15 de outubro de 2013

Duplo Segredo - Lynne Graham

Tempo de leitura:

(Título Original: The Secrets She Carried
Tradutora: Rosa Peralta
Editora: Harlequin
Edição de: 2013)

As cinzas da paixão.

Os lençóis pegavam fogo durante o tórrido romance entre Erin Turner e Cristophe Donakis. Mas as esperanças de um dia ser presenteada com um anel de noivado se tornaram cinzas quando Cristo, sem a menor cerimônia, a expulsou de sua cama, deixando-a sozinha e desamparada nas frias ruas de Londres. Anos depois, o passado retorna com toda a força em uma reunião de trabalho. Basta um leve traço do perfume caro de Cristo para ela reconhecê-lo de imediato. Cristo está convicto de que Erin lhe roubou algo, e a fará pagar por isso, da maneira que ele quiser... Mas mal sabe ele que Erin está prestes a revelar dois segredos com os quais ele não esperava!


Palavras de uma leitora... 



"Erin pegou o telefone, o sangue solidificando como gelo nas veias. Mas choramingar era algo que ela não fazia mais. Demostre fraqueza e as pessoas cairão sobre você como abutres. Ela não era mais a mulher de três anos atrás. Entretanto, ainda que estivesse mais forte, não havia o que ela pudesse fazer para contornar aquela situação, pois Cristo a colocara em um beco sem saída, sem dar a ela outra escolha a não ser proteger a todo custo aqueles que ela amava." 


- Voltar a ver Cristophe era algo que Erin desejava e temia com a mesma intensidade. Três anos antes havia quebrado todas as suas regras e ignorado a razão ao se envolver com ele. Ela sabia que não deveria ceder às investidas dele. Conhecia sua reputação, sabia que ele era um mulherengo e que as mulheres nada significavam para ele fora da cama. Sabia que seu mundo era totalmente diferente do dele e que jamais significaria mais do que uma boa companheira de cama. Mesmo assim ela havia se deixado levar. Não tinha conseguido resistir ao sorriso travesso dele ao vencê-la na natação, não conseguira resistir ao seu olhar profundo e às suas histórias engraçadas. Não pôde resistir aos seus beijos, ao seu toque e aos sentimentos que ele despertava dentro dela. E por não resistir... ela ainda pagava um alto preço.

"A mente de Cristo foi invadida por centenas de lembranças do tempo que passaram juntos. Ele lembrou-se dela girando na chuva, com um guarda-chuva. Ela preferia ficar em casa assistindo a DVDs do que frequentar boates, mas os filmes de terror, que ele amava, causavam pesadelos nela. Ele aprendeu a não se importar em ser usado como uma manta protetora no meio da noite. Eles haviam praticamente vivido juntos nos fins de semana que ele estava em Londres. O jeito bagunceiro inato dele a deixava louca, enquanto a paixão dela por pizza o fez enjoar. Agora ele se perguntava o quanto realmente a conhecera."

- Ao ver Erin pela primeira vez naquela piscina, Cristophe sentira uma mistura de admiração e desejo. E querer mais do que os breves momentos que compartilhavam na água foi inevitável. Aos poucos ela foi conquistando um espaço que até então nenhuma mulher conseguira ocupar antes. Lenta, mas intensamente ela foi tornando-o dependente do seu sorriso, do seu olhar, do seu corpo, das suas manias, da sua vida... Toda vez que estavam longe um do outro ele não conseguia parar de pensar nela e ansiar por tê-la novamente em seus braços... dormir e acordar novamente ao seu lado. Esses sentimentos eram muito novos para Cristophe e o deixavam confuso. Não sabia como expressar o que sentia, como dizer para ela que se importava. Mais do que gostaria de se importar. Não sabia como dizer que a amava e queria que aquele relacionamento não chegasse ao fim. E o medo também tornara-se uma barreira. Além de não saber como mostrar que a amava, Cristophe temia a vulnerabilidade que tal revelação provocaria.

As inseguranças de Erin, o ciúme e possessividade de Cristophe foram apenas uns dos motivos para o fim daquele relacionamento, pouco tempo antes de completar um ano que estavam juntos. Foi um final inesperado e bastante amargo. Para ambos. Algo que os amadureceu e machucou na mesma medida. Algo que os impediu de seguir em frente não importando o passar dos anos. E agora, três anos depois daquele fim amargo, Erin e Cristophe voltam novamente a se encontrar. Para acertar o que não puderam resolver no passado. E, quem sabe, tentar mais uma vez. Afinal de contas, tempo, mentiras, segredos e nem mesmo uma suposta traição, conseguiram destruir o que sentiam um pelo outro. Pelo contrário. Todas as adversidades apenas serviram para fazê-los enxergar que por trás do rancor, da mágoa e das palavras ferinas, o amor que sentiam estava bem mais forte do que antes. Forte o suficiente para acabar de uma vez por todas com todos os mal-entendidos. Mas... forte o suficiente para enfrentar duas revelações bombásticas? Mesmo que sejam revelações, no fundo (bem no fundo, é claro.rsrs...), encantadoras? rsrs... 

"- Você não pode comprar os hotéis de Sam - disse ela com firmeza e em voz baixa, as palavras saindo por entre os dentes. - Não quero trabalhar para você de novo.
- Acredite, também não quero você na minha folha de pagamento - proferiu Cristo de forma sucinta."

- Belo reencontro, não?rsrs... Sem sombra de dúvidas. Mas sempre ouvi dizer que cão que ladra não morde e no caso desse nosso mocinho é realmente verdade. Por trás desse aparente desprezo existiam sentimentos que ele daria tudo para evitar, sobretudo o desejo de abraçá-la e impedi-la de decepcioná-lo novamente e ir embora. Ele queria odiá-la. Por tudo que achava que ela lhe tinha feito. Mas não conseguia. Não era capaz de obrigar-se a feri-la, magoá-la, por mais que tentasse.

"Erin arfava, esforçando-se para se recompor tão rapidamente quanto ele. Os olhos de ametista estavam escuros de tanta emoção e não conseguiam esconder o ódio que ela sentia.

- Meu não quer dizer nunca - retrucou ela, trêmula. - Deixe-me em paz, fique longe de mim e pare de me ameaçar."

- Diferente da maior parte das mocinhas da autora, Erin não começa a chorar e se lamentar, considerando-se uma pobre vítima, diante da ameaça do seu ex. Além de ficar profundamente furiosa e indignada com a chantagem suja dele (como se não ansiasse por fazer logo o que ele "exigia".rsrs...), nossa mocinha também impõe as próprias regras e ainda lhe dá um banho que ele nunca será capaz de esquecer nesta vida.rsrs...

"Cristo lançou-lhe um olhar inflexível.
- Eu não acredito em você.
Ao ouvir aquela declaração, Erin simplesmente pegou a garrafa de vinho e a derramou sobre a cabeça dele, olhando com satisfação como o líquido dourado caía em cascata sobre o cabelo preto e aquele lindo rosto masculino. Assustado, Cristo esbravejou em grego e arrancou a garrafa da mão dela.
- Você ficou louca? - vociferou ele sem acreditar no que ela fizera.
Isenta de qualquer culpa, Erin o assistiu secar o rosto com um guardanapo.
- Eu devia estar louca quando me envolvi com você."

"- Você me traiu, e eu descobri... Aceite isso - aconselhou Cristo, entrando no chuveiro totalmente despreocupado com a nudez bronzeada. Mas, de fato, ele nunca tinha sido tímido. - É uma história antiga. Não tente ressuscitá-la.
- Eu devia ter batido em você com a garrafa."

- Estou desde domingo tentando fazer a resenha desta história. E o que me impediu foi uma dor de cabeça que insiste em não me deixar em paz. Neste exato instante não me sinto muito bem, mas percebi que esperar a dor de cabeça ir para o quinto dos infernos não é o mais aconselhável. Se eu continuasse esperando, acabaria não fazendo a resenha desta história e isso era algo que sequer era uma opção. Não poderia deixar de falar de uma história que, na minha opinião, é uma das melhores histórias que já li da minha querida autora. :) Uma história que me estressou (claro. Isso era inevitável.rsrs...), divertiu e apaixonou na mesma medida. Mesmo agora, dois dias depois de ter terminado de lê-la, continuo pensando nesse casal tão lindo e cabeça-dura. Tudo poderia ter se resolvido bem fácil entre eles se não tivessem guardado todas as suas dúvidas e medo para si mesmos. Mas o medo de tornarem-se vulneráveis ao revelar coisas que os constrangiam, falava mais alto. Sem mencionar o enorme orgulho que os dois possuíam (e continuam possuindo...)

"- Eu não vou desaparecer.
- Você vai se queimar se continuar me importunando - advertiu Erin. O pequeno rosto parecia inabalado, mas escondia toda a raiva que sentia. - Saia da minha vida ou você vai se arrepender.
- Não, eu não vou. Eu raramente me arrependo de alguma coisa - proferiu Cristo, visivelmente saboreando a situação. - Você tem medo de que eu estrague o seu futuro com Morton? Desculpe, koukla mou. Eu estarei fazendo um favor a ele. Você é tóxica.
Erin cerrou os punhos.
- Acho que você sentirá o efeito tóxico com mais força depois que isso acabar."

- Para Erin não foi fácil seguir em frente depois que seu relacionamento com Cristophe chegou ao fim. E não somente porque a dor que a invadiu foi profunda demais, mas também porque pouco tempo depois da separação ela descobriu que estava grávida, algo que a assustou e desesperou. Ela não estava preparada para ser mãe. Muito menos sem a ajuda de Cristophe. Com o fim do relacionamento, ela achou que era correto pedir demissão do emprego, pois não podia continuar trabalhando para ele. Não suportaria vê-lo depois da forma como ele a deixou. Porém, ao descobrir a gravidez, ela resolveu ir atrás dele. Procurá-lo, pois não tinha feito aquele bebê sozinha e precisava da ajuda dele. Engolindo o orgulho, ela tentou entrar em contato com ele, mas descobriu que Cristophe tinha proibido que qualquer ligação ou carta dela lhe fosse repassada. Ele não queria nem ouvir falar dela e assim Erin viu-se completamente só. Mas não ficou parada lamentando-se por sua sorte. Não. Ela lutou, pois agora não era responsável somente por si mesma. Colocaria um teto digno sobre a cabeça dos filhos que esperava (sim. gêmeos. Sorte maior ninguém tem.kkkk...) e lhes daria o que ela própria não tivera. E o que prometeu para si mesma, ela cumpriu. Ver Cristophe depois de imaginar onde ele estaria cada vez que ela batera uma ultrassonografia, sentira os filhos se mexerem ou chorara temendo não conseguir criá-los, foi um golpe doloroso para Erin. Sim. Ela tinha desejado vê-lo novamente, estar mais uma vez em seus braços, ouvi-lo pedir perdão por tudo que lhe tinha feito, mas também esperava nunca mais ter que colocar os olhos nele. 

"- Naquela época... - começou Cristo um tanto hesitante enquanto observava os músculos tensos nas costas delgadas dela e um pedaço vulnerável da nuca exposto pela cabeça curvada. - Eu não estava exatamente em contato com meus sentimentos.
- Não estou certa se você tinha algum... acima da cintura - especificou Erin, trêmula."

- Eu gostei muito desse casal. Confesso que o Cristophe me aborreceu muito no início da história, com aquela ideia de vingança e suas conclusões precipitadas, mas conforme fui conhecendo mais profundamente os pensamentos dele e suas lembranças, eu percebi que ele apenas estava ferido e disposto a se aproveitar de qualquer oportunidade para estar novamente com a mulher que nunca tinha deixado de amar. Sabia que não podia chegar simplesmente, depois de tanto tempo, e dizer que a queria de volta. Ele necessitava de uma desculpa. E se aproveitou da pior, é claro.rsrs... Mesmo assim, apesar de ele levar a chantagem adiante e ficar surdo para qualquer coisa que Erin dissesse, eu não o condenei. Se ele desse ouvido às verdades que Erin lhe dizia, não poderia aproveitar-se da situação em que a colocou para tê-la de volta. Ele se forçou a não ouvi-la. Só depois que se "vingou" (uma vingança que a Erin também apreciou bastante) é que ele resolveu pensar nas coisas que ela lhe tinha dito. Eu me apaixonei por ele porque apesar de ele ser um arrogante, eu enxerguei os sentimentos que ele fazia questão de ocultar até mesmo dele próprio e vi o quanto ele tentou não perder aquela segunda chance de ter uma vida ao lado de Erin. Ele nunca a considerou inferior (algo que outros mocinhos da autora fazem) e ainda se sentiu culpado por chantageá-la, mesmo acreditando que ela o tinha traído no passado. Mesmo assim, mesmo dizendo para si mesmo que a odiava, ele se sentiu culpado e isso para mim foi muito importante. Sem mencionar o fato dessa "vingança" ter sido muito particular: em nenhum momento ele a humilhou publicamente e no fundo eu não acredito que ele fosse realmente contar o que jurou que contaria caso ela não fizesse o que ele queria. Nunca vi um mocinho da autora tão louco pela amada como o Cristophe. Quando fica sabendo sobre as crianças, ele não tem aqueles típicos ataques de outros mocinhos da LG. Muito pelo contrário! O comportamento dele me surpreendeu e agradou muito. Mas não vou contar exatamente como ele reagiu.rsrs... Já estou falando até demais. :) 

- Esta é uma história que eu recomendo sem pensar duas vezes! Se não é a melhor história que já li da minha querida Lynne Graham, é com certeza uma das melhores! Eu me apaixonei perdidamente por esse casal e torci a cada instante para que eles se entendessem sem que mais sofrimentos viessem. E além disso também me diverti muito com as coisas que a Erin dizia para ele.rsrs... Não foi somente ao pai que a pequena Nuala puxou. Parte do temperamento explosivo da filhinha deles, vem da nossa mocinha.rsrs... 

Leitora apaixonada por romances de época, clássicos e thrillers. Mãe da minha eterna princesa Luana e dos meus príncipes Celestino e Felipe (gatinhos filhos do coração). Filha carinhosa. Irmã dedicada. Amiga para todas as horas. Acredita em Deus. E no poder do amor.

4 comentários:

  1. Oi, Luna!

    Não li ainda esse livro da Lynne Graham. e gostei muito da resenha que fez, me deixou muito curiosa. Vou ver se consigo ler.

    Beijos e Até o próximo post!
    Lu do Blog Apaixonada por Romances

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  2. Acabei de achar seu blog e achei muito bom, parabéns. É possível baixar os livros, não achei nenhum link de como baixar.

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  3. Olá, Norma!

    Muito obrigada, querida! :)

    Não. Não é possível baixá-los pelo blog.

    Bjs e ótimo domingo!

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  4. Finalmente vou ter oportunidade de ler esse livro.Estava cheia de expectativas.

    bjs

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