27 de abril de 2013

Um lançamento muito especial: A Colcha de Despedida - Susan Wiggs (Editora Harlequin)


A COLCHA DE DESPEDIDA
Susan Wiggs
ISBN: 978-85-398-0374-3
Formato: Pocket Longo 10,7 x 19,0 cm
Papel: OffSet 56g (branco)
Preço: R$ 15,90


TEMA: Dia das Mães

"Um romance que ressoa no coração das mães."
Debbie Macomber


A loja de tecidos preferida de Linda Davis é o lugar em que as mulheres se encontram para compartilhar suas criações: colchas de casamento, colchas para bebês, colchas de comemoração. Cada qual costurada com muitos sonhos, esperanças e suspiros. Agora, a única filha de Linda se prepara para entrar na faculdade, deixando-a confusa com tantas emoções. De um lado, a felicidade por Molly ter crescido. De outro, uma pontada de angústia por vê-la partir. Qual será o papel de Linda quando ela não for mais necessária como mãe? 

Ao viajarem juntas para fazer a mudança de Molly, Linda prepara uma colcha com os retalhos de roupas que ela guardou de sua menina. A barra do vestido de batizado, um enfeite de fantasia. Ao unir cada pedacinho, ela descobre que lembranças podem ser costuradas de modo a manter ambas, mãe e filha, com o coração aquecido por muito tempo...




- Eu me emocionei só lendo essa sinopse. Fico imaginando aqui os sentimentos das duas com essa separação... Na verdade, é algo que sequer posso imaginar. Que não quero nem imaginar.rsrs... Ainda vivo com a minha mãezinha e não posso sequer me imaginar saindo daqui e indo viver em outro lugar. Nós brigamos muitas vezes durante a semana (toda semana tem briga.rsrs...), mas nos amamos muito e basta alguém de fora magoar uma das duas para reagirmos como leoas. Eu posso brigar com a minha mãe. Os outros, não. E o mesmo passa pela cabeça dela.rsrs... Só ela pode brigar comigo.kkkkkkkkk... Mesmo quando estamos com muita raiva uma da outra, sabemos que se precisarmos de alguém para nos defender, de um colo para chorar, uma vai estar para a outra. Sempre fomos só nós três: minha mãe, minha irmã e eu. E faríamos qualquer coisa uma pela outra, mesmo nos momentos em que nos odiamos.rsrs... E sei que se eu saísse daqui, nenhuma de nós encararia isso muito bem. Eu provavelmente entraria em depressão.kkkkkk... Um dia me casarei e terei minha própria família, mas minha mãe irá comigo para onde eu for (coitado de quem eu escolher para ser meu marido.kkkkkkk...). Ela esteve comigo em muitos momentos nos quais precisei e fez tudo por mim. É minha vez de fazer tudo por ela. 

Estou com os olhos cheios de lágrimas já aqui.kkkkkkk... Tudo por causa da sinopse dessa história!rsrs... Ela mexeu com as minhas emoções. É uma história que eu com certeza lerei, pois já percebo o quanto ela é sensível e feita especialmente para um dia tão lindo como o Dia das Nossas Mamães. O que deve ser para uma mãe ver seu bebê, seu maior tesouro, saindo de casa? E o que deve ser para uma filha, ter que se afastar de seu refúgio, de seu porto seguro, daquela que sempre a protegeu, para lutar pelos sonhos, para construir seu próprio futuro? Posso apostar que não é uma situação fácil para nenhuma das duas. Nos separarmos de quem tanto amamos nunca é fácil. Até porque sempre vem a preocupação com a segurança dessa pessoa. Se ela está bem, se está comendo, se está sendo responsável, se está se cuidado, se sente só, se é bem tratada pelas outras pessoas... Deus! Se o fato da minha mãe ir a algum lugar e não voltar no horário que disse que voltaria já é motivo para eu me desesperar e ligar um milhão de vezes (um milhão de vezes é exagero, mas chega perto.kkkkkkk...)!!! Não quero nem imaginar como seria se tivéssemos que morar uma longe da outra. Seria um pesadelo. Por isso já me vejo aqui chorando ao ler esse livro. Sei que vou chorar. Será inevitável.kkkkk...

Um dos lançamentos da Harlequin que mais me chamou a atenção neste ano e que com certeza entrará para a minha lista de leituras urgentes. 

Quero muito conhecer a história de Linda e Molly e aprender grandes lições com elas. Será uma leitura diferente, mas já sei que inesquecível. Como eu sei? Da mesma forma que sabia antes de ler uma série que eu fiquei desesperada para ler: As Irmãs Keyes. Tem vezes que simplesmente sentimentos que vamos amar uma história. E geralmente quando sinto isso, realmente amo. E muito!


O livro já se encontra disponível no site da Harlequin. E para quem deseja comprá-lo nas bancas ou em ebook, eu tenho uma boa notícia. :) Não será necessário esperar muito. A Harlequin informou que o livro estará disponível (tanto nas bancas quanto no formato ebook) já no dia 29/04. Ou seja, segunda-feira!!!!!!!!! :D 

Gostaria de sentir um gostinho do livro antes? Você pode fazer isso lendo o primeiro capítulo do livro, que se encontra no link na lateral do blog. Vale a pena ler esse capítulo, gente! :) E como eu sei disso?!kkkkkkk... Porque eu já li esse primeiro capítulo! :D Não resisti.rsrsrs... 




20 de abril de 2013

Louca Paixão - Charlotte Lamb

(Título Original: Dark Fever
Editora: Harlequin
Tradutora: Maria Vianna
Edição: Tesouros Harlequin - 2012)


"Eu o desejo", pensava ela, mas no fundo estava arrasada...

Bianca estava aproveitando as primeiras férias após a morte de seu amado marido, três anos antes... Até conhecer Gil Marquez, o dono do hotel onde se hospedou. Ele despertou fortes sentimentos de desejo que nem ela sabia ser capaz de sentir. Então como poderia querer um homem com tal poder de sedução, e, ao mesmo tempo, ter certeza de que estava se apaixonando?


Palavras de uma leitora...


"Mas o tempo não é recuperável: ele flui em uma só direção, como um rio que segue sempre à frente, sem parar, e nunca se consegue nadar contra a corrente. É preciso se deixar levar."


- Grande verdade, não é? Mas ainda assim insistimos em lamentar pelo que se foi. Eu própria vivo fazendo isso. Vivo pensando em coisas que já passaram e sinto falta, saudade... Fecho os os olhos e desejo com todas as minhas forças voltar em algum momento do passado. Para revivê-lo nem que seja só mais uma vez. Mas é impossível voltar. O tempo, como o trecho acima diz, não é recuperável.

"- A vida é mudança, Bianca. Nós mudamos o tempo todo, a cada minuto, a cada dia, a cada ano, tão gradualmente que mal notamos. Quantas vezes você encontrou alguém que conheceu há dez anos e ficou espantada com o quanto a pessoa mudou?- Ele fez uma pausa e completou calmamente: - Você não pode combater o tempo ou a vida, Bianca. Não pode parar o relógio nem fazê-lo andar para trás."

- Infelizmente, a vida é assim. Mudar faz parte, mesmo que a gente não queira isso. E perder também é algo "normal", faz parte da vida. E é preciso seguir em frente, mesmo quando a vontade é simplesmente desistir. É preciso viver com o que restou... Era exatamente isso que Bianca precisava entender, aceitar, mas não queria. Tudo que ela desejava era ter de volta o que se foi. Porém, no dia do seu aniversário de 40 anos sua ficha finalmente caiu e ela percebeu o quanto sua vida estava sendo patética. Olhou em volta e percebeu que estava parada, mas os anos estavam passando e continuariam passando seguisse ela em frente ou não. O tempo não pararia por ela. Não teria piedade. E aí ela acordou, mas isso não significa que ela voltará a viver facilmente. Não enquanto ela continuar se sentindo culpada por estar respirando enquanto o marido está morto, não enquanto ela continuar alimentando a dor causada pela perda, dia após dia...

 Ela havia sido muito feliz. Conheceu, ainda muito jovem, o homem com o qual ficou casada por 20 anos e largou os estudos na faculdade para construir uma família com ele. E eles tiveram dois lindos filhos. Uma menina que agora estava com 19 anos e vivia a própria vida, sem a menor vontade de ter a mãe se metendo em seus assuntos ou saindo ao seu lado. E um menino que agora estava com 15 anos e vivia pelo futebol e apesar de amar a mãe e se achar seu protetor, também ficaria contente se ela ficasse o máximo de tempo possível longe. Bianca sequer podia se lembrar de um só momento no qual não fosse mãe ou esposa. Foi para isso que ela havia se dedicado a vida inteira. Era ao lado de Rob na cama que ela dormira noite após noite. Pelos filhos e por ele, ela vivia. Perdê-lo de repente foi como perder o chão e as estruturas. Ela não tinha mais em quem se apoiar. O lado de Rob na cama agora estava vazio. Ela estava completamente só para enfrentar a vida e terminar de criar os filhos. Era algo simplesmente assustador e muito doloroso. E durante três anos ela viveu como se não vivesse. Só de lembranças, de dor e obrigações. Se algum homem se interessava por ela logo recebia o sinal de que a Bianca mulher, a Bianca que precisava amar e se amada estava morta. Que ela havia morrido com Rob. Mas um sonho... parece ressuscitá-la...

Seu dia de aniversário começou com um sonho para lá de... interessante. Ela sonhou que fazia amor com um homem. No início, acreditou que ele fosse Rob e por isso seguiu aceitando suas carícias, mas logo percebeu que as carícias daquele homem e o rosto sobre o seu, não eram do marido. Seria aquele sonho um anseio de seu corpo, de sua alma? Ou uma espécie de premonição?

Após um desastroso aniversário, os presentes dos filhos e os conselhos de uma amiga que estava cansada de vê-la desperdiçar oportunidades, Bianca, num impulso, resolve tirar 15 dias de férias. Ela pretendia levar os filhos com ela, mas eles tinham suas próprias vidas e seus próprios planos. Sendo assim, pela primeira vez na vida, Bianca viajou sozinha. Para a Espanha, onde pretendia dedicar 15 dias a si mesma. E logo ao chegar, ela encontra todos os motivos para permanecer lá... ou fugir de volta para casa no próximo voo. Esses motivos se encontravam na forma de um homem para lá de lindo, forte, moreno e que mexeu com ela assim que ela o viu, enquanto ele nadava na piscina do hotel. E ele era bem parecido com o homem que fazia amor com ela naquele sonho absurdo...

Quem seria ele? Por que ele mexia tanto com ela? Seria sensato arriscar um romance de férias com um completo desconhecido? E ser sensata a faria feliz ou a manteria presa naquela vida solitária e dolorosa?

"Gil olhou para ela com um brilho nos olhos acinzentados.
- Dormir sozinha não lhe faz bem. Um livro não substitui um homem."

- Atrevido, não?rsrsrs... E também um homem maravilhoso, compreensivo (embora perdesse a paciência com nossa mocinha de vez em quando. Mas também! Até um santo perderia a paciência com ela!rsrsrs...) e que também tinha vivido momentos difíceis. Ainda não tinha conseguido se recuperar do fracasso do casamento e também vivia uma vida solitária. Ele era o dono do hotel no qual ela se hospedou e a primeira vez que a viu, foi quando saiu da piscina e olhou em sua direção, vendo-a olhar para ele pela janela.rsrs... Aquele olhar mexeu muito com ele e ele procurou saber mais sobre ela e, quem sabe, convencê-la a viver alguns momentos de prazer ao seu lado. Mas as coisas fogem do controle e ele acaba se vendo mais envolvido por ela do que gostaria... E isso pode não ser muito bom para sua paz de espírito, já que Bianca estava cheia de traumas e lembranças que a impediam de tentar novamente. 

- Eu comecei a ler esse livro faz uma semana. Foi num momento de pura raiva. Eu estava furiosa por algumas coisas e nada me acalmava. Tentei me tranquilizar, assistir algum filme, ouvir músicas... mas tudo me irritava ainda mais. Sendo assim, acabei pegando um livro de banca ao acaso. Não fazia parte dos meus planos ler esse livro agora, mas resolvi começar a leitura. Infelizmente, o livro não fez com que eu me acalmasse, mas achei a história interessante e alguns trechos me fizeram refletir. Durante a leitura, eu ri, pensei nas coisas que alguns trechos falavam e senti muito carinho pelo casal da história. Eu entendi a Bianca. Claro que a achei uma boba em alguns momentos, muito covarde e estúpida, mas eu a entendi.rsrs... Não era fácil para ela seguir sem Rob. Não era fácil recomeçar do zero. Ela tinha medo. E mesmo quando conheceu Gil e se sentiu profundamente atraída por ele, o medo permaneceu e em diversos momentos a paralisou. Ela se sentia velha demais para tentar novamente e também se sentia uma traidora. Sentia que ao tentar novamente estaria traindo o marido, que ele sentiria vergonha dela se a pudesse ver, que os filhos dela não aceitariam. Enfim... ela tinha vários motivos em sua mente para não recomeçar. Só que Gil é bastante persistente e não estava com muita vontade de deixar escapar a única mulher com quem ele sentia que as coisas poderiam dar certo. Ele sim estava disposto a arriscar. Tiraria Rob da cabeça dela e a faria construir novas lembranças. Lembranças sobre ele. Sobre eles dois e não sobre o marido falecido e a vida que tiveram juntos. O passado precisava ser enterrado. E ele a ajudaria a fazer isso. Bianca era o que ele próprio necessitava para recomeçar. 


"Mas ela precisava se proteger. Não podia enfrentar mais uma pressão. Ela se sentia como alguém que tivesse se queimado severamente e que não suportasse ser tocada. O mais leve toque poderia fazê-la gritar."


-Eu gostei bastante da história. Não é um livrinho cheio de cenas quentes, desentendimentos e maus-tratos típicos dos livros da série Paixão (porque os mocinhos maltratam sim as mocinhas nesses livros e depois dizem que sempre a amaram até mesmo quando pisavam nelas sem piedade e acreditavam nas víboras das cunhadas, ex-namoradas, secretárias, etc, etc, etc.rsrs... Se bem que sinto falta desses livrinhos.kkkkk...). Na capa da história diz que ele é um Paixão, mas nem parece. Deve ser porque é um Paixão da nova série da editora (Tesouros Harlequin - reedições de histórias que foram originalmente publicadas em 1990.), pois o livro é muito tranquilo, não possui as típicas cenas quentes dos outros livros da série e é muito normal. A história se concentra muito nos personagens principais, em seus sentimentos, o passado e a vida que eles estão vivendo agora. Nada acontece rapidamente e talvez isso possa cansar algumas leitoras, pois a história é devagar quase parando.rsrs... Mas eu gostei bastante. Eu precisava dessa tranquilidade, já que a minha vida está seguindo num ritmo tão rápido que mal respiro.rsrsrs... Foi muito bom acompanhar a vida de Bianca e Gil. Conhecer seus defeitos e qualidades e vê-los, pouco a pouco, irem se envolvendo mais e mais. Uma coisa que me deixou um tanto triste foi o final da história. Isso não significa que o final é triste. É só que... a Charlotte Lamb manteve os pés no chão até demais na hora de escrever esse livro.rsrs... Não digo mais nada!rsrsrs...

- Recomendo a história àqueles que são fãs dos nossos antigos florzinhas. Ou são fãs dessa querida autora que já não está mais entre a gente, mas deixou lindas e preciosas histórias para nos fazerem sonhar acordadas. :) Claro que ela também escreveu livros que me traumatizaram (risos), mas prefiro pensar nas lindas histórias dela que li no passado... Só que não prometo que vocês irão gostar. Como já disse, a história tem um ritmo bem lento e pode não agradar. 

"Ela também tinha medo de ser magoada, mas, às vezes, é preciso dar um salto e mergulhar no escuro."

13 de abril de 2013

Resenha da Carla: Uma Casa de Família - Natasha Solomons


Na primavera de 1938, a ameaça nazi paira sobre a Europa. 

Em Viena, a família Landau vê desaparecer muitos dos seus amigos e teme pela sua segurança. Decidem fugir do país mas não poderão partir juntos. Elise, a filha mais nova, é enviada para Inglaterra, onde a espera um emprego como criada de uma família aristocrática. É a única forma de garantir a sua segurança. Para trás deixa uma vida privilegiada. 

Em Tyneford, ela tenta encontrar o seu lugar na rígida hierarquia da casa. É agora uma das criadas, mas nunca antes trabalhou. Tem a educação e os hábitos da classe alta, mas não pertence à aristocracia. Enquanto areia as pratas e prepara as lareiras, usa as magníficas pérolas da mãe por baixo do uniforme. Sabe que deve limitar-se a servir, mas não consegue evitar o escândalo ao dançar com Kit, o filho do dono da casa. Juntos vão desafiar as convenções da severa aristocracia inglesa numa história de amor que tocará todos os que os rodeiam. 

Em Tyneford, ela vai aprender que é possível ser mais do que uma pessoa. Viver mais do que uma vida. Amar mais do que uma vez. 



Resenha:


«Essa Elise que eu era então, diria que sou uma velha. Mas está enganada. Eu ainda sou ela.»

Em março de 1938, dando seguimento às suas pretensões expansionistas, Hitler anexou a Áustria à Alemanha. Algo que ele conseguiu facilmente devido ao apoio do partido nazista austríaco e à passividade da França e do Reino Unido, que não tiveram a firmeza necessária para o demover apesar de Hitler ter violado o Tratado de Versalhes (que proibia expressamente a união da Áustria e da Alemanha). Esta situação alterou por completo a vida dos judeus que viviam na Áustria. Se queriam salvar a própria vida eles não podiam ficar no país.

É durante esta época que a história tem início.

Elise Landau vem de uma família judaica de Viena, é filha de uma cantora de ópera e de um escritor. Ela tem 19 anos e é uma dos muitos judeus que precisaram emigrar para outros países para se colocarem a salvo do nazismo. Margot, irmã de Elise, e o seu marido conseguiram obter vistos de residência nos Estados Unidos e os pais de Elise têm para eles garantida situação idêntica, mas Elise não teve a mesma sorte. E então a família é obrigada a se separar. A Inglaterra aceita acolher refugiados judeus que estejam dispostos a assumir posições como empregados domésticos e Elise aproveita essa oportunidade e se candidata a um emprego de criada. Uma situação temporária até que os pais consigam que ela vá para junto deles nos Estados Unidos.

Acostumada a ser tratada como uma princesa e a ser servida, o seu papel se inverte e a mudança de filha caçula mimada a empregada doméstica é muito brusca e difícil. Porém ela rapidamente se instala nas suas novas funções, caindo de amores pelo seu novo lar, Tyneford. Da mesma forma também não demora muito a que, alheio às diferenças de status, nasça um amor entre ela e Kit, o filho do patrão, o que vai colocá-la numa posição ainda mais delicada. Mas a felicidade de Elise jamais poderá ser completa pois a guerra se insinua no horizonte, além da permanente saudade e preocupação com os familiares que ela deixou para trás. O futuro rapidamente se torna uma incógnita e ela não pode imaginar o quanto a sua vida irá mudar... 

Ao longo de 412 páginas o leitor viaja pelas memórias de Elise - que narra em primeira pessoa e já idosa - conhecendo a sua história de vida. O conjunto de personagens é maravilhoso, desde Elise, passando por Kit, pelo mordomo, a governanta e mais alguns personagens carismáticos. Mas devo dizer que fiquei especialmente encantada pelo Mr. Rivers, o patrão dela, que me fez lembrar o Mr. Rochester (Jane Eyre). Essa história eu recomendo apenas a quem apreciar histórias com uma narrativa lírica, contemplativa e lenta. Também não é uma história cor-de-rosa, convém ressalvar, por mais bela que seja a escrita e apesar de ter alguns momentos bem humorados que me fizeram rir bastante. Para mim foi uma das melhores leituras desse ano.


Carla.

6 de abril de 2013

Resenha da Mónica: Novo Despertar - Fiona Harper




Ellie Bond sofria desde que perdera o marido e a filha em um trágico acidente. Mark Wilder, seu novo chefe, é um excêntrico executivo do mundo da música. Ele tem estilo, riqueza e poder, mas é a compaixão por trás de sua fachada pública que o torna capaz de despertá-la novamente para a vida...




Resenha:



Doce, muito doce!!

Um livro com muita doçura. Que mexeu comigo a cada página. Numa tarde chuvosa sua vida foi completamente mudada e o que lhe era mais caro foi arrancado e tudo que ela tinha como certo, seguro, desapareceu.

Quatro anos depois, ainda se recuperando das sequelas de uma grave lesão cerebral, ela tentava refazer sua vida, dar uma nova direcção e tentar sobretudo superar a ausência dos amados e mais ainda da culpa por seguir viva.

Decidida a seguir a regra do seu amado Sam de que a vida não é para ser desperdiçada, ela busca sua amiga Charlie com a ideia de voltar ao mercado de trabalho. Teria que ser um trabalho especial e que suas limitações permitissem. A memória ficou comprometida, a memória recente inclusive, teve que reaprender a andar, falar, enfim... antes secretária numa grande empresa, mas agora teria que reajustar e o que ela fazia e bem era cozinhar portanto era nisso que ela iria investir.

A mansão era maravilhosa, mas ela estava completamente perdida, eram tantas portas, será que ela seria capaz de encontrar o caminho da cozinha? E se ela se perdesse? Se não conseguisse se lembrar aonde tinha guardado as compras? Será que sua amiga tinha razão e ainda era muito cedo?

Então eis que havia um Mark em seu caminho. Uma mulher afortunada. O Mark é um homem maravilhoso e conseguiu despertá-la novamente para a vida, para o amor.

Eles me fizeram rir e chorar muitas vezes, mas o mais importante que eu levo dessa história é que se é verdade que a vida pode ser dura e muitas vezes injusta, ela também pode na mesma medida ser maravilhosa e nos dar uma segunda oportunidade. A vida é uma benção e que como diria Sam não deve ser desperdiçada. Peço a Deus que me dê tempo e saúde para desfrutar da companhia das pessoas que eu amo. Que me dê sabedoria, sensibilidade para aproveitar cada momento porque tudo passa tão depressa que as vezes não nos damos conta e que a vida é preciosa demais para desperdiçarmos nosso tempo com coisas pequenas e que em momentos como esse vemos que não faz o menor sentido.

Desfrutem desse livro porque vale a pena e sobretudo desfrutem da vida, das pessoas que amamos, porque são nossos bens mais preciosos.




Mónica.
Topo