Tradutora: Daniela Belmiro
Editora: Leya
Edição de: 2018
Páginas: 336
12ª leitura de 2020
Vencedores do Prêmio Pulitzer
*Lido no Kindle Unlimited
Sinopse: Um livro eletrizante, importante e perturbador, Falsa acusação é baseado numa história real e num artigo vencedor do Prêmio Pulitzer de jornalismo investigativo, que foi publicado no site de uma ONG na internet e viralizou em questão de horas. Como num episódio de Law & Order, os jornalistas T. Christian Miller e Ken Armstrong acompanham o trabalho incansável e a dedicação de duas detetives para colocar um estuprador em série na cadeia e dar voz às suas vítimas – fazendo também uma análise da maneira ultrajante como as mulheres são tratadas quando denunciam casos de violência sexual.
Eu não sei, realmente não sei, como falar deste livro. De um livro que já tem lugar entre os meus favoritos do ano (e da vida) e que me deixou tão destroçada. Com uma sensação de vazio, de revolta, de medo... de injustiça. Sei que há justiça no final (se trata de uma história real, então, não venham falar que é spoiler, por favor!), mas não para todas. Muitas e muitas vítimas de estupro nunca conseguem a justiça merecida. Nunca. E ver tudo isso neste livro acabou comigo. Minhas emoções estão uma bagunça só e me sinto realmente muito mal. Já não tenho nem mais forças para chorar.
Antes de tudo, ressalto que se trata de uma história real. E que existem inúmeros "gatilhos". Neste livro, através do brilhante trabalho de dois jornalistas, que resolveram levar a público a história dessas vítimas e de toda a investigação (e a falta dela) para pegar o estuprador, conheceremos de modo bastante próximo do leitor, as mulheres que foram atacadas por Marc O'Leary, um pouco de suas vidas e de todo o terror que viveram. E mais: os jornalistas se dedicaram ainda a mostrar as raízes históricas das falhas ocorridas nas investigações em Washington, que remontam à "ensinamentos" deixados por um juiz que viveu no século XVII, que foi responsável inclusive pela execução de mulheres julgadas e condenadas por serem "bruxas". É incrível como um passado tão distante pode ainda provocar consequências tantos séculos depois... E como o trabalho para conscientizar a população e capacitar investigadores e autoridades envolvidas no julgamento de crimes sexuais é contínuo, não pode parar. Quanto mais pessoas trabalham em prol das vítimas, dos seus direitos, mais e mais pessoas precisam continuar, é algo que nunca chegará ao fim. Porque ainda existe muito machismo e ceticismo, muita gente que prefere duvidar ou culpar as vítimas.
Antes de tudo, ressalto que se trata de uma história real. E que existem inúmeros "gatilhos". Neste livro, através do brilhante trabalho de dois jornalistas, que resolveram levar a público a história dessas vítimas e de toda a investigação (e a falta dela) para pegar o estuprador, conheceremos de modo bastante próximo do leitor, as mulheres que foram atacadas por Marc O'Leary, um pouco de suas vidas e de todo o terror que viveram. E mais: os jornalistas se dedicaram ainda a mostrar as raízes históricas das falhas ocorridas nas investigações em Washington, que remontam à "ensinamentos" deixados por um juiz que viveu no século XVII, que foi responsável inclusive pela execução de mulheres julgadas e condenadas por serem "bruxas". É incrível como um passado tão distante pode ainda provocar consequências tantos séculos depois... E como o trabalho para conscientizar a população e capacitar investigadores e autoridades envolvidas no julgamento de crimes sexuais é contínuo, não pode parar. Quanto mais pessoas trabalham em prol das vítimas, dos seus direitos, mais e mais pessoas precisam continuar, é algo que nunca chegará ao fim. Porque ainda existe muito machismo e ceticismo, muita gente que prefere duvidar ou culpar as vítimas.