29 de novembro de 2012

O Misterioso Caso de Styles - Agatha Christie

Tempo de leitura:

(Título Original: The Mysterious Affair At Styles
Tradutor: A.B. Pinheiro de Lemos
Editora: BestBolso
5ª Edição: 2011)


No meio da madrugada, a rica proprietária da mansão Styles é encontrada morta em sua cama, aparentemente vítima de um ataque cardíaco. As portas do quarto estavam trancadas por dentro e tudo indicava morte natural. Mas o médico da família levanta uma suspeita: assassinato por envenenamento. Todos os hóspedes da velha mansão tinham motivos para matar a Sra. Inglethorp e nenhum deles possuía um álibi convincente. Para solucionar o crime, entra em ação o detetive Hercule Poirot, irresistível personagem criado por Agatha Christie, que faz a sua estreia neste caso intrigante. Um marco da literatura policial e um dos maiores romances do gênero.



Palavras de uma leitora...


"Apenas por um instante, tive uma premonição de todo o mal que estava para acontecer."


- Eu sei. Não era para eu estar fazendo a resenha sobre esse livro. Era para eu estar fazendo a resenha do livro da maratona.kkkkkkkk... Só que esse mês foi um tanto quanto difícil para mim e não tive muito ânimo para ler romance. Na verdade, não tive muito ânimo para ler coisa alguma. Só para terem uma ideia só tinha lido "Segredos Perigosos" e depois dele mais nenhum. Geralmente, com ou sem tempo, eu sempre leio romances de amor. Não vivo sem eles!rsrs... Só que dessa vez, optei por ler esse livro da Agatha Christie. E foi uma ótima escolha! Agatha Christie já faz parte da lista de autoras que eu admiro muito e que sempre preciso ler! 

- A história fala da morte de Emily Inglethorp. Ou melhor, fala do assassinato dessa boa senhora. Emily, uma senhora de mais de 70 anos, autoritária e muito generosa,  tinha se casado muito tempo antes com o pai de dois meninos, quando ele ficara viúvo. Esses meninos se chamam Lawrence e John Cavendish e com a morte do pai, ambos ficaram nas mãos da madrasta, pois o pai deixou quase tudo que possuía para ela, por tanto amá-la. Embora essa situação fosse injusta para os meninos, Emily sempre foi generosa com todos e com os meninos não foi diferente. Ela os amava e por eles serem muito novos quando ela se casou com o pai deles, ambos a viam, de certa forma, como mãe. 

Embora os dois meninos tenham tentado seguir com a própria vida e abandonar a propriedade de Styles (que não era deles e sim da madrasta) acabaram por abandonar os estudos na faculdade e permaneceram em casa. Um se dedicando à literatura e o outro se dedicando à propriedade. John, aquele que tinha desistido de ser advogado, acabou por conhecer uma mulher que ele desejou tornar sua esposa e ao se casar com ela, não pode deixar de desejar que a mãe aumentasse sua mesada para que ele pudesse ter uma casa só dele e da mulher. Mas Emily não quis que as coisas acontecessem assim. Embora generosa, ela também era autoritária e nunca deixava ninguém esquecer que devia tudo que tinha a ela. E assim, acabava por não despertar o amor nas pessoas que a conheciam e conviviam com ela. 

Generosa como só ela conseguia ser colocou em sua casa também a filha de uma ex colega de escola. Uma menina que tinha ficado órfã e sem ter onde cair morta. Emily ofereceu à jovem a sua casa e já fazia dois anos que ela vivia lá. 

Mesmo cercada de pessoas e sem ter a menor vontade que elas a abandonassem (talvez por isso fizesse por onde elas numa esquecerem sua generosidade e nem terem "meios de construir a própria vida"), Emily não estava exatamente feliz. Queria novamente o amor em sua vida e sabia que não era amada por aquelas pessoas que viviam na mesma casa que ela e dependiam dela. Então, quando um homem excêntrico aparece em sua vida, ela resolve mantê-lo por perto e em pouco tempo se casa com ele, para espanto e desespero daqueles que a conheciam. Será que ela não percebia que ele não amava? Será que não notava que ele era um falso que só estava interessado no dinheiro dela? E as pessoas ainda tinham mais motivos para se desesperar: o surgimento daquele homem na vida de Emily, poderia ameaçar a estabilidade financeira daqueles que dependiam dela e esperavam herdar sua fortuna e aquela propriedade. Se Alfred a convencesse de seu amor (que tanto podia ser sincero quanto não) Emily poderia deixar tudo que tinha para ele. E isso era simplesmente inaceitável. Para todos. 

Hastings, meu "querido" narrador de histórias (quem já leu alguma resenha minha sobre livros da Agatha Christie sabe: não o suporto!!!! Só o aturo porque não tenho escolha), acaba se envolvendo nesse caso, por causa de ferimentos de guerra. Ele estava de licença e acabou se encontrando por acaso com John Cavendish, enteado de Emily, e um amigo de infância. Hastings tinha passado várias temporadas em Styles e não viu motivos para recusar quando John o convidou para passar seu período de licença lá. E ele estava presente quando o crime aconteceu. Por coincidência, meu detetive preferido (Hercule Poirot!!!) também estava por perto quando aquele assassinato cruel foi cometido e como ele tinha uma dívida de gratidão com a senhora assassinada, se dedicou profundamente ao caso, não desistindo até solucioná-lo. E esse foi um caso que definitivamente o deixou perplexo. Um caso que até para ele foi bastante complicado. Quem a teria assassinado? Como? E por quê? As coisas são muito mais complexas do que parecem. São muitos os suspeitos. Todos os álibis são frágeis, todos possuíam segredos que queriam que permanecessem ocultos e todos também tinham motivos para matá-la. Um assassinato cruel e um desfecho surpreendente. Que me deixou chocada. 


" - O fogo queima... e destrói"


No meio da madrugada, Hastings, os moradores da propriedade e os criados são acordados pelos gritos de Emily. Todos correm para saber o que se passava, mas todas as portas que davam acesso ao quarto da senhora se encontravam trancadas. Por dentro. Foi um sofrimento para arrombar a porta que dava para o corredor, mas por fim eles conseguiram. Os gritos que ela dava eram aterrorizantes e ela sofria convulsões capazes de assustar até uma pessoa que não se assustava com facilidade. Ninguém sabia como ajudá-la. Um médico foi chamado, mas quando ele chegou já era tarde demais. Emily estava morta. 

De início, o médico acreditou que Emily tinha morrido por causa de um ataque cardíaco, já que ela possuía problemas no coração. Porém, um especialista em venenos (que por acaso se encontrava por perto) o convenceu do contrário. De modo algum a morte de Emily tinha sido causada pelo coração. Tudo indicava assassinato por envenenamento. E a partir daí, todos se tornam suspeitos. 


"Tive uma ideia... mas estava enganado. Isso mesmo, estava redondamente enganado. Contudo, é muito estranho... Mas não importa!"


- Acho que vocês já sabem o quanto eu adoro o Hercule Poirot, não é? Seja em filme ou em livro (embora prefira os livros) eu simplesmente fico fascinada quando ele começa a investigar um crime e quando o resolve. Ele é incrível! Não deixa escapar um único detalhe, por mais insignificante que ele seja. E resolveu esse caso de forma impressionante, revelando os segredos que cada pessoa desejava ocultar para sempre. Foi impressionante. E eu simplesmente adorei o final! :)

"- Mon ami, quando se descobre que as pessoas não estão dizendo a verdade, é preciso tomar todo o cuidado possível."

- Durante boa parte da história, eu tinha uma pessoa como principal suspeita. Principalmente depois que certas coisas foram ditas. Claro que desconfiava de tudo e de todos (Agatha Christie provoca essa desconfiança sempre que leio um livro dela.rsrs... Não dá para confiar em ninguém em suas histórias. Somente no imbecil do Hastings e no meu querido Hercule Poirot), mas essa pessoa tinha despertado muito a minha atenção. Eu desconfiava demais dela. Estava certa? Essa pessoa era a assassina (lembrando que estou dizendo "pessoa" exatamente para não revelar se a culpa do crime era de um homem ou de uma mulher)???? Não!kkkkkkk... Não importa que pessoa despertou o meu interesse, mas posso dizer que essa pessoa era inocente. :D Eu não descobri que pessoa tinha cometido aquele crime. O final me surpreendeu muito. Eu suspeitava de todos, mesmo assim fiquei impressionada com o crime. E a forma como o Hercule Poirot explicou tudo até mesmo o modo como a pessoa tinha conseguido assassinar a senhora. Todos sabemos que ela foi envenenada, mas o final... é realmente impressionante! Adorei o livro! E é claro que o recomendo. Cinco estrelas e passagem para os favoritos, sem pensar duas vezes! 


"Será que a polícia tinha alguma pista ou o caso seria incluído na categoria dos crimes sem solução?"


Bjs e até breve!


Leitora apaixonada por romances de época, clássicos e thrillers. Mãe da minha eterna princesa Luana e dos meus príncipes Celestino e Felipe (gatinhos filhos do coração). Filha carinhosa. Irmã dedicada. Amiga para todas as horas. Acredita em Deus. E no poder do amor.

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