21 de setembro de 2021

A Escolha da Paixão - Carol Marinelli


Literatura Inglesa
Título Original: Sicilian's baby of shame
Tradutor: Rafael Bonaldi
Editora: Harlequin
Edição de: 2018
Páginas: 187 (Kindle Unlimited)

26ª leitura de 2021 (19ª resenha do ano)

Sinopse: Seduzida, humilhada e grávida! Sophie sempre quis trabalhar no hotel Grande Lucia. E sabia bem quais eram as regras. Contudo, quando foi entregar o serviço de quarto para Bastiano, um magnata sem coração, ficou tentada a assumir o risco de entregar seu corpo a ele. Bastiano é um homem sem escrúpulos, disposto a tudo para alcançar seus objetivos, mas tem uma crise de consciência quando Sophie é demitida pela indiscrição dos dois e desaparece. Com os pensamentos preenchidos pela preocupação, Bastiano decide se assegurar que ela está bem. Quando a encontra, descobre que Sophie está trabalhando em um bar para um homem perigoso, foi deserdada e está grávida... do seu filho! Rejeitado pela própria família, Bastiano está determinado a assumir a criança... e seduzir a teimosa Sophie até que ela aceite usar sua aliança!




Quando um livro faz bem ao seu coração, ele é completamente digno de 5 estrelas. Todos os critérios são preenchidos.rs

Feliz. Foi assim que me senti ao terminar esta leitura. Não, o livro não é perfeito, possui algumas falhas, mas me fez bem. Me fez feliz. Me provocou sorrisos e lágrimas. Esqueci o mundo e não larguei a história até terminar de lê-la. Este livro mexeu com meu coração. Eu sentia quando os personagens sofriam. Sorria como uma boba quando estavam contentes... Simplesmente me envolvia por inteiro com as emoções deles. 

Tudo foi rápido e intenso. Por ser um livro de menos de 200 páginas, ele te joga do céu ao inferno quase ao mesmo tempo. Num instante, você está sorrindo, apaixonada pela paixão que une os protagonistas. Amando amá-los... (Apaixonada pela paixão, amando amá-los... Você está boba hoje, né, Luna? Sim!!! De tão feliz por CULPA da história!) e no instante seguinte acontece algo para te fazer chorar. Confesso que não esperava por aquilo e não sei quem ficou com o coração mais ferido, se a mocinha ou eu.kkkkkk Realmente chorei com a cena. Senti raiva e muita tristeza. E demorei mais tempo do que ela para perdoar.kkkkk

Neste livro temos a história de dois personagens muito fortes, daqueles que não conhecem o significado da palavra "desistir". Não se conformam com destino, não permitem que decidam o que podem ou não fazer, que futuro irão ou não ter. Tomam as rédeas de suas próprias vidas e constroem seus próprios caminhos, mesmo que isso signifique sofrer e perder até chegarem onde desejam. 

Sophie era uma jovem de 24 anos que cansou de viver a vida que seus pais e irmãos queriam. Foi obrigada a parar de estudar porque seu pai arranjou um emprego para ela numa padaria, ainda em sua adolescência. Tudo era sempre conforme a vontade deles e o mais absurdo foi escolherem até mesmo com quem ela iria se casar. Na cabeça deles, Sophie tinha que aceitar calada e com um sorriso doce no rosto, mesmo que seu futuro marido tivesse mais que o dobro de sua idade e planejasse mantê-la sempre grávida. 

Sem alternativa, ela fugiu de casa e da única realidade que conhecia e foi morar em Roma, mesmo sem ter um teto ou trabalho. Acabou por arranjar um emprego como camareira num grande e famoso hotel, que para ela era mais que um sonho: não recebia nenhuma maravilha de salário, mas era suficiente para dividir o aluguel com outras duas jovens e ter a independência que tanto buscava. Seu emprego a fazia feliz, pois a equipe inteira era gentil e se tornou uma espécie de família para ela. Se dava bem com quase todo mundo, até mesmo com os hóspedes. Sua única tristeza era não ser perdoada pelos pais, mas sabia que tinha feito a escolha certa. Não iria se casar por conveniência e condenar a si mesma a uma vida submissa a um homem que já detestava... Casaria apenas por amor e levaria a vida que bem entendesse. 

Bastiano Conti era um bilionário que tinha conhecido a pobreza e a rejeição por toda sua infância e adolescência. Tendo perdido a mãe ao nascer e sem saber quem era o seu pai, foi "acolhido" pelos tios maternos contra a vontade deles, apenas por obrigação. Qualquer presente ou guloseima era sempre dada aos filhos de seus tios e nunca dividido com ele. Sempre deixavam claro o quanto era um estorvo e que nunca seria querido por ninguém. 

Mesmo contra a vontade de sua família, fez amizade com Raul, um menino que também vinha de um lar problemático, cuja mãe era vítima de violência doméstica. Eles dividiam seus sonhos e frustrações e acreditavam que seriam amigos para sempre, até que uma grande tragédia os separou, transformando-os em inimigos... Uma inimizade que persistiu pela vida adulta e motivou até mesmo as suas escolhas de negócios. 

Foi por isso que Bastiano se hospedou no Hotel Grande Lucia, disposto a comprar o hotel apenas para frustrar os planos de Raul... e lá acabou conhecendo Sophie... alguém bem diferente de qualquer pessoa que já tivesse passado por sua vida. Ela era tão espontânea e sorridente, tão verdadeira e crédula... Por um dia resolveu ser o que ela acreditava que ele fosse. Uma relação com ela jamais teria futuro, mas poderia se permitir um dia... Apenas um dia sem ser o homem que todos desprezavam. 

"- Eu sinto como se conhecesse você - disse ela."

Mas os momentos de paixão, entrega e sorrisos não demoram a ter um amargo fim... Levando Bastiano de volta ao mundo de frieza e vazio que conhecia e fazendo Sophie conhecer a dor de ter seu coração feito em pedaços pela pessoa em quem escolheu confiar. Porém... quando o sentimento é mais forte que a vontade de duas pessoas feridas pela vida.... algumas pontes podem ser reconstruídas. 

Eu não sou a maior fã de histórias nas quais os casais acabaram de se conhecer e já vão para a cama e "do nada" estão apaixonados. Geralmente são histórias que parecem muito fúteis e se desenvolvem com aquela coisa de glamour, arrogância e humilhação: mocinho podre de rico, mocinha que fica deslumbrada pelo mundo dele, mocinho que pisa na mocinha por ela ser pobre e a tonta que aceita ser maltratada para depois ele dizer que sempre a amou. Geralmente essas histórias seguem esse caminho. E falo com conhecimento, pois já li centenas (sim, realmente centenas!) de livrinhos assim, já que os romances de banca sempre fizeram parte da minha vida e mesmo minhas autoras preferidas do gênero amam enredos do tipo.  Mas a Carol Marinelli conseguiu pegar uma trama já "batida" e escrever de uma forma que tornou tudo muito envolvente e nos fez acreditar na forma natural como aconteceu. Nos fez acreditar nos personagens, nos sentimentos deles, em como tudo aconteceu. 

"Sophie chegara sem aviso. Entrara no palco da vida dele, mas havia muitos escombros por ali, muitos danos, e ele não sabia como arrumar tudo."

Eu fiquei encantada já nas primeiras páginas! Sophie é aquele tipo de pessoa (sim, vou chamá-la de pessoa!) que faz sorrir todos que a conhecem. Ela se permite ser ela mesma em qualquer ambiente. Ser livre, ser feliz. Não se consumir por tristezas, mas se permitir ver o que de bom tem em cada dia. E embora tenha sido treinada para falar apenas o estritamente necessário com os hóspedes... ela não consegue.rs É assim que seu caminho se cruza com o de Bastiano. Ele tinha acordado de mal com a vida, com uma baita ressaca e Sophie foi levar o serviço de quarto, embora geralmente não ficasse responsável por aquele andar. Mas estava fazendo um favor para outra camareira e agiu da maneira espontânea que era sua característica. Bastiano acabou encantado com sua personalidade, com seu sorriso, com a forma como ela se preocupou com ele como pessoa e não como alguém que tinha dinheiro e era um hóspede. Ela o tratou como igual, mesmo sabendo que não eram.  

Antes que eles percebessem... estavam conversando. Contando coisas um para o outro e isso era totalmente surreal, inesperado. Um tanto louco, pois eram desconhecidos. Uma das primeiras cenas que amei foi quando ela desceu, pois seu turno tinha encerrado e passou na cozinha do hotel para comer alguma coisa deliciosa antes de ir para casa e quando o chef lhe ofereceu um brioche que tinha acabado de sair, ela resolveu fazer um prato para o Bastiano e levar até seu quarto, pois sabia que o café da manhã "chique" que ele próprio tinha pedido não o agradou. O que amei foi que ele ficou tocado pelo gesto dela e a convidou para tomar o café da manhã com ele, e ela sentou ao lado dele na cama com a maior naturalidade e voltaram a conversar como se não fossem camareira e hóspede, mas dois amigos que tivessem se reencontrado.kkkkk 

Claro que a química começa, né? Quando ela decide ir embora, pensa em como gostaria que sua primeira vez fosse com alguém de quem ela tivesse gostado como gostou dele. Sabia que não era amor nem nada, mas tinha prometido a si mesma que perderia a virgindade quando quisesse e com quem ela sentisse vontade. Que seria uma escolha sua. E ela queria muito escolhê-lo... 

"[...] Estou me guardando para alguém que eu queira, na hora que eu quiser."

As coisas acabam seguindo esse rumo. E tudo é tão... Suspiros... Eu amei! Amei o quanto ele se importou com ela, amei como eles realmente pareciam se conhecer, embora nunca antes tivessem se visto. Me apaixonei por tudo ter sido mais que sexo, por ter tido cumplicidade, sorrisos, brincadeiras, conversas... A cena na banheira foi bem divertida! Ela não foi um caso de um dia para ele, por mais que ele tentasse se convencer que sim. E quando tudo terminou... Eu chorei. Chorei muito. De verdade.

O relacionamento não acaba exatamente naquela noite, como a sinopse dá a entender, mas não vou contar como tudo acontece. Só que o momento da separação, que eu nunca imaginei que seria daquele jeito, foi extremamente doloroso. O motivo do Bastiano foi forte, mas eu não esperava que ele fosse agir assim com ela. Justamente com ela! E depois ele sente raiva de si mesmo por ter dado tanta importância a algo que o fez perdê-la. É complicado. Porque nós leitores sabíamos de algo que ele não sabia e é meio injusto eu esperar que ele SOUBESSE, que ele simplesmente acreditasse nela. Mas a verdade é que eu queria que ele tivesse acreditado e ponto final! Dane-se que a conhecesse há pouco tempo! Ele tinha que ter confiado nela. E eu fiquei destroçada. A Sophie leva tempo para perdoá-lo, mas ainda considero que poderia ter demorado mais.kkkkkk Eu sei que ele sofreu. Sei que ele tentou consertar as coisas, sei que jamais se considerou superior à ela nem nada. Que a respeitava, que se preocupava, que queria o bem dela. Mas eu estava com raiva! E quando estou assim quero que os mocinhos sofram mais do que as autoras permitem.rs 

"Jamais vou me esquecer de você."

A relação deles é muito linda. A forma como se reencontram... Como ele nunca deixou de pensar nela. Como se preocupava até com as menores coisas. Eu amei muito o Bastiano. Ele é um mocinho digno de ser chamado assim. O erro dele não apaga tudo o que ele e Sophie construíram neste livro. Ele assumiu seu erro, tentou realmente consertar tudo, ser uma pessoa melhor por ela e pelo filho que iria nascer (a sinopse já revela a gravidez, então não é spoiler). Foi impossível não amar este casal! Eles me conquistaram por completo! 

Já viram que se pudesse eu ficava aqui o dia inteiro falando sobre a história, né?!rsrs É delicioso amar uma história, poder esquecer da vida... Poder apenas esquecer tudo e me dedicar por inteiro ao mundo dos personagens. E encontrar no livro tantos motivos para sorrir. Suspiros...

Somente após terminar a leitura foi que eu descobri que o livro faz parte de uma série e que provavelmente comecei pelo último.rs Não está identificado como série na capa nem nada, mas existem dois livros que têm ligação com ele, cujas histórias acontecem simultaneamente, mas têm seus desfechos antes desta:

Inocente Mistério - Harlequin Paixão 497 (conta a história do Raul e da Lydia)
Amante do Deserto - Harlequin Paixão 498 (conta a história do Alim e da Gabi)

A ligação com A Escolha da Paixão se dá porque Raul é amigo/inimigo do Bastiano e Lydia foi a mocinha com quem ele pretendia se casar. Alim também é amigo do Bastiano e Gabi é melhor amiga da Sophie. A história dos três casais começa no hotel Grande Lucia, que pertence ao Alim. 




14 de setembro de 2021

O Clube do Crime das Quintas-Feiras - Richard Osman

 


Literatura Inglesa
Título Original: The Thursday Murder Club
Tradutor: Jaime Biaggio
Editora: Intrínseca
Edição de: 2021
Páginas: 400
Série O Clube do Crime das Quintas-Feiras - Livro 1

25ª leitura de 2021 (18ª resenha do ano)

Sinopse: Fenômeno editorial que o mundo não via desde o lançamento de Harry Potter, O Clube do Crime das Quintas-Feiras é um exemplo concreto de como uma história de mistério e assassinato pode ser extremamente engraçada.

Toda quinta, em um retiro para aposentados no sudeste da Inglaterra, quatro idosos se reúnem para ― segundo consta na agenda da sala de reunião ― discutir ópera japonesa. Mas não é bem isso que acontece ali dentro. Elizabeth, Ibrahim, Joyce e Ron usam o horário para debater casos policiais antigos sem solução, confiantes de que podem trazer justiça às vítimas e encontrar os responsáveis por algumas daquelas atrocidades do passado.

Com todos os integrantes acima dos setenta anos, o Clube do Crime das Quintas-Feiras não é a equipe de detetives mais convencional em que se conseguiria pensar, mas com certeza está mais do que acostumada a fortes emoções. Afinal, Joyce foi enfermeira por décadas, Ibrahim ajudou pacientes psiquiátricos em situações dificílimas, Ron era um reconhecido líder sindical e Elizabeth... bom, digamos que assassinatos e redes de contatos sigilosas não eram nenhuma novidade para ela.

Quando um empreiteiro local com projetos bastante questionáveis na cidade aparece morto, o grupo tem a oportunidade de seguir as pistas de um caso atual. Apostando em seus semblantes inocentes e habilidades investigativas estranhamente eficazes ― além de trocas de favores clandestinas com a polícia, que, apesar de todos os esforços, parece estar sempre um passo atrás de seus colegas amadores ―, os quatro amigos embarcam em uma aventura na qual as mortes do presente se entrelaçam com antigos segredos, e em que saber demais pode trazer consequências perigosas.




Eu fiquei com muitas dúvidas entre dar 3 ou 4 estrelas ao livro. Estava mais inclinada a dar 3 estrelas, mas o fato da história ter me comovido tanto em sua reta final me fez mudar de ideia...

Foi graças ao grupo de leituras coletivas no Telegram que eu aceitei ler este livro que nem sequer estava na minha lista de futuras leituras. Ainda não tinha ouvido falar sobre ele e sua sinopse me pareceu no mínimo interessante, diferente do que estava acostumada a ler em suspenses ou romances policiais. 

O fato da sinopse mencionar que ele é um "fenômeno" me faz questionar se li o livro de maneira errada ou se apenas faço parte da minoria que não ficou 100% apaixonada pela história nem pelos personagens. Que o considerou até mesmo bem fraco tanto para um romance policial quanto para uma comédia, pior ainda para uma mescla dos dois! Mas, como eu disse, o livro ganhou 4 estrelas por ter me emocionado no final. Não pelo desfecho, pela revelação do assassino, mas sim por outros motivos bem diferentes. 

Não vou fazer um resumo detalhado do livro, pois a sinopse é bem completa e eu apenas acabaria repetindo muito do que já consta nela. Bem... Aqui nesta história temos quatro idosos que querem curtir o tempo que lhes resta de vida da melhor forma, ter o merecido descanso, lazer, depois de tantas décadas seguindo regras e trabalhando muito. Como parte da nova fase de suas vidas, está o clube do crime das quintas-feiras, que consiste basicamente em reuniões semanais para discutir casos antigos jamais solucionados. E nada poderia ser mais emocionante do que um assassinato recente, de alguém conhecido, para movimentar um pouco as coisas. 

Os quatro (Elizabeth, Joyce, Ibrahim e Ron) decidem assumir o trabalho da polícia e descobrir quem teve motivos e oportunidade para cometer o assassinato. E, para deleite deles, outro homicídio acontece, talvez tendo suas raízes num passado bastante distante... Com a ajuda de "fontes" e "contatos" que só eles possuem, estão dispostos a provarem que ainda podem ser muito úteis e se divertirem enquanto investigam. 

Eu não detestei a história. Nada disso. Gostei sim de vários momentos, não foi uma leitura que quis abandonar nem nada. Mas também não me deixava ansiosa pelo próximo capítulo, entende? Eu não me empolguei, não fiquei ansiosa para desvendar os segredos nem descobrir o assassino. É um livro que eu bem poderia passar sem ler, pois nem sequer me conectei aos personagens, exceto pela Joyce, que é a única no livro todo que posso realmente dizer que gostei. Pelos outros não senti absolutamente nada... e aqui tenho que mencionar novamente uma exceção, embora diferente: Elizabeth. Não a amei, nem gostei realmente dela como da Joyce... na verdade, foi uma personagem que em certas situações me provocou antipatia. Que queria controlar tudo e todos, que me parecia que só se importava em ser ela a decidir, em ser ela a resolver... Talvez eu tenha feito uma leitura equivocada e injusta da personagem, mas infelizmente foi essa a impressão que ela provocou em mim. Eu até me diverti com a personagem, até mesmo gostei um pouquinho dela, mas no fundo, no fundo não gostei.rsrs

E o que motivou as 4 estrelas? O passado do misterioso padre, Bernard, John e Penny, personagens que não possuem protagonismo no livro, mas que acabam tocando nosso coração de uma forma... Não posso falar muito deles, pois corro o risco de soltar spoilers, mas posso dizer que eu fiquei muito emocionada e mudei de ideia sobre as três estrelas por causa deles. 

Foi um tanto difícil concluir esta leitura, e nem foi por conta do livro em si, mas por ter perdido meu avô para a Covid-19 enquanto estava com a leitura em andamento. Foi complicado ler um livro protagonizado por idosos com mais de 70, 80 anos, sabendo que essa doença maldita o levou com apenas 68 anos. Alguém que sempre foi forte, que amava trabalhar, que acreditava que sobreviveria à essa doença e tinha tantos planos para sua vida... Ele tomou as vacinas. Estava se cuidando, mas de alguma forma o vírus o atingiu e o levou embora. Enquanto a maior parte da população não estiver totalmente vacinada, casos assim ainda serão "normais". É muito triste. Dói muito. 

Vacine-se! Não só por você, mas por quem você ama. Até mesmo por quem talvez você nem conheça. Apenas pare para pensar que mesmo pegando o vírus e tendo a sorte de não possuir sintomas, você pode transmitir para alguém que não só pode ficar em estado grave, mas morrer. Por isso, além de se vacinar, mantenha o distanciamento social o máximo possível, use máscaras, álcool! Se cuide por você e pelos outros! Milhões de pessoas já morreram por causa desse vírus. MILHÕES DE PESSOAS! Mais de 500 mil só no Brasil. Não são números, são seres humanos. Famílias destroçadas. Sonhos interrompidos. Grávidas que partiram com seus bebês ou deixaram seus recém-nascidos órfãos. Crianças, adolescentes, homens e mulheres, idosos... pessoas de todas as idades, com ou sem comorbidades, ricas ou pobres. Eu evito falar de Covid aqui no blog. Quero que o blog seja um lugar de refúgio, de prazer, mas tem hora que não dá, gente! Quando vejo notícias de aglomerações inacreditáveis em plena pandemia, quando pessoas desfilam por aí sem máscara como se tudo estivesse bem e perfeito... Não dá! Sinto vontade de gritar. De gritar muito. E uma desesperança enorme em relação aos seres humanos. 




7 de setembro de 2021

Livros lidos e não resenhados - Julho e Agosto de 2021

 


Livro sobre livros
Editora: Sextante
Edição de: 2020
Páginas: 240
20ª leitura de 2021

Sinopse: “Espero que estas páginas sirvam para inspirar e incentivar você a compartilhar comigo a paixão pelos livros e pela leitura. Tenho certeza de que não vai se arrepender.” – Antonio Fagundes

Antonio Fagundes é um dos artistas mais queridos do Brasil. Este é o seu primeiro livro.

Leitor voraz, ele sempre falou com naturalidade sobre livros e a experiência de leitura. Não por acaso, muita gente vem pedir a ele sugestões de títulos e autores. A partir dessas experiências nasceu a ideia para este livro: uma reunião de histórias pessoais e recomendações de leituras, em diversos gêneros.

Fascinado por livros desde a infância, Antonio Fagundes conta, numa conversa informal, histórias deliciosas de sua vida de leitor. De quebra, indica mais de 150 títulos, para todos os gostos.

De ficção científica a histórias de amor, passando por história do Brasil, distopias e romances policiais, ele comenta suas impressões, seus autores preferidos, e suas leituras inesquecíveis.

Pode ter certeza: tem um livro aqui que você vai gostar.





Desde que assisti a novela Bom Sucesso e me encantei com o personagem Alberto, vivido por Antônio Fagundes, eu admiro ainda mais esse brilhante ator. Saber que não se tratava apenas de um papel, descobrir que ele sentia uma paixão como a do Alberto na vida real, que amava a literatura e nunca saía sem um livro, me fez vê-lo com ainda mais carinho e passei a segui-lo no Instagram, onde ele sempre fala de livros e lê poesia (sim, vocês sabem que amo poesia!). Me encantam as pessoas que amam os livros! Que têm por eles esse mesmo sentimento que carrego no coração, que se perdem entre os personagens e absorvem dos livros tudo de bom que têm a oferecer. Que aprendem com eles e incentivam outras pessoas a entrarem para esse universo tão mágico!

Claro que quando eu soube do lançamento do seu livro, no qual ele contaria um pouco de sua experiência como leitor e quais livros marcaram sua vida, eu já o coloquei na minha lista de desejados. E quando finalmente pude adquiri-lo (na verdade, eu ganhei de presente), decidi passá-lo na frente de outros livros e não me arrependi. Apreciei muito cada instante. Era uma conversa de leitor para leitora. E vocês sabem o quanto é maravilhoso falar de livros. E "ouvir" outra pessoa falando de histórias que já lemos e de outras que gostaríamos muito de ler. 

Algumas das histórias que ele leu eu também já li, mas a grande maioria não. Eu só ia adicionando livro após livro na minha lista de desejados.kkkkkk E vocês não têm ideia de como me senti quando ele falou da Floberla Espanca, a minha poetisa preferida de toda a vida. Ah, gente! Eu me emocionei tanto ao reler o poema "Vaidade". Os poemas da Flor falam muito comigo. 

É isso, queridos! Este é um livro que recomendo muito para aqueles que gostam de ler livros sobre livros, que gostam de acompanhar a experiência de leitura de outras pessoas. Eu amo, então, apreciei demais a leitura!






Literatura norte-americana
Título Original: Origin
Tradutor: Alves Calado
Editora: Arqueiro
Edição de: 2017
Páginas: 432
Série Robert Langdon - Livro 5

21ª leitura de 2021

Sinopse: NÃO IMPORTA QUEM VOCÊ SEJA NEM NO QUE ACREDITE. TUDO ESTÁ PRESTES A MUDAR.

Robert Langdon, o famoso professor de Simbologia de Harvard, chega ao ultramoderno Museu Guggenheim de Bilbao para assistir a uma apresentação sobre uma grande descoberta que promete abalar os alicerces de todas as religiões e mudar para sempre a face da ciência.

O anfitrião é o futurólogo e bilionário Edmond Kirsch, que se tornou conhecido por suas previsões audaciosas e invenções de alta tecnologia. O brilhante ex-aluno de Langdon está prestes a revelar uma incrível revolução no conhecimento, algo que vai responder a duas perguntas fundamentais da existência humana: DE ONDE VIEMOS? PARA ONDE VAMOS?

Os convidados ficam hipnotizados pela apresentação, mas Langdon logo percebe que ela será muito mais controversa do que poderia imaginar. De repente, a noite meticulosamente orquestrada se transforma em um caos, e a preciosa descoberta de Kirsch corre o risco de ser perdida para sempre.

Diante de uma ameaça iminente, Langdon tenta uma fuga desesperada de Bilbao ao lado de Ambra Vidal, a elegante diretora do museu que trabalhou na montagem do evento. Juntos seguem para Barcelona à procura de uma senha que ajudará a desvendar o segredo de Edmond Kirsch.

Em meio a fatos históricos ocultos e extremismo religioso, Robert e Ambra precisam escapar de um inimigo onisciente cujo poder parece emanar do Palácio Real da Espanha. Alguém que não hesitará diante de nada para silenciar o futurólogo.

Numa jornada marcada por obras de arte moderna e símbolos enigmáticos, os dois encontram pistas que vão deixá-los cara a cara com a chocante revelação de Kirsch e com a verdade espantosa que ignoramos durante tanto tempo.




Início da leitura: 06 de janeiro de 2020. Término: 18 de julho de 2021. 

Sim. Eu passei bem mais de um ano lendo este livro, algo que nunca aconteceu antes. Para falar a verdade, não foi exatamente lendo já que abandonei o livro em maio de 2020 (depois de meses tentando prosseguir) e só retomei a leitura em julho deste ano. 

Eu me obriguei a lê-lo. Não aceitava simplesmente abandonar um livro do Dan Brown, um dos meus autores favoritos, que sempre me fascinou com suas histórias, que eu indicava de olhos fechados. O mesmo autor dos maravilhosos O Código da Vinci, Anjos e Demônios, O Símbolo Perdido, Inferno e Fortaleza Digital (mencionando aqui todos os livros que li dele) não poderia me decepcionar tanto com Origem, cuja sinopse tanto tinha despertado meu interesse. Eu sabia que ele tocaria no tema "religião" mais uma vez, provavelmente de maneira mais polêmica do que em O Código da Vinci (se é que isso é possível!rs) e aguardava com ansiedade, imaginando que novas "revelações" chocantes ele faria.rs Eu já me divertia com antecedência, cheia de expectativas, por isso foi um balde de água fria iniciar a leitura e perceber que o livro não seria nada do que eu esperava. Muito pelo contrário!

Arrastado. Tedioso. Cheio de páginas desnecessárias. Assim é Origem, um livro que prometeu tanto e se tornou minha grande decepção como leitora e fã do autor. Robert Langdon, que protagonizou sua quinta aventura (ele é o protagonista de todas as histórias que mencionei acima, menos de Fortaleza Digital) se apresentou neste livro como um personagem "desgastado", lento, que não é nem sombra do grande personagem que eu tanto amo. Fiquei chocada com a apatia do Robert, com sua incapacidade para pensar como antes! Com a maneira como não conseguia realmente resolver coisa alguma, como passou O LIVRO INTEIRO sem fazer nada que valesse a pena. Foi frustrante ver meu personagem querido assim, tão longe do que sempre foi, tão diferente e acabado. Eu preferia não ter lido esta história. 

O livro, como eu disse, prometeu muito, mas não cumpriu o esperado. Tudo era muito fácil de adivinhar e o autor deu várias e várias voltas para parar no mesmo lugar. Criou cenas que só estavam ali para aumentar o número de páginas, que poderiam ser facilmente cortadas sem retirar o sentido da história. O final foi previsível, estava bastante claro desde antes da metade do livro. Eu terminei a leitura com tristeza por ter que avaliar de maneira desfavorável um livro de um autor favorito, que tantas vezes me encantou com suas tramas bem elaboradas, polêmicas e fascinantes. Fiquei muito decepcionada. Arrasada. Mas é óbvio que pretendo ler outros livros que ele vier a escrever. Um único livro decepcionante não apaga a bagagem imensamente positiva de histórias escritas por ele. E tenho aqui em casa uma outra história dele que é a única que ainda não li: Ponto de Impacto. Vou esperar passar um tempo, para eu esquecer um pouco a frustração que sinto e mergulhar nessa história. 



*Este tipo de post é dedicado aos livros que li em 2021 e por algum motivo não resenhei. O post anterior englobou todo o primeiro semestre, no qual deixei de resenhar três livros. Você pode conferir clicando aqui



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