos, a canalhice desse verme. Ele chega ao ponto de dizer que ela se vestia como se vestia para enganá-lo (sendo que ela usava aquelas roupas MUITO antes de ele surgir na vida dela) e que "sem roupa" ele a via como ela realmente era. Como assim?!!! De onde esse lixo de personagem saiu?! E mais: diz que depois disso vai se divorciar dela, mas que ela terá que "fingir" um casamento perfeito por seis meses, pois ficaria péssimo para a IMAGEM DELE que o divórcio acontecesse logo depois do casamento. 

E a forma como a Lily tolera tantos absurdos, como fica defendendo as atitudes dele, como o vê como o certo e joga toda a culpa para cima de si mesma... Isso não dá para suportar! Eu senti asco dos dois! 

Quando ela finalmente "acorda" não é convincente e o mocinho não sofre nada por tudo o que fez com ela. O final feliz deles é uma piada. 

Não recomendo! Me arrependi amargamente de ler essa história. 


-> DLL 20: Um livro que comece com a 1ª letra do seu nome 
(meu nome é Bruna, apenas meu pseudônimo é Luna)


11 de abril de 2020

Amar Outra Vez - Carol Marinelli

Literatura Inglesa
Título Original: Emergency: wife lost and found
Tradutor: Maurício Araripe
Editora: Harlequin
Edição de: 2014
Páginas: 174
18ª leitura de 2020

Sinopse: Um verdadeiro amor é capaz de resistir ao tempo? Desejado por todas as mulheres que o cercavam, o doutor James Morrell é um homem atraente, porém com uma profunda cicatriz no coração. Obstinado pelo trabalho em um dos maiores hospitais de Londres, sua vida privada é um mistério difícil de ser revelado. Até que um dia, após um terrível acidente, uma mulher desconhecida dá entrada na emergência seriamente ferida… e precisando ser ressuscitada. Para James, Lorna McClelland era mais do que uma paciente em estado grave. Era a parte mais importante de sua alma… E que agora retornava a ele em busca de vida.




Vocês também estavam morrendo de saudades dos romances de banca, não é mesmo? Eles foram minhas primeiras paixões e sigo amando MUITO mergulhar nesses livrinhos tão queridos, que me fazem esquecer da minha vida por algumas horas. Mas, por estar participando de alguns desafios literários temáticos, acabei não conseguindo ler romances de banca nos meses anteriores. Porém... Na madrugada do dia 08/04, com insônia, resolvi mandar os desafios para o espaço por uns dias e apostar numa história que eu tinha baixado na Amazon há bastante tempo e ainda não tinha lido. Uma história da qual eu não sabia absolutamente nada, mas que imaginava que fosse leve, com um romance que me encantaria. 

Não foi exatamente uma história "leve" que encontrei neste livro, mas foi muito melhor do que eu poderia imaginar. Um amor que sobreviveu ao tempo e às marcas deixadas por uma separação dolorosa.

7 de abril de 2020

O Jardim Secreto - Frances Hodgson Burnett

Literatura Inglesa
Título Original: The secret garden
Tradutor: João Sette Camara
Editora: Ciranda Cultural
Edição de: 2019
Páginas: 286
17ª leitura de 2020

Sinopse: Após ficar órfã, Mary Lennox se muda da Índia e vai morar com seu tio viúvo em uma grande casa cheia de segredos na Inglaterra. A mansão tem quase cem quartos e seu tio se mantém trancado lá. Durante a noite, ela ouve o som de choro em um dos longos corredores. Os jardins que cercam a grande propriedade despertam a curiosidade de Mary. Ao decidir explorá-los, a órfã descobre um jardim secreto, cercado por muros e trancado com uma chave perdida. Com a ajuda de dois companheiros inesperados, Mary descobre um caminho e se torna determinada a trazer o jardim de volta à vida. 



Está aí uma autora que conseguiu me conquistar com suas belíssimas histórias de amor e superação. E não aquele "amor romântico", mas o amor pela vida, pelos familiares, amigos e por si mesmo. Este ano eu já resenhei A Princesinha, que se tornou um dos meus livros queridinhos, por trazer uma protagonista que apesar de ser apenas uma criança que deveria ser protegida, era mais forte do que eu jamais conseguiria ser (sejamos realistas.rs) e me ensinou muito. A Princesinha é aquele livro que fica no seu coração. É inesquecível. O Jardim Secreto só comprova que a autora realmente tinha o dom de encantar. 

No caso do livro anterior, eu já conhecia o filme e ele marcou a minha infância. Quanto ao livro O Jardim Secreto, eu mergulhei no escuro. Porque não tinha assistido o filme e não conhecia nada da história, não sabia o que esperar e todas as surpresas, as descobertas que a Mary fez ao longo da narrativa, eu fiz junto. Tudo era uma surpresa para mim também. Foi mágico acompanhá-la em sua jornada de crescimento, de cura interior. Me senti transportada para dentro daquele jardim, ouvindo os risos das crianças e vendo a vida surgindo como se o mundo estivesse mesmo cheio de mágica. E sabe de uma coisa? Ele realmente está. Existe magia no simples fato de respirarmos. E agora que estamos todos passando por esse período tão sombrio, nunca imaginado, deveríamos valorizar ainda mais o ar que respiramos, o oxigênio que nos mantém vivos. Entender o quanto somos nada diante da Natureza que trabalha incansavelmente para nos dar tudo o que precisamos para viver.

2 de abril de 2020

Livros preferidos da vida...

Olá, queridos!

Ao longo de todos os meus anos como leitora eu já li 732 livros. Entre os lidos, o Skoob me informa que eu favoritei exatamente 330 livros. Sim!!! Isso tudo.kkkkkkk... Eu sou uma apaixonada pela literatura! E os livros, regra geral, me encantam, me apaixonam. É difícil eu dar nota negativa para um livro, só se ele merecer muito

Se tenho 330 livros favoritados, ainda existem aqueles que embora eu não tenha classificado como "favoritos" no Skoob, são especiais na minha vida por algum motivo. Então, quando vocês me pedem para dizer quais são meus livros preferidos... eu quase surto!kkkkkkkk... Porque eu sei qual é meu TOP 3: O Morro dos Ventos Uivantes, O Quarto Arcano e Alguém para Amar/Um Reino de Sonhos, que tanto podem ocupar o 1º, 2º e 3º lugar, respectivamente... como podem também os quatro ocuparem juntos o primeiro lugar. Agora... Fazer um TOP 10 não só é difícil... Chega a ser uma tortura com esta leitora que aqui escreve.kkkkk... 

Claro que já falei de livros mais amados aqui no blog. E com o passar dos anos os meus preferidos foram se alterando, pois fui conhecendo novas e inesquecíveis histórias. Mesmo os livros queridos que não serão mencionados neste post são muitíssimo especiais na minha vida e possuem um lugar todinho deles no meu coração. Mas vou TENTAR fazer um TOP 10. O que não significa que não vou trapacear um pouquinho.rs

Observação: Clicando no título dos livros abaixo vocês terão acesso às resenhas. 


10º LUGAR: TARDES DE MAIO


Impossível ficar de fora! Este livro apareceu na minha vida por acaso, como se ele próprio tivesse me escolhido. E me marcou. Cada texto, cada crônica, poema... foi como um golpe certeiro e necessário. Me fizeram refletir, reconsiderar certas coisas, valorizar ainda mais o que tenho, cada oportunidade que Deus me deu. A vida não é fácil. Existem muitos momentos de lágrimas, de dor, mas nunca podemos esquecer, por mais difícil que seja o momento que estamos vivendo, que "respirar" é um privilégio. E que não podemos desperdiçar nenhum instante. 


9º LUGAR: LUCÍOLA


Ah, este livro! Embora eu tenha muitas coisas contra o personagem masculino, Lucíola, a protagonista, me conquistou com sua triste história de vida. E sua força, seu caráter. A vida foi extremamente dura com essa mulher, destruindo cada um dos seus sonhos. Me dói lembrar dela. Me dói saber que ela não teve nenhuma chance. Mesmo assim, é um livro que marcou a minha vida. Que sempre recordarei com muito carinho. 




Como esquecer a lição das cinco bolas? Este livro desempenhou um papel muito importante na minha construção como pessoa, no meu amadurecimento. Sinto a Suzana como uma amiga querida, como se ela de fato fizesse parte da minha vida. Aprendi muito com essa personagem. Quando eu estiver bem velhinha, relembrando o meu passado e chegando ao fim da minha viagem, este será um dos livros que terei em meu colo. Suzana não é uma simples personagem para mim. Ela transformou minha vida. 


7º LUGAR: OUTLANDER


Mas, Luna, Outlander possui muitos livros! Sim, mas eu coloquei a série toda em sétimo lugar.kkkkkk... Já li todos os livros? Infelizmente, ainda não. Porém, é uma série que eu amo, que me arrebata, que me transporta para uma outra época, com riqueza de detalhes e conteúdo histórico. Claire e Jamie são dois protagonistas fortes e não importa quantos obstáculos existam no caminho deles, sempre irão ultrapassá-los, pois o amor que os une é maior que tudo. 




Eis um livro do qual não posso começar a falar que já me derramo em lágrimas. Este livro mexeu com todas as minhas estruturas, me deixou no chão. E sim, já estou chorando de novo.kkkkkk... Só lendo vocês seriam capazes de entender como ele é doloroso e ao mesmo tempo poético, lindo. Fala sim de dor, de guerra, de perdas, mas também fala do sentimento mais forte que existe neste mundo: o amor. 


5º LUGAR: AUDÁCIA


Faz muitos anos que li esta história, mas não me esqueço de sua força, da profundidade do amor que unia o casal. A mocinha passou por coisas que vocês nem conseguiriam imaginar. É o livro mais impactante que a Candace Camp já escreveu, possui cenas pesadas, um monte de "gatilhos" e você deve se preparar emocionalmente antes de lê-lo. Mas o amor do Cameron e da Angela foi maior que qualquer trauma, maior que as mais profundas feridas. Amo, amo, amo!


4º LUGAR: SE HOUVER AMANHÃ


Nem sei como falar do meu amor por este livro. Tracy é uma das minhas heroínas mais queridas, uma personagem que admiro demais. Sua inteligência, sua garra, sua determinação em não permitir que aqueles canalhas destruíssem o que ainda lhe restava. Quando aquela gente cruel e corrupta acreditou que a tinha vencido, nossa mocinha mostrou toda a força que possuía em seu interior. E ela deu a volta por cima. Do jeitinho dela.rs




Luna, você está trapaceando! Sim, é verdade!rsrs Estes dois livros sequer fazem parte da mesma série, mas são dois queridinhos que geralmente ficam em pé de igualdade nas minhas lembranças. Eu amo os dois da mesma maneira. Enquanto Alguém para Amar possui a mais linda declaração de amor já escrita num livro da autora, no livro Um Reino de Sonhos a declaração de amor não acontece por meio das palavras, mas das ações. Lembro dessas histórias com tanto carinho! Claro que me fizeram chorar (os livros mais especiais geralmente fazem), mas também me encheram de amor. Recomendo demais!


2º LUGAR: O QUARTO ARCANO


Aguenta coração!kkkkkkk... Nossa! Até lembrei de uma música agora!rs “Agora aguenta coração, já que inventou essa paixão. Eu te falei que eu tinha medo, amar não é nenhum brinquedo...” A música não é do livro nem nada, mas eu lembrei por acaso.kkkkk... 

Queridos, nesta duologia as emoções são todas à flor da pele. Eu já devo ter falado umas mil vezes desta história aqui no blog. Não existe ninguém que me conheça e tenha escapado de me suportar falar de Roger e Isaura. É o meu casal da vida. Minha grande paixão. A intensidade do amor desses dois, tudo o que passaram, tudo o que aprenderam juntos... Suspiros... Eu sou fã incondicional. Dizer que amo este livro é pouco. É muito mais que isso. Não dá para colocar em palavras tudo o que sinto por esta história. Só posso dizer: RECOMENDO! MUITO, MUITO, MUITO! 



“Como posso eu viver sem a minha vida? Como posso eu viver sem a minha alma?”

Qual é o livro do qual coleciono edições?! Qual é o livro que mais reli na vida? Eu “sinto” este livro de tal forma... É mais do que amar os personagens (e odiá-los ao mesmo tempo, claro), é mais do que admirar a autora. O que me liga ao livro não tem explicação racional. Simplesmente me sinto conectada a ele. Preciso deste livro, entende? Preciso dele na minha vida. Muitas vezes apenas abraçá-lo me acalma. Não preciso nem folheá-lo, basta apertá-lo contra o peito que esqueço o mundo, os problemas, tudo o que esteja me entristecendo. Nunca tive uma ligação tão forte com um livro como tenho com este. A Catherine numa determinada ocasião disse para a Nelly: ‘Eu sou o Heathcliff.” Já eu digo: “Eu sou o morro dos ventos uivantes.” É o meu livro da vida. Se precisasse salvar apenas um livro seria este. Porque esta história é tudo pra mim. 


Mais livros preferidos...

Como eu disse, tenho muitos livros favoritos, livros que me marcaram, que significam muito para mim. E não poderia deixar de mencionar as histórias a seguir:



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