26 de abril de 2014

O Duque e Eu - Julia Quinn

(Título original: The Duke and I
Tradutora: Cássia Zanon
Editora: Arqueiro
Edição de: 2013)

Série Os Bridgertons - 1/8


Simon Basset, o irresistível duque de Hastings, acaba de retornar a Londres depois de seis anos viajando pelo mundo. Rico, bonito e solteiro, ele é um prato cheio para as mães da alta sociedade, que só pensam em arrumar um bom partido para suas filhas. 

Simon, porém, tem o firme propósito de nunca se casar. Assim, para se livrar das garras dessas mulheres, precisa de um plano infalível. 

É quando entra em cena Daphne Bridgerton, a irmã mais nova de seu melhor amigo.

[…] A ideia de Simon é fingir que a corteja. Dessa forma, de uma tacada só, ele conseguirá afastar as jovens obcecadas por um marido e atrairá vários pretendentes para Daphne. Afinal, se um duque está interessado nela, a jovem deve ter mais atrativos do que aparenta. 

Mas, à medida que a farsa dos dois se desenrola, o sorriso malicioso e os olhos cheios de desejo de Simon tornam cada vez mais difícil para Daphne lembrar que tudo não passa de fingimento. Agora ela precisa fazer o impossível para não se apaixonar por esse conquistador inveterado que tem aversão a tudo o que ela mais quer na vida.


Palavras de uma leitora...


Simon olhou para ela com intensidade. Um sinal de alerta soou em sua mente. Ele a queria. Queria com tanto desespero que estava completamente tenso, mas jamais poderia sequer chegar a tocá-la. Porque fazer isso seria destruir todos os sonhos dela, e, libertino ou não, ele não sabia ao certo se conseguiria olhar-se no espelho de novo se fizesse isso.

Ele nunca se casaria, nunca teria filhos, e isso era tudo o que ela queria da vida.”


- Um homem atormentado pelo passado. Com traumas… marcas que ainda não deixaram de doer. Que ao olhar para o futuro não vê nada além de um grande vazio, que jamais poderá ser preenchido. Que não consegue recordar a última vez que alguém disse que o amava, que alguém o considerou importante, que alguém necessitou dele ou lhe presenteou apenas para vê-lo sorrir. Sequer poderia recordar a última vez em que sorriu com sinceridade. A última vez em que alguém lhe fez gargalhar e se sentir vivo. Não conseguia recordar… Simplesmente porque tais coisas jamais aconteceram. Mas de uma coisa sim podia recordar-se… Do menino que um dia havia sido. Do menino que escrevia carta após carta, pedindo, suplicando pelo amor de um pai que se recusava sequer a reconhecer que ele estava vivo. Um pai que jamais lhe deu uma chance, que só aparecia para humilhá-lo e menosprezá-lo, para dizer o quanto ele era uma decepção e um fardo. O quanto desejava que ele sequer tivesse nascido. Dia após dia, mês após mês, ano após ano, aquele menino, aquela criança para quem ninguém era capaz de dar amor, se esforçava para ser o que o pai queria. Para ser motivo de orgulho para o pai, para despertar, se não o seu amor, ao menos um pouco de afeto, um pouco de atenção. Mas toda e qualquer tentativa tinha sido inútil e com o tempo ele acaba por perceber isso. Percebe que jamais saberia o que era realmente ter um pai. Que só poderia contar com si mesmo. Que o amor sempre possui um preço. Que é preciso dar algo que alguém deseja, para conseguir o amor dessa pessoa. Ele era incapaz de dar o que o pai desejava e, portanto, não era considerado digno do seu amor. Para o pai, ele sequer existia.

“- Eu sou seu filho – falou mais uma vez, agora um pouco mais alto. – E não estou m…
De repente, a garganta fechou. E ele entrou em pânico.
Você vai conseguir. Você vai conseguir.
Mas a garganta estava apertada, a língua parecia grossa, e o pai começou a estreitar os olhos…
- Eu não estou m-m-m…
- Vá para casa – disse o duque em voz baixa. – Não existe lugar para você aqui.
Simon sentiu no âmago a rejeição do pai. Experimentou uma espécie peculiar de dor tomando conta de seu corpo e envolvendo o coração. E, conforme o ódio lhe invadia e transbordava por seus olhos, ele fez uma promessa solene.
Se não podia ser o filho que o pai queria, então seria exatamente o oposto.”

- Quando alguém que deveria nos dar amor, nos proteger, ser nosso herói e nosso porto seguro… aquele que deveria nos guiar pelo longo caminho até a vida adulta e estar conosco até mesmo quando já não necessitássemos mais de sua proteção… quando esse alguém te rejeita, te abandona e te priva de tudo aquilo que, por direito natural, você deveria ter, toda criança deveria ter, dói. Dói bastante. E marca profundamente. Forma cicatrizes que tempo algum é capaz de apagar. Cicatrizes que parecem gritar, por vezes sem conta, tudo aquilo que você ouviu no passado, todas as palavras cruéis… todas as lembranças que você preferia trancar dentro de uma caixa e jogar a chave fora. As cicatrizes ficam. E, de tempos em tempos, latejam, doem e parecem prontas para se abrir novamente. Com o tempo você se acostuma. Passa a suportar, se conforma com o fato de que, não importa o que você faça, quanto sucesso consiga na vida, quantos obstáculos ultrapasse, elas sempre estarão ali. Lembrando o que você perdeu sem sequer ter tido a chance de possuir. Fazendo-o pensar no quanto tudo poderia ter sido diferente. Imaginando o que fizera de tão errado para ser privado do direito de ser amado. Do direito de ser criança, de ter uma família, um pai, um exemplo a seguir; alguém em quem se apoiar e se inspirar.

Depois de receber tantos golpes numa fase tão vulnerável da vida, quando sua personalidade ainda estava se formando, quando ele mais necessitava de carinho e atenção, e, sobretudo, do amor do pai, Simon desistiu de lutar. Não pelo sucesso. Claro que não. A rejeição do pai, o fato do pai dizer para os outros que ele estava morto, de agir como se ele de fato não existisse, apenas serviu como um impulso para fazê-lo ir mais longe do que ele próprio poderia se julgar capaz. Apenas serviu para fazê-lo brilhar e descobrir que possuía dentro de si a capacidade para ser o que desejasse. Mas também matou algo dentro dele. Os sonhos que ele sequer teve a chance de sonhar. O futuro que ele sequer sabia que desejava. O fez desistir de sua própria vida. Do direito de construir uma família, de vir a ser pai, ter uma esposa e seguir em frente. As marcas deixadas por seu pai, o paralisaram. E, o mais triste é que, ele sequer conseguia perceber isso. Mesmo após a morte do pai, Simon segue vivendo cada dia em função dele, disposto a mostrar para o pai que não dependia dele. Que tinha vencido sem sua ajuda. Cada atitude era no intuito de vencer alguém que já estava morto. Que não poderia feri-lo mais. Ele estava preso ao pai e somente no dia em que conseguisse se libertar de alguém que tanto mal ainda era capaz de lhe fazer, mesmo depois de morto, conseguiria finalmente encontrar a felicidade e a paz que nunca teve.

Só que não é fácil se libertar, ainda mais quando você sequer sabe que está preso. É necessário ter alguém que lhe incentive, que lhe estenda a mão e diga que tudo vai ficar bem. Alguém que não desista de você, não importa o que aconteça. Alguém que lhe faça voltar a confiar e faça seu coração se abrir novamente, amar novamente…

Mas, seria possível reconhecer a chegada dessa pessoa quando o seu coração está tão ferido, tão destruído que você já não consegue acreditar nem em si mesmo? É possível amar quando ninguém nunca te ensinou o significado de tal palavra? Quando você não faz a menor ideia do que seja o amor? É sim. É possível. Todos nós temos a capacidade de aprender a amar, independente de termos ou não recebido amor em nossas vidas. Nosso coração aprende sozinho. É capaz de sentir amor, antes que nós mesmos saibamos  o que sentimos... Tudo que Simon sabia é que os olhos de Daphne, seu sorriso, sua alegria, seu jeito extrovertido e brincalhão de ser... sua simples presença... lhe faziam bem. Como ninguém nunca foi capaz de fazer. Tudo que ele sabia é que quando a via sentia vontade de abraçá-la e não soltar mais, beijá-la sem pensar nas consequências, amá-la (fisicamente) como jamais tinha amado mulher alguma. Queria se perder nela e não pensar mais em nada. Esquecer suas dores e sua solidão. Dar-lhe tudo que ela sonhava, ser o que ela precisava. Se isso era amor, ele não fazia a menor ideia. Apenas era algo que ele não queria perder. Que ele não podia perder

Daphne era como o sol que surgia quando não havia a menor esperança de que a tempestade fosse passar. Era como seu milagre. A única capaz de salvá-lo, de libertá-lo do inferno no qual ele vivia desde que era um menino. A única capaz de fazer os fantasmas sumirem, o pesadelo que não o deixava em paz ser substituído pelos mais lindos sonhos. Sonhos que ele começava a acreditar que poderiam se tornar reais. Que eram possíveis, se ela estivesse ao seu lado


"- Eu a amo tanto que às vezes fico até assustado - sussurrou ele. - Se eu pudesse lhe dar o mundo, você sabe que eu daria, não sabe?"

- O nascimento de Simon havia sido muito desejado pelo duque e a duquesa de Hastings. Há anos a duquesa tentava engravidar, mas nunca conseguia levar nenhuma gravidez até o fim, e os médicos, após mais um aborto espontâneo que debilitou muito a duquesa, recomendaram que eles parassem de tentar; recomendação que entrou por um ouvido e saiu pelo outro. Não por desejarem desesperadamente um filho, mas sim porque queriam intensamente um herdeiro para o ducado.

Não querendo falhar mais uma vez com seu marido, a mãe de Simon decide sacrificar a própria vida para trazê-lo ao mundo. Algo que, ao longo dos anos como filho de um homem frio, insensível e cruel, Simon não tem muitos motivos para agradecer.

Embora fosse um menino, aparentemente perfeito, Simon possuía uma enorme dificuldade para falar. Algo que provocava repulsa em seu pai (que o via como um débil mental) e fascínio nas outras pessoas que, em vez de tentar ajudá-lo a superar sua dificuldade, tratavam apenas de olhar para sua boca descaradamente, cada vez que ele falava, como se estivessem diante de alguma atração de circo.

Simon era diferente e a sociedade não aceitava o “diferente”. Perdido num mundo que jamais o aceitaria se ele não fosse o que eles julgavam “aceitável”, Simon decide lutar contra suas dificuldades, mesmo sem apoio. Graças a sua inteligência, consegue cursar uma boa escola e entrar para a universidade (algo que ele jamais faria se dependesse de um pai que o escondia do mundo como se ele fosse uma praga), onde torna-se rapidamente destaque e se esforça o máximo para que ninguém jamais soubesse sobre suas dificuldades.

Ele vence o pai. Se torna tudo que o pai jamais acreditou que ele fosse capaz de ser. Mas a que preço?

“- Se algum dia eu a magoar de novo – retrucou Simon com fervor, beijando o canto da boca de Daphne -, você pode me matar.”

- O que posso dizer sobre o Simon? Ele era apenas um menino sem mãe e rejeitado pelo pai quando começou a conquistar meu coração. Era um pequeno tentando engolir as lágrimas que insistiam em invadir seus olhos quando pensava no fato de que o pai preferia estar em qualquer lugar, desde que não tivesse que vê-lo. No dia de seu nascimento, ele já invadiu meu coração e provocou em mim um carinho especial, me fez sentir vontade de pegá-lo no colo e protegê-lo de todas aquelas pessoas que enxergavam apenas sua deficiência e não conseguiam ver a pessoa maravilhosa que ele era, a criança implorando, mesmo sem palavras, por um pouco de amor. Odiei profundamente o traste que nunca foi digno de ser chamado “pai” e posso dizer que ele demorou até tempo demais para morrer. Poderia ter partido antes. Ninguém sentiria sua falta. E, de fato, ninguém sentiu. Foi uma pessoa tão cruel, tão incapaz de sentir qualquer coisa, que nunca despertou afeto em ninguém. Por quem ninguém chorou. Enfim… Eu amei o garotinho carente, que despertou todo meu instinto maternal, minha proteção. E me apaixonei perdidamente pelo homem que ele se tornou. Misterioso, atormentado (obviamente eu não gostava de vê-lo atormentado, essa parte apenas me fazia querer pegá-lo no colo e curar suas feridas.rs), com um sorriso sexy, capaz de fazer você esquecer até que possui um nome. Um olhar que faz você perder a noção de tudo. Que em vez de te fazer temer pela ruína de sua reputação, te faz ansiar por isso.rsrsrs… Eu considero a Daphne uma jovem bastante sensata e sábia. Era melhor estar perdida com o Simon, do que honrada sem ele.rs…

“Ele ficou imóvel por vários minutos. O único som que se ouvia era o da respiração dele tentando vencer as emoções. Por fim, quando Daphne já começava a temer que o tivesse perdido, ele a encarou com uma expressão totalmente arrasada.
- Eu quero ser feliz – murmurou.
- Você vai ser – prometeu ela, passando os braços ao redor dele. – Você vai ser.”

- Simon não sabia o que sentia por Daphne, no entanto, ela era a pessoa por quem ele tinha mais consideração, mais respeito, com quem mais se importava. Ele não queria magoá-la. Não queria tirar de seus olhos aquele brilho tão especial, apagar o sorriso lindo que tanto mexia em algo dentro dele. E então ele precisa lutar contra si mesmo, contra o sentimento forte e inexplicável que começa a invadi-lo. Necessita lutar contra isso, para não fazê-la sofrer. Porque jamais haveria vida para Daphne ao lado dele. Por mais que ele a quisesse com desespero, por mais que necessitasse dela, tenha se tornado dependente do seu carinho… não podia tê-la. Porque isso significaria destruir todos os sonhos dela. Negar-lhe o que ela mais queria da vida. 

“Mas Simon… Simon era real, e estava ali. Ela conhecia a sensação de tocar o rosto dele, de rir em sua presença. Conhecia o doce sabor de seu beijo e o ar zombeteiro de seu sorriso. 

Ela o amava.”

- O que Simon ainda não sabia é que Daphne não estava disposta a deixá-lo escapar, a viver uma vida sem ele e ter o que ele achava que ela merecia, que ela precisava. Era verdade que Daphne sempre havia sonhado com uma vida muito diferente do que a que teria ao lado de Simon, mas isso pouco lhe importava. Ela não queria seus sonhos. Ela queria Simon. Porque ele tinha entrado em sua vida de tal forma que todo o resto perdeu importância. Nada, sem ele, valia a pena. 

" - Não gosto de ver você triste.
Ela o encarou com um misto de descrença e tristeza.
- Não sei como você poderia esperar qualquer outra coisa.
- E-e-eu... - Ele engoliu em seco, tentando relaxar a garganta, e enfim conseguiu dizer a única coisa que havia em seu coração: - Eu quero que você volte para mim."

- O que posso dizer sobre essa história? Não sei bem.rsrsrs... Alguém aqui já percebeu que eu fico totalmente perdida quando falo de uma história que amei? Não?! Eu já percebi!kkkkkkkkkkk... Eu tinha começado essa resenha na intenção de dividi-la em partes. Primeiro eu falaria (brevemente, no início) sobre o Simon, tanto que comecei por: "Um homem atormentado pelo passado. Com traumas… marcas que ainda não deixaram de doer." Depois eu falaria da Daphne, começando assim: "Uma mulher..." e aí faria um resumo da história (a partir do momento no qual eles se conheceram) e só depois falaria mais profundamente do casal e de outros personagens da história (por exemplo, o irmão super protetor da Daphne, que eu quero ver "penar" em sua própria história: O Visconde que Me Amava), terminando ao dizer o que a história me fez sentir. O que, de fato, achei da história.rs Mas logo depois de começar a resenha, eu me perdi.kkkkkkkkkkkkkk... E até agora não consegui me encontrar.rsrsrs...

- Plagiando a mim mesma (ao repetir o que disse sobre o livro para minha amiga.rsrsrs...), posso dizer que: É uma história suave, com certo toque de drama (por causa da relação entre o Simon e o pai e os traumas que não o abandonavam, não o deixavam seguir em frente), romântica, engraçada (com certeza! Eu me peguei rindo diversas vezes com esses dois e a família da Daphne!rsrsrs....), com aquela simplicidade que me encanta em certos romances, aquela beleza natural, que poucas autoras conseguem colocar em seus livros e fazê-los se destacar mesmo assim. Na sinopse diz que a Julia Quinn é a Jane Austen contemporânea. Eu nunca li nenhuma história da Jane Austen (mas ainda esse ano pretendo ler Orgulho e Preconceito), porém, pelo que vi em dois filmes inspirados em suas histórias, não concordo completamente com isso.rsrs... Sim. Essa história segue a linha dos romances da autora, mas existe muito mais envolvimento em O Duque e Eu do que há nos filmes que assisti e foram inspirados nas obras da Jane Austen. Há na história a mesma simplicidade encantadora, apaixonante que há em Orgulho e Preconceito e Razão e Sensibilidade (filmes), mas o envolvimento é muito maior. Tem mais paixão, mais proximidade, mais intensidade até,  e amei isso. :)

- Em resumo, posso dizer que esse livro me tocou, não significou apenas mais uma leitura, tornou-se especial, me conquistando com sua simplicidade, com o romantismo que transborda em cada página, com personagens bem construídos, engraçados, que conseguem marcar presença até mesmo numa história que não lhes pertence (exemplos: Violet, Anthony, Benedict e o incorrigível Colin). Eu me diverti muito não só com o casal (que não conseguia passar um só segundo sem rir um do outro, ou como eles dizem "com o outro". Até mesmo quando estavam fazendo amor eles faziam graça.kkkkkkkkkkk...), mas também com a família da Daphne e aquela lady fofoqueira que insiste em falar de todos os membros da sociedade (ou ao menos os mais interessantes), sem piedade, usando de ironia, sarcasmo, sendo bastante "impiedosa".rsrs... Tem especial "queda" pela família da Daphne, não nos deixando perder nenhum acontecimento importante. Confesso que gostei bastante das publicações dessa fofoqueira e estou louca para saber quem ela é. :)

- Mas como eu estava dizendo... Me diverti muito com a família da Daphne, especialmente com a Violet (mãe dela), o Anthony (irmão mais velho e "sufocante".rsrs...) e o Colin (também irmão da Daphne), um libertino, inconsequente, irresponsável, incorrigível!... por quem eu me apaixonei perdidamente.kkkkkkkkk... Sim. Entre os irmãos da Daphne, aquele de quem eu mais gostei (que eu mais amei) foi o Colin. Estou louquinha para ler a história dele. Mas aposto que ele ainda vai aprontar muito até lá, marcando presença nos livros sobre o Anthony e o Benedict.rsrsrs... Pelo Anthony eu também senti um afeto especial, mas ele me deu nos nervos também.kkkkkkkk... Nunca que eu iria querer ter um irmão tão chato assim.rsrs... Como desejo vê-lo sofrer nas mãos de um irmão tão "sufocante" como ele! Será que meu desejo se realizará? Será que a futura amada dele possui um irmão assim?! É o que espero.rs

- Essa história foi uma indicação da minha querida amiga Carlita. Muito obrigada pela indicação, flor! Como você já sabe, eu amei essa história. :) Não sei se as outras histórias da série serão tão especiais, me conquistarão tanto como essa.rs

- O Duque e Eu é o primeiro livro da série Os Bridgertons, que conta a história de todos os filhos de Violet e Edmund. Como são oito filhos, temos oito histórias, mas somente três foram publicadas, até o momento, no Brasil. 

Seguem abaixo os títulos já publicados no Brasil:

1º - O Duque e Eu (Daphne e Simon)
2º - O Visconde que Me Amava (Anthony e Kate)
3º - Um Perfeito Cavalheiro (Benedict e Sophie)

P.S.: Uma pausa para eu enlouquecer!!! Ao procurar pelo título do terceiro livro e ler a sinopse, eu descobri algo que nem imaginava: a terceira história é uma releitura de Cinderela!!!!! E quem aqui ainda não sabe que eu amo de paixão a história da Cinderela???!!!! Agora estou num dilema: qual ler primeiro?! Difícil. Muito difícil.kkkkkkkkkkk... Não sei se conseguirei seguir a ordem da série, não.rsrsrsrs... Não era para eu ter visto isso!rsrs...

Bjs!

1 de abril de 2014

Um Homem Muito Sensual - Helen Bianchin



Uma simples acompanhante?

Nickos Alessandros precisava de alguém para acompanhá-lo em sua agitada vida social. A linda e sofisticada Michelle seria a pessoa ideal para essa tarefa… temporariamente.
Para Michelle, um relacionamento falso a ajudaria a escapar da perseguição de um playboy. Nickos, porém, era tremendamente sensual, e Michelle começou a ter dificuldade para resistir aos encantos daquele verdadeiro deus grego. Se ela concordasse em participar daquela farsa, será que conseguiria separar fantasia da realidade?



Palavras de uma leitora…

- Sim. Depois de um desaparecimento de um mês, volto a dar notícias de vida.rsrs… E, infelizmente, não com a resenha de um livro marcante.

 “Ele beijou-lhe a mão mais uma vez e fez uma prece de agradecimento a Deus pela sorte que tivera de encontrar aquela mulher. Sua mulher.

Quando se lembrava de que quase não fizera aquela viagem à Austrália, que por um triz poderia ter enviado um de seus funcionários em seu lugar, chegava a sentir um arrepio de horror na alma. Se tivesse ficado em Atenas resolvendo outros problemas, jamais a teria conhecido. E aquilo seria tenebroso.

Como viver a vida toda, como passar uma existência inteira nessa Terra sem nunca experimentar a alegria de tê-la nos braços?

- Uma das coisas que sempre me fizeram suspirar ao ler um livro da Helen Bianchin, era o romantismo dos seus mocinhos. A capacidade que eles tinham de fazer e dizer coisas lindas, românticas, mesmo que fossem simples. Em geral, sempre são mocinhos que fariam tudo pela mulher amada, que muitas vezes não tinham coragem de confessar facilmente o amor que sentiam, mas que nos faziam perceber tal sentimento a cada página virada. Eram sempre os heróis das mocinhas.rsrs… Salvando-as de um ex controlador, obsessivo e doente mental, que não conseguia compreender o fim do relacionamento. E elas eram sempre mocinhas que tinham que enfrentar, com graça e dignidade, a língua afiada das rivais e, certas vezes, até mesmo as tentativas, desesperadas, dessas mulheres para eliminá-las do caminho. Lembro que já li livrinhos nos quais as “rejeitadas” tentavam até matar as pobres mocinhas, o que só fazia com os mocinhos ficassem ainda mais próximos de suas amadas e eles fossem ainda mais felizes. É claro que já li livros ruins da autora. Sejam ruins por serem fracos ou por terem pestes como mocinhos, mas esses livros foram raros.rsrs… A maior parte dos livros que li da autora, foram lindos e se tornaram inesquecíveis. Um Homem Muito Sensual teria entrado para essa lista. Para a lista de inesquecíveis. Se eu o tivesse lido num outro momento. Numa outra época da minha vida.


- Michelle e Nickos se conheceram num jantar entre amigos. Michelle era noiva do filho dos anfitriões, um rapaz um tanto quanto desequilibrado, que achava que Michelle só pertencia e só poderia pertencer a ele. Nickos era o convidado de honra, um homem envolvente e charmoso, que não conseguia tirar os olhos de Michelle e insinuar que existia entre eles mais do que estavam dispostos a admitir no momento. Ele a queria e não fazia questão de esconder isso. Determinado, pôs fim ao relacionamento sufocante que existia entre Michelle e o noivo e a convenceu a entrar numa trama complicada e perigosa… para o coração de ambos. Com o tempo, o que havia começado apenas como um jogo e que evoluiu para desejo, se transformou em amor. Só o que eles não sabiam é se estavam dispostos a encarar tal sentimento e todas as suas consequências. Ou fingir que nada ocorria e, ao fim do jogo, seguir com suas vidas. O que vale mais? Amor ou liberdade? E seria o amor realmente uma prisão?


- Nem sei bem por que comecei a ler esse livro.rsrs… Faz tanto tempo que o estou lendo (sim. Minha situação está tão complicada que estou demorando uma eternidade para ler um livro fininho. Se o livro fosse maior, provavelmente eu terminaria a leitura no próximo ano) que já nem lembro o motivo.kkkk… Mas foi provavelmente por estar sentindo alguma falta dos livrinhos da Helen Bianchin, que, no início da minha vida como leitora, teve papel importante. Era uma das autoras que eu mais amava, perdendo apenas para Lynne Graham, Michelle Reid, Charlotte Lamb e uma ou duas autoras mais. Eu lia seus livros com frequência e me encantava… sonhava acordada com suas lindas e simples histórias de amor, que tinham basicamente a mesma trama, mas que, para mim, eram únicas independente de tudo.rsrs… Sinto falta daquela época… Da época na qual as coisas eram mais simples, até no mundo da leitura. Agora tudo está mais complicado e eu, de certa forma, amadureci como leitora. Algo que é bom e ruim ao mesmo tempo.rs… Bom, porque me abri para outros tipos de histórias, me permiti dar chance aos romances históricos (lembram que houve uma época na qual não suportava históricos?!), aos livros de suspense (que não fossem só do Sidney Sheldon ou Dan Brown), saí do mundo dos livrinhos de banca e entrei no mundo dos livrinhos de livraria. Eu sempre fui uma leitora disposta a encarar novos romances, desde que não fossem romances com temas que me incomodassem além da conta. Sempre gostei de livrinhos mais reais, no entanto, os evitava mais.rsrs… Eu “pertencia” aos romances de banca. Abria pouquíssimo espaço para outros tipos de história, entendem? Tenho a sensação de que isso mudou muito de um ano (ou um pouco mais) para cá. Por diversos motivos… E é bom porque me permiti conhecer ótimas histórias, me encantar, emocionar, sofrer (risos), chorar e sorrir com histórias diferentes, mas incríveis da maneira delas. Aceito com mais “naturalidade” certas histórias e mesmo sofrendo muito com elas, gosto.kkkkk… O que me faz pensar que sou masoquista, é claro. Mas enfim… E ao mesmo tempo, é ruim. Porque sinto uma saudade violenta dos meus livrinhos de banca. Sinto falta daquela simplicidade… Da época na qual eu sentava, em dias chuvosos (ou não) nos quais eu estava em casa, com vários livrinhos perto de mim (na época, muitos deles, eu pegava emprestado com a irmã de uma amiga.) e ficava lendo um após o outro, sorrindo como uma boba e suspirando emocionada.rsrs… Era tudo tão mais simples (pelo menos, no mundo que eu criei, separei, para os livros), tão mais tranquilo… Eu penso que eu “enxergava” muito mais os romances de banca naquela época. Era capaz de compreendê-los melhor, “vivê-los” com maior intensidade. Hoje em dia, sinto como se tivesse me distanciado mais deles e é triste admitir. Mas como eu disse, isso aconteceu por vários motivos e não só por culpa de certos livrinhos de banca que tive o desprazer de ler. Aconteceu por certas decepções que não valem a pena ser mencionadas. Aconteceu porque conheci histórias diferentes e isso provocou certa mudança em mim. Enfim… foram vários os motivos.rsrs… Não amo mais os livrinhos de banca????!!! Claro que amo. Sempre os amarei. Aqueles que li no passado, alguns que conheci nos últimos dois anos e os que ainda conhecerei no futuro (pois não desisti deles). Sobretudo os que são da Lynne Graham e da Candace Camp.rsrsrs… Mas quase já não sou capaz de sentir a ligação que eu sentia antes (pelos da Lynne Graham e Candace Camp ainda sinto!!!!). A magia. Por que estou dizendo isso? Porque não senti por Um Homem Muito Sensual – Helen Bianchin, nem sequer metade do que eu sentia quando lia um livro da autora, no passado. E sei que se eu tivesse lido essa história uns dois anos atrás, seria diferente, entendem? O livro tem tudo que as histórias da autora sempre tiveram. É a mesma trama, que sempre foi capaz de me emocionar no passado. Por isso sei que a culpa não é da história. É minha.



- Eu gostei do livro. Mas não o amei. Um livro que eu teria amado muito no passado. Quero acreditar que é só uma fase. Que, se der tempo ao tempo, conseguirei recuperar a “ligação” que eu tinha com os livrinhos de banca (sobretudo os mais antigos), mas me entristece muito pensar que isso talvez não ocorra… 
Topo