18 de novembro de 2012

Segredos Perigosos - Chantelle Shaw

Tempo de leitura:

 
(Título Original:Untouched Until Marriage
Tradutora: Vera Vasconcellos
Editora: Harlequin
Ano de lançamento: 2010
Paixão 208)
 
 
Mãe do bebê Carducci... ou virgem inocente?
 
 
Quando Raul Carducci soube que um bebê poderia pôr sua herança em risco, decidiu mostrar as garras. Um novo herdeiro dos Carducci não usurparia o que era dele por direito. Para proteger o pequeno Gino, Libby Maynard fora forçada a fingir que era sua mãe, mas não esperava ter de utilizar sua farsa com Raul... E então ele a pediu em casamento com sua voz forte e sedutora. Incapaz de recusar, Libby se tornou sua esposa... e rezou para que a verdade não fosse descoberta na noite de núpcias!
 
 
 
 
Palavras de uma leitora...
 
 
 
"Em sua opinião, o papel da mulher era conversar sobre coisas agradáveis para fazê-lo desfrutar de boa companhia após um dia extenuante de trabalho ou lhe prover sexo de boa qualidade sem complicações nem compromisso."
 
 
 
- Essa opinião interessante do Raul sobre o papel das mulheres é dada depois dele ter se sentido ofendido pela Libby confrontá-lo. Ele afirmou algo sobre ela, baseado em suas investigações, que não era verdade. O fato dela afirmar que ele estava errado, que aquilo não era verdade, o irritou, pois o papel da mulher definitivamente não é ir contra o que o homem diz. Se ele dissesse que ela era uma prostituta, então ela era e ponto final. Ela não tinha que tentar se defender. O papel da mulher não é esse! É ficar calada enquanto ele diz o que quer, é fazer o que ele manda ela fazer, sem reclamar!
 
Necessito dizer que as coisas entre o Raul e eu não começaram bem?rsrs... Logo que o conheci, eu já não gostei dele. E os motivos foi ele que me deu. Parecia uma criança irritada simplesmente porque deixou de ser o centro das atenções, porque o pai decidiu arranjar outra pessoa e ter outros filhos. Tudo bem que uma criança não encara muito bem essa situação, mas o Raul já era um homem feito, tinha mais de trinta anos e o pai dele tinha todo o direito de arranjar a pessoa que quisesse e ter quantos filhos quisesse. Achei os pensamentos iniciais do Raul infantis demais e não gostei nem um pouco dele. Quando ele mostrou seu pensamento sobre o papel da mulher, só conseguiu me irritar mais. Infantil, mimado, machista e preconceituoso. Era isso que o Raul era para mim. Minha opinião mudou depois? Nem tanto assim.rsrsrs...
 
 
"- Então, não é uma stripper?
 
- Não! - Libby sentia a face queimar, mas presa pelo magnetismo daquele homem, se viu incapaz de se afastar.
 
As sobrancelhas negras arquearam enquanto ele a encarava.
 
- É uma pena - murmurou Raul. - Talvez fosse capaz de lhe pagar por uma exibição particular."
 
 
- A história começa pouco tempo após a morte do pai do Raul e a leitura de seu testamento. Um testamento que deixa Raul furioso, já que as coisas não seriam como ele queria. Raul sempre tinha acreditado que herdaria sozinho a fortuna e o controle da empresa do pai, só que o aparecimento de uma outra criança faz com que tudo mude. Agora ele não herdaria mais tudo sozinho. Teria que dividir com o irmão e isso era simplesmente inaceitável. Lembram o que eu disse sobre ele ser infantil? Pois bem. Esse tipo de comportamento é aceitável em crianças. Num homem feito é ridículo. 
 
 
- Raul passa um tempo procurando pela mãe do seu meio-irmão, que tinha se mudado sem dizer para onde iria e quando finalmente a encontra, toda sua opinião sobre ela se mostra verdadeira. Era uma vadia que seduziu seu pai por dinheiro e ponto final. Merecia desprezo e o fato dela ser uma vadia também a fazia, automaticamente, uma péssima mãe. Mas ela era muito linda e independente do fato dela ter dormido com o seu pai... ele desejava levá-la para a cama e aproveitar todo o prazer que ela poderia lhe dar. E claro que a culpa por ele desejá-la era toda dela, que não passava de uma feiticeira e queria fazer com ele o mesmo que fez com o pai dele. Definivamente, o Raul me irritou.
 
 
- Raul leva Gino (o bebê) e a Elizabeth para a ilha dele na Itália, seguindo as ordens do testamento do pai. Ele acreditava que ela fosse mãe do bebê e ex-amante do pai e claro que não poderia adivinhar que as coisas não eram bem assim.
 
- Libby não era mãe do bebê que atrapalhava os planos de Raul, mas sim irmã. Era sua mãe que tinha tido um relacionamento amoroso com o pai dele. Só que as duas possuíam o mesmo nome (já vi isso tantas vezes em outros romances!rsrs...) e a mãe da Libby tinha falecido pouco tempo depois do nascimento de Gino, sem ter nomeado a Libby como tutora, responsável legal do menino. Perdida sem a mãe, ainda de luto e temendo que o Serviço Social tirasse o irmão dela, Libby se muda para outro lugar, finge ser mãe do menino, tenta levar o sonho da mãe adiante e criar o irmão sozinha. Só que as coisas não são nada fáceis. Embora a amasse sua mãe não era exatamente o tipo responsável e Libby não tinha estudos suficientes para conseguir administrar o pequeno negócio ou arranjar algo melhor. Estava na miséria, criando o irmão que tinha problemas respiratórios, num lugar úmido e cheirando a mofo. Ela estava completamente perdida e sufocada, sem saber o que fazer e preocupada com a saúde do irmão. Ao mesmo tempo que chega para infernizar a sua vida, Raul também é sua salvação e ela não hesita muito quando ele decide que ela e o menino devem viver na Itália.
 
 
- Embora  Raul sempre esteja disposto a falar mal dela e julgá-la, a atração entre eles é muito forte e passam quase todo o livro desejando fazer amor onde quer que seja. O livro fala mais sobre essa atração do que qualquer outra coisa. Existem momentos legais, uns que me fizeram rir e outros que eu adorei, mas não é uma história que se tornou inesquecível ou que eu precisasse ter lido. Nem posso dizer que foi um livro para passar o tempo, pois eu simplesmente preferia não ter lido.rsrs... Me interessei por essa história por ela ser da Chantelle Shaw que é uma autora da qual eu gosto bastante, mas esse não é o melhor livro que ela já escreveu. Já li livros muito melhores escritos por essa autora. A leitura flui bem. É fácil ler o livro, só que não enxerguei de onde surgiu o amor entre o casal e achei tudo muito sem sal. Não vi amor da parte do mocinho e nem da mocinha. Nem amor pela criança eu enxerguei! Eles amavam o bebê? A autora diz que sim, mas não senti amor algum nessa história. Por ninguém. De parte alguma.
 
 
- O que gostei no livro foi que apesar de ser estúpido, infantil e tudo o mais, o Raul se comportou de uma maneira madura (pela primeira vez na vida) durante uma briga depois do casamento. Bem... não durante a briga, mas depois. Em vez de insistir em ser a vítima da história e descontar toda a sua raiva na mocinha, ele parou para pensar. Tudo bem que ele já tinha dito horrores para ela e a tinha colocado no chão, mas depois de sair furioso do quarto, fazendo promessas ameaçadoras, ele respirou fundo e pensou no que tinha descoberto e no que ele próprio tinha dito e feito. Consegui acreditar que as palavras foram todas ditas da boca para fora, pois ele se arrependeu em seguida e tentou fazer as pazes com a mocinha. Essa foi a cena que mais gostei do livro. Acho que foi a única que realmente me agradou. O comportamento dele desde o início da briga até depois me agradou. Fez com que a cena se tornasse mais real.
 
 
- Não recomendo o livro. Dei três estrelas no skoob porque estou generosa hoje.kkkkkk...
 
 
 
Bjs! 

Leitora apaixonada por romances de época, clássicos e thrillers. Mãe da minha eterna princesa Luana e dos meus príncipes Celestino e Felipe (gatinhos filhos do coração). Filha carinhosa. Irmã dedicada. Amiga para todas as horas. Acredita em Deus. E no poder do amor.

3 comentários:

  1. Oi Luna, adorei sua resenha da próxima vez que for no sebo e der de cara com esse livro pode ter certeza que passarei bem longe. O Raul não me atraiu nenhum pouquinho. kkkkkkk
    Ultimamente tenho passado distante de livros com homens mandões e machistas, estou sem paciência para eles. hehehehehe

    Bjs!

    Obs: O meu blog mudou de url e de nome agora é: Books and Movies

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  2. Oi, Luna!

    (rs) Faz muito tempo que eu não leio um romance de banca, e, sinceramente, não sei quando esse bloqueio vai acabar... Mas adoro ler as suas resenhas mesmo assim!

    Que pena que não gostou do livro tanto assim! 3 estrelas porque você está generosa, então? kkkk

    Saudades, Luna!

    Um beijo,
    Inara

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  3. Olá, meninas! :)


    Muito obrigada, Jessica!



    Sim, Náh.kkkkkk... Era porque eu estava muito generosa, senão, o livro teria recebido menos ainda.rsrs...


    Existem livros de banca que são insuportáveis, assim como alguns de livraria. Mas existem aqueles que são belos, Náh. Eu amo tanto livros de banca quanto de livraria. O importante para mim é que seja inesquecível, tocante, marcante. que mexa com as minhas emoções.


    Também sinto saudades, querida!


    Bjs!

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