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5 de dezembro de 2014

Votos Forçados - Lynne Graham


(Título Original: A Vow Of Obligation
Tradutora: Ingrid Guimarães
Editora: Harlequin
Edição de: 2012)

Casamentos Ordenados 3/3

Ela arrumava a cama dele. Mas agora iria ajudá-lo a desarrumá-la!

Com o intuito de salvar a reputação de uma amiga de trabalho, Tawny tinha como missão roubar o laptop de Navarre Cazier. Porém, ao ser pega em flagrante, seu rosto ficou mais vermelho do que suas madeixas ruivas. Não havia dúvidas de que seria demitida sumariamente. Mas Cazier a surpreendeu com uma proposta inusitada... Fingir ser sua noiva a fim de cessar as intermináveis fofocas acerca de sua vida. 

Seduzir mulheres ricas sempre fora uma tarefa fácil para ele, mas convencer Tawny a colocar sua aliança se tornara mais do que um desafio!



Palavras de uma leitora...


- "Ela arrumava a cama dele. Mas agora iria ajudá-lo a desarrumá-la!" Lendo isso eu penso: ainda bem que não escolho as histórias baseada puramente em sinopses. Porque se escolhesse... passaria a quilômetros de distância do livro após ler a frase acima. E assim perderia a oportunidade de ler uma história incrível, que tornou o meu dia muito mais leve e divertido. E sim. Ainda estou absurdamente chocada com isso. Afinal de contas, não tinha mais a menor esperança de amar algum livro desta trilogia, que me frustrou desde o princípio. Por conta disso, fiquei totalmente surpresa ao me pegar grudada ao livro, rindo como uma boba com o humor fascinante da Tawny e deliciada com os gestos românticos e irresistíveis do MEU Navarre. Sim! Ele já entrou direto para a lista dos meus mocinhos! :D

"Uma batida soou na porta.
- Atenda. - disse a ela. 
-Diga por favor - respondeu, desafiando-o. - Você está me pagando, mas ainda pode ser educado.

Não acreditou naquilo.
- Sou muito bem educado.
- Não, não é... Já vi como trata sua equipe. Faça isso, faça aquilo... Por que ainda não fez isso? Por favor e obrigado não constam...
- Abra a maldita porta! - disse, perdendo a paciência.
- Não é apenas rude, é também ameaçador - declarou Tawny, indo abri-la."

- Tawny sabia que estava numa terrível encrenca. E realmente isso era tudo que ela mais precisava na sua vida, naquele momento. Disso não tinha dúvidas! Mas ela não era do tipo que se lamentava por conta dos problemas. Se a vida lhe dava limões, ela os espremia e tomava azedo mesmo, para depois fazer piada sobre o assunto. Afinal de contas, a vida era curta demais para tanto estresse e drama. E não seria porque estava prestes a ser demitida e presa que ela iria entrar em pânico. E muito menos deixar de se divertir às custas do francês lindo e mal humorado, que seguia fascinando-a mesmo depois da frase "Vou chamar a polícia." Talvez ela fosse meio louca, conclusão a qual Navarre já chegara, mas a verdade é que não era o tipo de pessoa que acreditava que não existia saída para os problemas. Era corajosa, independente, bem humorada e louca o suficiente para saber que a saída existia... embora não fosse possível vê-la... ainda

" - Não me responda - advertiu-a enquanto Jacques entrava, curioso ao ouvir aquela última frase.
- É um alvo muito tentador - disse Tawny.
- Controle a tentação. Se não puder fazer o que mandam, não será de grande serventia.
- Por acaso ouço um chicote estalar acima da minha cabeça? - Ela olhou para cima."

- Em toda sua vida, Navarre jamais encontrara uma mulher como Tawny. Embora tivesse chegado à conclusão de que ela certamente não jogava com o baralho todo, havia algo nela que o prendia. Que o fazia admirá-la e desejar passar mais tempo com ela, ainda que soubesse que ela era uma ladra e uma mercenária, cuja lealdade possuía um preço. No entanto, nada disso o impedia de ficar mais e mais atraído conforme ia conhecendo-a e de desejar, em seu íntimo, que em toda aquela farsa que construíram juntos, existisse um fundo de verdade...

- Tawny, que nunca antes tinha tido realmente uma amiga, ficara tocada quando Julie, a recepcionista do hotel no qual ela trabalhava como camareira para completar sua renda, oferecera sua amizade sem pedir nada em troca e ainda por cima a ajudara no momento em que ela mais necessitava. E quando a amiga, desesperada, lhe pedira para entrar no quarto de Navarre e pegar seu laptop "emprestado" para que pudesse apagar umas fotos comprometedoras, Tawny soube que precisava fazê-lo... porque possuía uma dívida com a amiga e não podia lhe virar as costas quando ela mais precisava. Além disso, depois do que Julie lhe contara, Navarre havia caído muito em seu conceito e merecia uma pequena lição, para deixar de ser tão depravado ao ponto de tirar fotos nuas de uma mulher e depois se recusar a apagá-las, mesmo após ela implorar para que ele o fizesse. No final das contas, ele pedira por aquilo e tal constatação aliviava sua consciência. 

Só que após ser pega em flagrante e de perceber o quanto havia sido estúpida por acreditar numa amizade que havia sido falsa desde o início, Tawny sentiu que recebia mais um golpe em sua vida. Só que não era o tipo de pessoa que simplesmente desistia. Se a vida lhe derrubava, ela se erguia novamente, levantava a cabeça e seguia em frente... sempre. E, ao ouvir a proposta que Navarre lhe fazia, em troca de não mandá-la para a cadeia, ela acabou por perceber que realmente existiam males que vinham para o bem...

Tudo que Tawny necessitaria fazer, para não ser presa, seria fingir ser noiva de Navarre durante um curto período de tempo. Um emprego pelo qual seria muito bem paga e que permitiria que ela continuasse pagando as despesas da avó, que era sua motivação para arranjar aquele trabalho como camareira. Ela sabia que era muito mais fácil arrumar os quartos de um hotel do que trabalhar para Navarre, porém pela avó valia o sacrifício.rsrsrs... Ainda que fizesse parte do seu trabalho suportar as constantes demonstrações de afeto que seu "noivo" recebia de uma mulher, cujo anel de noivado no dedo de Tawny não inibia...

"Uma noiva de verdade, refletiu ironicamente, teria vontade de atirar nela e enterrá-la ali mesmo."

- Com o convívio, o que era apenas uma atração intensa por parte dos dois, acaba por se transformar em algo muito mais profundo, que nenhum deles estava disposto a reconhecer. Era muito mais fácil levar aquele relacionamento como um jogo, um caso que logo chegaria ao fim... do que encarar as emoções tumultuantes que os invadiam e os faziam ansiar por algo que mais parecia uma ilusão. Eram de mundos diferentes. E Tawny era uma prova viva de que homens como ele jamais queriam algo sério com mulheres como ela. E não estava disposta a entregar seu coração para que o mesmo fosse feito em pedaços. Não. Não permitiria que tal coisa acontecesse. Mas uma coisa que ela ainda não sabia... é que o coração é muito desobediente e que quase sempre ama justamente quem não queremos amar... 

- Lembram do que eu disse sobre os dois livros anteriores serem carentes de emoção? Pois bem. Creio que toda a emoção que fugiu desses livros veio parar direto nesta história!rsrs... Porque uma coisa que realmente não faltou ao livro foi emoção, paixão, sentimentos. Eu comecei a leitura da história hoje e em pouquíssimo tempo já havia terminado. Lembro claramente de ter dito, ao virar a última página: "Já acabou? Não acredito!" E fiquei realmente decepcionada por conta disso.kkkkkk... Não queria que o livro acabasse. Por mim, todas as páginas que a autora usou para escrever a história das irmãs da Tawny, poderia ter usado para escrever a história dela e do Navarre. Porque 183 páginas é muito pouco! :( Embora a autora tenha talento o suficiente para conseguir escrever uma belíssima, e completa, história em poucas páginas, eu fiquei com um gostinho de quero mais... Simplesmente porque amei este casal e a história deles! E não queria de modo algum deixá-los. :( 

Eu estava com um humor terrível quando coloquei o livro na bolsa antes de sair de casa hoje. E fiquei ainda mais estressada depois de tomar um banho de chuva (risos), pois choveu tanto que o guarda-chuva não deu conta. Cheguei ao meu destino ensopada e morrendo de frio e peguei o livro acreditando que apenas me estressaria mais. No entanto, mesmo tendo certeza absoluta de que não existia a menor chance deste livro salvar a série, eu precisava me ocupar lendo algo, qualquer coisa, pois estava prestes a perder totalmente a minha paciência hoje.kkkkkkkkk... E o livro, para minha completa surpresa, conseguiu me fazer rir e até gargalhar em certos momentos, me encantando e fazendo o dia de repente ficar muito bonito. :) 

- A primeira coisa que notei ao iniciar a leitura deste livro, foi que o livro tinha muito mais ritmo, "fôlego" do que os outros livros da série e que a Tawny era meio doidinha, muito divertida e descontraída, do tipo de pessoa que sempre olha para a vida vendo o que de melhor ela tem a oferecer em vez de ficar pensando em coisas que a entristeçam. Não que ela não seja capaz de ficar triste ou chorar e na verdade ela chora em alguns momentos (embora tente esconder isso do Navarre), porém ela não se deixar abater pelas adversidades e logo recupera seu bom humor de novo. Ela é uma pessoa simples, da qual é impossível não gostar. Eu já a amava e desejava ser sua amiga muito antes de ser conquistada também pelo Navarre. Já considerava o livro maravilhoso por contar com uma mocinha incrível, criada com todo carinho e atenção pela autora. Uma mocinha que em momento algum me decepcionou. Muito pelo contrário! Quanto mais a conhecia, mais me surpreendia e a admirava. E claro que isso poderia significar um problema para o Navarre, já que eu me considerava protetora dela e estava disposta a esganar qualquer um que se atrevesse a magoá-la. Mas o Navarre foi feito sob medida para ela e também não me decepcionou. Pelo contrário! Me fez suspirar aqui com a maneira linda de amá-la e de tentar conquistar seu coração. Ele comete erros? Sim! Como todo ser humano. E não era muito experiente nos assuntos do coração, portanto não sabia bem como agir. Mas ele tenta. E reconhece quando está errado. Sabe pedir perdão e tentar novamente. Eu o achei totalmente digno de alguém como ela e a autora até fez eu me esquecer da minha frustração com os outros livros. Com Votos Forçados ela voltou a me encantar com uma história que ela soube transformar numa verdadeira joia. :) É Lynne Graham no seu melhor estilo!

"- De que maneira eu o atingi?
- De todas as maneiras que uma mulher pode atingir um homem. Primeiro no meu corpo, depois na mente e, finalmente, em meu coração"

- Eu poderia dizer muita coisa, mas não quero contar a história toda.rsrsrs... Tudo que eu disse é apenas o princípio. Certas coisas vão se passar entre o casal. Desentendimentos, brigas, momentos que me deixaram com o coração partido (que crueldade eles dois sabem colocar em suas palavras!)... Enfim... E ambos me encantaram com a maneira como conseguiam lidar com os problemas que haviam entre eles... e a Tawny me divertiu demais no final da história.kkkkkkk... Mas não posso seguir falando. :D Tenho que permitir que vocês conheçam o livro por si mesmos! E espero sinceramente que o amem tanto como eu amo!  :) 

- Vale mencionar que a Beatriz e o Sergios, protagonistas de Acordo no Altar, aparecem nesta história. E até possuem uma participação importante, que me fez gostar um pouco mais deles dois.rsrsrs... Zara também apareceu e Vitale foi apenas mencionado (pelo que pude perceber). Mas falando da participação da Zara... eu preferia que ela não tivesse aparecido.kkkkk... No segundo livro eu quis que ela aparecesse, mas me arrependi amargamente quando ela finalmente apareceu neste livro aqui. A autora não parece ser muito fã de sua própria personagem, sinceramente. Porque sempre tem que colocá-la como uma imbecil, incapaz de fazer algo certo. A Zara é sempre muito fraca e impulsiva e senti vontade de esganá-la quando ela não percebeu que ninguém a tinha chamado para se meter onde não devia. Ela devia ter seguido cuidando de sua própria vida! Sinceramente! Como ela me irritou naquele momento! Sei que ela não fez por mal, mas foi impossível não me irritar. Enfim...

- Dei 5 estrelas ao livro sem sequer pensar duas vezes! :D E uma coisa que não consigo entender é a classificação dele no Skoob. :( Desejo de Vingança possui uma média de 3.6 estrelas; Acordo no Altar possui uma média de 3.7 estrelas; e Votos Forçados, que é realmente o único livro que vale a pena nesta trilogia (na minha opinião, é claro!!!!) tem uma média de apenas 3.8 estrelas. E dos três é o menos favorito e desejado no Skoob. :( Até o epílogo do livro é completo, a mocinha tem toda a personalidade que faltou nas outras mocinhas, o mocinho é incrível como os outros nunca conseguiram ser e no entanto o livro não é tão querido. Bem... não importa! Ele tem todo o meu amor e proteção! Eu o amo muito e isso é suficiente. :) Apesar disso... vou seguir torcendo para que o livro seja muito conhecido por outros leitores e receba todo o amor que merece! :D

Trilogia Casamentos Ordenados

3º Votos Forçados

1 de dezembro de 2014

Acordo no Altar - Lynne Graham


(Título Original: A Deal at the Altar
Tradutora: Ana Resende
Editora: Harlequin
Edição de: 2012)

Casamentos Ordenados 2/3


Ela fizera uma proposta indecente!

Sergios Demonides conseguira sobreviver à vida miserável nas ruas de Atenas e se tornara um poderoso bilionário. Ele pensava já ter vivido as experiências mais inusitadas, até o dia em que Beatriz Blake invadiu seu escritório e o pediu em casamento! Simples, orgulhosa e independente, Beatriz é bem diferente das mulheres glamourosas que costumam enfeitar a cama de Sergios. No entanto, ele não precisa de outro troféu, e sim de uma mãe para os filhos de seu falecido primo. Beatriz, a herdeira ignorada, e Sergios, o homem indomado, deverão chegar a um acordo pré-nupcial. Mas ela se esquece de ler as letras miúdas, e nelas está escrito que como marido e mulher também deverão dividir a mesma cama! 


Palavras de uma leitora... 


"- E o que acontece se eu me humilhar e ele recusar a oferta?
- Você terá que rezar para que ele diga sim - respondeu Monty Blake, recusando-se a perder as esperanças, - Afinal, apenas dessa maneira sua mãe continuará a viver com o conforto que tem há tantos anos.
- Eu tenho uma novidade para o senhor. A vida em uma cadeira de rodas não é confortável.
- E a vida sem segurança financeira será menos confortável ainda - devolveu o pai, determinado a ter a última palavra."

- Depois que sua irmã se envolvera num escândalo com Vitale Roccanti, pondo fim aos planos de Monty Blake, de ver sua linda filha casada com Sergios Demonides (o que garantiria a ele o negócio dos seus sonhos), Beatriz se viu de repente numa grande armadilha. O pai que nunca se preocupara com o fato de ela estar viva ou morta e que sempre fizera questão de não vê-la como filha, resolveu que caberia à ela salvar os negócios da família. E que a única maneira de ela fazer tal coisa seria pedindo Sergios em casamento. 

Beatriz jamais desfrutara dos privilégios que o dinheiro de seu pai poderia proporcionar. Sempre fora independente, aceitando sem reclamar o fato de que sempre seria invisível para um pai que só valorizava um filho quando via nele alguma forma de lucrar. Porém, ela não construíra uma carreira capaz de proporcionar à mãe o conforto que ela necessitava desde que sofrera um acidente que a deixara presa a uma cadeira de rodas. Emilia teve que suportar o desprezo do marido e o inevitável divórcio após o acidente. E como "gratidão" por ela ter aceitado o divórcio sem problemas, Monty Blake a presenteara com uma casa adaptada às necessidades dela... casa essa que ele nunca colocou no nome dela. E que agora ele pretendia usar para chantagear a filha e convencê-la a fazer exatamente o que ele queria. Caso contrário, ele colocaria a mãe dela na rua. Beatriz jamais desampararia sua mãe, mas era ciente de que não possuía condições financeiras para dar a ela o conforto ao qual ela se acostumara e que era o mínimo que poderia ter depois de todos os golpes que sofrera. Por esse motivo, aceitou fazer a vontade do pai, ainda que soubesse que estaria apenas se expondo ao ridículo. Afinal de contas, Sergios Demonides era bonito e rico o suficiente para ter a mulher que desejasse. Não necessitava de um acordo com Beatriz, no qual certamente sairia perdendo... ou não?

Quando Beatriz apareceu em seu escritório, Sergios já imaginava que ela tivesse ido até ali para interceder por seu pai. Só que jamais passara pela sua cabeça que a séria e reservada mulher, professora do ensino fundamental, seria capaz de ousar tanto ao ponto de pedi-lo em casamento. Nem em seus mais excêntricos sonhos isso era possível. E ele, que jamais ficava sem palavras por causa de ninguém, se viu realmente atordoado. Mas não demorou a perceber as vantagens que tal proposta lhe daria...

"Uma esposa como funcionária? Era um novo olhar sobre o papel tradicional que lhe agradava. Sempre um homem de negócios, ele rapidamente percebeu as vantagens de um arranjo como aquele. Uma esposa remunerada respeitaria os limites dele ao mesmo tempo em que se esforçaria em agradá-lo, pensou. Haveria pouco espaço para emoções confusas e desentendimentos em um acordo tão prático."

- Depois de um casamento desastroso, que ainda lhe provocava amargas lembranças, tudo que Sergios menos queria era voltar a se casar. Já conhecia bem os "prazeres" do casamento e de modo algum desejava prová-los novamente. Mas no momento em que se tornara responsável por três crianças pequenas, tudo mudara. Ele já não podia pensar apenas em si mesmo e sabia que após perder os pais de maneira tão brusca e trágica, tudo que aquelas crianças menos precisavam era da inconstância de um lar no qual só teriam contatos com babás ao longo de seu crescimento. Elas precisavam de uma mãe e ele não poderia negar-lhes isso. Por esse motivo, casar-se com Beatriz lhe pareceu um negócio bastante lucrativo...

... Mas, logo após o casamento, para Sergios já não parecia tão vantajoso aquele acordo e ele estava disposto a fazer o que fosse preciso para alterá-lo... 

" - Você é muito nervosa, Beatriz. E precisa de um homem como eu para aprender a relaxar. 
Bee ergueu-se ainda segurando a toalha.
- Não quero relaxar. Estou muito satisfeita do jeito que sou. 
Sergios soltou a respiração e falou:
- Se quiser, você pode engravidar. Nós já temos três crianças... que diferença faria mais uma?"

- Creio que ter esperanças no que se refere a esta série foi um grande erro. Esta história conseguiu ser ainda menos cativante do que a primeira. Não posso dizer que me decepcionei, pois na realidade eu não tinha muitas expectativas. Afinal de contas, já conhecia o casal através da história anterior. E nunca fui muito com a cara do Sergios.rsrs... Da Beatriz eu até gostava e dela sim eu esperava mais. Não a condeno por ter feito o que o pai queria, embora achasse que não era sua única alternativa.rsrsrs...  E na maior parte do livro, eu gostei dela. E ela ganhou minha admiração pela dignidade com que agiu num momento muito complicado, mas teve momentos nos quais achei que ela não teve personalidade e permitiu que o Sergios fizesse o que bem entendesse com ela e com o casamento deles. Além de ter realmente pensado em fazer algo que não queria, só para agradá-lo. Ela começou a deixar de pensar nela, deixar de valorizar-se para viver em função das vontades dele, para fazer com que sua vida girasse em função dele. E tive a sensação de que se o Sergios não tivesse tomado a decisão de mudar, ela aceitaria viver num casamento infeliz, só para não perdê-lo. Era como se ela levasse em consideração o que ele disse: 

"Vamos manter as coisas desse jeito. Eu digo a você o que quero, e você trata de cumprir."

- Ao que parece, ela tinha a intenção de obedecê-lo. Porque até quando se manifestava contra, era de uma maneira pouco determinada, convincente. Enfim... 

O Sergios eu já considerava um egoísta desde o primeiro livro, quando o conheci através da Zara. Ele me passava a ideia de uma pessoa que não enxergava nada além de si mesmo e que estava disposto a fazer o que fosse preciso, e a magoar quem necessitasse magoar, para realizar seus desejos e estar sempre satisfeito. O remorso dele sobre o casamento anterior não me convenceu. E o pouco que ele falou sobre a relação com a primeira esposa foi o bastante para confirmar a ideia que eu tinha sobre ele. Seu passado triste não me comoveu, pois ele era calculista o suficiente para saber exatamente o que fazia e não era seu passado que influenciava nisso. A relação dele com as crianças apenas contribuiu para me fazer detestá-lo ainda mais. Claro que reconheço que ele tentou mudar, ser mais presente na vida das crianças. Só que mais uma vez ele estava pensando só nele. Nos seus interesses. E até quando tentou salvar o casamento, foi pensando nele mesmo. Então... nada significou. Ele não me convenceu. Terminei a leitura sem acreditar nem por um segundo no grande amor dele pela Beatriz. 

Mas o pior de tudo não foi o Sergios. E sim a falta de emoção que há nesta história. Não existe no livro nem metade da intensidade que costuma existir nas histórias da minha autora. Nenhum personagem salva o livro, e muito menos o casal. Não dá para enxergar emoção por parte de nenhum deles e livros "vazios" não me agradam. Não quero ler só palavras escritas num papel. Quero emoção, paixão, intensidade nas histórias. Algo que passou bem longe deste livro...

- Vale mencionar que a Zara e o Vitale nem sequer apareceram nesta história.rsrs... A terceira irmã, filha de um relacionamento extraconjugal, fez uma breve aparição na qual não deu para perceber nada sobre ela. Mas a Zara e o Vitale, que eu esperava realmente ver, nem compareceram ao casamento. 


Trilogia Casamentos Ordenados

Acordo no Altar (Beatriz e Sergios)
3º Votos Forçados (Tawny e Navarre)

30 de julho de 2014

Desejo de Vingança - Lynne Graham

(Título Original: Roccanti´s Marriage Revenge
Tradutora: Daniela Yurica
Editora: Harlequin
Edição de: 2012)

 Casamentos Ordenados 1/3

Herdeira comprometida arrisca tudo por homem misterioso!

O plano de Vitale Roccanti era simples: seduzir a filha para atingir o pai. O que poderia dar errado? No entanto, a manchete que anunciava o sucesso de seu plano não proporcionava sequer metade da satisfação que tivera ao tocar Zara, muito embora a reputação dela estivesse destruída!



Palavras de uma leitora...


" - Seres humanos não são perfeitos - ela respondeu rapidamente, levantando um dedo fino para correr pelo rosto dele. - Não espero isso."

- Zara faria o que fosse preciso para ganhar a aprovação dos seus pais. Por isso, aceitara o pedido de casamento de Sergios Demonides, um bilionário que tinha negócios com o seu pai e desejava uma esposa para criar as crianças pelas quais ele se tornara responsável. Sergios não estava disposto a oferecer-lhe amor e nem estava interessado em dividir a mesma cama com ela e ter seus próprios filhos. Zara apenas serviria como uma mãe para as crianças, nada mais. Fidelidade não fazia parte do acordo. Pelo menos, não da parte dele. Ela sim deveria manter-se fiel e ser a esposa perfeita. Esquecer-se para sempre que era mulher e dedicar-se somente às crianças. Não era pedir muito, certo? Apesar de saber que estava mergulhando numa situação da qual não conseguiria mais sair e que a tornaria infeliz, Zara não se importara. Abrira mão de tudo para ser a filha que seus pais desejavam. Para conquistar o que buscara desde que era uma menina e que jamais encontrara. Para seus pais, ela não passava de uma estúpida. A que deveria ter morrido no lugar do irmão gêmeo. Se somente aceitando Sergios ela seria digna do amor dos pais, então ela assim o faria. Mas todas as suas escolhas ficam profundamente ameaçadas no momento em que ela conhece Vitale Roccanti, o único capaz de fazê-la conhecer o paraíso e o inferno... ao mesmo tempo

Vitale esperara anos para acertar as contas com o pai de Zara. Durante toda a sua adolescência ele alimentara o ódio que sentia pelo homem que destruíra a vida de quem ele mais amava no mundo e nem o tempo fora capaz de fazê-lo deixar de lado seu desejo por vingança. E agora que finalmente chegara o momento que ele tanto aguardara, não permitiria que a inocência daqueles lindos olhos azuis o fizesse voltar atrás. Talvez ela fosse inocente... talvez não tivesse nada a ver com aquela história... e, na realidade, ele nada tinha contra ela. Porém somente através dela, Vitale poderia ter o que desejava. Ainda que o gosto da vingança fosse puro fel. 

- Bem... Não encontrei nessa história nada do que eu esperava. Nada do que eu acreditava que encontraria. E isso não é necessariamente algo ruim. Quando soube do lançamento desse livro, dois anos atrás, imaginei que Vitale fosse mais um daqueles ogros que a Lynne Graham tão bem sabe criar. Achei que ele fosse mais um mocinho-vilão que eu desejaria matar, mas não sem antes fazê-lo comer o pão que o diabo amassou. Porém... as coisas não são bem assim. Vitale não é assim. Ele é um imbecil, disso não há dúvidas, mas sabe reconhecer seus erros e recomeçar. Tem humildade suficiente para admitir que errou, pedir desculpas e tentar consertar as coisas da melhor maneira possível. Eu odiei o que ele fez com a Zara. Odiei o fato de ele tê-la usado daquela maneira, sem se importar com os sentimentos dela e as consequências que sua atitude poderia ter na vida dela depois. Ele só pensava em si mesmo. Em conseguir a sua vingança. Nada mais. Só que eu já conheci mocinhos mil vezes piores e fui capaz de perdoá-los. Comparado com certos mocinhos (da própria autora), o Vitale é um anjo.rsrs...

Apesar disso, do fato do mocinho não ser a peste que eu imaginava, a história não me cativou. Talvez porque eu estava "prisioneira" de uma outra história, mas não acredito muito nisso, não. Porque bem antes de eu mergulhar nessa outra história, já estava "cansada" do livro. Ele não é ruim. É uma boa história, que possui seus encantos, mas é justamente essa a questão: é apenas uma "boa história". Nada além disso. É um livro para passar o tempo e eu não estava num humor para esse tipo de livro. Eu queria uma história que me provocasse sentimentos intensos, mesmo que fosse o ódio. Eu queria "sentir" a história e com esse livro foi impossível. Vitale e Zara não são personagens fortes, marcantes. Não mexem com a gente. É um casal do qual, infelizmente, esquecerei rápido. A história foi agradável, sim. Mas só isso. 

"- Eu costumava ver tudo em branco e preto. As pessoas, no entanto, raramente são boas ou más, geralmente são uma mistura dos dois e todos cometemos erros."


- Espero ter mais sorte com o segundo livro da trilogia. Da Lynne Graham, eu jamais desisto.rsrs... 

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