31 de outubro de 2012

Chuvas de Verão - Sandra Brown [Maratona de Banca 2012 - Outubro]


Em Outubro: Reencontro


Durante doze anos, Rink não esqueceu aquela tarde de verão, quando sua boca provou a boca adolescente de Caroline. Agora, ardendo de saudade, quer sentir de novo o aroma do corpo amado, desejado há tanto tempo... Caroline respira com dificuldade, o coração aos saltos. Sente-se tomada pelo desejo de entregar-se por inteiro. Mas é impossível. Caroline tem um terrível segredo para revelar a Rink. Ela é esposa do pai dele! 




Palavras de uma leitora...





"Quando seu pai me pediu em casamento, aceitei. Ele podia me oferecer tudo o que eu sem­pre havia desejado. 

— Um novo sobrenome.

 — Sim.

 — Roupas finas, dinheiro.

— Sim.

— Uma linda casa...

 — A casa que eu sempre amei! 

— E por tudo isso você se vendeu a meu pai! 

— Num certo sentido, sim. — Ela se sentiu suja e precisava justificar-se. — Queria ser a amiga que Laura Jane necessitava. Queria ajudar seu pai.

 — Quer dizer que os seus motivos foram puramente altruístas? 

 — Não — confessou Caroline, baixando os olhos. — Queria morar  no "Retiro". Queria o respeito que, como esposa de Roscoe, todos me dariam."


- Por onde começo? Sinceramente, não sei. Preciso organizar meus pensamentos... Existem coisas que eu não consigo aceitar, gente. Existem coisas que não dá para aceitar. E a mocinha dessa história é uma dessas coisas. Até porque, para mim, ela não passa de uma "coisa" mesmo. E uma coisa que não vale nada. 

- Bem... Acho que essas palavras iniciais já mostram o que penso da mocinha, certo?rsrs... Para mim, ela não é a mocinha da história. Laura Jane, é. Steve é um mocinho. Rink é outro mocinho (maravilhoso, por sinal!rsrs...), mas a Caroline não é uma mocinha. Não a aceito como mocinha de história alguma! Ela sequer deveria existir. Não presta. Não vale absolutamente nada e ainda se acha no direito de se sentir ofendida quando seu passado e seu presente são jogados em sua cara, pela única pessoa que poderia ter o direito de falar alguma coisa. Realmente as pessoas daquela cidade não tinham nada a ver com sua vida. Eu não tenho nada a ver com o que ela tenha feito. Mas o Rink, sim. O Rink tinha todo o direito de desprezá-la por ela ser tão ambiciosa, tão mercenária e hipócrita. E como o Rink não merecia nada do que ela fez, estou muito mais do que disposta de chamá-la de quantas coisas ruins eu quiser. Serve para colocar a raiva para fora, sabe? Estou precisando. 


"Agora, por uma ironia do destino, estava casada com o pai dele! Quando fora pedida em casamento por Roscoe, acreditara que todos os seus sonhos seriam realizados. Teria respeitabilidade e dinheiro; as pessoas que faziam pouco caso dela passariam a tratá-la com deferência."


- Ironia do destino? Então, o destino, cruelmente, a obrigou a se casar com o pai do homem que ela supostamente amava? Claro. Estava escrito. Ela foi apenas uma marionete nas mãos do destino, que adora brincar com as pessoas. Ah, fala sério! Ironia do destino uma ova! Foi tudo escolha dela. Não foi nenhum destino irônico ou cruel que fez aquela escolha. A escolha foi dela. Uma escolha pura e simplesmente por dinheiro. E, claro, respeito. Se casando por dinheiro ela conseguiria todo o respeito do mundo, é óbvio. Não acham?! 

- E eu estou tão furiosa só por que a mocinha não é perfeita? Não. Só por que ela se casou por dinheiro? Também não. Isso poderia pesar contra ela, sim, mas não seria motivo suficiente para eu odiá-la (e sim. Eu a odeio.). O problema maior é que ela se casou por dinheiro, disposta a dar seu corpo em troca, com o pai do homem que ela amava. Isso para mim foi inaceitável. Nojento, é pouco. É... Nem sei que palavra usar, sinceramente. Só de imaginar até que ponto a ambição dela a levou, só de imaginar ela se deixando possuir pelo homem que contribuiu para trazer o homem que ela amava ao mundo, eu sinto nojo. 

- Mas vocês devem estar se sentindo perdidos, não?rsrs... Bem... Vou explicar as coisas e depois volto a explodir. 


- Doze anos antes, Caroline e Rink se conheceram e se apaixonaram. Eram dois jovens, ambos inocentes da maneira deles. Embora fosse maior de idade e já tivesse dormido com um grande número de meninas, Rink ainda conservava a inocência da infância, da adolescência. Os sonhos, sabe? A esperança. E Caroline era aquilo que o seu coração ansiava. Alguém que estava acima da maldade existente no mundo, nas pessoas. Alguém que o amava sem esperar nada em troca. Que só desejava a ele, que, embora não tivesse esperança de um futuro juntos, estava disposta a se entregar de corpo e alma e amá-lo naquele momento... num momento que ficaria na memória, que ela guardaria para sempre, mesmo que o futuro viesse a separá-los. Quanto mais a conhecia, mais a amava, mesmo sabendo que ela era a filha de um bêbado, mesmo sabendo que ela era muito pobre e que o mundo deles não era igual, que ela era menor de idade e aquele relacionamento era um crime. Que havia um abismo entre eles. Mesmo sabendo tudo isso, Rink não se importava. E ele não podia pensar num futuro sem ela. Estava disposto a lutar contra o que quer que fosse para ficar com ela. Queria que ela fosse sua mulher. Queria se casar com ela e realizar todos os seus sonhos. Como ele foi ingênuo, como foi inocente... 

- Aquele sonho maravilhoso, aquele conto de fadas, teve um fim. Um fim bastante amargo, que marcou profundamente a vida de Rink, fazendo-o viver anos de inferno. Fazendo-o ir embora e deixar a garota amada para trás. Mas ele não tinha opção. Bem... Na verdade tinha, mas se para ser feliz ele precisaria sacrificar a felicidade de outra pessoa, ele preferia abrir mão de seus sonhos. Não poderia pagar um preço tão alto pela própria felicidade. Simplesmente não poderia... E então, ele partiu. E enquanto esteve fora, recebeu a notícia de que a garota doce, pura e louca por ele, tinha se casado. Com ninguém mais do que o pai dele. 


- Quando Rink partiu, Caroline ficou arrasada. Se sentia ferida, enganada... Num momento ele jurava amá-la e no outro, estava indo embora, sem sequer tentar se explicar. Sem sequer se despedir dela. Embora se sentisse profundamente magoada, ela continuou com sua vida. Terminou seus estudos e graças à doação generosa de alguém misterioso, conseguiu realizar um dos seus grandes sonhos, que era cursar uma faculdade. 

- Ao voltar para sua cidade natal, depois de terminar os estudos na faculdade, Caroline arrumou um emprego num banco e tentou dar uma vida melhor à mãe, que tanto tinha batalhado para sustentá-la. Mas ter um diploma não era suficiente. Ter um emprego decente e um salário adequado, também não. Ela precisava de mais. Precisava de riqueza, roupas boas (já que a traumatizou usar roupas de segunda mão quando era jovem. Sim. Tudo por causa do trauma, é claro.), precisava da casa que era o castelo dos seus sonhos quando ela era mais nova. E se para ter tudo isso ela precisaria vender o próprio corpo, não seria problema algum. Ela seria respeitava pelo povo. Ela teria tudo que sempre quis. O preço a pagar não era nada especial, verdade? E, quando Roscoe, pai de Rink (deixemos bem claro que ele é pai biológico do Rink. Não é nenhum padrasto. É pai mesmo. De sangue. E ela sabia disso.), a pediu em casamento, ela só não pulou de satisfação porque achou que isso não seria apropriado. Mas é claro que por dentro ela se sentiu vitoriosa. Quem a olharia com desprezo agora? A cidade inteira teria que engoli-la e respeitá-la, certo? De quebra, ela ainda se vingaria do ex-namorado. 

- Se a Caroline tivesse 15 anos quando se casou com o pai do Rink, eu ainda seria mais tolerante. Era por algo assim que eu esperava. Que ela fosse uma menina perdida e magoada, quando se casou com o Roscoe. Mas não. Ela não era mais uma criança. Já era uma mulher. Já tinha entendimento suficiente. Sabia exatamente o que estava fazendo. Agiu como uma mulher da pior espécie, sabendo perfeitamente o que estava fazendo. E eu não posso aceitar. Nem sequer entender! Para mim, é inexplicável. 

- Gente, vamos ver as coisas da seguinte forma. Você tinha um namorado (a) e o seu relacionamento com essa pessoa não deu certo. Você iria se sentir bem se a pessoa resolvesse se casar com a sua mãe ou seu pai? Se sentiria bem ao imaginar os dois na cama? Transando? Fazendo centenas de coisas que vocês fizeram juntos ou que pensavam em fazer? Não posso nem imaginar algo assim que já me sinto nauseada. E se amasse a pessoa, então, aí é que as coisas seriam insuportáveis, certo? E Caroline supostamente amava o Rink. Se ela não deixasse claro que o amava, isso até seria um atenuante, mas ela amava, então, isso piorava a situação dela. Só tornava ela ainda mais ordinária aos meus olhos. 

- Caroline e Rink voltam a se encontrar somente doze anos depois da separação amarga e o motivo do reencontro é a morte iminente de Roscoe. Como seu pai estava morrendo e mandou chamá-lo para se despedir, Rink resolveu voltar. Mesmo sabendo que seria doloroso demais rever a mulher que ele ainda amava e que agora era sua madrasta. E é aí que a história realmente começa. Quando Rink retorna e o passado volta com ele. Muita coisa ficou sem explicação quando Rink partiu, muita coisa precisava ser colocada para fora e, agora que eram forçados a se ver, a viver na mesma casa, eles precisavam esclarecer tudo. Gritar tudo que sentiam. Se o sentimento do passado poderá se salvar ou se haverá alguma segunda chance, só depois de muitas brigas e muitas verdades ditas aos gritos é que eles poderão saber. 


"—  Você pensava em mim quando fazia amor com meu pai? 

Nada no mundo poderia tê-la ferido tanto. Era pior do que uma punhalada no peito! Caroline soltou um grito de dor e levantou-se.

—  Canalha! Nunca mais se atreva a me dizer uma coisa dessas!

Ele se levantou também e a encarou com ódio.

—  Quero saber! Não teve dor de consciência ao se casar com meu pai, depois que fomos praticamente amantes?

—  Eu queria ser sua, lembra? Foi você quem não quis. — Ela esboçou um sorriso de escárnio. — Não quis correr nenhum risco, não é?

— É verdade. Não queria magoá-la.

—  Mas eu queria que você me magoasse!

Rink rangeu os dentes e sua voz reduziu-se a um murmúrio.

—  Gostaria de tê-la magoado dessa maneira. Queria ser o primeiro homem da sua vida. — Ele deu um passo para a frente. —  Mas para mim você era algo à parte, diferente das outras moças com quem eu andava.

—  Houve muitas?

—  Sim.

—  Antes e depois?

—  Sim.

—  Então, por que censura o meu casamento com Roscoe?"


- Não. Vocês não estão imaginando coisas. Ela realmente fez essa pergunta. E achava que tinha todo o direito de se sentir ofendida por ele censurar seu casamento com o pai dele. Afinal de contas, ele teve muitas mulheres antes e depois dela, não é? Mas... Uma delas foi a mãe da Caroline????????!!! A resposta é óbvia: NÃO. Ela é a "coisa" nessa história. Não ele. É ela que faria qualquer coisa por dinheiro, inclusive trair os próprios sentimentos. Não ele. Pelo contrário. Ele abriu mão de tudo e lutou para conquistar tudo que tinha. Ela não quis fazer o mesmo. Capacidade ela tinha, mas optou pelo caminho mais fácil.


- O que eu penso da história? O que eu penso da vadia da Caroline, vocês já sabem. Mas o que penso da história? Não posso considerar bela a história que existe entre Rink e Caroline. O passado deles foi lindo, mágico, mas o que ela fez depois estragou tudo. Ele cometeu erros no passado? Na minha opinião não, pois como ele disse, ela não acreditaria nele. Sequer tenho dúvidas disso. Ela não acreditaria. Ele simplesmente perderia seu tempo falando. Ela sim cometeu erros gravíssimos e imperdoáveis, na minha opinião. Ela eu não perdoo. Se ela dependesse do meu perdão, estaria tramada (nem sei se essa palavra se encaixa, mas a outra opção não seria muito educada.rsrs...). Quanto ao Rink, não tenho nada para perdoar. Ele fez o que podia fazer, diante das circunstâncias. E foi muito nobre. Nunca fingiu, nunca sacrificou nada inutilmente. Por motivo fútil. Tudo que fez, teve motivos compreensíveis para fazer. E achei lindo o amor dele por uma pessoa que ele não tinha a menor obrigação de amar. Por ele, eu daria cinco estrelas ao livro. Ele merecia isso. Mas a história não é só sobre ele, gente. Infelizmente, a vaca da Caroline faz parte do livro e é uma das protagonistas. Se ela não fizesse parte da história, tudo seria maravilhoso. Até o vilão poderia ficar. Ela não poderia. Se desaparecesse da história misteriosamente, eu não me importaria nem um pouco. Pelo contrário! Faria até uma festa! Ela estragou tudo!!!!!!! Nunca perdoarei essa "coisa" por isso! Ela me dá nojo. 

- Como eu disse, a história seria ótima sem a ordinária. O Rink merecia alguém melhor do lado dele. Um homem tão maravilhoso, tão lindo (e não estou falando da beleza exterior, embora ele também seja belíssimo por fora.rsrs...), que ama desse modo tão incondicional, merecia alguém digna dele. Não aquela imitação mal feita. A mocinha do livro anterior que li da autora, também era complicada, mas valia mil vezes mais do que a escolhida para essa história. 


- As partes que mais gostei nessa história, eram aquelas nas quais Laura Jane e Steve apareciam. :) Fiquei encantada pela história deles e com eles sim eu suspirava e torcia muito pelos dois. Dois encantos, duas pessoas que se amavam além de tudo. É tão mágico o amor entre os dois. Tão puro... Por eles, eu também daria cinco estrelas ao livro, gente. Mas só se a Caroline não fizesse parte do livro, como já disse. :(

- Laura Jane é a irmã caçula do Rink. Uma jovem de vinte e dois anos, mas com a mente inocente de uma criança. Ela tem uma deficiência mental, mas é algo que não afeta sua capacidade de amar. A mente dela pode ter problemas, mas seu coração sabe o que quer e corre atrás disso. É muito lindo! Eu queria ler uma história só sobre os dois. Tenho certeza de que seria linda e entraria para a lista das minhas histórias preferidas! Só os poucos momentos que a autora nos dá sobre eles, já encanta e faz com que a gente os adote, queira protegê-los de tudo e de todos. São poucos que amam como eles se amam. Caroline deveria aprender algo com eles. Mas nem os anos que passou ao lado daquela menina a fizeram aprender lições valiosas. Não que a garota não estivesse disposta a ensiná-la, mas a ordinária não é o tipo de pessoa disposta a aprender coisas que realmente valem a pena. É realmente lamentável. 


- Só teve uma coisa que a "coisa" fez que eu gostei. Não direi o que é, mas acontece no final. Infelizmente, não foi suficiente para me fazer esquecer tudo que ela tinha feito e seus motivos para fazer o que fez. 


- Recomendo a história? Sim. Não deixo de recomendar, pois o problema pode ser eu.kkkkkk... Hoje não é exatamente o melhor dia da minha vida e os momentos podem afetar nossa leitura, como já sabemos. Talvez tenha sido isso, não sei. E além do mais, vale a pena conhecer o Rink e o casal adorável formado pela Laura Jane e o Steve. O único problema é a Caroline. Ignorem-a e amarão a história! :D Podem fingir que a mocinha é outra. Se eu estivesse com paciência hoje, poderia ter imaginado outra mocinha no lugar dela e isso poderia ter diminuído minha revolta. 


- Essa história foi uma indicação da minha querida amiga Carlita. Ela me avisou que eu poderia não gostar da mocinha.rsrsrs... Eu pensei que independente do que ela disse, eu pudesse gostar da mocinha, mas ela estava certa. Realmente não é meu tipo preferido de mocinha e não consegui engoli-la. Foi impossível. Flor, eu teria amado o livro se não tivesse odiado tanto a suposta mocinha da história. Não me arrependo de ter lido o livro, pois amei conhecer o Rink, a Laura Jane e o Steve. :) Por eles, eu dei três estrelas ao livro. Se não fosse a Caroline, o livro teria recebido cinco estrelas. Mas ela estragou tudo, amiga. Não pude suportá-la.kkkkkk... A vontade que eu tinha era de eu mesma arrancar a ordinária da história pelos cabelos! Em muitos momentos, senti vontade de bater nela.kkkkk... Ainda estou sentindo.rsrs... 


- Essa foi minha escolha para o tema desse mês da Maratona de Banca 2012. Para conhecer as resenhas dos outros participantes, clique AQUI.


Bjs e até breve!

27 de outubro de 2012

O Domador de Paixões - Catherine Anderson



3º Livro da Série Kendrick/Coulter/Harrigan




Molly Wells é uma mulher que arrasta consigo muitos segredos. Só ela sabe o motivo que
a levou a roubar um valioso puro-sangue ao ex-marido e a empreender com ele uma viagem de
centenas de quilómetros, através do Oregon, para o levar ao rancheiro Jake Coulter, um
conhecido domador de cavalos. Ou a razão por que chega ao rancho deste sem emprego, sem
dinheiro e com um medo horrível do ex-marido, que ameaça ainda controlar-lhe a vida. Molly
está disposta a quase tudo para salvar Sonora Sunset, e nem sequer se apercebe que é ela própria
quem precisa de salvar-se… e muito menos que Jake é o homem que pode dar-lhe aquilo de que
ela necessita.

Ao acolher Molly no seu rancho, Jake suspeita que pode estar a dar guarida a uma ladra.
Mas algo naquela mulher corajosa e ao mesmo tempo vulnerável o toca particularmente. Anseia
assim por dar-lhe a maior dádiva que alguma vez poderá conceder – um lar, o seu afecto e a
partilha do resto da sua vida. Mas até que ela se sinta suficientemente forte para aceitar tudo o
que lhe deseja proporcionar, a única coisa que Jake pode oferecer-lhe é a sua disponibilidade
paciente, a força para a ajudar a fazer frente aos seus inimigos e a promessa de a amar para
sempre.


Palavras de uma leitora...



O cara que pensa em você toda a hora
Que conta os segundos se você demora
Que está todo o tempo querendo te ver
Porque já não sabe ficar sem você

E no meio da noite te chama
Pra dizer que te ama
Esse cara sou eu

O cara que pega você pelo braço
Esbarra em quem for que interrompa seus passos
Que está do seu lado pro que der e vier
O herói esperado por toda mulher

Por você ele encara o perigo
Seu melhor amigo
Esse cara sou eu

O cara que ama você do seu jeito
Que depois do amor você se deita em seu peito
Te acaricia os cabelos, te fala de amor
Te fala outras coisas, te causa calor

De manhã você acorda feliz
Num sorriso que diz
Que esse cara sou eu
Esse cara sou eu

Eu sou o cara certo pra você
Que te faz feliz e que te adora
Que enxuga seu pranto quando você chora
Esse cara sou eu
Esse cara sou eu

O cara que sempre te espera sorrindo
Que abre a porta do carro quando você vem vindo
Te beija na boca, te abraça feliz
Apaixonado te olha e te diz
Que sentiu sua falta e reclama
Ele te ama
Esse cara sou eu


(Música: Esse Cara Sou Eu/Cantor: Roberto Carlos)



- Quem conhece essa música?! :D Quem assiste "Salve Jorge" provavelmente conhece. É a música escolhida como tema de Theo e Morena, os protagonistas da novela. Apesar de não costumar assistir as novelas da Globo, por enquanto, estou amando essa novela.

- Bem... Esses dias, enquanto ouvia essa música na rádio Nativa, pensei em O Domador de Paixões e percebi que a música não só combinava com Theo e Morena, mas também tinha sido escrita para o Jake e a Molly. O Jake é tão louco pela Molly que me vinham imagens dele na cabeça enquanto o Roberto Carlos cantava, em vez de imagens do Theo da novela. Acabou que a música se tornou dele, para mim. Não é mais da novela, não.kkk...


"A vida não pára. Por vezes, temos de arranjar forças para a enfrentar e apenas o conseguimos fazer, procurando no mais profundo do nosso ser a fé e a confiança perdidas."


- Antes de começar essa resenha, eu parei para pensar na história. Em cada parte que ficou guardada, cada momento desde o início. Pensei bastante e cheguei numa conclusão, mas vocês só irão conhecê-la no final da resenha.rsrs...


Como essa frase é verdadeira, não é? A frase que coloquei logo acima, retirada do livro. A vida não pára. Nós podemos parar, desistir, mas o relógio continuará seu trabalho, o dia se transformará em noite, existirão dias de sol e outros de chuva. Pessoas irão nascer e outras irão morrer. O tempo inteiro. Nada irá parar por mais que você deseje que isso aconteça. Por mais que você tenha parado por vontade própria ou não. Por mais que você tenha desistido. A vida continua, mesmo sem você. É assim. Simplesmente assim, por mais triste que seja. E foi o que aconteceu com a Molly.


De um momento para outro, ela tinha perdido o controle da própria vida. Seu pai e melhor amigo, seu protetor desde o seu nascimento, aquele que a entendia como ninguém e a defendia com unhas e dentes... estava morto. Vítima, supostamente, de uma tristeza profunda que o forçou a cometer suicídio. Ela foi a primeira a encontrá-lo e naquele momento seu mundo veio à baixo. Era como uma casa que não pode ficar de pé sem suas estruturas, como um bebê que necessita do calor do útero da mãe para se desenvolver e nascer saudável. Como um corpo que sem alimento, enfraquece. Molly perdeu sua estrutura. Aquilo que a mantinha de pé, mesmo que sua vida fosse um inferno há dez anos. Aquele que tornava doce os dias mais amargos. E ela ficou indefesa. Não simplesmente porque se recusasse a reagir, mas porque se aproveitaram do fato dela estar desprotegida, sem alguém que fosse em seu socorro, para destruí-la. Sabem aqueles covardes que atacam pelas costas, pois sabem que se atacarem abertamente serão derrotados? Foi exatamente assim que Rodney, marido de Molly, atacou. Como um covarde.


"Ela levantou de novo o queixo, apenas a ligeira tremura do lábio inferior a traía. No seu rosto os olhos eram grandes manchas de âmbar iluminadas pelo luar, mas agora a única coisa que Jake via neles era sofrimento. Um sofrimento tão profundo que ultrapassava as próprias lágrimas."


Com a morte do pai de Molly, foi fácil para Rodney manipular tudo ao seu favor. E o primeiro passo foi fazer todos acreditarem que a Molly estava enlouquecendo. Que a morte do pai tinha afetado sua mente, ao ponto dela se tornar um perigo para os outros e para si mesma. Uma pessoa que deveria ficar trancada numa clínica psiquiátrica, para tratamento. E como perfeito ator, ele virou contra ela qualquer pessoa que pudesse tentar defendê-la. Tanto o tio quanto a mãe de Molly acreditaram em Rodney e sua própria mãe apoiou a decisão de interná-la, deixando-a lá sofrendo, sendo maltratada, tendo todos os seus direitos como ser humano, ignorados. Cláudia a abandonou tão rapidamente, esqueceu tão rapidamente dela e do falecido marido, chegando ao ponto de se casar logo em seguida, que Molly começou a suspeitar que tudo tinha sido armado. Que Rodney não fazia nada sozinho. E a dor foi ainda mais terrível. Como que a mulher que a tinha criado, que tinha estado com ela nos momentos ruins, que tinha cuidado dela todas as vezes que ela ficou doente, podia se virar dessa forma contra ela? Podia abandoná-la? E como o homem com quem ela tinha dividido dez anos da sua vida, para quem ela tinha se dedicado de corpo e alma, podia ser tão cruel? Ser maltratada por um estranho poderia doer, marcar, ferir profundamente. Mas ser maltratada por pessoas que ela amava... era simplesmente destruidor. Sequer se podia medir o tamanho da dor que ela sentia. Uma dor pior do que  a de uma ferida aberta. A dor do vazio.


"Dentro dela não havia feridas a sangrar que necessitassem de ser curadas. Apenas existia vazio, um vazio horrível."


- Molly passou momentos terríveis dentro daquele manicômio. Gritar por socorro foi uma das suas primeiras reações e só contribuiu para acreditarem ainda mais que ela era mesmo uma louca. Mas quem não gritaria? Que ser humano, ao se ver preso dentro de um manicômio sem ser louco, não gritaria? É uma reação perfeitamente normal. Mas as outras pessoas não pensaram assim. Ninguém a escutava. Ninguém levava em conta suas palavras e sua dor. Ninguém a respeitava como pessoa. E ela realmente passou a acreditar que iria enlouquecer. Como sair dali? Como sair daquele inferno se as pessoas que a deveriam proteger estavam contra ela? Se sua própria família tinha armado contra ela? Não existia chance, verdade? O melhor seria se conformar. Desistir. Mas a vida sempre apronta das suas. E a ajuda pode vir de onde menos esperamos.


"Por vezes, aqueles que inicialmente parecem ser os nossos piores inimigos acabam por se tornar os nossos maiores amigos."


- O médico que inicialmente também acreditou na loucura de Molly resolveu ouvi-la, resolveu ajudá-la e conseguiu tornar seus dias melhores, chegando a convencer um juiz a permitir que ela se divorciasse de Rodney, alegando que Molly só tinha ficado doente por causa dele. Embora aquele divórcio fosse algo frágil, pois Molly estava internada e foi considerada legalmente incapaz, Molly saiu um pouco das garras de Rodney, embora ele ainda fosse seu tutor legal. Mas ao sair da clínica, ao receber alta graças ao seu médico, ela não teve que voltar para a casa dele. Seu médico queria que ela voltasse para a sociedade e provasse que era capaz o suficiente para cuidar da própria vida. Mas Molly estava sob observação e de modo algum poderia cometer algum erro enquanto estivesse passando por aquele período. Um erro e ela seria trancada de novo. E consequentemente, Rodney ganharia. Só que o aviso entrou por um ouvido e saiu pelo outro.rsrs...


- Ao receber a notícia de que seu ex-marido estava para sacrificar um cavalo que ela adorava, Molly não pensou duas vezes. Pegou o carro, um reboque e raptou o cavalo, levando-o para bem longe do ex-marido, para um lugar onde os chicotes e a arma dele não pudessem atingir o animal. Onde o cavalo receberia socorro. O levou até Jake Coulter. O encantador de cavalos. O homem que tinha o dom de conquistar até mesmo os cavalos mais rebeldes e/ou maltratados.

"Molly sabia o que era sentir-se encurralada e impotente. O estremecimento de terror, a sensação profunda de ultraje e o pânico claustrofóbico que tornava a respiração quase impossível."

- Entre Molly e aquele animal existia uma ligação. Os dois quase tinham sido destruídos pelo mesmo homem. Ambos tinham sentido na pele a sua crueldade. Ambos tiveram seus direitos negados. E também tinham dado tudo de si por alguém que jamais ficaria satisfeito.


"Era incapaz de explicar porque se preocupava tanto com um cavalo. Sabia apenas que a afinidade que sentia com o animal desafiava toda a razão. Talvez isso se devesse ao facto de ambos quase terem sido destruídos pelo mesmo homem, embora de modo diferente. Se não conseguisse salvar o cavalo, conseguiria salvar-se a si própria?"


- E é graças a esse cavalo que Molly conhece o homem que irá marcar profundamente a sua vida. E irá salvá-la de um destino cruel. Aquele que escreverá com ela uma nova história.


"— Estamos muito longe da cidade. Pensei que podia estar inquieta. Não me conhece de lado nenhum e se eu tivesse más intenções era capaz de estar metida num grande sarilho.

Molly tentou molhar os lábios e esforçou-se por engolir, mas a sua boca estava tão seca que parecia cortiça.
— Muito obrigada por me chamar a atenção para isso. Agora já tenho mais uma coisa com que me preocupar."


- Me apaixonar pelo Jake foi fácil, fácil. Na verdade, eu já o amava. Desde que o conheci em Amor à Primeira Vista. Ele é o irmão querido e super protetor da Bethany e marca presença no livro da irmã. Estava louca para ler a história dele, queria vê-lo mostrando todo seu encanto em sua própria história e encontrando o amor como sua irmã tinha encontrado. Ele era tão maravilhoso que eu já o considerava um mocinho querido. E como o mês de outubro é muito especial (pois é o mês no qual completam dois anos que eu conheço e sou amiga das minhas queridas Carlita e Moniquita) eu decidi ler a história dele agora. E, claro, juntamente com as minhas melhores amigas nesta vida. :) Eu queria que o Jake fizesse parte desse mês. Que o tornasse ainda mais marcante. E valeu a pena? O Jake desse livro é o mesmo da história anterior? Claro que não. Ele é ainda melhor. :D


"— Todas as criaturas têm instintivamente medo de alguma coisa. — Jake olhou pensativo para ela. — A única forma de vencer o medo é enfrentá-lo uma e outra vez até conseguirmos olhar sem temor para o que antes nos assustava."


- Com o Jake do meu lado eu enfrentaria todos os meus medos.kkkkk... Quem é que sentiria medo de alguma coisa com um homem tão maravilhoso do seu lado? Um homem que te amasse incondicionalmente e estivesse ali, para te colocar de pé se você caísse? E te carregar em seus braços se você não tivesse forças nem para se manter de pé? Só uma louca sentiria medo estando ao seu lado, só uma louca pensaria em fugir de um homem tão especial. E é por isso que eu comecei a duvidar da sanidade mental da mocinha.kkkkkkk...

"Ela mordiscou a parte interior do lábio e disse:
— O medo nem sempre é infundado. Por vezes, aquilo que receamos poderá fazer-nos mesmo muito mal se não o evitarmos. — Arrependeu-se imediatamente do que tinha dito. E ainda mais arrependida ficou quando olhou para ele e descobriu que a examinava com a testa franzida.
— Por vezes — disse ele suavemente —, não há a menor razão para ter medo. Se temer uma coisa e não a enfrentar, nem que seja uma só vez, como poderá saber se o seu temor é verdadeiro ou imaginário?"

- A vida tinha machucado bastante a Molly. Tinha pisado e esmagado todos os seus sonhos, a tinha feito desprezar a si própria e entrar em desespero, mas ao menos colocou em seu caminho um homem capaz de fazê-la renascer das cinzas. Alguém disposto a lutar por ela, a defendê-la com unhas e dentes e construir com ela novos sonhos. A sonhar com ela e tornar esses sonhos realidade. 

"A única coisa que lhe interessava era o facto de ela estar ali, de a poder envolver nos seus braços e a proteger, se fosse necessário. Ela era tudo o que ele sempre tinha desejado. Absolutamente tudo."
"— Promete-me uma coisa.

— O quê?

— Que nunca te irás embora sem me avisares, aconteça o que acontecer.
— Se me for embora, aviso-te — disse ela solenemente.
— Prometes-me?
— Prometo. Pelo menos, informo-te antes de partir.
E, nessa altura, ele iria fazer tudo o que lhe fosse possível para a impedir, pensou cheio determinação."

 - O Jake é simplesmente maravilhoso, gente. Eu adorava vê-lo olhando para ela com todo aquele carinho, vendo além de tudo. Enxergando sua alma. Adorava a forma cheia de ternura como ele a tratava, o cuidado para não magoar os sentimentos dela e a capacidade de pedir perdão de modo simples e sincero ao cometer erros. Amava vê-lo morrendo de ciúmes e quase ameaçando de morte os empregados, que trabalhavam no rancho.rsrs... Ele é compreensivo como poucos e estava sempre disposto a ouvir a Molly antes de qualquer outra pessoa. A cuidar dela. Protegê-la de qualquer coisa desde o menor até o maior perigo. Ele daria a vida por ela e isso ficou claro para mim. Enxerguei o que a autora quis nos mostrar. Recebi a mensagem. Uma mensagem linda.


"Molly tentou desviar o olhar, mas não foi capaz, e os seus olhos inundaram-se de lágrimas.

— Eu amo-te — sussurrou ele. — Acho que te amei desde o primeiro momento em que te vi, Molly querida. E sempre que olhar para ti, irei ver a mulher que amo. Não interessa se és perfeita ou não. Para mim sê-lo-ás sempre, e é isso que conta. Mesmo daqui a muitos anos, quando estiveres velha e engelhada, ver-te-ei com o coração e não com os olhos. Quando amamos alguém, as imperfeições não existem, e mesmo que as vejamos, achamo-las bonitas."


- Eu compreendi que a autora quis nos fazer ver que o amor enxerga além das aparências. Que não importa se você está abaixo do peso, se é magra, se está acima do peso, se é gorda, alta ou baixa, morena, loura ou ruiva. Se é branca, negra, amarela ou o que quer que seja. É bela como é e tem o direito de amar e ser amada. Foi uma mensagem linda e, na minha opinião, ela escolheu o casal perfeito para transmitir essa mensagem. Nunca esquecerei a cena da árvore, quando o Jake mostrou à Molly porque a amava. Para mim a cena da árvore é uma das mais lindas cenas da história. Porém... O que vem depois disso é de matar, gente.

- A gente continua a leitura, passa pela primeira cena de amor do casal e chega num determinado capítulo que simplesmente nos choca. Depois de nos transmitir essa mensagem a Catherine Anderson quase consegue estragar tudo. Quase consegue nos fazer abandonar a leitura do livro de tanta raiva que a gente sente. E sabe o que me deu mais raiva? Meu Jake, que sempre teve vida própria, que sempre foi maravilhoso, teve seu direito de agir como ele próprio, roubado pela autora. Foi como se naquele momento, ela decidisse impedi-lo de continuar sendo ele próprio, como se ela decidisse controlá-lo e falar por ele. E acredite, ela fez um péssimo trabalho. Eu queria o Jake ali. E ela me roubou o meu mocinho. Até agora sinto raiva da autora por isso. Ela marcou negativamente uma história que era linda. Que tinha conseguido me tocar, que me divertia e me emocionava. Era como se ela tivesse ficado revoltada e decidido estragar o que estava perfeito. Sabe quando um artista faz um desenho maravilhoso e depois, considerando que a obra não ficou boa, joga tinta em cima para desfazer tudo? Para manchar e estragar tudo???!!! Foi o que a Catherine Anderson fez. Eu me senti ferida, pois eu nunca imaginaria que ela tivesse a coragem de fazer isso com o Jake, que já tinha mostrado o seu valor muito antes de ter sua própria história. Ela nunca me convenceria que era o Jake que estava agindo daquela forma. Alguns leitores podem não achar o início do tal capítulo tão terrível assim, mas, para mim, a autora cometeu um erro gravíssimo, manchando uma história que ela jamais deveria manchar. E é por isso que não posso dar 5 estrelas ao livro. Por isso que ele perdeu o direito de fazer parte dos meus preferidos. A culpa não é do Jake e nem da Molly e sim da autora. Não sei o que se passou pela cabeça dela naquele instante, só sei que a cena foi de péssimo gosto. A conclusão na qual eu disse que cheguei, no início da resenha, é que a história não poderia ganhar 5 estrelas, mesmo contendo cenas lindas, frases sábias e tocantes, trechos maravilhosos. Eu não poderia esquecer a mancha que está na história e a marca tanto, então, não me sentiria bem dando 5 estrelas ao livro.

"Uma dor lancinante oprimiu-lhe a cabeça, e a sensação gelada que tinha no coração alastrou a todo o corpo. Onde é que tu estás, Molly? O que é feito de ti? Aquela vozinha assustadora que troçara tantas vezes dela quando se olhava ao espelho, não se calava dentro da sua cabeça enquanto fitava os olhos de Jake Coulter. Vislumbrou os seus antigos sonhos já mortos naquelas profundezas azuis e teve vontade de fugir dele. Mas não podia. O rancho de Jake tinha-se tornado no seu único santuário."

- Eu adorei não só o Jake, mas também minha querida Molly. Imaginar o inferno no qual ela viveu causava um aperto no meu coração e eu só queria que ela tivesse uma chance de ser feliz, ao lado de alguém que a valorizaria e a amaria independente de qualquer coisa e a protegeria daqueles que estavam dispostos a destruí-la. Para mim, o Jake foi feito sob medida para ela. Embora o Rafe e o Ryan sejam tão perfeitos, maravilhosos, quanto o Jake, eu não conseguiria ver a Molly com um deles. Ela foi feita para o Jake e ele foi feito para ela. Simples assim. "O cara que pega você pelo braço. Esbarra em quem for que interrompa seus passos. Que está do seu lado pro que der e vier. O herói esperado por toda mulher..." Esse cara é o Jake. "Por você ele encara o perigo. Seu melhor amigo." Esse cara é o Jake. :D "Eu sou o cara certo pra você. Que te faz feliz e que te adora. Que enxuga seu pranto quando você chora." Esse cara é simplesmente o Jake, gente. Posso ver claramente ele falando essas coisas para a Molly. :)

- Recomendo a história?! Mas é claro! Apesar do que a autora fez e o quanto ela conseguiu me estressar com isso, Jake e Molly merecem ser conhecidos por todas nós, leitoras apaixonadas por belas histórias de amor. :D Não me arrependo nem um pouco de ter lido essa história. Ela é linda e eu fico feliz por tê-la conhecido.

Os dois primeiros livros dessa série também já foram resenhados aqui:


Uma Luz na Escuridão (Rafe e Maggie)
Amor à Primeira Vista (Ryan e Bethany)



Carlita e Moniquita,

Mais uma vez eu agradeço a Deus por vocês fazerem parte da minha vida e por serem amigas tão especiais. Sempre que passo por um momento difícil penso que não estou sozinha, que além de ter minha família tenho vocês, que sempre estão comigo, me apoiando, me dando forças, me fazendo rir ou chorar de alegria. Não quero perdê-las jamais. Desejo que vocês sempre façam parte da minha vida. Não sou perfeita. Pelo contrário. Sou imperfeita demais e sei que não sou digna da amizade de vocês. Mas agradeço a Deus por tê-las colocado na minha vida. Só Ele sabe o quanto eu precisava de vocês naquela época e o quanto continuo precisando.

Mesmo que meus dias sejam corridos, mesmo que vocês vivam em outro continente, eu sempre estarei com vocês. E sei que vocês sempre estarão comigo.

Num mundo tão cruel, onde quase ninguém mais sabe o significado do amor e da amizade, eu fico muito feliz por ter encontrado vocês, por vocês existirem. Meus dias são melhores e sou uma pessoa melhor por ser amiga de vocês.

Amo vocês, flores!


Bjs!

18 de outubro de 2012

Renascer do Amor - Michelle Reid




A ilha de Aristos guarda lembranças doces e amargas para Louisa. 

Lá, muito jovem, ela conheceu o deslumbrante playboy Andreas Markonos, com quem se casou ao descobrir que estava grávida. Mas uma tragédia obrigou-a a partir... 

Agora, anos depois, Andreas mal pode acreditar que sua mulher está em sua ilha novamente... E não consegue controlar o intenso desejo que o domina quando a vê... Andreas decide que precisa de uma esposa ao seu lado, e Louisa pode ser a pessoa certa para isso... se conseguirem se manter unidos pelo único vinculo que ainda têm em comum: o desejo.




Palavras de uma leitora...




"— Louisa era...

— Minha mulher e mãe do meu filho — afirmou Andreas. — E você se engana se acredita que minha juventude ou a de Louisa tornou fácil para qualquer um de nós lidarmos com o que aconteceu há cinco anos."


- Eu fugia desse livro como o coisa ruim foge da cruz.rsrs... Embora desejasse muito conhecer essa história, eu já conhecia e bem as histórias da Michelle Reid. Ela é uma autora que sabe escrever histórias fúteis, com mocinhos insuportáveis e agressivos além do limite, mas quando quer... Quando ela quer... escreve histórias que tocam profundamente nossos corações. É dessas histórias que tenho medo. Amo demais histórias assim, mas não acho saudável lê-las com frequência.kkkkkkk... Me envolvo demais com livrinhos assim e ainda não sei como ainda tenho lágrimas.rsrs...


"Porque como seria possível divorciar-se da mulher que você teve nos braços noite após noite e que o amou em cada olhar, em cada toque, em cada doce suspiro que ela deixou escapar? Como seria possível divorciar-se da visão dela dando à luz um filho seu? E como seria possível divorciar-se da visão inconsolável que você teve dela no dia em que vocês sepultaram aquela criança? "Foi melhor assim" tornou-se um insulto de cortar a alma, assim como "hora de seguir em frente". Pois como seria possível divorciar-se de toda aquela dor e agonia e seguir em frente com a vida como se nada tivesse acontecido?"


- Através desse trecho vocês já têm uma ideia de como é o mocinho dessa história, não é? E é justamente ele que faz toda a diferença. Que torna essa história ainda mais sensível e cativante.

- Eu gosto muito dos mocinhos insuportáveis da autora.rsrs... Uns eu odeio, mas amo a maioria. Porém, prefiro mil vezes quando a autora decide criar mocinhos que são arrogantes, possessivos, convencidos, mas emotivos, sabe? Cheios de paixão, com os sentimentos todos à flor da pele. Quando ela cria mocinhos assim, as histórias são sempre lindas demais. Tocantes. Como eu gostaria que isso se tornasse frequente! 

- A história começa quando o casal já está separado há cinco anos. Cada um sofrendo num canto. Sofrendo pela separação, pela saudade e as coisas não ditas... e sofrendo pela morte do filho de três anos. 



"Ela tentou relaxar nesse abraço de luz, tentou não reparar em como seus dedos demoravam-se na borda branca do mármore por alguns segundos mais, antes que os retirasse e se recompusesse novamente. Mas sentiu a dor repentina nos olhos dele, como prenuncio de lágrimas, porque sabia que o toque demorado no carrinho de brinquedo significava para um homem grego, que não demonstrava suas emoções em público, o mesmo que o seu terno beijo de adeus na pedra fria."



- Tudo começou quando ambos foram passar as férias numa ilha na Grécia. Andreas estava voltando da faculdade e ia passar um tempo com os pais. Louisa e a família dela eram ingleses e resolveram passar as férias naquele lugar lindo. Foi amor à primeira vista. Ou quase.rsrs... Ao vê-la saindo daquela balsa ele a desejou. Ficou encantado pela adolescente linda e delicada de 17 anos e procurou saber onde ela estaria hospedada. Um romance louco se iniciou e as coisas não demoraram a ultrapassar os limites. Embora tanto a família dela quanto a dele fossem contra o namoro, o casal não se importou com nada. Se trancaram num mundo próprio, onde só existiam os dois e as precauções foram mandadas para o inferno. Tudo era lindo e perfeito... e teve consequências.

- Louisa descobriu que estava grávida e ficou apavorada. Era nova demais e não estava preparada para as responsabilidades que teria que assumir, mas queria ter o bebê e ficou profundamente ferida quando a mãe do seu namorado sugeriu que ela interrompesse a gravidez. Ela lembrava claramente de como chorou e do apoio que recebeu de Andreas, que se voltou contra a mãe e se casou com ela. Mesmo tendo o mundo contra eles, o futuro incerto e estarem apavorados, eles não desistiram. Sabiam que se amavam e que desejavam formar uma família juntos. 

- O casamento não começou bem. Embora se sentisse segura quando estava nos braços de Andreas, embora fosse esposa dele e estivesse esperando um filho seu, Louisa sofria. Sofria, pois Andreas precisava viajar para terminar os estudos e ela ficava com a família dele, suportando as indiretas e as ofensas que muitas vezes eram ditas abertamente. Foram muitas as vezes nas quais ela chorou, foram muitas as palavras negativas que ela teve que suportar. A incerteza, o medo de Andreas se interessar por outra mulher enquanto estivesse longe. Louisa foi atingindo o limite, mas Nikos nasceu e se transformou na alegria da vida deles. 

- Disposta a interferir mais uma vez no casamento do casal, a família do mocinho sugeriu que Louisa deixasse o filho sob os cuidados da avó paterna, para que voltasse a estudar e mais uma vez, sem saber o que fazer, Louisa entrou em desespero, buscando em Andreas ajuda. Não houve uma só vez, antes do filho deles nascer e enquanto o menino era vivo, que Louisa procurou a ajuda, o apoio do mocinho e não a recebeu. Andreas a amava e sempre estava lá para apoiá-la. Mas isso não foi suficiente. E a morte do filho do casal derrubou aquele casamento, que já estava abalado, e o deixou muito perto do fim. 



"— Você não pode falar assim! — ele gritou por entre os dentes.

Todo o corpo de Louisa tremeu, abalada.

— Assim como? — ela disse com voz trêmula. Ele deu as costas a ela, virando os calcanhares de seus sapatos de couro preto.

— Como se ele ainda estivesse vivo.

Tremendo agora, sem nenhum indício de suavidade, Louisa recolocou o carrinho no mesmo lugar. Uma tensão fez o silêncio pesar. Não disse nada. De maneira confusa, entendeu. Falou de Nikos como se ele ainda estivesse ali com ela. Algumas vezes a sensação era tão forte que ela poderia acreditar que estava..."


- O acidente fatal marcou profundamente o casal, fazendo cada um mergulhar na própria dor e na culpa que ameaçava devorá-los. Perder Nikos também os fez perder o único elo que eles tinham. A única coisa que ainda mantinha aquele casamento de pé. Louisa desmoronou e foi aí que ela mais precisou de Andreas. Foi nesse momento, mais do que em qualquer outro, que ela precisou do apoio dele. Que precisou de sua força para poder sobreviver, para poder suportar todo aquele pesadelo. Mas Andreas não estava disponível. Culpando-se pela morte do filho, sofrendo tanto quanto ela, ele preferiu se afastar e deixar que aqueles que tanto tinham lutado para destruir o casamento deles ficassem perto dela. Ele se escondeu. Fugiu para sofrer sozinho. E esse foi seu maior erro.As duas famílias se aproveitaram do momento mais vulnerável da vida do casal, para separá-los. Não é injustiça minha afirmar que tanto a família da mocinha quanto a do mocinho ficou feliz com a morte do menino de três anos. Creio que eles só não fizeram uma festa para comemorar a destruição daquele elo, porque não suportariam a opinião dos outros. E também porque precisavam fingir que se importavam para conseguir, sutilmente, acabar de destruir aquele casamento.

- Sem Andreas por perto, Louisa não teve forças para dizer "não" quando seus pais decidiram que o melhor seria ela voltar para a Inglaterra. Louisa chegou a esperar por Andreas. Acreditou que ele fosse voltar e apoiá-la, mas ele não apareceu. Pensando que ele a culpava pela morte do filho e desejando mergulhar fundo na depressão, Louisa foi com os pais. E se entregou à depressão, sendo enviada, pela família, para uma clínica de "repouso". Qualquer contato que pudesse haver entre ela e o marido foi cortado. Mentiras foram ditas, palavras venenosas foram disparadas a cada oportunidade e assim o tempo foi passando. Até eles desistirem de acreditar numa segunda chance.

"— Essa é a última vez que venho aqui.

— Não seja boba! — ele respondeu asperamente. — Como estou tentando lhe dizer, você não deve dar atenção às interferências da minha mãe.

— Entretanto ela está certa. É tempo de partir.

— Tempo — ele repetiu. — O que o tempo tem a ver com o que nós deixamos para trás aqui toda vez
que partimos?"


- Como eu disse, a história começa depois que cinco anos se passam. Era o quinto aniversário da morte de Nikos e, como em todo ano, Louisa sai da Inglaterra para visitar o túmulo do filho na Grécia. Só que dessa vez, para surpresa dos dois, o casal se reencontra e é como se o tempo nunca tivesse passado. Eles estavam mais maduros, mais tristes e todos os sonhos já tinham morrido, mas o sentimento ainda estava ali. Vivo e intenso. Mexendo com todos os nervos e emoções do casal. Fazendo-os, mais uma vez, mandarem a cautela para o inferno. Para o desespero da família deles e a alegria e suspiros de nós leitoras.rsrs...


"Foi maravilhoso acreditar, aos 22 anos, que o amor poderia ser eterno. Percebendo tarde demais o que deveria ter sido feito, ele agora podia afirmar com certeza que, se tivesse sido forçado a viver o que Louisa passou naquela época, teria abandonado o casamento deles muito antes do que ela."


- Não irei contar o que acontece depois que o casal se reencontra, pois já falei demais.rsrs... Acredito que será muito melhor se vocês descobrirem como se torna a relação deles, através dos seus próprios olhos. Mas posso afirmar que é tudo muito lindo e emocionante, gente. Não consigo imaginar alguém desprezando essa história.rsrs... Só pensar nela me emociona e não é qualquer livro que consegue isso. Sou exigente com as histórias das autoras que amo, mais do que com autoras desconhecidas, e já desprezei abertamente algumas histórias da Michelle Reid. Já xinguei mocinhos e mocinhas dela aqui e não faço diferente quando amo um livro. Não escondo o que sinto e tenho a necessidade de recomendar a história, de fazê-los desejar conhecer o livro, pois é uma emoção tão forte e tão boa que eu desejo que vocês sintam o mesmo, entendem? Estou cansada no momento, pois enfrentei um trânsito horrível hoje (quando o trânsito no RJ não é terrível?kkkkkkk...), e talvez isso esteja fazendo com que a resenha não seja suficiente, não transmita o que estou sentindo. Mas deixo claro aqui que amo essa história, que fiquei completamente louca por ela e que cinco estrelas é pouco demais. Histórias como essa merecem muito mais do que cinco estrelas e passagem para os preferidos. Merece ser conhecida pelas outras leitoras apaixonadas por belas histórias de amor. Merece ter um lugar próprio em nossos corações e se tornar inesquecível. A história pode ter algumas falhas, mas a autora conseguiu o que queria: nos fazer sofrer com o casal, nos fazer sentir o que eles sentiam, acreditar nos sentimentos deles. Eu vivi essa história com Louisa e Andreas, gente. Eu viajei para aquela ilha através dessa história e vivi cada momento. Pude ver claramente o primeiro encontro, o desenvolvimento da relação, as brigas, as reconciliações. Cada um sofrendo num canto. Pude sentir tudo isso. E a história se tornou perfeita por isso. Eu pude viver a história com o casal, eu senti tudo com eles e quando um livro consegue isso, não me importam as falhas. 


"— Porque a idéia de vê-la concebendo um filho de outro homem era tão inaceitável para mim que você teve sorte por estar com nosso filho quando fui procurá-la. Provavelmente a teria estrangulado na remota possibilidade de estar grávida de outro homem!

— Meu Deus! — Louisa respirou ofegante.

— Bem, tente pensar dessa forma. Pergunte-se, minha relutante esposa, o que acharia se eu semeasse um filho em outra mulher...

Foi um golpe que Louisa não esperava. Colocou-a contra a parede e a empalideceu.

— Como você ficou tão cruel? — ela sussurrou. Suas mãos cercaram o rosto de Louisa com dedos
compridos, incrivelmente macios ao alisar-lhe os cabelos para trás da orelha. Era um.gesto antigo e íntimo que ele fazia como forma de desculpas. — Posso ser primitivo e brutal, mas isso dói, não? — ele persistiu."


- Andreas é exatamente o tipo de mocinho que mais me encanta. Possessivo, protetor, completamente dedicado à mulher amada. Claro que ele sabe ser um idiota (é uma especialidade dos mocinhos arrogantes), mas é encantador. Todas as emoções dele sempre estavam à flor da pele e era muito difícil para ele manter o controle. E apesar de tudo, até das piores suspeitas e provas, ele nunca foi agressivo com a mocinha. Bem...rsrs... Jogar ela no ombro como se ela fosse um saco de batatas conta como agressão? Arrastá-la para dentro de algum lugar e prender seus pulsos também conta?rsrs... Se sim, não foi nada grave e no fundo a mocinha gostava.kkkkkk... Acho que era por isso que ela tentava ser difícil.rsrs... Apesar do tempo, das mágoas, das feridas que não tinham cicatrizado e de todas as suspeitas e situações não resolvidas, ele ainda acreditava no amor que sentiam um pelo outro. Ainda acreditava que aquele amor estava vivo e não aceitava a ideia de um divórcio. Como apagar o passado? Como simplesmente fingir que nada tinha existido? Jamais poderia considerar a Louisa e o filho que tiveram e perderam, como um erro. Eles eram parte da sua vida e ele não podia simplesmente seguir em frente. Sabia que jamais conseguiria seguir em frente sem a Louisa. Sabia que seus sentimentos por ela não eram coisa de adolescente. O tempo só serviu para fortalecer aqueles sentimentos e se ela não estava disposta a lutar por isso, ele lutaria pelos dois. Queria que outros mocinhos fossem como ele.rsrs... Não é com frequência que encontro mocinhos tão apaixonados, tão emotivos, tão dispostos a lutar pelo que querem e amam e capazes de pedir perdão como o Andreas. Ele me emocionou muito. Não tinha como ser diferente. Impossível não amar um mocinho como o Andreas. :)


- Recomendo muito a história, gente. Leiam!!! Deem uma chance ao livro! Tenho certeza de que minha resenha sequer chegou aos pés da história, mas isso não é culpa do livro e sim do quanto estou cansada. Mas eu não podia deixar de falar do livro. Então, arrisquei falar dele mesmo sabendo que não conseguiria fazer justiça à história. Espero ter passado pelo menos um pouquinho do que sinto pelo livro. Espero tê-los convencido a arriscar ler o livro. :D


Bjs e até breve!


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