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26 de janeiro de 2017

E Viveram Felizes para Sempre - Julia Quinn (Desafio 12 Meses Literários - Janeiro)

(Título Original: The Bridgertons: Happily Ever After
Tradutora: Viviane Diniz
Editora: Arqueiro
Edição de: 2016)


Os Bridgertons - 9/9


Alguns finais são apenas o começo...

Era uma vez uma família criada por uma autora de romances históricos...

Mas não era uma família comum. Oito irmãos e irmãs, seus maridos e esposas, filhos e filhas, sobrinhas e sobrinhos, além de uma irresistível matriarca. Esses são os Bridgertons: mais que uma família, uma força da natureza.

Ao longo de oito romances que foram sucesso de vendas, os leitores riram, choraram e se apaixonaram. Só que eles queriam mais. Então começaram a questionar a autora: O que aconteceu depois? Simon leu as cartas deixadas pelo pai? Francesca e Michael tiveram filhos? O que foi feito dos terríveis enteados de Eloise? Hyacinth finalmente encontrou os diamantes?

A última página de um livro realmente tem que ser o fim da história? Julia Quinn acha que não e, em E viveram felizes para sempre, oferece oito epílogos extras, todos sensuais, engraçados e reconfortantes, e responde aos anseios dos leitores trazendo, ainda, um drama inesperado, um final feliz para um personagem muito merecedor e um delicioso conto no qual ficamos conhecendo melhor ninguém menos que a sábia e espirituosa matriarca Violet Bridgerton.

Veja como tudo começou e descubra o que veio depois do fim desta série que encantou leitores no mundo inteiro.



Palavras de uma leitora...



- Quem de nós não ficou com um forte sentimento de tristeza quando leu o último livro desta série que conquistou nossos corações ainda na primeira história?! Lembro com carinho de A Caminho do Altar, que se tornou um dos meus preferidos, mas também não pude esquecer a DPL que me pegou, imaginando quando a Julia Quinn criaria uma série como esta, em que todos os personagens conseguissem ganhar seu próprio espaço e nos encantar com suas personalidades, humor e traquinagens.rs E foi só algum tempo depois que eu soube da existência de E Viveram Felizes para Sempre, um livro que reúne um 2º epílogo de cada um dos oito livros e ainda um conto emocionante sobre a matriarca da família, nossa querida Violet Bridgerton. É claro que chorei com o conto sobre ela. Impossível não se emocionar, gente. 

"Ela o abraçou.. Não pôde evitar. Enterrou o rosto na curva quente do pescoço dele. sentiu seu cheiro familiar e disse: 
- Eu amo você.
- Eu adoro você. "

- Foi graças aos inúmeros pedidos dos fãs que a Julia Quinn resolveu escrever esses epílogos, nos quais contaria algo que ficou sem resposta, e, no 2º epílogo de O Duque e Eu ela nos traz novamente a questão das cartas. Quem se lembra? Das cartas que o miserável, tirano-desprezível-das-profundezas-do-inferno conhecido como pai do Simon deixou para ele? No fim do livro, Simon não se desfaz das cartas, mas também não as lê e isso faz com que a gente não consiga evitar se perguntar se um dia ele finalmente as leu ou resolveu destruí-las. Se bem que eu preferisse que ele as destruísse.kkkkk... Nós finalmente ficamos sabendo o que aconteceu com as cartas neste epílogo e confesso que eu não estava esperando por isso. E nem pela surpresa que a autora nos reserva! Que é maravilhosa, de nos fazer suspirar! É claro que não posso falar demais, só posso dizer que amei cada instante e me diverti muito com o casal. Daphne e Simon são únicos. E feitos realmente um para o outro. :)

"- Eu tenho ideias também - disse ele com um sorriso. - E muitas, muitas estratégias.
Ela lambeu os lábios.
- Não estamos mais falando de Pall Mall, estamos?
Ele balançou a cabeça.
Kate passou os braços em torno de Anthony, puxando sua cabeça na direção dela. E então, um instante antes de seus lábios tomarem os dela, ele a ouviu suspirar..."

- Não se deixem enganar pelo trecho acima! Kate e Anthony passam o segundo epílogo quase todo se matando!kkkkkkk... Ela inclusive realmente pensa em matá-lo (risos), depois do nosso querido e trapaceiro mocinho a deixar coberta de lama. Não que ela não tivesse culpa também, claro.rs Esses dois jamais irão mudar. Quem leu O Visconde que me Amava com certeza se lembra dos momentos entre tapas e beijos que eles protagonizaram e que nos divertiram demais! Foi simplesmente delicioso relembrar esses momentos enquanto eu lia as novas trapaças do casal. Foi o epílogo mais divertido do livro e eu amei, amei e amei! E voltei a amar! :D

"Sophie Bridgerton sabia uma ou duas coisas sobre o amor à primeira vista. Um dia, ela mesma fora atingida por seu famoso raio e tomada por uma paixão de tirar o fôlego, uma felicidade inebriante e um formigamento estranho por todo o corpo.
Ou pelo menos era assim que se lembrava."

- Quem me conhece sabe: sou completamente apaixonada pelo conto da Cinderela. E, para mim, a melhor versão da história é a do filme Para Sempre Cinderela. Não importa se já vi o filme mil vezes, sou perfeitamente capaz de vê-lo mais mil.rsrs... E quando li Um Perfeito Cavalheiro, que é uma releitura de Cinderela e lembra o meu filme preferido, eu me senti no paraíso. Num mundo mágico, esquecendo de tudo o mais e pensando apenas nos protagonistas e na história deles. Ansiava pelo felizes para sempre. Para que o amor deles vencesse tudo... a maldade da madrasta dela, as regras absurdas da sociedade, a hipocrisia das pessoas... É o meu livro preferido da série, por mais que eu tenha amado os outros, sempre irei preferir a história da Sophie e do Benedict. Rever este casal foi maravilhoso! Ainda que o 2º epílogo não seja exatamente sobre eles (o que me deixou um tanto irritada no início), eles estão completamente envolvidos... e o simples fato de vê-los de novo... já me deixou imensamente feliz! Quanta saudade sinto deles! Suspiros...

" - Colin! - gritou ela, porque ele a agarrara, seus lábios estavam no pescoço dela, e Penelope se sentia desmanchar em seu abraço. - Pensei que você quisesse comer alguma coisa - disse ela, arfando.
- Eu quero - murmurou ele, mexendo no corpete de seu vestido. - Mas primeiro quero você."

- Todos sabemos o quanto o Colin adora comer! Não sei como ele não vira uma bola até o final da série. Era capaz de dar conta de uma torta inteira sozinho, se deixassem. E em pouquíssimos minutos!kkkkk... Por isso, na hora de escolher o trecho não pude resistir ao que coloquei logo acima.rsrs Alguém que seja capaz de fazer o nosso querido e esfomeado mocinho pensar em outra coisa que não fosse comida, realmente merece toda nossa admiração e respeito.kkkkkkk... Colin e Penelope jamais vão deixar de me divertir e encantar! Amo este casal! São perfeitos juntos, embora o Colin tenha demorado anos... e mais anos... para perceber.rs E eu quase o matei por isso. Mas no fim tudo terminou bem... e aí entra Eloise. Isso é tudo o que direi sobre o segundo epílogo de Os Segredos de Colin Bridgerton. Claro que se pudesse eu recomendaria que o casal fugisse para o mais longe possível, para um país no qual a Eloise não conseguisse pensar.

"Eu sorri, então deslizei um pouco para o lado, para apoiar minha cabeça em seu ombro.
- Eu amo você, pai.
- Eu também amo você, Amanda. - Ele se virou e me deu um beijo no alto da cabeça. - Também amo você."

- Duas das coisas mais marcantes da história Para Sir Phillip, com Amor são as crianças, as pestinhas que fizeram de tudo para que a Eloise fosse embora.rs Como aquelas criaturas aprontaram!kkkkkkkk... E eu realmente me perguntei o que aconteceu depois... Como eles ficaram ao crescer? Encontraram alguém como seus pais? A autora nos responde essas perguntas, ao menos em relação a uma das crianças. Queria que ela também tivesse escrito sobre o Oliver, mas adorei o epílogo sobre a Amanda. Foi muito bom vê-la se referir à Eloise como "mãe" e observar o quanto ela amadureceu. Foi um dos epílogos dos quais mais gostei e adoraria se a autora escrevesse a história da Amanda. Um livro só dela, sabe. Quem sabe um dia? Se nós pedirmos muito talvez ela nos ouça. :D

"Ficaram ali deitados durante algum tempo, o sol descendo suavemente sobre eles. Ela enterrou o rosto no pescoço dele e ele a abraçou, perguntando-se como era possível existirem momentos como aquele.
Porque era perfeito. E ele teria ficado ali para sempre, se pudesse. E, mesmo não tendo lhe perguntando, sabia que ela sentia o mesmo." 

- Quem leu minha resenha sobre O Conde Enfeitiçado sabe que não é minha história preferida da série. Muito pelo contrário. Foi a primeira a ganhar menos de 5 estrelas e não ter qualquer passagem para os favoritos. E tudo se deve à Francesca. Mas na hora de fazer este segundo epílogo... a Julia Quinn realmente arrasou! Me emocionei tanto com as coisas que se passam nele. Fiquei com os olhos cheios de lágrimas e uma sensação muito boa no final. Eles mereciam. Depois de tudo o que passaram realmente mereciam. Não havia final melhor e mais justo. Como não amar?! :)

"Mas sua cabeça estava no ombro de Gareth, e ele, virado para a mesma parede, e, mesmo que não estivessem olhando um para o outro, suas mãos continuavam entrelaçadas, então de alguma forma aquela posição era tudo o que um casamento deveria ser.
- Porque eu conheço você - disse ela, sentindo um sorriso crescer por dentro. - Eu conheço você, e você me conhece, e isso é maravilhoso."

- Hyacinth marca presença em quase todos os livros da série, com seu jeito peculiar e sua língua afiada, sempre disposta a enlouquecer a mãe e os irmãos. E a suborná-los também, não podemos esquecer.rsrs Outra coisa que não podemos esquecer é sua longa busca em Um Beijo Inesquecível, por aqueles benditos diamantes que ela acaba não encontrando. Sempre me perguntei se um dia ela encontraria, já que a Isabella, sua filha (que é igualzinha a ela.kkkkkkk..) os encontrou e devolveu ao lugar no final do livro. A Julia Quinn resolveu matar nossa curiosidade e revelar se Hyacinth finalmente os encontrou ou morreu tentando.rs O que vocês acham?!rsrs...

"- Sei que as amo. - Ela olhou para Gregory. Ele estava de pé ao lado da porta, onde nenhuma das crianças o veria. Lágrimas corriam pelo seu rosto. - E sei que amo você - acrescentou baixinho."

- Está aí um epílogo que quase me matou. E que me deixou em prantos. Ainda que eu tenha dado 5 estrelas e passagem para os favoritos ao livro E Viveram Felizes para Sempre, eu dispensaria o 2º epílogo de A Caminho do Altar. A autora não precisava escrevê-lo. Se era para partir meu coração e quase fazer com que eu sofresse um infarto, era melhor não tê-lo escrito.rs Sério, gente! Eu quase tive um treco quando li aquilo. A autora não tem lá muita pena do casal. Depois de todos os problemas que eles enfrentam na história deles, a Julia Quinn resolve aprontar mais uma e desesperar todos os fãs da história. Claro que tudo termina bem. Não a perdoaria se não fosse assim. Mas ainda não consegui superar os acontecimentos deste epílogo. É claro que o amor vence. Lucy e Gregory se amavam o suficiente para que seu amor fosse capaz de milagres... Eu sempre acreditei na força do amor. E eles também. )

- Não falarei nada sobre o conto da Violet.rs É uma história que já conhecemos só que com uns detalhes a mais e um final lindo. Uma das coisas que mais me fizeram sofrer ao longo de toda a série foi o fato da Violet ter perdido o homem que amava. Nunca irei entender por que a Julia Quinn fez isso, já que a nossa matriarca sempre foi uma personagem importante. Alguém que também merecia seu final feliz. Mas confesso que adorei o conto, chorei muito com ele e no fim entendi que aquele amor era imortal. Não importava se o Edmund já não estivesse entre eles... ele sempre estaria presente. Sempre seria parte do coração dela. Uma parte inesquecível. E ela nunca amaria alguém como o amou. E foram felizes. Eles foram muito felizes juntos.



Este livro foi o meu escolhido para o Desafio 12 Meses Literários. No primeiro mês nós deveríamos ler um livro do nosso gênero favorito. E claro que o meu gênero preferido é o romance. Alguém tinha dúvidas?!rsrsrs... E foi muito fácil escolher este livro, pois eu estava completamente louca para ler esta história... queria muito matar a enorme saudade que sentia dos Bridgertons e saber um pouco mais do que aconteceu depois. Julia Quinn é uma das minhas autoras preferidas e jamais ficaria de fora deste desafio. 



- Eu amei demais os epílogos, o conto... com uns eu ri muito, com outros chorei e com o último caí em prantos. Mas tudo valeu a pena. É delicioso quando um livro nos provoca tantas emoções. Quando ele se torna especial. Esta série tem um lugar exclusivo no meu coração. Jamais poderei esquecê-la. 

- Recomendo muito o livro, gente! Quem acompanhou a série precisa ler este final! :)

Alguém aqui também está participando do Desafio 12 Meses Literários? Me contem! Quero muito saber quais livros vocês escolheram! :D


Os Bridgertons

1- O Duque e Eu (Daphne e Simon)
2- O Visconde que me Amava (Anthony e Kate)
3- Um Perfeito Cavalheiro (Benedict e Sophie)
4- Os Segredos de Colin Bridgerton (Colin e Penelope)
5- Para Sir Phillip, com Amor (Eloise e Phillip)
6- O Conde Enfeitiçado (Francesca e Michael)
7- Um Beijo Inesquecível (Hyacinth e Gareth)
8- A Caminho do Altar (Gregory e Lucy)
9- E Viveram Felizes para Sempre (epílogos extras + conto)

5 de setembro de 2016

A Caminho do Altar - Julia Quinn

(Título Original: On the Way to the Wedding
Tradutora: Viviane Diniz
Editora: Arqueiro
Edição de: 2016)

Série Os Bridgertons - 8/8

Ao contrário da maioria de seus amigos, Gregory Bridgerton sempre acreditou no amor. Não podia ser diferente: seus pais se adoravam e seus sete irmãos se casaram apaixonados. Por isso, o jovem tem certeza de que também encontrará a mulher que foi feita para ele e que a reconhecerá assim que a vir. E é exatamente isso que acontece.

O problema é que Hermione Watson está encantada por outro homem e não lhe dá a menor atenção. Para sorte de Gregory, porém, Lucinda Abernathy considera o pretendente da melhor amiga um péssimo partido e se oferece para ajudar o romântico Bridgerton a conquistá-la.

Mas tudo começa a mudar quando quem se apaixona por ele é Lucy, que já foi prometida pelo tio a um homem que mal conhece. Agora, será que Gregory perceberá a tempo que ela, com seu humor inteligente e seu sorriso luminoso, é a mulher ideal para ele?

A caminho do altar, oitavo livro da série Os Bridgertons, é uma história sobre encontros, desencontros e esperança no amor. De forma leve e revigorante, Julia Quinn nos mostra que tudo o que imaginamos sobre paixão à primeira vista é verdade – só precisamos saber onde buscá-la.



Palavras de uma leitora... 


"Beijou-a com todo o seu ser, com todo o ar, com cada batida do seu coração."

- Gregory Bridgerton, o último dos irmãos ainda solteiro, é um romântico. E não havia nenhum sentido em negar tal fato. Tendo crescido cercado de amor, acompanhando de perto a felicidade que seus irmãos encontraram no casamento, ninguém poderia culpá-lo por ansiar viver o mesmo. A mesma paixão. A mesma necessidade de amar e ser amado por alguém que o completasse. Que desse sentido à sua vida. E quando a vê pela primeira vez... percebe que finalmente encontrara aquilo que sempre desejou.... Ela. Aquela que havia sido feita para ele. 

Só que as coisas não saem exatamente como ele esperava... A mulher em questão, a que fez seu coração acelerar, roubou seu fôlego e o deixou completa e imbecilmente atordoado, não sentira o mesmo. Por mais estranho que isso pudesse parecer. Inacreditável, até. Hermione Watson, sua amada, estava apaixonada por outro homem e mal o notara. Na realidade, sequer o notara. Mas longe de perder as esperanças e considerar (sabiamente) aquilo apenas uma tolice, Gregory se empenha em derrubar as defesas dela e conquistar seu coração. É quando aproxima-se de Lucy, melhor amiga de Hermione, e a única capaz de ajudá-lo a fazer Hermione enxergar que ele era o homem certo para ela. O único capaz de fazê-la feliz. 

"Gregory podia imaginar o mundo inteiro ali, nas profundezas do olhar dela. Tudo o que precisava saber, tudo o que podia um dia precisar saber... estava lá, dentro dela."

- Lucy não acreditava no amor. Achava que tanto os poetas quanto os apaixonados exageravam esse sentimento e ela não desejava, nem por um instante sequer, que algo assim se passasse com ela. Não queria perder o controle de si mesma. Necessitar tanto de outra pessoa para viver e ser feliz. Não. Era prática demais para isso. Gostava de estar no controle de si mesma e todo o seu futuro estava perfeitamente planejado. Não existia espaço para o amor. E ela sentia-se perfeitamente confortável com isso. Em breve seria uma condessa. E teria uma vida bastante agradável. Qualquer uma gostaria de estar em seu lugar. E era isso que ela tentava fazer Hermione entender. Precisava convencer a amiga a esquecer as tolices do amor que ela dizia sentir por alguém completamente inapropriado e enxergar que necessitava pensar no futuro e no fato de que deveria fazer um bom casamento. Mas... ao unir-se a Gregory para ajudá-lo a conquistar Hermione, Lucy vê todos os seus planos, pouco a pouco, serem desfeitos. E tudo que ela sabia sobre si mesma já não parece certo. Quando olhava nos olhos dele... quando o via sorrir... não recordava mais quem era. Só sabia que queria ser... dele. Para sempre. 

"Ela, que sempre debochara do amor romântico, tinha se apaixonado. Completa e perdidamente - o suficiente para deixar de lado tudo em que pensara acreditar. Por Gregory, Lucy estava disposta a mergulhar no escândalo e no caos."

- Pela primeira vez na vida, ela era capaz de compreender o que os outros diziam sobre o amor. Estava sentindo. E o mais irônico é que se apaixonara justamente por alguém que não sentia o mesmo por ela. Que estava apaixonado por sua amiga e mal percebia que ela existia. Como se não bastasse a dor que isso provocava, era ainda pior saber que nem ao menos poderia lutar por seu amor. Que não poderia tentar conquistá-lo. Estava ligada a outro homem. Prometida a outro anos atrás e agora os papéis estavam finalmente assinados. Não havia volta. E de que valeria tentar? Gregory nunca a veria como algo mais...

"Ela o amava. Amava tanto, e ele não podia ser dela. Seu coração estava acelerado, a respiração, trêmula, e tudo em que conseguia pensar era que nunca iria se sentir assim de novo. Ninguém jamais olharia para ela da maneira como Gregory estava olhando naquele momento."

- Mas ele percebe. O quanto foi imbecil. Como foi cego ao não ver que não sentia por Hermione metade das coisas que Lucy sempre provocou dentro dele. A forma como ela o divertia, como era capaz de fazê-lo sorrir naturalmente, como seus olhos o atraíam e era delicioso estar ao seu lado, mesmo que fosse para falar sobre nada. Eles podiam ficar em silêncio, mas o simples fato de estarem juntos fazia com que tudo parecesse... certo. O fazia se sentir em casa. Não sabia que aquilo era amor. Aquela necessidade de fazê-la feliz... a dor que sentia quando ela estava triste. E a certeza de que daria até mesmo a própria vida para que ela vivesse. Sim. Ele demorou a ver.... mas quando viu... não desperdiçou um só instante. Ela era dele. Ou, pelo menos, seria. E coitado daquele que tentasse impedir. 

"Deixe-me beijar você - sussurrou ele. - Só mais uma vez. Deixe-me beijá-la mais uma vez e, se você me disser para ir embora, eu juro que vou."

- Foram oito livros. Contando a história desta grande, divertida e irresistível família. Oito irmãos em ordem alfabética (risos), oito diferentes histórias... Umas de nos fazer suspirar... outras maravilhosas e inesquecíveis... mas duas... simplesmente arrebatadoras. Não apenas maravilhosas, não apenas inesquecíveis. Não. Entre os oito livros desta série tão especial, dois realmente se destacaram. Roubaram meu coração e me deixaram no céu e no inferno ao mesmo tempo. Porque foi mágico viver essas histórias com eles, mas insuportavelmente doloroso o momento em que precisei dizer adeus.

- Será que é difícil adivinhar quais foram as duas histórias que me arrebataram? :) Um Perfeito Cavalheiro, sem sombra de dúvidas, foi a primeira. Benedict e Sophie mexeram com todas as minhas emoções, transbordando magia em cada página, me fazendo esquecer por completo o mundo e qualquer obrigação. Queria reviver cada instante. Como se fosse a primeira vez. Quero o baile de novo. Os olhares... os dramas... a perda e o reencontro. Quero tudo outra vez. Suspiros... E então... para fechar a série da maneira mais linda e emocionante... A autora faz de novo. Me dá algo como o que vivi com Benedict e Sophie. Me dá de novo a magia. Me arrebatando por completo. Me fazendo rir e chorar ao mesmo tempo. Sentir angústia pelos personagens e torcer com todas as minhas forças para que eles pudessem construir um caminho que os unisse. 

"Mas não importava se não sabia se ela preferia rosa, azul, roxo ou preto. Ele conhecia o seu coração. Queria o seu coração." 

- Posso dizer com toda a sinceridade que eu não esperava muito desta história. Nunca tinha dado muita importância ao Gregory. Ele era um dos caçulas, um pestinha que não levava nada a sério. Quase não o notei nos livros anteriores e não podia nunca imaginar que ele conseguiria me conquistar tanto, significar tanto para mim. Gregory roubou por completo meu coração. Sem aviso. Sem hesitação. Ele simplesmente o pegou e levou embora. Foi inevitável. Como não amar um mocinho tão apaixonante? Como não me emocionar com alguém capaz de tudo por quem ama? 

"- Eu te amo - sussurrou ele, deixando um rastro de palavras ao longo do pescoço dela até a clavícula. - Eu te amo. Eu te amo.
  Eram as palavras mais dolorosas, magníficas, terríveis e maravilhosas que ele poderia ter dito. Ela queria chorar... de felicidade e de tristeza."

- Lucy e Gregory me encantaram desde o início. Ela me divertia muito com o seu jeito contido e perfeccionista. Ainda me acabo de rir quando lembro da cena dos sapatos, quando ela fingia estar se sentindo mal, mas só esperou a amiga sumir de vista para levantar correndo e organizar os sapatos que Hermione tinha guardado de qualquer maneira. Ela não suportava ver nada fora do lugar, o que nos leva à cena dos sanduíches, quando ela tem uma daquelas deliciosas conversas com o mocinho. Eles me fascinavam mesmo quando falavam de absolutamente nada.kkkkk... Eu chegava a ler mais de uma vez as cenas em que conversavam, pois amava demais esses momentos. E quando o Gregory finalmente percebeu que era ela quem ele amava e não a Hermione, ele se tornou exatamente aquilo que eu desejava. Um tolo apaixonado pela mulher certa.rs Pela única que realmente iria completá-lo e fazê-lo feliz. Ainda que fosse bem provável que ele não demorasse a ter cabelos brancos.rsrsrs

"- É assim que a quero - falou, colocando a mão por cima da dela. - Com tudo o que tenho, com tudo o que sou."

- Esses dois me emocionaram muito. E foram também responsáveis pelos momentos nos quais senti enorme angústia, sem saber como ajudá-los. Tudo parecia estar contra eles. Parecia não existir solução para as coisas que estavam acontecendo e eu me vi completamente perdida, minha única esperança era saber que a Julia Quinn jamais escreveria um final infeliz para algum dos irmãos Bridgertons. O final feliz era garantido. Eu só precisava sobreviver até o final.rsrsrs

"O amor existia. 
 Estava bem ali, no ar, no vento, na água. Só era preciso esperá-lo. 
 Cuidar dele.
 Lutar por ele."

- Valeu muito a pena acompanhar esta série. Foi... maravilhoso. Uma experiência única e inesquecível. Não dá para dizer adeus. Não vou me separar deles nunca. Todos eles, até mesmo a chata da Francesca, estarão em minhas lembranças. Fazendo parte de mim. Mas Benedict e Sophie... Lucy e Gregory... estes têm um espaço todo especial no meu coração. Um lugar só deles. 

"- Eu te amo - repetiu ele. - Não há nada nesta vida ou na próxima que possa me fazer deixar de te amar."


Os Bridgertons

1- O Duque e Eu (Daphne e Simon)
2- O Visconde que me Amava (Anthony e Kate)
3- Um Perfeito Cavalheiro (Benedict e Sophie)
4- Os Segredos de Colin Bridgerton (Colin e Penelope)
5- Para Sir Phillip, com Amor (Eloise e Phillip)
6- O Conde Enfeitiçado (Francesca e Michael)
7- Um Beijo Inesquecível (Hyacinth e Gareth)
8- A Caminho do Altar (Gregory e Lucy)

27 de maio de 2016

Um Beijo Inesquecível - Julia Quinn


(Título Original: It's in his Kiss
Tradutora: Claudia Costa Guimarães
Editora: Arqueiro
Edição de: 2016)

Série Os Bridgertons - 7/8

Toda a alta sociedade concorda que não existe ninguém parecido com Hyacinth Bridgerton. Cruelmente inteligente e inesperadamente franca, ela já está em sua quarta temporada na vida social da elite, mas não consegue se impressionar com nenhum pretendente. 

Num recital, Hyacinth conhece o belo e atraente Gareth St. Clair, neto de sua amiga Lady Danbury. Para sua surpresa, apesar da fama de libertino, ele é capaz de manter uma conversa adequada com ela e, às vezes, até deixá-la sem fala e com um frio na barriga.

Porém Hyacinth resiste à sedução do famoso conquistador. Para ela, cada palavra pronunciada por Gareth é um desafio que deve ser respondido à altura. Por isso, quando ele aparece na casa de Lady Danbury com um misterioso diário da avó italiana, ela resolve traduzir o texto, que pode conter segredos decisivos para o futuro dele.

Nessa tarefa, primeiro os dois se veem debatendo traduções, depois trocando confidências, até, por fim, quebrarem as regras sociais. 

E, ao passar o tempo juntos, eles vão descobrir que as respostas que buscam se encontram um no outro... e que não há nada de tão simples - e de tão complicado - quanto um beijo.



Palavras de uma leitora...


- Por mais difícil que fosse para ela admitir, sabia que estava caminhando para ser uma solteirona. Pelo simples fato de não conseguir ficar com a boca fechada. Como percebera fazia séculos, os homens não apreciavam uma mulher que fosse mais inteligente do que eles. Sobretudo quando essa mulher fazia questão de fazê-los reconhecer tal coisa.

Ao longo de três temporadas, recebera somente seis propostas de casamento. E todas vindas de homens inadequados. Claro que nada disso era culpa sua. Tratava apenas de ser ela mesma... Talvez fosse um pouco sincera demais e dissesse tudo o que lhe vinha à cabeça... Mas, no fundo, esperava que o homem certo fosse aparecer... Alguém que a aceitaria como ela era (por mais difícil que pudesse ser), sem tentar sufocá-la. Alguém que a amaria independente de qualquer coisa. Será que era pedir demais? Deveria ser o que não era e aceitar uma proposta qualquer apenas para não ficar sozinha? Bem... Não era algo que ela estivesse disposta a fazer.... Muito menos após conhecer Gareth (ou mais precisamente: vê-lo pela segunda vez) e perceber que realmente gostava de sua companhia, seu bom humor e surpreendente inteligência. Com Gareth tudo era diferente... E, ao mesmo tempo que sentia vontade de lançar-se em seus braços e permanecer ali, sentia que precisava fugir... Porque ele a desequilibrava. Bagunçava suas emoções e a fazia esquecer até mesmo quem era...

"Eu daria o mundo para ter mais uma pessoa pela qual daria a minha vida."

- Nada melhor do que um romance daqueles bem românticos e divertidos para tentar superar a angústia que A Lista do Nunca deixou. E claro que os livros da Julia Quinn são ótimas escolhas. É cheia de expectativas que sempre leio os seus livros. E apenas uma vez me decepcionei, embora não tenha sido com a história em si, mas com a irritante protagonista. Enfim... Por isso, pensei logo neste livro para melhorar meu humor. E não me arrependi.rs Por mais que tenha desejado, em vários momentos, mandar a Hyacinth calar a boca. Nem que fosse por 10 segundos.kkkkkk

- Hyacinth é a caçula de 8 irmãos e a única das irmãs que ainda não se casou, para desespero de sua mãe que sonha em ver todos os filhos devidamente casados e obrigatoriamente felizes. Sonho esse que não vai contra os desejos que a própria Hyacinth tem para sua vida. Mas sua franqueza afasta todos os bons pretendentes que a veem como uma boa amiga, mas de modo algum uma mulher que deveria ser considerada para esposa, pois os levaria à loucura nos primeiros minutos de casamento.rsrs

"Aquele seria o primeiro beijo dos dois. E seria um beijo inesquecível."

- Eu gostei muito da história. Fiquei grudada no livro até terminar a leitura, devorando um capítulo após o outro sempre ansiosa pelo que viria a seguir.rsrs Hyacinth é uma protagonista com personalidade. Confiante, extrovertida, dona de um humor contagiante, mas que era capaz de assustar muitas pessoas. Ela jamais pensava antes de falar e por mais adorável que fosse nos raros momentos em que ficava em silêncio, ainda não tinha aparecido um louco apropriado, disposto a arriscar a vida dia após dia ao tê-la como esposa.kkkkkkk... Eu adorei esta mocinha! Sempre com uma resposta na ponta da língua, corajosa, que ia atrás do que queria, ainda que sentisse medo. Que lutou pelo Gareth, mesmo depois de ser magoada por ele. Que não deixou que as regras e hipocrisias da sociedade a afastassem dele. Que foi atrás do seu sonho e o fez perceber que a amava. 

"Ele a magoara. Não fora sua intenção e não sabia se ela estava exagerando na reação, mas ele a magoara. 
 Ficou perplexo ao constatar quanto isso o magoava."

- O mocinho desta história também é um encanto. Alguém que teve uma infância bastante difícil, mas que não permitiu que isso o tornasse uma pessoa amarga. Não sei quem me fez rir mais. Se a mocinha ou ele. Os dois são divertidos e loucos e combinam à perfeição. Realmente nasceram um para o outro.rs 

- Recomendo muito a história! É um romance leve, lindo em sua simplicidade, que nos faz rir e sonhar acordadas. E me fez suspirar muito aqui. Como eu gostaria de encontrar em meu caminho alguém como o mocinho desta história!kkkkkkkk Não custa nada sonhar, verdade?rs

- Senti falta de uma maior participação dos outros Bridgertons. Queria ver o Benedict e a Sophie, do livro Um Perfeito Cavalheiro. Sinto muitas saudades deles. São os meus preferidos desta série. :D 

- Dei 4 estrelas ao livro no Skoob. E como disse antes, recomendo muito! 

"Ele era o primeiro dela, e ela era a sua última."



Os Bridgertons

1- O Duque e Eu (Daphne e Simon)
2- O Visconde que me Amava (Anthony e Kate)
3- Um Perfeito Cavalheiro (Benedict e Sophie)
4- Os Segredos de Colin Bridgerton (Colin e Penelope)
5- Para Sir Phillip, com Amor (Eloise e Phillip)
6- O Conde Enfeitiçado (Francesca e Michael)
7- Um Beijo Inesquecível (Hyacinth e Gareth)
8- A Caminho do Altar (ainda não publicado no Brasil)

24 de janeiro de 2016

O Conde Enfeitiçado - Julia Quinn

(Título Original: When He Was Wicked
Tradutora: Claudia Costa Guimarães
Editora: Arqueiro
Edição de: 2015)


Série Os Bridgertons - 6/8


Toda vida tem um divisor de águas, um momento súbito, empolgante e extraordinário que muda a pessoa para sempre. Para Michael Stirling, esse instante ocorreu na primeira vez em que pôs os olhos em Francesca Bridgerton.

Depois de anos colecionando conquistas amorosas sem nunca entregar seu coração, o libertino mais famoso de Londres enfim se apaixonou. Infelizmente, conheceu a mulher de seus sonhos no jantar de ensaio do casamento dela. Em 36 horas, Francesca se tornaria esposa do primo dele.

Mas isso foi no passado. Quatro anos depois, Francesca está livre, embora só pense em Michael como amigo e confidente. E ele não ousa falar com ela sobre seus sentimentos – a culpa por amar a viúva de John, praticamente um irmão para ele, não permite.

Em um encontro inesperado, porém, Francesca começa a ver Michael de outro modo. Quando ela cai nos braços dele, a paixão e o desejo provam ser mais fortes do que a culpa. Agora o ex-devasso precisa convencê-la de que nenhum homem além dele a fará mais feliz.



Palavras de uma leitora... 


"Quatro anos, ao que parecia, não eram capazes de apagar uma lembrança. 
 Mas havia algo diferente agora. Ele estava mudado, embora ela não soubesse exatamente como.
 E não soubesse ao certo por quê."

- Se alguém tivesse lhe dito que ele se apaixonaria à primeira vista, Michael teria chorado de tanto rir. E se, além disso, a pessoa também lhe dissesse que ele se apaixonaria à primeira vista pela futura esposa de seu primo, a quem ele amava como irmão, ele pensaria que a pessoa estaria necessitando urgentemente de um tempo num hospital psiquiátrico. Aquilo era totalmente impossível. Jamais entregaria seu coração, muito menos a uma mulher que lhe fosse proibida. Porém... quando ele a viu, quando encarou aqueles olhos azuis pela primeira vez, soube que estava perdido. Que ela havia roubado para sempre o seu coração e que sua vida jamais seria a mesma. A partir daquele instante, Michael sabia, estava condenado ao inferno. Em vida. E não poderia existir algo mais doloroso do que isso. Pelo menos, era o que ele pensava. E o destino tratou de mostrar-lhe que ele estava muito, muito errado.

" Ninguém conhecia John tão bem quanto ele. Ninguém.
 E John não estava no quarto. Tinha partido. O que estava sobre a cama...
 Não era John."

- Pior do que amar em segredo a mulher de seu primo durante dois longos anos e de fingir para todos que não passava de um mulherengo incorrigível, que colecionava conquistas e não tinha um pingo de vergonha na cara, sempre com um sorriso malicioso nos lábios... Pior do que representar tal papel durante tanto tempo e de ser o melhor amigo da mulher que amava... Pior do que tudo isso... era ver que John já não fazia parte de seu mundo. Que havia partido. Para sempre. Isso era insuportável. Porque ele havia crescido com John. Havia partilhado toda uma vida com ele e só Deus sabia o quanto ele o amava. Só que não era só a dor por sua partida que o destruía. Era também a sensação de que ele era culpado. De que ao amar e cobiçar sua mulher, tinha contribuído de alguma maneira para aquele final. E ele sentia que jamais seria capaz de se perdoar. Então fugiu... Para longe de Francesca e das lembranças. Fugiu... durante quatro anos. Até perceber que não importava o quanto estivesse distante fisicamente dela... ainda era capaz de vê-la. De ouvir sua risada, sua voz... De perder-se em seus olhos e sentir o seu toque. E ele estava cansado de fugir. 

"Sentiu um aperto no peito, o coração começou a bater mais forte e, de repente, o impossível se tornou inevitável. Michael se deu conta de que, dessa vez, não havia como parar. Dessa vez o que contava não era o seu controle, o seu sacrifício ou a sua culpa.
 Dessa vez o que contava era ele.
 E ele ia beijá-la."

Ela não queria voltar a amar. Na verdade, considerava isso impossível. Tinha encontrado o amor ao lado de John e os anos não tinham sido capazes de diminuir a dor de sua perda. Ainda conseguia lembrar-se com clareza de cada momento, de cada sorriso, de cada carícia. Ela havia sido imensamente feliz durante os dois anos que durou o seu casamento. Ao conhecê-lo, Francesca sentiu como se tivesse encontrado a parte que lhe faltava. O que eles tiveram durante aquele breve tempo era muito mais do que muitos casais tinham durante toda uma vida. E ela sabia que jamais encontraria um homem que a fizesse sentir o mesmo. E nem queria. Porque não seria capaz de se perdoar se um dia traísse a memória do marido. Se um dia permitisse que um outro alguém a fizesse amar de novo. Tudo o que ela queria era um bebê. Depois de quatro anos vivendo sozinha, ela sentia tornar-se extremamente dolorosa a necessidade que tinha de ser mãe. E por isso estava disposta a encontrar um marido. Só por isso. Nada mais. Porém, quando Michael de repente retorna, Francesca percebe que sua vida está prestes a mudar para sempre. Que nada jamais voltaria a ser como antes.

"Mas agora, de repente...
 Ela olhara para ele e vira algo completamente novo.
 Vira um homem.
 E aquilo a assustara terrivelmente."

- Ao iniciar a leitura, eu estava cheia de expectativas. Tudo bem que eu já era consciente de que essa não era a melhor história da série. Mas ainda assim estava animada, ansiosa para conhecer a história do amor proibido que o Michael sentia e como ele conseguiria lidar com seus sentimentos, com a culpa e de que maneira se desenvolveria o romance entre ele e a Francesca. E quando li as primeiras páginas e senti toda aquela emoção, toda a dor que eles estavam sentindo, soube que a história seria maravilhosa. Infelizmente, eu soube errado.rsrs 

- Não. A história não é de modo algum ruim. Nem apenas boa, como costumo classificar certas histórias das quais gostei mais ou menos. Não é isso. A história é envolvente, cativante e me fez rir em vários momentos. Além de ter cenas para lá de quentes, que nos fazem perceber que neste verão está realmente fazendo muito calor.rs Enfim... Como eu estava dizendo, a história é muito boa e não me arrependo de lê-la. Mas confesso que quando cheguei à página 245 já estava mais do que determinada a matar a Francesca. Minha paciência já tinha ido para o espaço fazia tempo e quando li certo pensamento dela naquela página senti meu sangue ferver e a vontade de simplesmente estrangulá-la foi forte. E não. Não fui mais compreensiva com o Michael. Por mais que eu entendesse o sentimento de culpa deles e tudo que os fazia sentir dúvidas e relutar em construir uma vida juntos, toda paciência tem limites, gente. E eles ultrapassaram todos os limites. Acabaram com minha paciência e me deixaram a ponto de explodir. Foi difícil me controlar. Foi difícil tentar recuperar a calma e voltar a me colocar no lugar deles. 

- Durante a maior parte do livro, a história entre Michael e Francesca não acontece. Somente após quase duzentas páginas é que realmente começa e se desenvolver algum romance. Antes temos o Michael enfrentando seus próprios dramas, culpas, tristezas e fantasmas. Tentando se afogar no álcool e pensando em maneiras de descontar sua frustração nos outros. E temos a Francesca, determinada  a encontrar um marido com o único objetivo de ter um filho, e alimentando dentro de si a culpa por desejar tal coisa. Só temos Francesca e Michael, uma história entre os dois, depois de mais de metade do livro. E até as últimas páginas ela fica naquela indecisão que dá nos nervos. Tive vontade de sacudi-la e gritar em seu ouvido para ver se assim ela acordava. E quando ela finalmente acorda... Bem... Sinto muito, gente, mas eu não consigo acreditar. Terminei a história sem acreditar no amor da Francesca pelo Michael. Eu acreditava totalmente no amor dele por ela. E me partia o coração a certeza que ele tinha de que ela jamais corresponderia aos seus sentimentos e de que ele não merecia ser amado por ela. Embora eu também me aborrecesse com ele, acreditava em seu amor. Mas no que se refere à Francesca, não. Não acredito que ela em algum momento passou a amá-lo. E nada pode me convencer do contrário. :(

- Apesar disso, como eu disse, considerei a história muito boa. E dei 4 estrelas ao livro. Porque, como um todo, é um livro bem escrito, que nos envolve, nos faz rir e não desejamos interromper a leitura. Mas se fosse apenas pelo romance entre o casal, eu teria dado menos estrelas. 



Os Bridgertons

1- O Duque e Eu (Daphne e Simon)
2- O Visconde que me Amava (Anthony e Kate)
3- Um Perfeito Cavalheiro (Benedict e Sophie)
4- Os Segredos de Colin Bridgerton (Colin e Penelope)
5- Para Sir Phillip, com Amor (Eloise e Phillip)
6- O Conde Enfeitiçado (Francesca e Michael)
7- Um Beijo Inesquecível (Hyacinth e Gareth)
8- A Caminho do Altar (título provisório. Ainda não publicado no Brasil)

15 de janeiro de 2016

Para Sir Phillip, com Amor - Julia Quinn

(Título Original: To Sir Phillip, With Love
Tradutora: Viviane Diniz
Editora: Arqueiro
Edição de: 2015)

Série Os Bridgertons - 5/8

Eloise Bridgerton é uma jovem simpática e extrovertida, cuja forma preferida de comunicação sempre foram as cartas, nas quais sua personalidade se torna ainda mais cativante. 

Quando uma prima distante morre, ela decide escrever para o viúvo e oferecer as condolências. Ao ser surpreendido por um gesto tão amável vindo de uma desconhecida, Sir Phillip resolve retribuir a atenção e responder. 

Assim, os dois começam uma instigante troca de correspondências. Ele logo descobre que Eloise, além de uma solteirona que nunca encontrou o par perfeito, é uma confidente de rara inteligência. E ela fica sabendo que Sir Phillip é um cavalheiro honrado que quer encontrar uma esposa para ajudá-lo na criação de seus dois filhos órfãos. 

Após alguns meses, uma das cartas traz uma proposta peculiar: o que Eloise acharia de passar uma temporada com Sir Phillip para os dois se conhecerem melhor e, caso se deem bem, pensarem em se casar? Ela aceita o convite, mas em pouco tempo eles se dão conta de que, ao vivo, não são bem como imaginaram. Ela é voluntariosa e não para de falar, e ele é temperamental e rude, com um comportamento bem diferente dos homens da alta sociedade londrina. 

Apesar disso, nos raros momentos em que Eloise fecha a boca, Phillip só pensa em beijá-la. E cada vez que ele sorri, o resto do mundo desaparece e ela só quer se jogar em seus braços. Agora os dois precisam descobrir se, mesmo com todas as suas imperfeições, foram feitos um para o outro. 



Palavras de uma leitora... 


"E ela estava sozinha. Sozinha em meio a uma Londres cheia de gente, em meio a uma família grande e amorosa. 
Era difícil imaginar um lugar mais solitário."

- Às vezes uma dama precisa ser imprudente. Não que ela fosse sair por aí dando tal conselho. Mas ao menos necessitava convencer a si mesma de que fizera a coisa certa. Ou a errada pelos motivos certos

Nunca imaginou que um dia seria capaz de fugir não só de casa, mas também de sua amada Londres, deixando para trás uma mãe e irmãos preocupados e desejosos de matá-la. Muito menos que fugiria em direção ao desconhecido para encontrar-se com um homem que nunca vira na vida e que conhecia apenas por cartas. Tudo bem que eles já trocavam cartas há mais de um ano, porém, bem lá no fundo, ela sabia que não estava fazendo apenas algo imprudente, mas também extremamente arriscado... 

"Sir Phillip era, à sua própria e estranha maneira, dela. A única coisa que nunca tivera de dividir com ninguém. [...] Ele era seu segredo. Seu."

Mas... ainda que sua própria ousadia a deixasse um tanto chocada, enquanto a carruagem a deixava cada vez mais próxima de seu destino, ela sentia-se estranhamente confiante de que, pela primeira vez na vida, fizera realmente algo por si mesma. Sentia que fizera o que era preciso para encontrar a felicidade que tanto buscava. Mesmo tendo crescido protegida pela mãe e os irmãos mais velhos, Eloise sabia que na vida era preciso correr riscos. Apostar. E que não havia meio-termo. Era tudo ou nada. Ou ela jogava tudo para o alto e ia atrás dos seus sonhos... ou passava a vida inteira sentada lamentando pelo que poderia ter feito e não fez. A escolha era sua. E se tinha uma coisa que Eloise Bridgerton jamais faria seria ficar sentada. Parada. E muito menos lamentando. Não. Aquilo não era do seu feitio. Qualquer um que a conhecesse concordaria com ela....

... E se tinha uma coisa pela qual ela estava disposta a lutar... era pelo amor. Queria amar. E nada nem ninguém iria impedi-la de realizar seu sonho. Nem mesmo Sir Phillip, que sequer poderia imaginar que ela estava indo ao seu encontro. É verdade que ele a convidara. Só que em sua pressa para sair de Londres, esquecera-se por completo de avisá-lo. Mesmo que tivesse esquecido de propósito. 

"E agora ali estava, seguindo em direção a Gloucestershire, ao seu destino, acreditava - ou esperava, ainda não sabia bem -, com nada além de algumas mudas de roupa e uma pilha de cartas escritas para ela por um homem que nunca tinha visto. 

Um homem que esperava poder amar. 
Era emocionante.
Não, era assustador. 
[...] Ou poderia ser sua única chance de felicidade."


- Tudo que ele queria era uma mãe para os seus filhos. Claro que para isso ela precisaria ser sua esposa. Mas isso era apenas um detalhe. O mais importante, seu objetivo, era encontrar alguém que pudesse amar os dois pestinhas que ele tinha como filhos e torná-los crianças normais. Consertar todos os erros que ele havia cometido nos poucos anos em que assumira a responsabilidade como pai. Ele sabia que fizera um grande estrago. Sabia que seus filhos não eram felizes, que ele era um péssimo pai e que não conseguira sequer manter a mãe deles viva, para que ao menos eles tivessem o consolo de ter uma mãe, alguém que soubesse lidar com eles e compreendê-los. A frustração o atormentava dia após dia, mas pior que isso era o sentimento de culpa. Queria fazer a coisa certa pelo menos uma vez na vida e, quando aquela desconhecida lhe escreveu para lhe dar os pêsames pela morte da esposa, Phillip soube que Deus havia ouvido as suas preces. E ele teve ainda mais certeza quando, um ano depois de terem iniciado aquela troca de cartas, ela seguia parecendo apreciar sua distante companhia, o que o encorajou a pedi-la em casamento. Através de uma carta, é claro. Não. Não havia realmente feito isso. Apenas sugeriu que ela passasse um tempo em sua propriedade para que eles pudessem descobrir se dariam certo como marido e mulher. E só aí ele a pediria em casamento. O que não significava que não seria por meio de uma carta. Afinal de contas, ele nunca tinha sido bom com as palavras quando precisava falar

"Então sorriu de maneira educada e encorajadora, esperando que ele puxasse algum assunto. 
Ele pigarreou.
Ela se inclinou para a frente.
Ele pigarreou de novo.
Ela tossiu.
Ele pigarreou pela terceira vez."

"[...] Ele abriu a boca mas depois a fechou e olhou pela janela. 
  - Está fazendo sol - comentou.
  - É, está - concordou Eloise, achando aquilo meio óbvio.
  - Mas acho que vai chover à noite."

- E embora reconhecesse que não era muito bom com as palavras na hora de cortejar uma mulher (ou em qualquer outro momento), se tinha uma coisa que Phillip não desejava fazer quando estava ao lado de Eloise, afogando-se em seus olhos e perdendo-se naquele sorriso que definitivamente tinha o poder de lhe tirar todo o ar, era falar. Tudo que ele mais queria era puxá-la para os seus braços e beijá-la. Até que ela conseguisse curar suas feridas. E fazê-lo sentir-se inteiro de novo. Eloise era vida. E como ele queria viver. Ao seu lado. Para sempre. Será que era pedir demais? A verdade é que não importava. Ele faria o que fosse preciso para mantê-la ao seu lado... para fazê-la compreender que era a pessoa que estava esperando. Perdê-la não era sequer uma opção. 

"Só tinha de conseguir fazê-la ficar."

- Cheguei à seguinte conclusão: jamais irei me cansar desses Bridgertons. Tudo bem que eu já tinha chegado à esta conclusão desde o primeiro livro da série, mas agora tenho ainda mais certeza.rs É impossível não amá-los, é impossível não me acabar de rir com suas loucuras e desejar que cada livro dure uma eternidade. É sempre uma tristeza terminar a leitura, pois logo bate aquela saudade, aquela sensação de perda. Se o livro tivesse pelo menos 5 vezes o seu número de páginas, eu já ficaria mais feliz. Só que as histórias são sempre tão curtinhas que sempre tento me demorar mais em cada página, tentando prolongar a leitura e adiar o momento da despedida. Eu sei que sou louca. Mas tenho a certeza de que vocês me entendem. Principalmente se forem tão fãs dos Bridgertons como eu.rs Amá-los é maravilhoso, mas também provoca uma dorzinha no coração. Suspiros... Sobretudo agora que falta tão pouco para a série terminar. 

"- Preciso de você - gemeu ele, com a voz rouca.
 Seus lábios correram da boca de Eloise para a bochecha, depois para o pescoço, provocando e  fazendo cócegas.
 Ela sentia que estava perdendo a razão. Ele a estava fazendo perder a razão, até ela não saber mais quem era ou o que estava fazendo. 
 Tudo o que queria era ele. Mais e mais. Por inteiro."

- Acompanhar esta história foi uma delícia. Ela tem tudo na medida certa, tornando-a minha segunda preferida da série. Porque por mais que eu ame muito cada um dos livros que li até agora, Um Perfeito Cavalheiro será sempre o meu querido. Seguido de perto por Para Sir Phillip, com Amor. A história de Eloise e Phillip é completa, nos levando ao riso e as lágrimas quando menos imaginamos. E a presença dos filhos do mocinho torna o livro ainda mais perfeito. Oliver e Amanda sabem bem como roubar as cenas... e nossos corações. Sim. Eles são terríveis. Capazes das piores travessuras. Mas tocaram tão profundamente meu coração. Toda aquela carência e sofrimento que eles escondiam por trás da raiva e da rebeldia... é impossível não sentir um nó na garganta ao ver o quanto eles estavam perdidos, implorando por um pouco de carinho, um pouco de atenção e amor. Não sei quem me conquistou mais. Se o casal ou as crianças.kkkkkkkk... 

"[...] Phillip estendeu o braço e pegou sua mão.
  - Está tudo bem - disse ele. 
  E estava, ela percebeu. Estava mesmo."

- Diferentemente do casal de Um Perfeito Cavalheiro, Eloise e Phillip não se apaixonam à primeira vista. Não. O relacionamento e os sentimentos se constroem pouco a pouco. O amor vai nascendo lentamente. Da convivência, das trocas de olhares, sorrisos e carícias. Da necessidade que um tinha do outro. E é simplesmente lindo acompanhar este relacionamento, ver o amor surpreendê-los e tomar conta deles, arrancando a tristeza que carregavam no fundo de seus olhos e escondida em seus corações. É emocionante ver como aquele sentimento se espalha pela casa, que antes parecia tão sombria, e atinge as crianças, envolvendo-as também. Não é uma história que dê para esquecer. 

"- Sempre vou amar vocês - sussurrou Phillip, agachando-se até ficar da altura dos dois. Então puxou-os para perto, feliz em sentir seu calor. - Sempre vou amar vocês."

- E para tornar o livro ainda mais maravilhoso... quem vocês acham que marcou presença nesta história?! Sim, claro que quase todos os Bridgertons tinham que aparecer para se meter na vida da irmã. E lembrem-se que ela fugiu, então vocês podem ter uma ideia do quanto eles demonstram a felicidade deles quando a encontram. Ela deu sorte por continuar viva. E o Phillip deu mais sorte ainda.kkkkkkkkkk Mas o casal que marcou presença neste livro foi o meu querido, o meu mais amado. :D Sim, Sophie e Benedict estiveram bem presentes e até mesmo tiveram uma cena muito importante e triste na história. Eu quase tive um troço do coração naquele momento, mas felizmente tudo termina bem. :)

"Ela tocara e mudara seu coração. Ela o mudara."


Os Bridgertons

1- O Duque e Eu (Daphne e Simon)
2- O Visconde que me Amava (Anthony e Kate)
3- Um Perfeito Cavalheiro (Benedict e Sophie)
4- Os Segredos de Colin Bridgerton (Colin e Penelope)
5- Para Sir Phillip, com Amor (Eloise e Phillip)
6- O Conde Enfeitiçado (Francesca e Michael)
7- Um Beijo Inesquecível 
8- A Caminho do Altar (título provisório. Ainda não publicado no Brasil)


"Ele vivia a aurora de um novo dia, a primeira página de um novo capítulo da vida. Era emocionante. E assustador. Porque Phillip não queria fracassar. Não agora, não quando finalmente descobrira tudo de que precisava. Eloise. Seus filhos. Ele mesmo."

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