1 de dezembro de 2014

Acordo no Altar - Lynne Graham

Tempo de leitura:

(Título Original: A Deal at the Altar
Tradutora: Ana Resende
Editora: Harlequin
Edição de: 2012)

Casamentos Ordenados 2/3


Ela fizera uma proposta indecente!

Sergios Demonides conseguira sobreviver à vida miserável nas ruas de Atenas e se tornara um poderoso bilionário. Ele pensava já ter vivido as experiências mais inusitadas, até o dia em que Beatriz Blake invadiu seu escritório e o pediu em casamento! Simples, orgulhosa e independente, Beatriz é bem diferente das mulheres glamourosas que costumam enfeitar a cama de Sergios. No entanto, ele não precisa de outro troféu, e sim de uma mãe para os filhos de seu falecido primo. Beatriz, a herdeira ignorada, e Sergios, o homem indomado, deverão chegar a um acordo pré-nupcial. Mas ela se esquece de ler as letras miúdas, e nelas está escrito que como marido e mulher também deverão dividir a mesma cama! 


Palavras de uma leitora... 


"- E o que acontece se eu me humilhar e ele recusar a oferta?
- Você terá que rezar para que ele diga sim - respondeu Monty Blake, recusando-se a perder as esperanças, - Afinal, apenas dessa maneira sua mãe continuará a viver com o conforto que tem há tantos anos.
- Eu tenho uma novidade para o senhor. A vida em uma cadeira de rodas não é confortável.
- E a vida sem segurança financeira será menos confortável ainda - devolveu o pai, determinado a ter a última palavra."

- Depois que sua irmã se envolvera num escândalo com Vitale Roccanti, pondo fim aos planos de Monty Blake, de ver sua linda filha casada com Sergios Demonides (o que garantiria a ele o negócio dos seus sonhos), Beatriz se viu de repente numa grande armadilha. O pai que nunca se preocupara com o fato de ela estar viva ou morta e que sempre fizera questão de não vê-la como filha, resolveu que caberia à ela salvar os negócios da família. E que a única maneira de ela fazer tal coisa seria pedindo Sergios em casamento. 

Beatriz jamais desfrutara dos privilégios que o dinheiro de seu pai poderia proporcionar. Sempre fora independente, aceitando sem reclamar o fato de que sempre seria invisível para um pai que só valorizava um filho quando via nele alguma forma de lucrar. Porém, ela não construíra uma carreira capaz de proporcionar à mãe o conforto que ela necessitava desde que sofrera um acidente que a deixara presa a uma cadeira de rodas. Emilia teve que suportar o desprezo do marido e o inevitável divórcio após o acidente. E como "gratidão" por ela ter aceitado o divórcio sem problemas, Monty Blake a presenteara com uma casa adaptada às necessidades dela... casa essa que ele nunca colocou no nome dela. E que agora ele pretendia usar para chantagear a filha e convencê-la a fazer exatamente o que ele queria. Caso contrário, ele colocaria a mãe dela na rua. Beatriz jamais desampararia sua mãe, mas era ciente de que não possuía condições financeiras para dar a ela o conforto ao qual ela se acostumara e que era o mínimo que poderia ter depois de todos os golpes que sofrera. Por esse motivo, aceitou fazer a vontade do pai, ainda que soubesse que estaria apenas se expondo ao ridículo. Afinal de contas, Sergios Demonides era bonito e rico o suficiente para ter a mulher que desejasse. Não necessitava de um acordo com Beatriz, no qual certamente sairia perdendo... ou não?

Quando Beatriz apareceu em seu escritório, Sergios já imaginava que ela tivesse ido até ali para interceder por seu pai. Só que jamais passara pela sua cabeça que a séria e reservada mulher, professora do ensino fundamental, seria capaz de ousar tanto ao ponto de pedi-lo em casamento. Nem em seus mais excêntricos sonhos isso era possível. E ele, que jamais ficava sem palavras por causa de ninguém, se viu realmente atordoado. Mas não demorou a perceber as vantagens que tal proposta lhe daria...

"Uma esposa como funcionária? Era um novo olhar sobre o papel tradicional que lhe agradava. Sempre um homem de negócios, ele rapidamente percebeu as vantagens de um arranjo como aquele. Uma esposa remunerada respeitaria os limites dele ao mesmo tempo em que se esforçaria em agradá-lo, pensou. Haveria pouco espaço para emoções confusas e desentendimentos em um acordo tão prático."

- Depois de um casamento desastroso, que ainda lhe provocava amargas lembranças, tudo que Sergios menos queria era voltar a se casar. Já conhecia bem os "prazeres" do casamento e de modo algum desejava prová-los novamente. Mas no momento em que se tornara responsável por três crianças pequenas, tudo mudara. Ele já não podia pensar apenas em si mesmo e sabia que após perder os pais de maneira tão brusca e trágica, tudo que aquelas crianças menos precisavam era da inconstância de um lar no qual só teriam contatos com babás ao longo de seu crescimento. Elas precisavam de uma mãe e ele não poderia negar-lhes isso. Por esse motivo, casar-se com Beatriz lhe pareceu um negócio bastante lucrativo...

... Mas, logo após o casamento, para Sergios já não parecia tão vantajoso aquele acordo e ele estava disposto a fazer o que fosse preciso para alterá-lo... 

" - Você é muito nervosa, Beatriz. E precisa de um homem como eu para aprender a relaxar. 
Bee ergueu-se ainda segurando a toalha.
- Não quero relaxar. Estou muito satisfeita do jeito que sou. 
Sergios soltou a respiração e falou:
- Se quiser, você pode engravidar. Nós já temos três crianças... que diferença faria mais uma?"

- Creio que ter esperanças no que se refere a esta série foi um grande erro. Esta história conseguiu ser ainda menos cativante do que a primeira. Não posso dizer que me decepcionei, pois na realidade eu não tinha muitas expectativas. Afinal de contas, já conhecia o casal através da história anterior. E nunca fui muito com a cara do Sergios.rsrs... Da Beatriz eu até gostava e dela sim eu esperava mais. Não a condeno por ter feito o que o pai queria, embora achasse que não era sua única alternativa.rsrsrs...  E na maior parte do livro, eu gostei dela. E ela ganhou minha admiração pela dignidade com que agiu num momento muito complicado, mas teve momentos nos quais achei que ela não teve personalidade e permitiu que o Sergios fizesse o que bem entendesse com ela e com o casamento deles. Além de ter realmente pensado em fazer algo que não queria, só para agradá-lo. Ela começou a deixar de pensar nela, deixar de valorizar-se para viver em função das vontades dele, para fazer com que sua vida girasse em função dele. E tive a sensação de que se o Sergios não tivesse tomado a decisão de mudar, ela aceitaria viver num casamento infeliz, só para não perdê-lo. Era como se ela levasse em consideração o que ele disse: 

"Vamos manter as coisas desse jeito. Eu digo a você o que quero, e você trata de cumprir."

- Ao que parece, ela tinha a intenção de obedecê-lo. Porque até quando se manifestava contra, era de uma maneira pouco determinada, convincente. Enfim... 

O Sergios eu já considerava um egoísta desde o primeiro livro, quando o conheci através da Zara. Ele me passava a ideia de uma pessoa que não enxergava nada além de si mesmo e que estava disposto a fazer o que fosse preciso, e a magoar quem necessitasse magoar, para realizar seus desejos e estar sempre satisfeito. O remorso dele sobre o casamento anterior não me convenceu. E o pouco que ele falou sobre a relação com a primeira esposa foi o bastante para confirmar a ideia que eu tinha sobre ele. Seu passado triste não me comoveu, pois ele era calculista o suficiente para saber exatamente o que fazia e não era seu passado que influenciava nisso. A relação dele com as crianças apenas contribuiu para me fazer detestá-lo ainda mais. Claro que reconheço que ele tentou mudar, ser mais presente na vida das crianças. Só que mais uma vez ele estava pensando só nele. Nos seus interesses. E até quando tentou salvar o casamento, foi pensando nele mesmo. Então... nada significou. Ele não me convenceu. Terminei a leitura sem acreditar nem por um segundo no grande amor dele pela Beatriz. 

Mas o pior de tudo não foi o Sergios. E sim a falta de emoção que há nesta história. Não existe no livro nem metade da intensidade que costuma existir nas histórias da minha autora. Nenhum personagem salva o livro, e muito menos o casal. Não dá para enxergar emoção por parte de nenhum deles e livros "vazios" não me agradam. Não quero ler só palavras escritas num papel. Quero emoção, paixão, intensidade nas histórias. Algo que passou bem longe deste livro...

- Vale mencionar que a Zara e o Vitale nem sequer apareceram nesta história.rsrs... A terceira irmã, filha de um relacionamento extraconjugal, fez uma breve aparição na qual não deu para perceber nada sobre ela. Mas a Zara e o Vitale, que eu esperava realmente ver, nem compareceram ao casamento. 


Trilogia Casamentos Ordenados

Acordo no Altar (Beatriz e Sergios)
3º Votos Forçados (Tawny e Navarre)

Leitora apaixonada por romances de época, clássicos e thrillers. Mãe da minha eterna princesa Luana e dos meus príncipes Celestino e Felipe (gatinhos filhos do coração). Filha carinhosa. Irmã dedicada. Amiga para todas as horas. Acredita em Deus. E no poder do amor.

2 comentários:

  1. Fico desconfortável quando tem amantes pelo meio da estória, e vamos combinar que a estorinha da carochinha que Sergios conta sobre a amante é inacreditável! Pra mim só o fato de Sergios ter escolhido o vestido de noiva da Beatriz, estando acompanhado da amante, ou seja, será que a amante desenhou o vestido, afinal ela era estilista e os dois estavam em um desfile de modas dela, que por sinal ele financiava, nesse caso os dois amantes escolheram juntos o vestido da futura esposa... e ele ainda contou que o casamento era de fachada... e o mais asqueroso de tudo ainda, os dois amantes combinam de passar a noite de núpcias juntos!!! Sinceramente essa já foi a pior traição de todas, não é preciso necessariamente ter sexo para ser traição, a intenção estava na cabeça dele, e ele saiu de casa para encontrar-se com a amante, não importa se ele desistiu ou não na última hora! E ele em momento nenhum se desculpou com a esposa por essa humilhação.

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  2. Olá, Beatriz!

    Eu entendo a sua revolta. Esta história da Lynne Graham também me decepcionou bastante. Esta trilogia em si não foi uma leitura agradável.

    Também não sou fã de histórias que envolvam traição. É um tema complicado e eu não costumo ser muito tolerante com os mocinhos canalhas, não!

    Bjs!

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