28 de dezembro de 2014

Retrospectiva 2014




- Olá, queridos! :D

- É... Mais um ano está chegando ao fim... Um ano que eu espero que tenha sido maravilhoso e de muitas leituras para todos vocês! :) 

Sei que mais uma vez estive bastante ausente. Que não tenho tido pelo Emoções à Flor da Pele a mesma dedicação de antes. Não porque o ame menos... longe disso! Mas sim porque cada vez minha vida fica mais complicada, com mais obrigações, entre outras coisas. Tenho como uma das minhas metas para 2015 (nunca consigo ficar sem fazer listas e mais listas de promessas que faço para mim mesma!kkkkkkk...), cuidar mais desse meu cantinho tão especial, ler mais livros, assistir filmes que quero muito ver, terminar de assistir algumas séries queridas e novelas que tive o privilégio de começar a acompanhar este ano. E dividir todos esses momentos com vocês. Espero conseguir. Irei me esforçar muito para estar mais presente, pois eu também sinto imensa falta de todos os momentos que eu passava aqui... eu quase não saía do blog.rsrs... Quero esses momentos de volta. Necessito tê-los de volta

- 2014 foi um ano de pouquíssimas leituras. Por diversos motivos e não apenas falta de tempo, infelizmente. Consegui ler apenas 26 livros. Algo que me deixou muito triste, porque além de ter lido poucos livros, foram raros aqueles que realmente me marcaram. :( Que eu posso dizer que serão inesquecíveis, que permanecerão na minha memória e no meu coração para sempre. E eu nem sequer li nenhuma história de duas autoras que amo demais: Florencia Bonelli e Candace Camp. Sim. Verdade! Também estou chocada com isso.rsrs Mas não tem problema! 2015 terá dias suficientes para eu corrigir isso. Pretendo matar a saudade que sinto de muitos autores especiais. Será um ano de fortíssimas emoções no que se refere aos livros.kkkk... Tenho certeza que lenços não darão conta das minhas lágrimas. Mas mal posso esperar por esses momentos! Suspiros...

E que tal eu começar a falar dos melhores livros que li este ano? Desta vez não serão 12 livros como sempre é. Não. Este ano falarei apenas dos 10 melhores livros que li. Li outras histórias queridas, histórias que ganharam cinco estrelas. Mas somente estas 10 entraram para a lista. Em ordem decrescente:

     Em 10º lugar... 


"- De que maneira eu o atingi?
- De todas as maneiras que uma mulher pode atingir um homem. Primeiro no meu corpo, depois na mente e, finalmente, em meu coração"

- Das seis histórias que li da autora este ano, apenas esta mereceu um lugar na lista dos melhores.rs E sequer posso dizer que as outras cinco são queridas. Dentre elas, apenas mais uma posso dizer que amei. Desafio do Amor, que possui uma história deliciosa e apaixonante. Não tanto como Votos Forçados, mas chega perto. 

Este livro entrou para a lista porque além da história em si ter me cativado desde o princípio, eu simplesmente amei os protagonistas. O Navarre, que foi aprendendo aos poucos o que realmente importava na vida. E a Tawny, que com seu humor contagiante, sua teimosia e sua garra, mostrou ao Navarre que não iria ser seu tapete. E que se ele a quisesse realmente, teria que correr atrás e pedir perdão com todas as letras. Para mim, este casal é muito fofo. E sempre será especial. 


Em 9º lugar...


 - E adoro crianças - ela acrescentou, penosamente. As lágrimas invadiram seus olhos e teve dificuldade em vê-lo.
Com os olhos fixos nos dela, Noah abaixou-se e puxou a colcha da cama, num movimento rápido.
- Você não quer filhos...
Ele abriu o primeiro botão da camisa.
- E eu acabaria querendo ter um filho seu.
Ele abriu o botão seguinte..."

- O momento mais difícil não é nem escolher quais livros farão parte das lista. Mas sim em que lugar eles estarão.kkkkkkk... Eu não queria colocar certos livros em 9º, 8º ou 7º lugar. Só que, infelizmente, cada livro necessita ocupar um espaço entre os 10. Não dá para colocar todos em primeiro ou segundo lugar. Uma pena, eu sei. 

Sussurros na Noite foi um dos meus livros mais queridos. Um livro que não tinha como me decepcionar porque a autora dele é nada mais nada menos do que a minha querida Judith McNaught, alguém que nunca escreve um livro sem emoção, sem romantismo, sem aquele gostinho que só as histórias dela têm. Ela não consegue escrever uma história sem romance. Nem se tentasse!rsrs... E apesar deste livro ser um tanto diferente das outras histórias dela com as quais estou acostumada, foi impossível não amá-lo, não sorrir, gargalhar ou me emocionar com ele. Eu quis mais. Muito mais. Só que cada momento que tive, que a JM me permitiu ter, cada instante que passei com esta história valeu a pena. Foram momentos maravilhosos.


Em 8º lugar...


“Ele ficou imóvel por vários minutos. O único som que se ouvia era o da respiração dele tentando vencer as emoções. Por fim, quando Daphne já começava a temer que o tivesse perdido, ele a encarou com uma expressão totalmente arrasada.
- Eu quero ser feliz – murmurou.
- Você vai ser – prometeu ela, passando os braços ao redor dele. – Você vai ser.”


- É impossível conhecer essa autora e não se apaixonar por suas histórias. Julia Quinn já conseguiu uma passagem só de ida para a lista dos meus autores mais amados entre todos os autores!rsrsrs... As histórias dela têm um romantismo todo especial... um sentimento que forma em nossa mente a palavra puro. Eu sempre consigo enxergar entre os casais algo verdadeiro, forte, um amor que surge sem explicação. Como se fossem almas gêmeas. Sei. É piegas.kkkkkkk... Mas é o que vejo. Em todas as três histórias que li dela. 

Simon e Daphne tornaram-se inesquecíveis para mim. E nunca poderei superar o impacto que a história de vida do Simon provocou. Se tinha alguém que merecia ser feliz, esse alguém era ele. Mas a felicidade fugiu de sua vida por muito... muito tempo.


Em 7º lugar...


"Rasgada ao meio é uma outra palavra que pode expressar, um pouco, a situação em que eu me encontrava. Eu estava congelada por fora, fazendo um bom papel diante da família, mas emocionalmente não tinha mais por onde sangrar."

- Fernanda Brum sempre foi uma fonte de inspiração na minha vida. E de calma. Suas canções estiveram presentes nos momentos em que mais precisei. E sempre tinham algo a me dizer. Pareciam falar exatamente aquilo que eu precisava dizer a Deus e não conseguia. Agora, além de suas músicas, sua história de vida, de perdas e conquistas também me inspira. Ela é uma guerreira que eu admiro muito. E que muito me ensinou através deste livro. Nunca o esquecerei. 


Em 6º lugar...


“Seria possível apaixonar-se pela mesma pessoa sempre, todos os dias?”

“Ele inclinou-se para mais perto dela, deixando que o hálito quente roçasse sua bochecha.
Ela estremeceu. Ele sabia que isso aconteceria.
Sorriu com malícia e completou:
- Poucas coisas me agradam mais que um desafio.”

- Sim. Mais um livro da Julia Quinn! E ainda não acabou!kkkkk... Divertida, linda em sua simplicidade, romântica e apaixonante, é uma história que invade nossa vida e torna tudo mais leve. Ainda me lembro com clareza dos momentos divertidos e maravilhosos que passei ao lado do livro. Do quanto gargalhei com certas cenas e da forma como me entristeceu saber que ela teria que chegar ao seu final.rsrsrs... Há livros que deveriam durar para sempre...


Em 5º lugar...


"Zack respirou fortemente e permaneceu em silêncio por um momento tão longo que Julie pensou que ele não responderia. E quando por fim ele respondeu, foi como se arrancasse as palavras do peito.
— Nunca... jamais deixe de me amar."

- O que dizer desta história? Suspiros... Uma das mais lindas que li não só neste ano, mas na vida! Apesar da Julie, a história por si só é maravilhosa e com o Zack como protagonista não poderia ser outra coisa que não seja... perfeita. Sigo acreditando que o meu mocinho querido merecia alguém melhor, mas se ele só podia ser feliz ao lado dela... não posso fazer outra coisa senão aceitar. Infelizmente. 


Em 4º lugar...


“Esta é a minha punição. Este é o meu inferno.”

"Ao final, todos ficavam sozinhos. Cada pessoa tinha de morrer a própria morte."

- Já sentiu como se estivesse sufocando? Como se algo dentro de você estivesse impedindo o ar de entrar? É o que sinto quando lembro desta história. Aflição. Dor. Desespero e o sentimento de que tudo foi injusto. A história é totalmente digna de estar entre as melhores porque o SS construiu uma história incrível, que nos prende mesmo quando tudo que desejamos é fugir da carga emocional e da quantidade de tragédias que ocorrem nela. É uma história muito bem construída. Viciante. Impossível de abandonar ou esquecer. Só que nos deixa um gosto muito amargo na boca. 


Em 3º lugar...


"Eu quero... - A voz dele virou um sussurro, e seus olhos pareceram vagamente surpresos, como se ele não conseguisse acreditar nas próprias palavras. - Eu quero o seu futuro. Cada pedacinho seu."

- O que está vendo? - indagou.
Sophie tropeçou, mas não tirou os olhos dos dele em nenhum momento.
- Minha alma - sussurrou. - Estou vendo minha alma."


- Sim! Todos os livros que li da Julia Quinn ganharam um lugarzinho especial na lista dos melhores!rsrs... E Um Perfeito Cavalheiro é o meu preferido. A história é inspirada no meu conto de fadas mais amado e me fez viajar para um mundo mágico durante a leitura. Me senti realmente dentro do livro, acompanhando de perto a história de amor entre a Sophie e o Benedict, um casal que se completava. Duas pessoas que tinham nascido realmente uma para a outra. Não importava quantas vidas existiriam para eles... em todas elas, eu sei, que eles se reencontrariam e se amariam. Não importaria o quanto ela fosse diferente fisicamente nessas vidas. Ele a amaria sempre. Porque um coração estava conectado ao outro. Suas almas estavam unidas. E no fundo se transformavam numa só...


Em 2º lugar...


"- Eu mesmo posso suportar a dor - disse ele suavemente -, mas não aguentaria vê-la sofrer. Está acima das minhas forças."

"- Queria que você pudesse me acalmar, Sassenach, é o que desejo fervorosamente, pois tenho pouca paz em mim agora." 

- Não há um só instante em que eu lembre deste livro sem que meus olhos se encham de lágrimas. Uma emoção muito forte toma conta de mim e tenho que fazer um esforço enorme para não cair em prantos. Passei por muita coisa ao lado da Claire e do Jamie. Vivi muitos momentos impossíveis de esquecer. Momentos lindos... e outros dolorosos. Ninguém pode seguir sendo a mesma pessoa depois de ler esta história. Algo dentro de nós se transforma. Existe a pessoa de antes de A Viajante do Tempo e a pessoa de depois. Enfim... Eu quero muito que esse meu casal tão especial, tão precioso e tão amado seja feliz. Necessito ver o felizes para sempre deles. Eles merecem. Porque o amor deles... é único. E vai além de qualquer tempo. De qualquer época. Qualquer barreira ou sofrimento. É um amor capaz de enfrentar e superar qualquer coisa. Não importa o que seja

Estou me preparando emocionalmente para ler a continuação da história deles. Sei que vou chorar. E muito. 


Em 1º lugar...


“ – Estou apaixonado por você – ele disse, baixinho.
- Augustus – falei.
- Eu estou – ele disse, me encarando, e pude ver os cantos dos seus olhos se enrugando. – Estou apaixonado por você e não quero me negar o simples prazer de compartilhar algo verdadeiro. Estou apaixonado por você, e sei que o amor é um grito no vácuo, e que o esquecimento é inevitável, e que estamos todos condenados ao fim, e que haverá um dia em que tudo o que fizemos voltará ao pó, e sei que o sol vai engolir a única Terra que podemos chamar de nossa, e eu estou apaixonado por você.”

-  "Respira fundo, Luna. Respira fundo várias vezes." Bem... Não existia maneira deste livro não ocupar o primeiro lugar. Eu aprendi muito com esta história. Eu senti cada instante. Ia do riso às lágrimas em questão de segundos. E das lágrimas ao riso novamente. Augustus e Hazel sempre serão preciosos para mim. Sempre terão um lugar muito especial na minha vida. Penso que não importa quantos anos irão passar. Dez. Vinte. Cinquenta... Sempre me lembrarei deles com uma saudade enorme. E sorrirei ao pensar nos bons momentos. E novamente irei chorar ao pensar no quanto a vida pode ser cruel. Para mim, esses dois guerreiros, que possuem uma coragem que eu jamais conseguiria ter, são eternos. 

“ – Esse é o problema da dor – o Augustus disse, e aí olhou para mim. – Ela precisa ser sentida.”



Todos os livros que li este ano:

Um Homem Perigoso - Penny Jordan
O Príncipe do Deserto - Iris Johansen
Vingança da Maré - Elizabeth Haynes
Noiva da Traição - Blythe Gifford
Um Homem Muito Sensual - Helen Bianchin
O Duque e Eu - Julia Quinn
A Culpa é das Estrelas - John Green
Coração Rebelde - Lynne Graham
Desafio do Amor - Lynne Graham
Promessa Honrada - Lynne Graham
Cilada - Harlan Coben
A Ira dos Anjos - Sidney Sheldon
O Visconde que Me Amava - Julia Quinn
Florbela Espanca - Zinca C. Bellodi
Cinderela por uma Noite - Susan Mallery
Desejo de Vingança - Lynne Graham
Tua Esposa, Teu Destino - Penny Jordan
Um Marido... E um Bebê? - Penny Jordan
A Viajante do Tempo - Diana Gabaldon
O Preço de uma Dívida - Linda Howard
Sussurros na Noite - Judith McNaught
E Foi Assim... - Fernanda Brum
Acordo no Altar - Lynne Graham
Votos Forçados - Lynne Graham
Tudo por Amor - Judith McNaught
Um Perfeito Cavalheiro - Julia Quinn


Todos os filmes que vi:

Amanhecer - Parte 1
Amanhecer - Parte 2
Caçadores de Mentes
A Noviça Rebelde
Os Delírios de Consumo de Becky Bloom
Desejo e Reparação (um filme marcante)
Desmundo
Barbie, em a Princesa e a Plebeia (sim!!! Adoro esses filmes!kkkkkkkkk...)
O Nome da Rosa
A Pequena Sereia (nem me fale!kkkkkk...)
Como Perder Um Homem em 10 Dias
A Rosa Negra
A Inquilina (esperava mais deste filme)
Morando com o Inimigo 
A Culpa é das Estrelas (lindo, lindo!!! Amei!!)
A Clínica (e pensar que existem coisas assim na vida real...)
Instinto Secreto
Os Segredos da Cabana
Força Aérea 1
Uma Garota Encantada
Encantada
Amigo Imaginário
Risco Duplo
A Última Casa
Teoria da Conspiração
Para Sempre Cinderela (já perdi a conta de quantas vezes vi este filme!rsrsrs...)
O Príncipe e Eu (Doce, romântico, divertido... simplesmente maravilhoso!)
Malévola
Mulher-Gato

Todas as séries que consegui ver:

Lei e Ordem: SVU - 2ª e 3ª temporadas (comecei a rever a série desde o princípio)
Gossip Girl - 4ª, 5ª e 6ª temporadas
Se Houver Amanhã
Outlander (todos os oito episódios que foram exibidos. A série continua ano que vem)
Once Upon a Time - 1ª e 2ª temporadas

Novelas que comecei a acompanhar este ano:

Sortilégio (39/95 capítulos)
Lo Que la Vida me Robó (106/197 capítulos)
Acorralada (14/187 capítulos)

Todas as três novelas são simplesmente lindas! Apaixonantes! Embora Lo Que la Vida me Robó seja minha preferida. :) 

Obs.: listas sujeitadas à alterações. Se eu conseguir assistir mais algum capítulo/filme ou ler mais algum livro este ano, acrescentarei.




Feliz Ano Novo, meus queridos! :D 

Que 2015 seja um ano maravilhoso para todos nós. Que possamos sonhar e conquistar. Ser feliz, amar, valorizar o que mais importa. Estarmos perto daqueles que nos são especiais. Que venhamos a concluir projetos que começamos nos anos anteriores. E iniciar planos novos. Que seja um ano de luz! Que venhamos a aproveitar cada instante desse ano que está prestes a começar... Que vivamos! E que jamais deixemos a criança que ainda carregamos dentro de nós, para trás. 

Felicidades!!! E muito amor!!!!!!!!

26 de dezembro de 2014

Um Perfeito Cavalheiro - Julia Quinn

(Título Original: An Offer from a Gentleman
Tradutora: Cássia Zanon
Editora: Arqueiro
Edição de: 2014)


Série Os Bridgertons 3/8

Sophie sempre quis ir a um evento da sociedade londrina. Mas esse parece um sonho impossível. Apesar de ser filha de um conde, ela é fruto de uma relação ilegítima e foi relegada ao papel de criada pela madrasta assim que o pai morreu.

Uma noite, porém, ela consegue entrar às escondidas no aguardado baile de máscaras de Lady Bridgerton. Lá, conhece o charmoso Benedict, filho da anfitriã, e se sente parte da realeza. No mesmo instante, uma faísca se acende entre eles. 

Infelizmente, o encantamento tem hora para acabar. À meia-noite, Sophie tem que sair correndo da festa e não revela sua identidade a Benedict. No dia  seguinte, enquanto ele procura sua dama misteriosa por toda a cidade, Sophie é expulsa de casa pela madrasta e precisa deixar Londres.

O destino faz com que os dois só se reencontrem três anos depois. Benedict a salva das garras de um bêbado violento, mas, para decepção de Sophie, não a reconhece nos trajes de criada. No entanto, logo se apaixona por ela de novo. [...]

Agora os dois precisarão lutar contra o que sentem um pelo outro ou reconsiderar as próprias crenças para terem a chance de viver um amor de conto de fadas.


Palavras de uma leitora...


Os sonhos, às vezes, podem simplesmente se realizar...


- Sophie não conseguia se recordar de um único momento de sua vida em que tenha sido amada. Mas podia lembrar-se com clareza de quantas vezes sonhara em ser querida por alguém, sobretudo por um pai que jamais a reconheceu e preferia passar a maior parte do tempo ignorando a sua existência. 

Ela havia sido deixada na casa do pai quando tinha apenas três anos e, embora ele não a tivesse jogado na rua, nunca fora ou quisera ser um pai para ela. Desde muito nova ela conseguiu perceber que era filha daquele homem, mas nem quando estavam a sós, podia chamá-lo de pai ou sentir o calor de seus braços, ouvi-lo contar uma história antes dela dormir ou simplesmente dizer que a amava e sentia muito por ela ter nascido fora dos laços matrimoniais e ter que carregar o estigma de ser uma filha ilegítima. Nunca, jamais, ele lhe demonstrara qualquer carinho. Tudo que ela podia ver nele era um senso de responsabilidade que o forçara a inventar que ela era sua pupila e prover sua educação e sustento. 

Sophie tentava fingir que não se importava, mas, aos dez anos de idade, mal conseguiu conter a esperança e a alegria ao saber que seu pai se casaria e que, com a nova esposa, também viriam duas crianças. Em seu coração ela não pôde sufocar o desejo de finalmente ter uma família, uma mãe que a amasse, irmãs com quem pudesse brincar e, talvez, até mesmo um pai, já que se casando ele passaria mais tempo presente. Mas todas as suas esperanças foram cruelmente destruídas poucas horas depois, quando sua madrasta deixara mais do que claro que nunca seria uma mãe para ela e que a considerava pouco menos que um lixo. 

Com a morte do pai, quatro anos depois, a vida dela se tornara um inferno ainda pior, pois ela rapidamente deixou de ser a pupila do pai e passara a ser uma criada na casa de sua madrasta, que não perdia uma única oportunidade de humilhá-la e tentar apagar o brilho que ainda existia nos olhos de Sophie, por mias tênue que fosse. 

Com o coração em pedaços e a alma profundamente ferida por todos os golpes que recebera ao longo de sua infância, tudo que Sophie queria era deixar de sonhar, já que isso nunca a levara a lugar algum, exceto, é claro, às lágrimas. Mas, quando o baile mais esperado e cobiçado é anunciado, ela percebe, de repente, que os sonhos podem sim se realizar... nem que seja por uma noite

"Estava tão errada em querer uma noite apenas de magia e amor?"

Quando desejara com todo o seu coração poder ir àquele baile de máscaras, Sophie nunca imaginara que isso pudesse ser possível. Afinal de contas, ela era uma criada. E ainda que não o fosse, nunca seria aceita num ambiente como aquele, pois a sua ilegitimidade não era algo que a sociedade de bem estivesse disposta a perdoar. 

Mas quando a governanta da casa, juntamente com vários criados, conseguira para ela o mais perfeito vestido e, em poucos minutos, a transformara na princesa de conto de fadas que ela sempre ansiara ser, Sophie não pôde fazer outra coisa senão sorrir e sonhar... apenas mais uma vez. Por uma única noite.  

"Por algumas horas, pelo menos, Sophie poderia fingir que era possível que aquele cavalheiro fosse dela e que, daquele momento em diante, sua vida seria modificada para sempre. 

Não passava de um sonho, mas fazia muito tempo que ela se permitira sonhar pela última vez."

Ao chegar àquele baile, Sophie não sabia o que o destino lhe reservava... tudo que ela sabia é que, fosse o que fosse, ela aproveitaria a sua oportunidade. Aquela noite era dela. E era mágica. Ela podia sentir a magia em cada canto daquela casa, ainda mais intensa ao olhar para ele pela primeira vez... Ao ouvir sua voz. Ao vê-lo sorrir para ela como se ela fosse única. Especial. Sua. Para sempre. 

"- Venha - disse ele. - Dance comigo.
Ela deu um passo para a frente e ele soube que sua vida havia sido mudada para sempre."


Benedict fugia do casamento como o diabo foge da cruz. Não que ele tivesse algo contra os laços matrimoniais. Longe disso. Sua infância e o casamento de dois de seus irmãos eram provas mais do que suficiente de que era possível ser feliz ao lado de uma outra pessoa. Não era disso que ele tinha medo. Não era de dividir sua vida com alguém, ou estar "preso". Na verdade, não era sequer medo o que o fazia fugir, mas sim a necessidade de se casar por amor, por mais tolo que aquilo pudesse parecer. Mas ele apenas não podia se contentar com algo menos do que alguém que o completasse, que o fizesse sentir aquela alegria tão mágica que seus pais sentiram e que seus irmãos também sentiam. Ele queria ser feliz. Completo. Amado. E enquanto não encontrasse a mulher da sua vida, não se casaria. Ainda que para isso ele necessitasse fugir da própria mãe. 

"[...] a curiosidade foi mais forte e ele se virou. Nesse momento, viu uma mulher que devia ser a mais espetacular de todas em que já pousara os olhos.[...]

A beleza dela vinha de dentro.
Ela brilhava. Cintilava.
Era absolutamente radiante, e Benedict de repente se deu conta de que era porque parecia... feliz. Feliz por estar onde estava, feliz por ser quem era. 
Feliz de uma forma que Benedict não conseguia se lembrar de ter sido. [...]

Ao vê-la pela primeira vez, Benedict soube o que era se sentir perdido e ao mesmo tempo saber que finalmente se achara. Soube o que era sentir como se pelo seu mundo houvesse passado um furacão... e ao mesmo tempo sentir que tudo finalmente estava onde devia estar. Soube o que era sentir que... tudo parecia certo. Perfeito. E que aquela mulher tinha nascido para ele. Assim como ele nascera para ela. Era piegas? Talvez. Ridículo? Com certeza. Mas ele queria ser ridículo ao lado dela, para sempre. Porque o que ele não suportaria seria uma vida sem ela...

" - Esta noite eu estou transformada - sussurrou ela. - Amanhã, eu desaparecerei. 
Benedict a puxou para perto e deu um beijo breve e suave na sobrancelha dela. 
- Então teremos que fazer uma vida inteira caber nesta noite."

Ainda que sentisse em seu coração que ela lhe escaparia... que tinha aparecido em sua vida apenas para partir logo depois de roubar seu coração... ele não pôde deixar de sonhar. E acreditar que poderia tornar aquela noite eterna. Fazê-la durar por toda a sua vida. Só queria senti-la em seus braços. Dançar com ela, abraçá-la... apenas tê-la ali. Sua simples presença o fazia sentir-se vivo. Será que era pedir demais que a noite nunca acabasse? 

"E, o tempo todo, seus olhos permaneceram presos aos dele.
- O que está sentindo? - quis saber Benedict.
- Tudo! - retrucou ela, com uma risada.
- E o que está ouvindo?
- A música - Sophie arregalou os olhos de empolgação. - Estou escutando a música de uma forma que nunca tinha experimentado antes.
Ele puxou-a mais um pouco e o espaço entre os dois diminuiu vários centímetros. 
- O que está vendo? - indagou.
Sophie tropeçou, mas não tirou os olhos dos dele em nenhum momento.
- Minha alma - sussurrou. - Estou vendo minha alma."

Mas a noite chegou ao seu fim. E, à meia-noite, ela partiu. Levando com ela o seu coração. E o deixando mais só como ele jamais se sentira em toda a sua vida. Mas nem mesmo o passar dos anos foi capaz de apagar as lembranças dos momentos que passaram juntos... e nem destruir sua esperança de um dia voltar a vê-la. Porque ele sabia que esse momento chegaria... e jamais se casaria com uma mulher que não fosse ela. Ainda que sua mente não registrasse tal decisão, seu coração já sabia

"- Acho que vou beijá-la - murmurou ele.
- Acha?
- Acho que preciso beijá-la - acrescentou Benedict, parecendo não acreditar direito nas próprias palavras. - É como respirar. Não há muita escolha."

"Ele tocou o queixo dela.
- Deixe-me ser o seu leme."

- Será que eu ainda sou capaz de falar? Pensar? Fazer qualquer coisa que não seja sentir e respirar esta história? Faz várias horas que terminei a leitura deste livro, mas ainda sinto, vivo e respiro cada momento como se ainda o estivesse lendo... como se fizesse parte dele. Não quero que este sentimento passe. Quero que permaneça para sempre. Me impossibilita de fazer qualquer outra cosia, mas é um sentimento delicioso... mágico. Muito mais do que único. É algo que me arrebata e me faz sorrir ao mesmo tempo que sinto as lágrimas escorrerem. Lágrimas de puro amor por esta história. Lágrimas de pura felicidade por ter tido o privilégio de conhecer a Sophie e o Benedict, a história deles e este amor que eu pude sentir ao virar de cada página... ao presenciar uma simples troca de olhar. Um sorriso. Um leve beijo. Um abraço. Não houve um só instante, em que eu não pudesse até mesmo tocar no amor que eles sentiam. Sim. A magia presente nesta história é tão especial que eu pude realmente sentir que estava lá... eu pude vê-los... e sentir que aquele amor era tão grande ao ponto de ser palpável. Talvez eu esteja um tanto louca. Mas estou simplesmente amando cada instante de loucura. Suspiros...

"Ele a amava. Não sabia como acontecera, só que era verdade."

- Não sei nem por onde começar... E não creio que pelo início seria suficiente. Nem pela metade, ou pelo fim. Nem mesmo pelo felizes para sempre que existe em todos os contos de fadas. Simplesmente não há como começar. Ou o que dizer. Nunca brinco quando digo que não importa o que eu fale sobre um livro especial, jamais conseguirei expressar nem sequer um pedacinho de tudo que sinto, de tudo que a história representa. Sempre falo isso com toda sinceridade. Porque é simplesmente impossível colocar em palavras tanta... magia. É algo que apenas podemos sentir. Nada mais. 

- Será que alguém aqui sabe o quanto eu amo os contos de fadas? Não?! Pois bem. Eu sou simplesmente apaixonada por aqueles contos que nós ouvimos quando crianças! E não tenho a mais leve vergonha de admitir isso. São surreais? Fantasias? Ilusões? Sim. Eu sei de tudo isso. Mas a realidade eu já vejo no dia a dia. E até mesmo quando leio livros como No Escuro, Identidade Roubada, Confie em Mim, Não Conte a Ninguém, etc, etc, etc... Vejo a realidade clara, ou melhor obscura, ao ler estas histórias. E, sinceramente, em muitos momentos eu não quero a realidade. Quero a fantasia. A ilusão de ler uma linda história de amor. Com todo aquele sentimento, e magia, tão típicos dos contos que eu tantas vezes li e assisti em filmes quando criança. Não é à toa que a série Once Upon a Time ganhou meu coração. E não é à toa também que eu sempre fico com os olhos grudados na TV quando tenho a oportunidade de assistir um filme inspirado nessas histórias. Eu as amo. Demais. Mas não há conto que eu ame mais do que o da Cinderela. Não sei explicar meus motivos. Simplesmente é a história que sempre me fascinou. Aquela mais querida, sabe. Por esse motivo, fiquei mais do que louca para ler Um Perfeito Cavalheiro. Uma história inspirada no conto da Cinderela. Escrita pela Julia Quinn. Não necessito dizer mais nada!rsrs...

"Ele não precisava sequer vê-la ou ouvir sua voz, ou mesmo sentir seu perfume. Só precisava saber que ela estava lá."

- Amar esse casal foi fácil. Natural. Creio que os amei desde o princípio. Os dois simplesmente invadiram meu coração e decidiram ficar. Sophie era a menina que eu quis proteger e por quem eu sentia as lágrimas arderem em meus olhos. A vida dela era tão terrível, tão dolorosa que em nenhum momento eu pude ficar indiferente. Vê-la sonhar com uma mãe, com um pai... com a família que qualquer criança deseja e merece ter, partiu meu coração em vários pedaços. Porque eu sabia que ela não teria isso. Eu sabia que ela seria desprezada e maltratada dentro de sua própria casa. Eu só não sabia que o ódio que eu sentiria pela madrasta dela seria tão intenso. Em muitos momentos eu me peguei lhe desejando uma morte bem lenta e dolorosa... o mais dolorosa possível. Não existia um pingo de instinto maternal dentro daquela víbora. Ela era a maldade em pessoa. Alguém que eu diria que sequer possuía um coração. Em suas veias com certeza não corria sangue. Na minha opinião, ela era uma vilã perfeita. E por isso com passagem só de ida para os quintos de todos os infernos! Eu quis arrancar a Sophie daquela casa, de um ambiente tão cruel e carente de amor. Vê-la sofrer realmente me doeu muito e me senti aliviada no momento em que a bruxa a expulsou de casa. Qualquer lugar, seria melhor do que aquele. E eu sabia, é claro (risos), que ela logo, logo, reencontraria o seu príncipe, digo, Benedict.rsrs...

"- Eu posso viver com você me odiando - disse ele em direção à porta fechada. - Só não posso viver sem você."

- Amar o Benedict também foi fácil... e inevitável. Mas no caso dele, eu tinha reservas. Muitas reservas! Eu já conhecia a história, de certa maneira. Não só por ela ser inspirada no conto da Cinderela, mas também porque uma amiga muito querida já tinha lido o livro e compartilhado seus sentimentos por ele comigo. Nós duas costumamos ter o gosto muito parecido quando se trata dos mocinhos das histórias que lemos. É muito, muito raro não pensarmos parecido sobre um mocinho. Só no que se refere às mocinhas, é que certas vezes discordarmos.rs Então, quando ela me falou sobre o que sentiu pelo Benedict, eu tive quase certeza que o odiaria. Pois se eu o visse como ela viu, eu o desprezaria com todas as minhas forças. Ela não chegou a odiá-lo. Apenas ficou muito decepcionada com ele e não conseguiu aceitar certas atitudes dele. Mas eu... se o visse como ela viu, simplesmente o odiaria. Por ele destruir meu conto preferido, por não ser digno de ser mocinho de uma história assim. Eu comecei a leitura disposta a odiá-lo... mais do que preparada para isso. Mas li o início... e ali, ele já havia me conquistado. Completa e irremediavelmente. Por mais que as reservas tenham permanecido e eu ficasse esperando que ele me decepcionasse, bem no fundo do meu coração eu já sabia que isso não aconteceria...

"Eu quero... - A voz dele virou um sussurro, e seus olhos pareceram vagamente surpresos, como se ele não conseguisse acreditar nas próprias palavras. - Eu quero o seu futuro. Cada pedacinho seu."

- Eu acredito que se eu tivesse lido esta história num momento diferente (não durante a época do Natal. Sensibilizada, contagiada por esse momento), talvez tivesse sentido raiva do Benedict por algumas coisas. Raiva sim, ódio nunca. Nada disso aconteceu durante a leitura. Não houve um só instante em que eu tenha sentido sequer raiva dele. Eu compreendi cada um dos seus pensamentos e atitudes. Ele comete erros? Claro que sim. Como todos nós. Como qualquer ser humano. Só que mais do que errar, ele sabia se arrepender de seus erros e tentar ser melhor. Não por ele mesmo. Não por sua consciência. Mas... por ela. Pela mulher que ele amava. Pela mulher para a qual ele tinha nascido. Vê-lo tentando acertar, vê-lo lutando contra a vida para a qual tinha sido educado, vendo-o disposto a romper com o que conhecia e mergulhar numa vida que seria cruel com ele também, me tocou profundamente. Me emocionou demais. Eu vi verdade no Benedict. Desde quando ele a viu pela primeira vez. Ele passou pouco tempo com ela. Menos de duas horas. Mas ele não foi o único a sentir que era como se eles sempre se conhecessem. Como se sempre tivessem feito parte um da vida do outro. Eu percebi isso. E pude entender perfeitamente o seu desespero para reencontrar a sua dama misteriosa. Alguém que ele sequer sabia como se chamava. Alguém que ele não tinha sequer visto o rosto por completo. Sim. Era um baile de máscaras e ela estava usando uma meia máscara que não o deixava sequer saber a cor dos seus olhos. Além da iluminação dificultar tudo, a própria máscara o impedia de enxergar o rosto da mulher que mexera com seu coração. Da sua mulher. E, sinceramente, isso foi ainda mais lindo para mim. Ele não se apaixonou por sua beleza. Ele se apaixonou por ela. Pela pessoa que ele sentiu antes mesmo de ver. Pela mulher que ele conheceu antes de conhecer, entendem? E depois... quando a reencontra dois anos depois (não três como a sinopse diz e sim dois), ele se apaixona por ela de novo. Sem saber quem ela era. Quando tudo o que sabia sobre ela era que ela era uma criada e, por esse motivo, proibida, inalcançável. Inadequada. Só que o coração não liga a mínima para esses detalhes, para obstáculo algum.rs... E de repente, ele se viu dividido. Entre Sophie e a dama misteriosa. Entre a criada e a mulher do baile de máscaras. Ele se apaixona por ela duas vezes. Quando ela é as duas coisas. Perdi a conta de quantas vezes eu suspirei e sorri como uma boba por causa disso. Do fato de ele sempre tê-la amado. Independente de quem ela fosse. Quando percebeu que a amava, gente.... Ele passou por um momento muito doloroso, que nós só conhecemos mais profundamente depois. Ele soube que teria que fazer uma escolha. Sophie... ou a mulher do baile? Sabia que não podia ter as duas, e o deixava muito confuso amar duas mulheres quando ele sempre acreditara que só existia um alguém que completasse uma outra pessoa.rsrs... O Benedict é simplesmente perfeito! Lindo, maravilhoso, terno e dedicado como poucos mocinhos. É uma espécie ameaçada de extinção.kkkkkkkkkk.... 

Enfim... Para mim, os erros dele apenas completaram a história. Porque lhe deram a chance de tentar consertá-los. E até mesmo de se colocar no lugar dela e sentir o que ela sentia. E me permitiu acompanhar tudo isso. Foi lindo. Foi impressionante... único. Eu queria recomeçar a leitura toda de novo. Reviver tudo. Cada momento. E estou pensando seriamente em fazer isso ainda este ano.kkkkkkkkk... 

- Esta história é mais do que digna de cinco estrelas. Na verdade, cinco estrelas é pouco. Totalmente insuficiente. Além da história em si ser incrível e completa, com protagonistas maravilhosos, também possui coadjuvantes inesquecíveis, como a mãe do Benedict, por exemplo, que neste livro, mais do que nos outros dois, nos mostrou seu interior, a pessoa maravilhosa que é e que merecia seu próprio livro. Eu iria amar se a Julia Quinn voltasse ao passado da família Bridgerton e escrevesse a história da Violet e do marido. Eles mereciam sua própria história. 

"Precisava senti-la, garantir a si mesmo que ela estava ali, que sempre estaria ali. Com ele, a seu lado, até que a morte os separasse. Era estranho, mas ele foi tomado por uma forte compulsão de abraçá-la... só abraçá-la."




Os Bridgertons

1- O Duque e Eu (Daphne e Simon)
2- O Visconde que me Amava (Anthony e Kate)
3- Um Perfeito Cavalheiro (Benedict e Sophie)
4- Os Segredos de Colin Bridgerton
5- Para Sir Philip, com Amor
6- O Conde Enfeitiçado
7- Um Beijo Inesquecível
8- A Caminho do Altar

Obs.: Os títulos dos livros ainda não publicados no Brasil (eu creio que do 5º ao 8º) são provisórios. 

22 de dezembro de 2014

Feliz Natal!



- Nos dias 24 e 25 eu não poderei aparecer aqui, mas não poderia deixar de lhes desejar um Natal lindo, abençoado por Deus! :) Recheado de amor, paz, saúde, felicidade! De tudo que realmente é importante

Para mim, o Natal é uma das festas mais lindas e especiais. É uma data muito importante. Que sempre me faz chorar, me emociona... me toca o coração de uma maneira que nunca consegui explicar. É um momento para estar com aqueles que mais amamos... para demonstrar a eles o nosso amor, o quanto eles significam para nós e o quanto sentiríamos sua falta se em algum momento a vida tratasse de já não permitir mais que eles fizessem parte da nossa vida. 

Tudo neste mundo, infelizmente, é passageiro. Por isso, devemos valorizar quem amamos todos os dias. Abraçá-los, beijá-los, dizer "eu te amo" sem medo. Acredite, dói demais quando deixamos momentos tão importantes passar sem dizer o que gostaríamos de ter dito. Eu sei o quanto dói. Devemos demonstrar nosso amor pelas pessoas que nos são queridas não apenas no Natal, mas sempre. 

Desejo que neste Natal, todos nós possamos estar com as pessoas que amamos... vivendo essa data de amor, essa data de magia e cumplicidade. E que não esqueçamos de convidar para a nossa festa o aniversariante... Aquele que um dia nasceu e morreu por nós. Para que pudéssemos ter o privilégio de viver. E amar. 

Feliz Natal!!! 

Deixo para vocês a música O Privilégio de Amar, porque para mim é uma música inspiradora. Que sempre me encanta ouvir. 

"O mais importante são os sentimentos... e o que não se pode comprar..."




15 de dezembro de 2014

Tudo por Amor - Judith McNaught


2º Livro da Série Segundas Oportunidades

Julie é uma menina que perdeu os pais e vivia num orfanato até que uma família decide adotá-la. Porém, ela acredita que não merece, por ser essa uma família de moldes perfeitos, coisa que Julie não acreditava ser. Por isso, durante toda sua vida se esforçou ao máximo para ser perfeita e se encaixar entre eles. 

Zack nasceu entre os privilegiados, porém num momento de sua vida, sua avó decide expulsá-lo de casa e se esquecer que ele existe. Ele porém, consegue seguir adiante como ator e diretor de Hollywood, mas a morte de sua mulher em um estranho acidente durante a rodagem de um filme, o torna um presidiário. Zack decide fugir para tentar provar sua inocência e no meio do caminho ele cruza com a doce Julie, tão diferente das falsas atrizes com as quais estava acostumado.


Palavras de uma leitora...


"O que o derreteu não foram as palavras de Julie, e sim sua maneira de olhá-lo... a admiração que havia em seus olhos, em seu tom de voz. Depois do julgamento humilhante e dos desumanizantes efeitos da cadeia, já era alentador que o considerasse um ser humano em vez de um monstro. Mas que Julie o olhasse como se fosse um ser valente, decente e valioso, foi o presente mais precioso que já havia ganho em sua vida."


- Se existia algo que Zack conhecesse bem nesta vida era a dor da perda e da traição. Sabia bem o que era ser golpeado e perder aquilo que lhe era mais importante. Ainda bem jovem perdeu o irmão que amava, o lar e a vida que conhecia, e os irmãos que lhe restavam. Além, é claro, de perder uma avó que nunca lhe demonstrou nenhum afeto, mas que ele amava e admirava. E de quem não estava preparado para receber tamanho desprezo e rejeição. Embora ele soubesse que aquela mulher jamais seria capaz de amá-lo, e de dar a ele o carinho que ele tanto necessitava, foi um golpe terrível vê-la olhá-lo com todo aquele ódio, antes de expulsá-lo de sua casa e de sua vida... deixando-o por conta própria, isolando-o e tirando dele até a oportunidade de construir uma vida digna naquela cidade. Porque a influência dela era tão grande que ela poderia destruir qualquer pessoa ali que estivesse disposta a ajudá-lo, até oferecendo-lhe um abrigo ou um emprego. Ela o queria longe dali e para isso estava disposta a prejudicar quem tivesse que prejudicar. Ela deixou mais do que claro que jamais gostaria de vê-lo em sua frente ou ouvir falar seu nome. E embora a dor que o invadiu tenha sido grande demais, ele saiu de sua vida de cabeça erguida. Disposto a recomeçar em outro lugar. Sem jamais olhar para trás. Porque aquela vida já não existia mais. Sua avó e os irmãos que lhe viraram as costas... estavam mortos e enterrados para ele. E assim deveriam ficar. 

Com a ajuda de um desconhecido, Zack viajou para Los Angeles, onde começou com trabalhos humildes, que apenas abriram uma porta para o seu sucesso. Não demorou para que percebessem seu talento e seu valor e apostassem nele... num ator que se tornou brilhante, construiu uma carreira de sucesso e foi além, tornando-se diretor de filmes sensacionais, que o tornaram mundialmente conhecido... mas, ao confiar novamente na pessoa errada... ao abrigar em seu coração a esperança de ter de volta um sonho que ainda não havia morrido... tudo que ele construiu, toda a vida que ele tanto batalhou para ter, foi destruída. E, de repente, ele se viu numa maldita prisão, condenado por um crime que não cometeu, e onde deveria permanecer por mais de quarenta anos de sua vida... 

Só que desistir não fazia parte do seu caráter. Não era algo que ele pudesse aceitar. Sabia que tudo estava contra ele e que estaria arriscando a própria vida ao fugir daquele inferno... mas que vida ele possuía? Como alguém poderia ter uma vida naquele lugar? Se perdesse, poderia ao menos saber que tinha tentado... que não tinha perdido sem lutar. E então, com a ajuda de alguém que acreditou nele e ofereceu a sua amizade num momento em que ele tinha fechado seu coração para qualquer sentimento e preferia manter as pessoas o mais longe possível, ele escapou... Cogitando diversas possibilidades... imaginando que poderia ser preso ou assassinado a qualquer momento... Mas se havia algo que jamais tinha passado pela sua cabeça... é que tal fuga colocaria em seu caminho Julie Mathison e os sonhos que ele tanto tinha tentado sufocar... Não estava disposto a acreditar de novo. Não queria mais amar porque a dor que tal sentimento provocava era forte demais. Só que assim como a vida não lhe deu ouvidos ao destruir tudo o que ele tinha... também não estava disposta a levar em conta o seu querer agora que estava pronta para devolver-lhe tudo o que lhe roubou...

"Tinha conseguido uma vida perfeita. Só que algumas vezes, de noite e quando estava só, não podia evitar a sensação de que tudo isso não era perfeito. Havia algo falso, faltava algo, ou existia algo que estava errado. Tinha a sensação de que havia inventado um papel que devia interpretar, e não estava segura do que devia fazer no futuro."

- Ela havia recebido uma segunda oportunidade em sua vida... no momento em que aquela psicóloga enxergou dentro dela algo que ninguém, nem ela mesma, conseguia ver. Aquela mulher, que era uma completa estranha para ela e nenhuma obrigação tinha de ajudá-la, conseguiu para Julie o lar que seu coração tanto pedira, tanto ansiara ter... e não acreditava mais que um tinha fosse possuir. Foi como se um sonho estivesse se realizando e, mesmo temendo que a qualquer momento fosse acordar e estar de volta a uma vida que a sufocava, ela agarrou aquela oportunidade com toda a sua força e jurou, para si mesma e para Deus, que valorizaria a sua chance e seria para aquela família, a filha e a irmã perfeita. E assim, os anos se passaram. Ela se tornou uma mulher, mas jamais esqueceu a sua promessa. Uma promessa que a libertou de uma vida terrível, mas também a condenou... a condenou a sempre buscar uma perfeição que ser humano algum seria capaz de encontrar. A condenou a uma vida incompleta, sufocada por um desejo cada vez mais forte de ser um exemplo, de ser motivo de orgulho para seus pais, seus irmãos, seus alunos, vizinhos e qualquer pessoa que encontrasse em sua vida. Ela exigia demais de si mesma e, no fundo, sabia que aquilo não era suficiente. Não era bom. Porque lhe faltava algo... porque havia um vazio... e enquanto seguisse atrás da perfeição, aquele vazio jamais seria preenchido. 

E, quando a vida coloca em seu caminho Zack Benedict, um fugitivo condenado por assassinato, que durante a sua fuga a transformou em refém.... Julie de repente se vê diante de mais uma oportunidade... uma chance que nunca teria de volta. Ela teria que fazer uma escolha. Seguir sendo perfeita... ou abrir seu coração para o amor. Possuir as duas coisas... não era uma possibilidade. 

Qual será a sua escolha? E... quando tudo começa errado... quais são as chances de terminar bem? Existirá um futuro para duas pessoas tão diferentes e tão marcadas por uma vida que segue jogando com elas? 

"Compreender que era possível que Julie tivesse razão foi uma bofetada para Zack, que agarrou os braços dela com mais força.
— Julie...
— Dediquei os últimos quinze anos de minha vida tentando ser perfeita — soluçou ela, lutando para liberar-se dele. — Me tornei professora para que pudessem estar orgulhosos de mim. Vou... vou à igreja e ensino na escola dominical. Depois disto não me deixarão voltar a ensinar em nenhuma parte...
De repente Zack não pôde seguir suportando o peso da dor de Julie, nem a consciência de sua própria culpabilidade.
— Não chore mais, por favor! — sussurrou, tomando-a em seus braços. Pegou a cabeça dela entre suas mãos e a apertou contra seu peito. — Eu entendo, e lamento. Quando tudo isto terminar, os obrigarei a ver a verdade.
— Diz que entende? — repetiu ela com amargo desprezo, olhando-o com o rosto acusador empapado de lágrimas. — Como alguém como você vai entender o que eu sinto?
Alguém como ele. Um monstro como ele.
— Ah, mas eu entendo! — ladrou ele, afastando-a de si e sacudindo-a até que a obrigou a olhá-lo. — Compreendo exatamente o que se sente quando alguém é desprezado por algo que não fez!
Julie conteve seus protestos pela rudeza com que ele a tratava, ao registrar a fúria de seu rosto e a dor que havia em seus olhos. Zack cravava os dedos nos seus braços e sua voz vibrava de emoção.
— Eu não matei ninguém! Ouviu? Minta e diga que acredita! Só te peço que diga isso! Quero ouvir alguém dizendo!
Depois de experimentar em pequena medida o que ele devia sentir se fosse realmente inocente, Julie se encolheu interiormente ao pensar no que esse homem podia estar sentindo. Se era inocente... Tragou com força e estudou com os olhos molhados o rosto de Zack. Então expressou em voz alta seus pensamentos.
— Eu acredito! — sussurrou enquanto novas lágrimas começavam a correr por suas bochechas. — Juro que acredito!"

- Não é novidade para ninguém que é sempre muito complicado para mim falar de um livro especial. É algo que já repeti um sem-número de vezes.rsrs... E Tudo por Amor é especial. Afinal de contas, o Zack é o protagonista da história. Um mocinho único que desde o princípio eu senti vontade de pegar no colo e cuidar. Alguém que foi traído e abandonado pela família que amava... e que, mais tarde, ao permitir que seu coração se abrisse de novo, foi traído por uma esposa que apenas o usou para conseguir o que queria. E que, como se não bastasse esquecer as promessas que lhe fez e os sonhos que alimentou dentro dele, ainda teve a coragem de traí-lo e humilhá-lo publicamente. Foi um segundo golpe terrível para o Zack, que por fora sempre tentou ser alguém forte, arrogante e insensível... que construiu essa capa para proteger um coração que ainda possuía feridas abertas. Foi difícil para ele encarar aquela situação, só que pior do que tudo isso foi ver a esposa morrer em sua frente, durante as gravações das cenas finais de seu novo filme, e ser julgado e condenado por esse crime. Um crime que ele não cometeu, mas que um júri decidiu que sim. A única pessoa que acreditou em sua inocência foi seu amigo Matt. Nenhuma das outras pessoas que o conheciam há anos e supostamente o admiravam, confiou nele. Nem seus advogados acreditavam nele. E assim ele perdeu cinco anos de sua vida numa prisão terrível, onde todos acreditavam que ele deveria ficar para sempre. Esquecido. Enjaulado como um animal. 

Foi muito difícil para mim acompanhar o sofrimento do Zack sem poder fazer nada para livrá-lo daquela situação. Logo quando a avó o expulsou de casa, eu senti um aperto no coração pelo menino que sofria, mas que fazia de tudo para esconder isso das outras pessoas... para esconder sua dor até de si mesmo. E quando ele acreditou na Rachel, quando apostou num relacionamento com ela... quando acreditou em suas promessas e pôde sonhar com os filhos que teriam, eu voltei a sentir aquele mesmo aperto... porque sabia que era tudo falso, que aquela mulher era falsa e apenas o faria sofrer de novo. Como se tudo o que ele passou já não fosse o suficiente. Vê-lo naquela prisão também foi desesperador e pude respirar com mais tranquilidade no momento em que ele conseguiu escapar... e quando aquela jovem, que já havia conquistado meu coração também, apareceu em seu caminho, eu pude começar a sorrir e ter esperanças... 

"— Zack? — disse ela de repente. — A próxima vez que uma mulher disser alguma dessas coisas, a aconselhe para que o olhe de perto. — Levantou os olhos para olhá-lo. — Se fizer isso, acredito que verá uma estranha nobreza e uma extraordinária doçura.
Completamente surpreso, Zack descruzou os braços e sentiu que seu coração dava um salto, como cada vez que ela o contemplava dessa maneira.
— O que não quer dizer que não ache que seja autocrático, ditatorial e arrogante, como entenderá — adicionou Julie, reprimindo uma gargalhada.
— Mas mesmo assim, você gosta de mim — brincou ele, enquanto passava o dorso da mão pela bochecha dela, desarmado e aliviado. — Apesar de tudo isso.
— Pode adicionar "vaidoso" à lista — disse ela enquanto ele a abraçava.
— Julie — sussurrou, inclinando a cabeça para beijá-la —, cale a boca!
— E determinante também! — declarou ela contra os lábios dele. Zack começou a rir. Julie era a única mulher que o deixava com vontade de rir enquanto a beijava.
— Me lembre de nunca mais me aproximar de uma mulher com seu tipo de vocabulário! — disse Zack. Percorreu com a língua a forma da orelha de Julie e ela estremeceu, agarrando-se a ele enquanto adicionava outra palavra à definição sumária de seu caráter.
— E incrivelmente sensual... e muito, muito sexual...
— Por outro lado — corrigiu ele, lhe beijando a nuca —, não existe substituta para uma mulher inteligente e de grande discernimento."

- Não posso reler esse trecho sem começar a rir de novo.rsrs... Se eu já não amasse a Julie pela pessoa maravilhosa que ela era, a teria amado por ter derrubado as defesas dele e ter lhe devolvido a capacidade de sorrir... por tê-lo feito voltar a demonstrar afeto e estar disposto a receber o carinho, a ternura que ela tão naturalmente lhe dava. Eu me divertia muito vendo os dois juntos. Tanto quando eles brigavam quanto nos momentos em que ela o contagiava com seu bom humor e seus sorrisos. Eles tinham começado como captor e refém, mas não demorou muito para que se deixassem levar pelos sentimentos tumultuantes que um provocava dentro do outro. Até mesmo quando a ameaçava, ele sentia dentro dele algo diferente... que não conseguia explicar, mas que definitivamente não queria sentir.rs E até mesmo quando aproveitava todas as oportunidades para tentar escapar dele e acreditava que a cadeia era o seu lugar, Julie sentia algo forte em seu coração... uma sensação estranha. E quando ele suplicou para que ela o ajudasse, ela não pôde lutar contra os sentimentos que tais palavras e o desespero em sua voz provocaram dentro dela. 

"— Tem a distinção, Julie, de ser a única mulher que conseguiu me fazer sentir como que dançando em uma maldita corda guiada por seu dedo.
Julie mordeu o lábio inferior para não sorrir, porque pareceu maravilhoso e significativo isso de afetá-lo de uma maneira distinta de todas as demais mulheres. Embora ele não gostasse.
— Sinto... muito — disse por fim com total falta de honestidade.
— Muito! — retrucou ele, mas a tensão tinha desaparecido de sua voz. — Está fazendo todo o possível para não rir.
Julie levantou seu dedo indicador e o inspecionou com cuidado.
— Me parece um dedo comum — brincou.
— Não há absolutamente nada comum em você, senhorita Mathison — respondeu ele entre irritado e divertido."

- Como conseguimos perceber desde o princípio que aquela relação teria que chegar ao fim em algum momento, uma vez que o Zack era um fugitivo e não poderia ficar naquele esconderijo por muito tempo, aproveitamos ainda mais intensamente cada momento deles juntos... rimos e choramos e ansiamos para que a separação não seja muito longa. Na verdade, ansiamos para que sequer haja separação. Queremos que eles fiquem juntos, que enfrentem tudo juntos... que ela não o deixe, ainda que ele a mande embora. 

"— Não vá! — suplicou ele com voz rouca. — Por favor!
Ante o tom desesperado de Zack, o coração de Julie se retorceu, mas seu orgulho ferido gritou que só uma tola, insensata e sem dignidade permitiria que ele se aproximasse depois do que tinha feito na noite anterior, e seguiu caminhando. Quando esticou o braço para pegar o trinco da porta traseira, a voz de Zack chegou até ela já muito perto. Estava afogada de emoção.
— Julie! Não, por favor! — A mão de Julie se negou a fazer o trinco girar, seus ombros começaram a ser sacudidos por violentos soluços e teve que apoiar a cabeça contra a porta, com a face banhada em lágrimas. A bolsa deslizou de suas mãos. Chorava de vergonha por sua falta de força de vontade, e por medo de um amor que não conseguia controlar. E enquanto chorava por si mesma, permitiu que ele a abraçasse e a apoiasse contra seu peito.
— Sinto muito — sussurrou Zack, enquanto fazia desesperados esforços por consolá-la, acariciando-lhe as costas, sustentando-a com força. — Peço que me perdoe! Por favor, me perdoe!"

- Estou em lágrimas de novo, acreditam?!kkkk... Oh, Deus! Eu amei esta história, gente. Amei o Zack logo que o conheci. Ele invadiu meu coração sem pedir licença. Quando eu dei por mim já estava completamente louca e envolvida por ele. Amei a criança que a Julie foi. Aquela menina perdida que suplicava em silêncio por socorro. Ela era tão orgulhosa, mas também tão frágil. Eu me deixei levar pelo desejo de protegê-la. E quando ela cresceu, admirei a mulher que ela se tornou, ainda que soubesse que ela estava fazendo um grande mal para si mesma ao ir atrás de uma perfeição que jamais encontraria. Enfim... Eu acreditei nela, confiei nela mesmo sabendo que chegaria um momento em que ela me magoaria muito. Mas quando eu a via com o Zack, quando via o bem que ela lhe fazia e a maneira como o defendia, eu a amava ainda mais... e mais medo sentia, confesso. Mas falarei sobre a Julie um pouco mais logo, logo. Enfim... Eu me apaixonei perdidamente por este livro. Não só pelo Zack e pela história dele com a Julie, mas também por tudo que torna esta história tão linda e tão querida. Por todos os outros personagens que marcaram presença na história e que me divertiram e me encantaram, que também conquistaram espaço em meu coração. Como não amar a família linda que recebeu de braços abertos aquela criança tão assustada e ferida, tão necessitada de amor? Como não amar o Ted, irmão adotivo da Julie, apesar de seu temperamento difícil? Ao conhecer a história dele com a Katherine, melhor amiga da Julie, podemos ver um outro lado dele e entender o que o tornou tão amargo e difícil. E ao conhecer a Katherine melhor, também não podemos culpá-la. Eu cheguei à conclusão de que ambos erraram. Que os dois não estavam muito preparados para um casamento e que por isso aquela história chegou ao fim... ou ficou adormecida por um tempo.rsrs... Quanto mais os conhecemos, mais desejamos um recomeço para eles... uma segunda oportunidade. E como não amar também o Matt, a Meredict e a filhinha deles? Eles possuem sua própria história no livro Em Busca do Paraíso. Uma história que ainda não li, mas da qual eu pude sentir um gostinho através deste livro. O Matt é o melhor amigo do Zack, o único que esteve ao lado dele sempre, que jamais deixou de acreditar em sua inocência. Eu tive algumas reservas com o Matt no princípio. No que se refere à amizade dele com o Zack, mas depois que fui conhecendo-o melhor, pude perceber que o Zack jamais teria um amigo tão leal, tão especial e completo. Enfim... E como não amar os alunos da Julie e aquelas mulheres que ela estava ensinando a ler? São poucos os personagens que odiamos nesta história. A maior parte deles enche de luz o livro, faz com que a história seja completa e muito mais do que maravilhosa. :)

"— Eu nunca dou uma segunda oportunidade a ninguém, Julie. Nunca.
— Mas...
— Para mim, todos eles morreram."

Mais que uma história de amor, esta é uma história de recomeço. De segundas oportunidades... dadas pela vida e para pessoas que magoaram, feriram quem os amava, mas ansiavam por uma segunda chance. Dentre essas pessoas que tiveram sua segunda chance, só o Zack realmente merecia, na minha opinião. Ele não tinha destruído o coração de ninguém. Não tinha virado as costas para alguém que o amava... mas a vida tinha lhe tirado muito e de repente resolveu lhe dar outra chance de correr atrás de sua felicidade. Não porque ele tenha desperdiçado a primeira chance, mas porque ele tinha o direito de recomeçar de novo após perder tudo. Para mim, só ele era realmente digno de tal oportunidade... mas eu compreendo a intenção da autora. Sei que ela quis restaurar relações rompidas, provocar um recomeço... trazer de volta o que tinha sido destruído. E não a culpo de maneira alguma pelo fato de eu não ter conseguido perdoar certos personagens e de ter terminado a leitura odiando-os. Como eu disse para minhas amigas, uma opinião por uma história e seus personagens é sempre muito subjetiva... dependente de muita coisa. Enfim...

- Corrigindo o que eu disse mais acima (rs), não foi só o Zack que mereceu uma segunda chance... Na verdade, dois outros personagens queridos também mereceram. Quando eu disse o que disse acima, estava pensando nos personagens que odiei. E sigo odiando.

- Como eu disse, amei esta história! Com todo o meu coração! Já é uma das minhas preferidas da autora e sempre será especial e inesquecível. E dei cinco estrelas ao livro sem sequer necessitar pensar duas vezes! Nada que tenha acontecido na história foi capaz de destruir ou manchar o meu amor por ela. Como eu falei com as minhas amigas também, a luz, a magia que o livro e quase todos os seus personagens possui, torna a sombra de um certo alguém algo totalmente insignificante. Porém, não posso deixar de falar disso...

... Não posso deixar de dizer que terminei a leitura odiando profundamente a Julie. Que ela conseguiu destruir o amor lindo que eu sentia por ela. Que ela me magoou como nenhum outro protagonista da autora tinha sido capaz de magoar. Lembram do Clayton, de Whitney, Meu Amor? Lembram de tudo que ele fez? Pois nem ele me feriu tanto. E no final das contas, ele conseguiu o meu amor. Uma mescla de amor-ódio. A Julie... para ela só restou o meu ódio. 

E talvez vocês queiram saber o motivo, certo? Como meus sentimentos por ela podem ter mudado desta maneira?! Revelar meus motivos seria dar spoiler e na realidade me sinto sem forças, gente. Sem forças para colocar em palavras novamente o ódio intenso que sinto por ela. Sem forças para falar mais uma vez de tudo que ela fez. Mas, para quem quiser saber, deixarei o spoiler abaixo. Durante a leitura e ao término dela, eu falei muito sobre o livro com as minhas amigas. E se querem saber exatamente o que penso da... minha "querida mocinha", basta lerem os trechos dos emails que estarão logo abaixo. 

 A PARTIR DAQUI, TERÁ SPOILER! SE NÃO QUISER SABER SEGREDOS DA HISTÓRIA, PARE DE LER IMEDIATAMENTE!!!!rs


Bem... Antes de colocar os trechos desses emails, vou dizer o que a Julie fez... ELA ENTREGOU O ZACK PARA A POLÍCIA!!!!!!!!!! A maldita desgraçada não só preferiu seguir sendo a pessoa "perfeita" que era, como também preferiu dar ouvidos a alguém que já tinha deixado claro o quanto desprezava o Zack. A maldita avó dele, filha de todas as pragas. Se ela tivesse feito apenas isso... se decidisse simplesmente não ir ao encontro dele... mas não. Ela tinha que fazer o que era certo, é claro. E participar de uma armadilha contra o Zack era a coisa certa a fazer, segundo o raciocínio dela. Eu sabia que ela iria traí-lo, mas não imaginava que as coisas seriam como foram. Que ela cederia tão fácil. Que ela duvidaria dele e o entregaria de bandeja tão rápido como fez. Ela preferiu acreditar nas palavras de alguém que ela nem conhecia e que, pior ainda, era uma pessoa que ELA SABIA que odiava o Zack!!!! E ainda por cima, ela própria cogitou uma outra possibilidade, gente. Não fui eu que gritei nada no ouvido dela não. Ela própria imaginou que poderia ter uma outra explicação para aqueles crimes. Ou seja, houve uma dúvida razoável. E como a senhorita perfeição decide condenar alguém quando ela própria tinha uma dúvida razoável sobre a autoria dos crimes?! Foi como se ela agisse como aquele júri agiu. Condenando-o quando não possuía provas suficientes da culpa dele. Ela o julgou, condenou e levou os policiais até ele para prendê-lo. O traiu como ninguém merece ser traído. Enfim... Sinceramente, gente. Não tenho condições de seguir falando sobre isso, porque ainda me magoa muito e porque odiar a Julie também me magoa. Só que é inevitável, sabe. Não sinto mais um pingo de amor por ela. Sinto um ódio que não pode ser medido.

Trechos de emails:

"A Julie amava o Zack realmente. Mas não o suficiente. Seu desejo de ser perfeita acabou falando mais alto que isso e após entregá-lo ela seguiu com sua vida. Rindo, saindo todo final de semana com o Paul, levando sua maldita vida normalmente, como se não o tivesse condenado por toda a vida! E não esqueci que ela queria que ele fosse internado para tratamento... mas o que nossa perfeita mocinha fez depois que o tempo passou e ele continuou preso, e ela sabia que provavelmente seguiria preso para sempre, sem nenhuma avaliação psiquiátrica? Ela não fez nada! Só no início, depois ela fingiu que nada daquilo estava se passando. Fingiu que ele não estava numa maldita prisão sem receber ajuda psiquiátrica alguma! E ainda me ferveu totalmente o sangue quando achou que a vida a estava golpeando e ainda sentiu raiva do Zack por tê-la envolvido naquilo. Pelo amor de Deus! Que ela deixasse de se fazer de vítima! Ele a envolveu no início, mas foi a desgraçada que fez a cabeça dos amigos dele e inventou uma mentira para voltar para a vida dele!!!!!! Ela não tinha nenhum direito de reclamar, pois ele a tirou de sua vida e ela quis entrar de novo! E a vida a estava golpeando droga nenhuma! Ela golpeou o Zack! Ela o condenou, destruiu sua vida! Cada vez que ela ria eu tinha vontade de agredi-la, sinceramente! A pobrezinha tinha que continuar vendo o Paul porque ele a fazia rir e se lembrar do Zack. E isso apenas me enfurecia mais! Além disso, ela também entrou em contato com a Meredict, após o Matt dizer a ela o que ela merecia ouvir para se fazer de pobre coitada com ela também. E depois se despediu como uma pobre coitada também. Ela não suportava que alguém a visse como uma víbora, não suportava que não gostassem mais dela. Ela ficava se defendendo o tempo inteiro. Em qual maldito momento ela realmente pensou no que ele estava sentindo naquele momento, em como eram os dias dele naquela prisão? Ela preferiu voltar para sua vida perfeita e pensar apenas no que ela estava sentindo, no quanto ela estava sofrendo. Não consigo compreender esse amor.

Amiga, quando ela ficou tentando obrigá-lo a perdoar a avó porque a havia perdoado, meu ódio por ela conseguiu se multiplicar. Ela sabia o que ele tinha passado, o quanto ele tinha sofrido. E no entanto quis impor a presença de todas aquelas pessoas, achando que ele tinha que ser compreensivo e perdoá-los. Pelo amor de Deus! O que aquela gente fez por ele em todos aqueles anos? Quando o procuraram, quando se importaram? Nunca! Apenas estavam ali para aliviar suas malditas consciências. Que ele os tenha perdoado, eu acho lindo. Sei que o nosso Zack era totalmente capaz disso. Que ele tem um coração lindo e que sempre quis fazer as pazes com sua família. Mas ninguém ali merecia, flor. São todos podres."

"Meu sentimento pela Julie é tão diferente do que sinto pelo Clayton que dói. :( Eu sofri com o sofrimento do Clayton. Eu quis protegê-lo dele mesmo. Sabia que o que ele tinha feito era imperdoável e ainda assim eu o perdoei. A Whitney era minha protegida, mas eu perdoei o Clayton após ele machucá-la daquela maneira terrível. E quis que ela o perdoasse. Me incomodei muito quando falaram mal dele naquele grupo. Fiquei furiosa com certas coisas que disseram sobre ele. Mas com a Julie... se qualquer pessoa vier a falar mal dela um dia, eu não me importarei nada. Tudo que eu sentia por ela morreu... toda a admiração foi para o espaço. Eu sei que não a amo mais. Sinto um desprezo que é impossível de explicar, de medir... de superar. Ela sempre será inesquecível, mas por um motivo totalmente negativo: sempre lembrarei dela como a única protagonista da JM que eu realmente desprezo. "

"Eu penso que poderia ler o livro 100 vezes e ainda assim seguiria odiando essa coisa maldita! Sinto um ódio tão grande que você nem imagina, amiga! Eu quero que ela sofra muito, que fique no chão como o deixou. E ainda assim eu sei que não a perdoaria! Eu odeio essa p...!!!! Odeio, odeio, odeio!!!!!! Sempre vou odiá-la!"

"Aceito que o Zack tenha ficado com a Julie. Porque o amo tanto que só quero que ele seja feliz. E se somente ao lado dela isso é possível, então que assim seja. Só o que importa é que ele foi capaz de perdoá-la, de lhe dar uma segunda oportunidade (embora eu ache que ele ainda precisará lhe dar diversas oportunidades na vida... pois a "perfeita" Julie não aprendeu droga nenhuma com o que fez!) e recomeçar. Enfim...

 Não me surpreendi com o fato da "minha querida" vaca, digo, "mocinha" ter se aliado à avó dele. Já quase parecem amigas, as queridinhas. Não me surpreende porque elas têm muito em comum, sabe. Ambas são grandes traidoras. Especialistas em abandonar alguém que as ama e confia nelas. Então podem dar as mãos e sair andando!"

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