Hazel é uma paciente terminal. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante - o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos -, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico.
Mas em todo bom enrendo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.
Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, A Culpa é das Estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar.
Palavras de uma leitora...
“ – A tristeza não nos muda, Hazel. Ela nos revela.”
- Pensei sinceramente em não fazer esta resenha. Por diversos motivos, mas sobretudo porque “a escrita não ressuscita. Ela enterra.” Uma frase que conheci ao ler essa história. E que sempre será importante para mim, simplesmente por ter feito parte da história da Hazel e do Augustus. Simplesmente por ser parte desse livro. E também, porque ela possui sua própria verdade. Também pensei em não fazer essa resenha por um motivo bastante simples: ela nunca sequer chegará aos pés dessa história. Nunca será digna do Augustus e da Hazel.
Fiquei pensando no Augustus lendo tal texto e dizendo, horrorizado: “Você realmente acredita que isso seja o suficiente para falar de mim?! Não acha que eu, com minha beleza mortal e meu carisma capaz de tirar o fôlego de qualquer mulher que possua pelo menos um pouco de inteligência em seu cérebro presumivelmente limitado (como fez com a Hazel que necessitou, literalmente, de oxigênio engarrafado para respirar) , mereço algo muito melhor que ‘isso’?” E ao imaginá-lo lendo essa resenha (juntamente com a Hazel), menos vontade tive de escrevê-la e mais vontade tive de chorar (como se já não tive acabado com meu estoque de lágrimas ao longo do dia de hoje). Justamente porque ele merece muito mais do que eu jamais serei capaz de escrever. Ele merece mais do que a vida teve a oferecer para ele. E para a Hazel…
Mencionando mais um dos meus diversos motivos para não seguir em frente, para simplesmente parar essa resenha aqui e jamais publicá-la… não sei o que conseguirei dizer sem soltar spoiler. Sequer sei o que vou dizer. Sinto como se tivessem dividido meu coração em diversos pedaços e que por mais que eu tente juntá-los, ele nunca ficará inteiro de novo, pois diversos pedaços se perderam. E não posso encontrá-los…
Hoje, quando estava quase terminando a leitura do livro, peguei meu caderno de desabafos (ainda bastante vazio, pois em geral desabafo no ouvido das minhas amigas que não consigo entender como conseguem me aturar) e, entre lágrimas e soluços inconsoláveis, escrevi: “Quando cheguei à página 200 dessa história não pude evitar um pensamento bastante sensato: é estupidez ler um livro que fala de câncer quando você perdeu uma pessoa querida para a doença. É patético, irracional, totalmente masoquista, fazer tal coisa.” Não. Não escrevi só isso. Escrevi quase um livro, me criticando por minha tamanha estupidez, por ter ignorado minha inteligência e agido como uma completa idiota. Mas vocês não necessitam ler tudo que escrevi. Não é saudável. Nem de longe.
Enfim… Como eu estava dizendo, passei o dia inteiro em lágrimas.Uma excelente forma de curtir o feriado, não há dúvidas. Resolvi (apelando para minha “inteligência” novamente) terminar de ler o livro hoje (quando vocês lerem a resenha, na sexta-feira dia 02/05/14 não será mais hoje, então, não será mais feriado), pois depois não teria tanto tempo assim para me dedicar a ele. Mas agora, lembrando de cada momento que passei ao lado do livro, acompanhando, rindo e chorando com a história deles, não me arrependo. Apesar de estar destruída… apesar do livro ter “matado” um pouco de mim ao longo da leitura, não me arrependo nem por um segundo de tê-lo lido. Não é todo dia que se encontra uma história tão rica, tão cheia de ensinamentos, tão triste, mas tão bela ao mesmo tempo, entende? Não é todo dia que se tem o privilégio de conhecer uma história assim. Fico feliz por não ter desperdiçado minha oportunidade.
“Faltando pouco para eu completar meu décimo sétimo ano de vida, minha mãe resolveu que eu estava deprimida, provavelmente porque quase nunca saía de casa, passava horas na cama, lia o mesmo livro várias vezes, raramente comia e dedicava grande parte do meu abundante tempo livre pensando na morte.”
- Hazel Grace era apenas uma adolescente comum de treze anos. Até ser diagnosticada com câncer na tireoide e de descobrir que se chegasse aos quatorze anos, já seria um milagre. O câncer foi descoberto quando já não se podia fazer mais nada. Se é que se poderia ter feito algo antes. Ele já havia se espalhado e atingido os pulmões que eram incapazes de trabalhar o suficientemente bem para mantê-la viva. Ela e seus pais viram sua vida virar de ponta à cabeça, e qualquer perspectiva de futuro tornar-se assustadora. Hazel sequer tinha tido a oportunidade de sonhar ou saber o que era ser adolescente. Sequer teve chance de saber o que queria para sua vida, amar pela primeira vez, sofrer a primeira decepção amorosa, comportar-se tal como uma aborrecente… Tudo isso lhe foi roubado quando ela entrou naquele consultório e ouviu o diagnóstico. Porque ali também, de certa forma, se encerrou a sua vida. Mas, ao se tornar uma cobaia daqueles médicos ansiosos por descobrir uma forma de prolongar a vida das vítimas do câncer, ela já tinha conseguido alcançar os 16 anos. É verdade que ninguém se enganava (nem ela, seus pais ou os médicos). Todos sabiam que ela iria morrer, que dificilmente chegaria aos 18 anos. Estava em estado terminal. No entanto, já era um privilégio enorme conseguir aquela pequena vitória sobre o câncer. Ainda mais quando tal vitória lhe dava a chance de conhecer Augustus Waters, o cara mais carismático, convencido, arrogantemente ciente de sua beleza e, “na boa” (palavras dela), mais gato do que ela jamais teria a possibilidade de conhecer.
“ – Às vezes sonho que estou escrevendo minha autobiografia. Um livro como esse seria a melhor forma de me perpetuar no coração e na memória do público que me idolatra.
- Por que você precisa desse público quando tem a mim? – perguntei.
- Hazel Grace, quando se é charmoso e fisicamente atraente como eu, é fácil seduzir quem você conhece. Mas fazer com que completos desconhecidos o amem… isso sim é um desafio.”
- Augustus Waters era um adolescente de 17 anos que já tinha enfrentado duas perdas em sua vida: primeiro perdera sua perna e seu amor pelo basquete graças a um osteossarcoma desgraçado. Depois perdera sua namorada para um câncer desgraçado, que não apenas a levou, mas fez questão de destruir todo o seu cérebro antes disso. Outras pessoas em seu lugar talvez tivessem perdido a esperança na vida e vivessem em profunda depressão, só aguardando o momento de morrer. E sim, talvez isso tivesse passado por sua cabeça em algum momento (que ele não conseguia recordar), mas a vida era boa demais e ele queria vivê-la. Como se não houvesse amanhã. Queria olhar para a vida com os olhos daqueles que estiveram prestes a perdê-la. Queria enxergar o que ninguém, com a correria do dia a dia e o fato de estar sempre ocupado demais para isso, conseguia ver. Queria amar aquela menina sexy e inteligente (e que apenas estava morrendo de câncer), invadir seu mundo e se tornar o centro dele. Queria dar-lhe tudo e estar com ela para vê-la sorrir, chorar, sofrer e se alegrar da forma que somente ele tornava possível. Só queria estar com ela. Apenas isso. Porque não existia ninguém no mundo que o compreendesse e lhe fizesse tão bem como ela fazia. Ele amava Hazel Grace. E iria ensiná-la a amá-lo.
“ – Estou apaixonado por você – ele disse, baixinho.
- Augustus – falei.
- Eu estou – ele disse, me encarando, e pude ver os cantos dos seus olhos se enrugando. – Estou apaixonado por você e não quero me negar o simples prazer de compartilhar algo verdadeiro. Estou apaixonado por você, e sei que o amor é um grito no vácuo, e que o esquecimento é inevitável, e que estamos todos condenados ao fim, e que haverá um dia em que tudo o que fizemos voltará ao pó, e sei que o sol vai engolir a única Terra que podemos chamar de nossa, e eu estou apaixonado por você.”
- Estou aqui tentando escrever uma resenha que eu sei que jamais será aquilo que desejo. Tentando colocar em palavras o que apenas posso sentir e jamais escrever. E sinto novamente os meus olhos encherem-se de lágrimas (para minha surpresa, elas não se esgotaram) porque queria apenas ter passado mais tempo com eles. Acompanhar só mais um pouquinho da história que eles construíram juntos, que era só deles e ninguém nunca seria capaz de perceber o quanto tinha sido profunda e especial. Eu queria que o livro não tivesse terminado como terminou, embora não tenha sido nenhuma surpresa. O autor nunca nos enganou. Nunca disse que escreveria uma história cor de rosa, com um final cor-de-rosa. Não disse que a história seria fácil, por mais leve que tenha sido a narrativa dela. A sinopse deixou bem claro que a história era sobre uma doente terminal. No entanto… eu apenas queria um pouco mais, entende? Uma esperança. Um milagre. Ou, talvez, um pouco mais de tempo. Pelo menos isso. Mas, bem antes de terminar de ler o livro, eu já sabia que qualquer esperança era inútil. Que qualquer batalha estava perdida antes que eles tivessem a chance de lutar. E por saber disso eu entrei em prantos bem antes do fim, fechando o livro e murmurando que não era justo. Que nada era justo e a vida era uma maldita droga. Até mesmo quando eles faziam piada sobre certos assuntos, eu chorava. Porque sabia que em breve não os veria mais juntos. Porque em breve uma doença desgraçadamente parasita, iria separá-los. Chorei. Porque isso era tudo que eu poderia fazer por eles. Que qualquer pessoa poderia fazer.
“Passei a maior parte da minha vida tentando não chorar na frente das pessoas que me amavam, por isso sabia o que o Augustus estava fazendo. Você trinca os dentes. Você olha para cima. Você diz a si mesmo que se eles o virem chorando, aquilo vai magoá-los, e você não vai ser nada mais que Uma Tristeza na vida deles. Você não deve se transformar numa mera tristeza, então não vai chorar, e você diz tudo isso para si mesmo enquanto olha para o teto. Aí engole em seco, mesmo que sua garganta não queira, olha para a pessoa que ama e sorri.”
- Talvez não seja muito certo dizer isso (já que o Augustus tem 17 anos e isso o torna menor de idade), mas eu me apaixonei perdidamente por esse garoto descaradamente convencido e possuidor de uma inteligência (e maturidade) de causar inveja em qualquer pessoa. Me sinto bastante ignorante e imatura perto dele. Nem se eu vivesse cem anos conseguiria ser tão madura e tão consciente das realidades da vida, como ele sempre foi. Nem tenho a ilusão de vir a ser tão especial como ele é para mim. Tão inesquecível… tão tudo. E se me visse dizendo isso, ele diria: “Nem tente. Só eu sou capaz.” E daria aquele sorriso torto, de quem aparentemente vivia de forma inconsequente, mas que no fundo considerava a vida uma raridade e os seres humanos um inevitável efeito colateral do universo. Em sua simplicidade tão única, com seu charme e seu sorriso torto… suas reflexões que me deixavam de queixo caído e seu imenso amor pela Hazel, o Augustus arrebatou o meu coração e conquistou a posição do mocinho mais especial que tive o privilégio de conhecer. E isso talvez os deixe impressionados e os faça perguntar: “E o Roger?! Você não disse (milhares de vezes, para milhares de pessoas) que ninguém jamais conseguiria ocupar o lugar dele?” Sim. Eu disse. Até perdi a conta de quantas vezes fiz isso.rs Mas, enquanto eu tinha uma conversa bem séria com o Roger sobre o assunto, ele entendeu porque cedi o lugar dele ao Augustus. E concordou comigo: ele (o Roger) não precisava desse lugar. Nunca precisou. Merecia, mas não precisava. Já o Augustus, sim.Tanto merece quanto precisa. E só lendo a história vocês serão capazes de entender. Não posso contar. Não com todas as letras, pelo menos. Só posso dizer que ele merece. E que deve ter se virado, neste exato instante, para a Hazel e dito, com aquele seu característico sorriso torto: “Eu sempre soube disso. Só faltava os outros perceberem.”
“ – Esse é o problema da dor – o Augustus disse, e aí olhou para mim. – Ela precisa ser sentida.”
- Não faz nem vinte e quatro horas que terminei a leitura, e já estou “curtindo” uma profunda DPL (Depressão Pós-Livro), que me lembra bastante a DPL que vivi ao término de Mensagens de Esperança, A Menina que Roubava Livros, A Cabana, O Diário de Suzana para Nicolas, entre alguns outros… Me faz lembrar com clareza da dor insuportável que esses livros me provocaram. E a revolta que nunca consigo evitar ao olhar, através desses livros, para a vida e ver como ela é uma completa droga, que nada tem de justa. Que sequer sabe o significado da palavra “justiça”. Que, como alguém no livro diz, é uma meretriz que nos “f…” a todos. Na verdade, a pessoa se referia ao tempo, mas dá no mesmo. Ler histórias assim é um privilégio, um presente maravilhoso. Mas também é doloroso. Insuportável. Te joga no chão sem estender a mão para que você possa levantar depois. Te destrói. E, ironicamente, te ensina a construir.
"Às vezes, um livro enche você de um estranho fervor religioso, e você se convence de que esse mundo despedaçado só vai se tornar inteiro de novo a menos que, e até que, todos os seres humanos o leiam. E aí tem livros como [...], do qual você não consegue falar - livros tão especiais e raros e seus que fazer propaganda da sua adoração por eles parece traição."
"[..] era o meu livro, do mesmo jeito que meu corpo era meu corpo e meus pensamentos eram meus pensamentos."
- Eu aprendi muito com essa história. Mais do que gostaria de ter aprendido. E sofri além do que imaginava sofrer. Mas, como eu disse antes, não me arrependo. Valeu a pena ler essa história. Valeu a pena conhecer a Hazel, o Augustus e todas aquelas outras pessoas (para mim, são pessoas) que passaram pela minha vida através desse livro e deixaram saudades. Uma das coisas que aprendi com essa história (ou reaprendi, para ser mais sincera) é que não importa o quanto uma pessoa te fere ao passar por sua vida e não permanecer. Não importa o quanto doa a ausência dela, o quanto a saudade te arranque lágrimas que doem ao escorrer por seu rosto... Não importa... Só o que importa é tê-la amado. É ter tido o privilégio, a oportunidade única de conhecê-la e amá-la. Só o que importa é o pequeno infinito de tempo que a vida, o destino (ou o próprio Deus), lhe permitiu viver ao lado daquela pessoa. Só o que importa é que um pedaço dela sempre permanecerá com você. Porque a morte não encerra o amor. Você não deixa de amar alguém somente porque essa pessoa morreu. Você não "amava" alguém que partiu. Você segue amando. E ela segue existindo em algum lugar desse imenso universo. E mesmo que sua mente já não possa recordar seu rosto, sua voz, seu sorriso, o que ela mais gostava de fazer ou o que lhe causava repulsa, seu coração será incapaz de esquecê-la. Porque todos nós, mesmo que sejamos nada mais que um efeito colateral desse mundo, desse universo ou do que quer que seja, continuamos sentindo. E amando. Os outros efeitos colaterais desse mundo. Aqueles que apenas passaram por nossas vidas. Aqueles que continuam presentes, mas que um dia também passarão. Nós amamos. E isso o universo não pode tirar de nós.
"Não dá para escolher se você vai ou não vai se ferir neste mundo, meu velho, mas é possível escolher quem vai feri-lo. Eu aceito as minhas escolhas. Espero que a Hazel aceite as dela."
- A resenha se encerra aqui. O que virá depois será apenas uma conversa entre alguém do livro e eu, carregada de spoiler. Se você não leu o livro, é melhor não ler o que virá agora.
- Augustus Waters (você não parecia gostar muito que te chamassem de Gus), as pessoas racionais me dirão que você não passou de um personagem. Um lindo personagem, inesquecível, mas ainda assim um personagem. E eu irei olhar para as pessoas e sorrir, dizendo para mim mesma que não importa. Que não quero o que é racional. Que quero apenas o que sinto... e o que sinto é que, nem que seja só para mim, você foi real. Você existiu. Passou pela minha vida e me marcou, deixando não só saudade, mas ensinamentos que sempre carregarei comigo. Me ensinou a manter os pés no chão sem esquecer das emoções. Me fez enxergar esse universo estúpido (que você tanto venerava, mas eu não consigo) com os olhos de alguém que não possui nenhuma ilusão sobre ele, que sabe o que ele de fato é e não se engana... e ainda assim, fazia questão de lutar contra o que tal universo determinava. Sua morte arrancou um pedaço do meu coração. Sinto como se tivessem tirado de mim alguém essencial, com quem não passei tempo o suficiente. Quem não poderia perder. E o que mais me dói é saber que nem todos os seus sonhos se realizaram, mas como você bem diria: "a vida não é uma fábrica de realização de desejos". Não podemos fazer tudo que desejamos. E por mais que vivêssemos cem, duzentos, trezentos anos, ainda assim, ao término de nossa história, seguiríamos ansiando pelo que não conseguimos realizar, nos arrependendo e lamentando pelo que deixamos escapar, pelos sonhos que nunca passaram disso: sonhos. Você lamentou, chorou, sofreu, gritou pelo que nunca teria. Porque sabia reconhecer que no fundo não passava do que somos: seres humanos (efeitos colaterais ou não), com todos os defeitos e qualidades característicos da nossa raça. Mas embora tenha lamentado, soube apreciar, até o último instante possível, a companhia daqueles com os quais se importava. Aqueles que você amou sem condições, sem reservas. Para os quais você fez questão de mostrar que o câncer nunca vence por completo. Que ele até pode determinar quanto tempo você terá de vida, até pode destruir o seu corpo, mas que não possui o poder de determinar o que você fará com o que sabe que lhe resta. Você decidiu o que faria com sua vida e quais oportunidades faria questão de aproveitar. Fez questão até de participar do seu próprio enterro e escrever um elogio fúnebre para a Hazel, embora soubesse que partiria antes dela (mas teria que estar presente quando ela partisse, mesmo que fosse através das palavras escritas naqueles pedaços de papel). Fez questão de mostrar para ela que, quando sua vez chegasse, ele estaria ali. Não a deixaria sozinha naquele momento. Enfim... Antes que eu comece a chorar de novo, o que você com certeza vai achar uma grande tolice, quero dizer o que quis dizer desde o princípio: embora seu maior medo sempre tenha sido ser esquecido... Embora o assustasse a possibilidade de não vir a ser lembrado, saiba que não apenas seus pais, a Hazel e todos que tiveram a oportunidade de conhecer o verdadeiro Augustus, jamais o esquecerão... Não apenas eles... Eu também jamais serei capaz de esquecê-lo e na minha vida você ocupa o lugar do mocinho mais especial, único e sábio que tive o privilégio mais privilegiado de conhecer. O Roger entende. E concorda comigo: você, mais do que ninguém, merece tal lugar. Sim. Pode abrir seu sorriso torto agora e dizer que eu sou "Ridiculamente sentimental", mas eu apenas te amo. E sempre vou amar.
"Nós vivemos num universo dedicado à criação e à erradicação da consciência. Augustus Waters não morreu depois de uma longa batalha contra o câncer. Ele morreu depois de uma longa batalha contra a consciência humana, uma vítima - como você será - da necessidade do universo de fazer e desfazer tudo o que é possível."
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