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16 de junho de 2017

A Força do Destino - Charlotte Lamb


Só um destino muito cruel faria com que Joanne se apaixonasse tão perdidamente por Ben Norris. Primeiro, porque ele nem notava que Joanne existia, empenhado apenas em conquistar sua mãe, Clea, a grande estrela de cinema. Depois, porque Clea era uma mulher vaidosa, que tinha horror a parecer velha, e mantinha a filha à sua sombra. Joanne quase não podia sair de casa, tinha de se vestir e se comportar como uma menina, proibida de crescer. Onde Joanne encontraria forças para rebelar-se contra Clea, assumindo a mulher que despontava dentro dela? Onde buscar coragem para roubar o namorado da própria mãe?



Palavras de uma leitora... 



- Alguém aqui está preparado para um pouco de loucura nesta sexta-feira? Até o dia está um tanto perturbado, pois não decide se fará frio ou calor. Ora uma coisa, ora outra!rs

Confesso que já me diverti muito com o livro que estou prestes a resenhar. A história é tão absurda que houve momentos que eu ria de choque. Só mesmo a Charlotte Lamb para criar algo assim! E por falar nela... Acreditam que fazia mais de quatro anos que eu não lia nada da autora?! Nem eu acredito! Mas, apesar de ser fã dela, evitava seus romances por medo... tive tantas experiências brutais com seus livros que passei a fugir deles. Para o bem da minha saúde mental, é claro!

Ler A Força do Destino não estava em meus planos. Não havia nenhum livro da Charlotte em minha meta de leituras deste ano. Porém, uma leitora muito querida, a Beatriz Solano, me pediu para lê-lo, pois ela terminou a leitura sem entender nada. E como eu a compreendo!kkkkkk... Beatriz, o livro é realmente louco, querida! Mas valeu muito a pena a leitura, pois ri bastante com ele! A autora estava num dia muito criativo, pois desenvolveu diversas personalidades perturbadas nesta história. Dando espaço para cada uma delas nos mostrar "seu valor".rs

- A história começa com uma festa. A mocinha está incorporando o papel do patinho feio que vive à sombra de sua mãe, um belíssimo cisne pelo qual todos os homens morrem de amores. De início, eu já não sabia se simpatizava ou não com a Joanne, nossa protagonista. Apesar do livro ser escrito em terceira pessoa, em vários momentos tive a sensação de que conhecia os outros personagens através dos pensamentos dela, da opinião que ela tinha deles. Que era bastante contraditória, sinceramente. Ela não decidia se invejava ou não a mãe. Se a amava, odiava, se ela tinha sido uma boa ou uma péssima mãe. Até agora não sei ao certo o que a mocinha sentia pela Clea, o tal cisne que ela chamava pelo nome, uma vez que a mãe teria um troço se fosse chamada de outra maneira. No fundo, a própria Joanne não sabia o que sentia. 

- Ela tinha crescido num lar bastante desajustado, ao lado de pessoas que não entendiam que ela não passava de uma criança que necessitava de afeto. Queriam que ela se virasse sozinha, que encarasse as situações como uma adulta, pois a pessoa que merecia todas as atenções ali era Clea. E Joanne tinha a obrigação de viver ao redor da mãe, fosse apenas uma menina ou não! Seu pai se cansara do caos que era a vida familiar quando ela tinha apenas cinco anos. Ele partiu, reconstruindo a própria vida e deixando-a sob a responsabilidade de uma mãe que nada tinha de responsável ou de maternal. Não que Clea fosse agressiva com a filha ou algo do gênero. Ela simplesmente a deixava a cargo de outras pessoas, competindo com a menina por atenção. Porque os outros tinham que cuidar de sua filha, mas ela era quem vinha em primeiro lugar. Sempre! Se qualquer um olhasse com mais atenção para a menina, Clea fazia todo o necessário para voltar a ser o centro do mundo de todos e assim Joanne ia sendo esquecida. 

Naquela festa, apagada como de costume, Joanne tentava se convencer de que estava satisfeita com a vida que levava, embora seus próprios pensamentos nos gritassem que não, que ela já não aguentava mais. Que queria respirar, viver a própria vida e ser vista pelos outros também. Que a enxergassem como ser humano... como mulher. E tais sentimentos apenas se intensificam quando um homem misterioso e irresistível aparece, despertando algo novo em seu interior, mas mal notando sua existência. Porque enquanto ela não era capaz de tirar os olhos dele... ele só tinha olhos para sua mãe. 

E é aí que a história começa... 

Ben Norris tinha contas do passado para acertar... Cerca de vinte anos atrás, sua infância e seu lar tinham sido destruídos por uma mulher sedutora e ardilosa que enredou seu pai, transformando o casamento dele num inferno, apenas para fugir com outro depois... deixando para trás pura destruição. Ben tivera que ver, dia após dia, sua mãe afundar-se cada vez mais no álcool e seu pai viver pelas lembranças da atriz que havia amado e perdido. E, com a morte da mãe, ele jurou que iria vingar-se da mulher que acabara com sua vida: Clea Thorpe, a famosa atriz... a mulher da qual ele não conseguia tirar os olhos naquele momento. Todavia, não se deixaria levar por sua beleza e feitiço... Tinha seus próprios planos para ela... E no meio de tanto ódio e vingança quem ele estaria disposto a destruir no processo? Até onde ele estaria disposto a ir para conseguir o que desejava?

- Nem sei bem por onde começar...rsrs Não quero contar o livro inteiro, mas é bem provável que tenha que revelar certas coisas para fazer vocês entenderem a loucura desta história. 

Como eu disse antes, Joanne estava cansada de viver à sombra da mãe. E é algo bastante compreensível, pois no lugar dela eu já teria dado bye, bye  há muito tempo. Quanto mais eu conhecia a Clea mais repulsa ela me causava. Com uma mãe como aquela nossa mocinha não necessitava de inimigo algum. E se ela demorasse tempo demais para acordar acabaria tendo a vida destruída pela mulher que deveria protegê-la e amá-la, mas que estava apenas preocupada em vencer a filha em tudo. Em ser sempre mais que ela e impedir que qualquer homem a enxergasse. 

Na festa em questão, que dá início aos dramas e reviravoltas desta história, Joanne estava presente apenas como uma empregada, alguém que deveria garantir que tudo corresse bem, que os convidados fossem bem servidos e se sentissem confortáveis. Sua mãe era quem escolhia suas roupas e maquiagem, não admitindo que Joanne se vestisse como a mulher que era aos vinte anos. Ela deveria sempre aparentar ser uma menina, impedida de crescer. E, para não desagradar a mãe, a mocinha fazia todas as suas vontades. Porém, quando Ben cruza seu caminho e a faz sentir coisas que ela jamais tinha sentido antes, ela começa a se revoltar mais e mais com aquela situação, desejando ser vista por ele... querendo que ele a notasse e desejasse. Que a amasse. Por isso, lhe dói muito quando ele também se sente enfeitiçado pela mãe dela, sendo outro de seus tantos admiradores e sequer percebendo que Joanne estava ali, bem perto dele. Será que ela não tinha o direito de gostar de ninguém na vida e ter tal sentimento retribuído? Será que todos os homens pelos quais ela se interessasse sempre iriam preferir a sua mãe? 

A partir daquele dia, Ben se torna presença constante em sua casa, pois sua mãe, interessada no dinheiro que ele poderia investir em seu novo filme, o instiga cada vez mais, disposta a fazer o que fosse necessário para tê-lo aos seus pés. E ela era bastante esperta, não dá para negar. De todas as personagens desta história, Clea é a mais marcante. Ela conseguia fazer um ótimo papel de vítima, sendo sedutora quando queria, mas também sabendo ser uma menina inocente, uma mulher frágil, uma mãe dedicada.... tudo o que o momento pedisse. Não tenho dúvidas de que ela era uma ótima atriz!rsrs E se o Ben não a odiasse tanto, acredito que ele teria ficado preso em sua armadilha, sendo mais um que ela usaria da forma que quisesse. 

Mas a mocinha da história também acontece. Como nosso mocinho atormentado tinha fortes motivos para odiar a Clea, isso faz que em algum momento ele acabe por notar a Joanne, o que o surpreende e perturba, claro. De início, ele a via como uma menina, sentindo pena por ela ter crescido num ambiente como aquele, mas não perdendo seu tempo em lançar-lhe um segundo olhar. Todavia, seus caminhos acabam por viver se cruzando por conta da aproximação dele com sua mãe. E assim, ele tem a oportunidade de ver que ela era bem mais do que mostrava... e que começava a incendiá-lo por dentro. Amar não estava em seus planos. Muito menos a filha de Clea. Desta forma, ele encontra na atração que começa a sentir por Joanne um plano B, caso o primeiro não desse certo. 

Estão conseguindo acompanhar ou já se sentem perdidos?kkkkkk... Eu própria tenho que tentar manter os pensamentos organizados para não me perder!kkkkk.... Ben vai atrás de Clea por vingança. Na tentativa de destruir a vida dela como ela tinha destruído o seu lar e a vida de sua mãe. Clea decide usar o Ben para conseguir o que ela desejava. Joanne se sente muito atraída por Ben, ele é o primeiro homem a provocar seus sentimentos, a fazê-la desejar ser mulher e não apenas uma menina. E, embora ela não tivesse nada a ver com o que os dois pretendiam, acaba por ser a mais atingida. 

Vocês lembram que tudo começa por causa do pai do Ben? Por que Clea e ele viveram um romance no passado? Pois bem. Quando descobre que o filho foi atrás da mulher que ele nunca conseguiu esquecer (a vida dela era pública, então tudo era publicado nos jornais), Jeb decide aparecer e o plano A do nosso mocinho vai para o espaço!kkkkkk... Jeb conhecia o filho que tinha e os rancores que ele guardava. Assim, resolve aparecer para impedi-lo de machucar sua querida e, ao mesmo tempo, aproveita a chance para tentar reconquistá-la. Algo que ele vai conseguir fácil, fácil, é óbvio! 

- Furioso pela intromissão do pai, Ben sente-se no direito de descontar toda sua frustração na Joanne, não apenas porque ela era seu plano B, como também porque estava atraído por ela e revoltado por ela ter percebido que era mulher e passado a se comportar como tal, não mais se escondendo na imagem de menina.kkkkkkk... Sim, todos eles necessitam de um tempo no manicômio!kkkkkkkk... 

E aí aumenta o drama e sofrimento na vida da nossa mocinha. Aproveitando uma oportunidade de ouro e a ingenuidade da Joanne, ele a atrai para um "passeio" de lancha, convidando-a para um chá com um amigo dele. Sério, eu fiquei impressionada com a inocência estúpida desta mocinha! Ela era a única pessoa que o conhecia de verdade. A única para quem ele tinha confessado suas intenções, o ódio violento que sentia da mãe dela e dito com todas as letras o quanto desprezava as duas e queria destruí-las. Mas como ele meio que pediu "desculpas", ela achou que não teria nada de mau em ir passear com ele. Existe alguém mais imbecil?! 

Ela resiste um pouco, mas acaba se deixando levar por ele... quando dá por si, está trancada no "quarto" dele num iate. Sim, literalmente trancada, pois ele passou a chave na porta. Claro que ele estava dentro do quarto também. Vocês já podem imaginar o que ele pretendia. Quem conhece a autora já está até acostumada com coisas assim. Joanne resolve gritar por socorro, mas só falava inglês e francês e a única pessoa presente no iate, além dos dois, era um empregado que só falava grego e que mesmo que a entendesse não a ajudaria. 

Bancando uma daquelas vítimas de filmes de terror ou suspense, que ficam tentando fazer o maníaco ficar falando enquanto pensam num jeito de escapar ou fazê-lo mudar de ideia, Joanne deixa o Ben desabafar toda sua revolta, seus planos e blá blá blá.rsrs Eu não sabia se sentia pena dela ou se ria, para ser sincera. Era tudo tão patético e absurdo que eu própria já estava perturbada!kkkkkkkk... Os argumentos do Ben para estar se comportamento daquela maneira eram muito estúpidos. Cheguei à conclusão que ele tinha nascido com todos os parafusos fora de lugar.

Depois pensei: vamos ter aqui um revival de Paixão Diabólica ou Noites de Tortura (dois "romances" da mesma autora). Mas a autora conseguiu me surpreender! O que foi bom! Sinceramente, não estava preparada para tal estresse. Até aquele momento eu ainda não tinha odiado o Ben, apesar de ter desejado atacar algo em sua cabeça em algumas ocasiões. Eu não queria começar a desprezá-lo de verdade. Mas eu só não odiei o Ben por causa da Joanne, porque pela primeira vez na vida ela usou o cérebro para uma atitude que me fez dar gargalhadas aqui. Não contarei o que ela faz, é claro. Já falei demais!rsrs

- O livro, tendo como ponto de partida aquela situação no iate, dá uma reviravolta e tanto, seguindo por um novo rumo. E aí eu confesso que já não sabia o que pensar. Não tinha mais ideia de como a história terminaria. Lembrei do livro Fascinação e comecei a ficar nervosa, temendo que o livro tivesse o mesmo final. Não que em Fascinação o fim não tenha sido justo. Mas eu não queria algo como aquela história. 

- Se vocês pensam que toda a confusão e loucura do livro param por ali, estão muito enganados! Muitos outros absurdos acontecem e acabamos por nos sentir bem tontos, como se alguém tivesse nos girado e girado. Ainda me sinto meio tonta, gente!rs

- Não consegui acreditar numa cena em particular protagonizada pelos pais da Joanne e seus respectivos companheiros. Não sei se já conseguiram perceber que a Clea é uma sedutora, uma vadia qualquer que gosta que TODOS os homens a amem e desejem. Ela quer sempre se sentir a poderosa. Assim, durante uma reunião familiar, quando estava acompanhada pelo Jeb (que naquela altura já tinha se casado com ela), ela decidiu flertar abertamente com seu ex-marido, que estava acompanhado pela esposa. Além do Jeb ter se feito de idiota, como se não estivesse vendo o que a Clea fazia, a esposa do pai da Joanne, ficou calada, aguentando toda a situação. Mas isso não é o pior! O mais chocante é que depois que o momento passa, ela e a Clea viram "amiguinhas". Ela simplesmente se aproxima da Clea e ambas começam a conversar sobre moda e a Ângela percebe que JULGOU DE MANEIRA EQUIVOCADA a Clea, que ela não era a pessoa que imaginava. Isso só pode ser brincadeira, certo? A vagabunda tenta seduzir o marido dela, na frente de todos, e ela acredita que a julgou mal! Que ela era uma boa pessoa, apenas incompreendida! Fala sério! Eu já estava quase me internando num hospício! 

- Mas, acreditem, coisas mais loucas acontecem! Como a relação destrutiva entre a Clea e a Joanne. Numa altura do livro, mesmo tendo percebido que a filha estava interessada no Ben e já estando casada com o pai dele, a Clea tenta seduzir o Ben! Isso mesmo que vocês entenderam. Fazendo papel de mulher frágil e desamparada, ela tenta levá-lo para a cama. E o que a mocinha da história faz depois? A perdoa!!! E quase pede perdão à mãe por tê-la impedido de transar com o homem que ela amava! Não! Não estou brincando! Isso realmente acontece!

O mais desesperador, que nos faz desejar puxar nossos cabelos, é que o pai do Ben sabia que sua esposa estava tentando seduzir o seu filho. Que ela necessitava ter o Ben aos seus pés. E ele lida muito bem com isso!kkkkkkkkk... Como se fosse perfeitamente normal sua esposa querer "pegar" seu filho.kkkkkkkk... São ou não todos doentes neste livro? Sem sombra de dúvidas! 

Há um momento, quando algo importante acontece, que TODOS ficam com medo da reação da Clea. Porque a pobrezinha iria sofrer! Porque ela teria toda a razão em sentir-se ultrajada, coitada! A família ficou toda pisando em ovos, tentando proteger a florzinha delicada deles e eu quis esganá-los! É simplesmente absurdo demais para minha cabeça!

- Porém, confesso que eu até gostei do livro!kkkkkkkk... Ele mexeu com meus pensamentos, me deixou muito confusa e chocada, conseguiu me provocar uma reação, além de ter me feito rir com tanta loucura e só por isso já valeu a pena. Mas outro ponto positivo é que, apesar de também não serem normais, Ben e Joanne conseguem construir algo mesmo que nada pudesse parecer que ia dar certo. E o Ben reconhece os seus erros, enxerga com outros olhos suas atitudes do passado. E luta pelo que quer. 

- Eu acreditei no amor deles. Era tudo muito complicado, confuso, eles próprios estavam completamente perdidos no meio de suas histórias familiares, mas se apaixonaram sim. A Joanne se tornou a vida dele. Ele a amou mesmo não desejando isso. Só queria que a história tivesse girado mais em torno dos dois, que existisse mais romantismo, mais cenas deles dois juntos e menos Clea. 

- Recomendo ou não a história? Deixo que vocês escolham ler ou não, sem indicação minha!rsrs Não é um romance apaixonante nem nada do gênero. Achei um livro inteligente pela maneira que construiu a personalidade, o caráter dos personagens. A autora trabalhou bastante a construção psicológica de seus personagens, mas acabou por tudo girar em torno disso. Eu queria mais romance entre o casal protagonista, queria que a história fosse mais sobre eles dois. Infelizmente, não é assim. 

14 de setembro de 2014

Tua Esposa, Teu Destino - Penny Jordan


(Título Original: The marriage demand
Tradutora: Maria Luiza Felizardo
Editora: Nova Cultural
Edição de: 2002)

AMOR, HONRA E... VINGANÇA!

O milionário Nash Connaught sabia alguma coisa sobre Faith que poderia custar a ela seu emprego. E a ameaçava com esse obscuro segredo... Ele nunca pretendera recorrer a chantagem para levá-la para a cama ... Mas a tentação que os dois sentiam era forte demais ...

Faith era virgem ... até então. A reação de Nash foi insistir em casar-se com ela. Mas seria por respeito que faria isso?
Ou seu gesto não passava de uma estratégia para se vingar do que acontecera dez anos antes?



Palavras de uma leitora...


"Era assustador o poder que um único evento tinha de mudar o destino de uma pessoa."


- Aos quinze anos de idade, numa das fases mais lindas e complicadas da vida de uma pessoa, Faith passou por situações que nem sequer uma mulher adulta enfrentaria com facilidade. Como se já não bastasse toda a confusão que fazia parte da sua vida, ela se viu de repente sozinha, num orfanato, desprezada e invejada pelas colegas, longe de casa, do que ela tinha como certo e seguro. Sua mãe havia adoecido seriamente e necessitava ser operada. Não havia ninguém que pudesse cuidar de Faith durante o período em que a mãe estivesse hospitalizada e por isso a única opção foi deixá-la naquele orfanato. Uma decisão que marcaria para sempre a vida de Faith...

Apavorada e deprimida pelas mudanças bruscas que estavam ocorrendo em sua vida e preocupada com a possibilidade de nunca mais ver a mãe, Faith fazia todo o possível para ignorar a implicância e ameaça das outras meninas, que a odiavam porque ela era inteligente, esforçada e bonita. Mas foi durante uma excursão que sua vida realmente mudou. E para sempre. 

O orfanato providenciou uma visita a uma mansão próxima e Faith fez parte do grupo que teve permissão para visitá-la. Enquanto os outros não viam a hora de ir embora, Faith ficou encantada com cada obra de arte, com cada detalhe fascinante do lugar, e assim chamou a atenção do proprietário, um senhor que enxergou nela muito mais do que qualquer pessoa tinha enxergado. Alguém que a compreendia e parecia saber o que se passava no interior daquela menina. Sensibilizado por sua história, decide convidá-la para passar o verão com ele e seu afilhado. Um convite que a surpreendeu e a fez fugir do inferno no qual ela estava vivendo. Mas os dias de profunda felicidade que ela viveu naquele lugar... logo se transformaram num terrível pesadelo. E assim... dez longos anos se passaram. Até que o destino decidiu que era hora de ela desenterrar aquele passado... e acertar tudo que havia ficado pendente. 

"Era impossível decidir qual das emoções a atingia com mais intensidade, se a raiva ou a dor."

Ela é agora uma mulher independente, madura, realizada em sua profissão, mas as marcas daquele passado ainda eram capazes de impedi-la de seguir em frente. Ela ainda pensava nele... no homem para o qual havia entregado o seu coração e que o fizera em pedaços. Na pessoa em quem ela confiara e acreditara que a ajudaria no momento em que ela mais precisava. Mas ele havia sido o primeiro a lhe virar as costas... e Faith não sabia se um dia seria capaz de esquecer... 

"Um turbilhão de sensações invadiu seu peito. Tinha medo de imaginar o que mais Nash estaria disposto a revelar e sabia que a situação o divertia, que o grande prazer daquele homem era vê-la sofrer. Se possível, destruí-la."

Nash agora estava de volta... Disposto a cobrar uma dívida que ele acreditava que ela possuía. Disposto a destruir tudo aquilo que ela levara anos para construir. Ele queria vingança e não descansaria enquanto não a fizesse sofrer o mesmo que ele havia sofrido por sua causa. Mas... por trás de todo esse ódio, de todo esse rancor, existe algo muito mais profundo e intenso. Um sentimento que ele negara muitas vezes ao longo de sua vida. Mas que permanecia ali.... dentro do seu coração. 

O destino estava lhes dando mais uma chance... Seriam eles capazes de aceitá-la? Ou o orgulho e o ressentimento acabariam por matar de uma vez aquele amor que já havia sido tão machucado?


- Eu li essa história em poucas horas. Na viagem de ida e volta dentro do ônibus.rsrs... É uma história curtinha e adorável, que matou a saudade que eu sentia desses romances. Que me levou de volta a uma outra época da minha vida. Uma época da qual eu sinto bastante falta.

 Ler esse livro foi uma experiência incrível, que me fez viajar e lembrar... Lembrar de muitas e muitas coisas. Durante a leitura, vários outros livrinhos da série Bianca, Sabrina, Julia, Florzinhas, passaram pela minha cabeça. Vários livros da própria Penny Jordan, uma autora que carrego no coração e que sempre sofrerei por sua partida. Por uns instantes, era como se eu estivesse de volta ao passado... à época em que esses livrinhos me fizeram tanta companhia. Aos momentos em que eles foram meus melhores amigos e eu era incapaz de me desgrudar deles.rsrsrs... Enfim... Creio que estou meio melancólica hoje.kkkkk... Mas quem não sente saudades de bons momentos, de lindas histórias? Eu sinto. Por mais que belas, profundas e marcantes histórias ainda estejam me esperando... por mais que eu ainda tenha muitas histórias maravilhosas para conhecer... sinto saudades daquelas que conheci. Daquelas que fazem parte de mim de uma maneira ou de outra. Eu queria simplesmente reviver aqueles momentos. 

Mas vamos voltar ao livro...rsrsrs... Como eu disse, é uma história adorável, um romance simples, mas encantador por essa simplicidade. A história de duas pessoas que se apaixonaram no momento errado e que se separaram de uma maneira muito triste, cada um carregando muita mágoa do outro, acreditando que o outro lhe traiu, que apenas se aproveitou da confiança depositada, do amor que havia sido dado. Faith era apenas uma menina de quinze anos quando se apaixonou por Nash, um jovem alguns anos mais velho que ela. Abalada por todas as mudanças que tinham ocorrido em sua vida, ela estava vulnerável e apaixonada, querendo encontrar em Nash a segurança, o amor que ela tanto buscava. Um amor que era correspondido, embora ela não soubesse. Desde o momento em que Nash havia conhecido aquela menina, algo intenso tinha começado a provocar uma grande confusão dentro dele, mas ele não se permitia admitir o que sentia. Não ainda. Não enquanto ela fosse tão jovem e tão inexperiente. Não poderia aproveitar-se do momento pelo qual ela estava passando. Seus planos eram esperar... esperar que o tempo passasse, que Faith crescesse e se tornasse a mulher que ele sabia que ela se tornaria. Só que muita coisa acontece e cada um segue por um lado... só que um reencontro era inevitável.rsrsrs... E é justamente aí que a história começa. Quando o destino os coloca novamente num mesmo caminho.

- Não vale a pena contar certas coisas, porque a história é bem curta e se eu falasse mais, acabaria por contar todo o livro.kkkkkkkk...Enfim... Eu amei a leitura. Porque ela me provocou lembranças maravilhosas. E também porque a história em si é muito bonita, romântica e doce. Do jeitinho que eu estava precisando.kkkkkkkk...


10 de fevereiro de 2014

O Príncipe do Deserto - Iris Johansen

(Título Original: And The Desert Blooms
Tradutora: Adriana di Pietra
Editora: Nova Cultural
Edição de: 2009)

Não me procure... Voltarei quando estiver pronta...

Pandora Madchen escreveu essas palavras quando fugiu, seis anos atrás. Nesse meio tempo, ela se tornou uma famosa cantora de rock e viajou pelo mundo inteiro, mas nunca se esqueceu da promessa que fez a si mesma. Agora ela está pronta para voltar à desértica Sedikhan e para o homem por quem se apaixonou cedo demais... e nunca conseguiu esquecer.

O sheik Philip El Kabbar é um homem poderoso e influente. Contudo, durante seis longos anos não conseguiu encontrar a garota a quem ainda considera ser seu dever proteger. Pandora está de volta, e não é mais uma garota, mas sim uma mulher linda e atraente, determinada a envolvê-lo num jogo de sedução, de onde ambos podem sair de coração partido...



Palavras de uma leitora...



Olá, queridos!

 - Sim. Eu sei. Estou negligenciando muito o blog, vocês e os meus livrinhos, de uns tempos para cá. De bastante tempo para cá, na verdade. E é algo que me deixa muito triste. Mas realmente não tenho outra opção. Minha vida está uma confusão completa; têm horas que sinto como se estivesse numa montanha-russa, subindo e descendo com tanta rapidez que mal consigo me acompanhar.kkk... Enfim... Viver não é nada fácil.rs

"Ele a estudou por um longo momento.
- Você mudou, Pandora.
- Eu cresci. Acontece com todos nós eventualmente."

- Seria o tempo capaz de pôr fim ao amor? Ou, na verdade, o que acaba com o amor não é o tempo, mas sim as atitudes das pessoas às quais doamos nosso amor? Fazia seis anos que eles não se viam. Seis anos de saudades, lembranças, arrependimentos e mágoas. Seis anos perguntando-se o que estariam fazendo de suas vidas, seis anos imaginando se o outro estaria nos braços de alguém, quando era nos braços um do outro que deveriam estar... Seis anos de uma distância planejada. Ao menos, por Pandora, que para estar para sempre ao lado do homem que amava, teve que ir para longe dele. Crescer e mudar. Para ter a coragem necessária de lutar pelo amor dele, para ir contra a dureza do seu coração e destruir todas as suas defesas. Para fazê-lo perceber que ela era importante para ele, até mesmo quando ele achava que tudo que desejava era tê-la o mais longe possível. Para fazê-lo enxergar que era possível ser amado. Que nem todas as mulheres estavam interessadas em seu dinheiro, em seu poder ou em partir seu coração. Tudo que ela queria da vida era doar-se a Philip. E receber dele o amor que ninguém nunca foi capaz de lhe dar. 


" - Roubou de mim os últimos seis anos... Tenho o direito de saber com quem passou esse tempo. Afinal, ele me pertencia. 

- Roubei? - Ela não conseguia acreditar no que estava ouvindo. Precisava se controlar ou poria tudo a perder. - Você é mesmo impossível, Philip. Continua achando que o mundo gira ao seu redor. O tempo era meu, não seu. É de minha vida que estamos falando."


- Pandora era apenas uma criança quando despertou a atenção de Philip. Ela tinha se metido numa encrenca, algo que já era até rotina em sua vida, e Philip decidiu tornar-se o seu protetor. Por algum motivo que ele desconhecia, aquela menina mexia com as suas emoções e provocava nele uma ternura que nenhuma outra pessoa tinha conseguido provocar. Por esse motivo, ele decide lhe dar um medalhão, cujo desenho representava a sua marca. Tal atitude dava um aviso claro: qualquer um que fizesse mal àquela menina, estaria fazendo mal ao próprio Philip e pagaria caro por isso. Dessa forma, ele a colocava debaixo de sua proteção. E por esse motivo, também se achava no direito de decidir sua vida. Para ele, Pandora lhe pertencia. Mesmo que ele jamais tenha imaginado que um dia a desejaria como mulher. 

" [...] Como Helena não podia descontar a raiva em seu pai, descontava em você. - Apertou os lençóis com força. - Eu a teria matado, sabia?

- Teria? - Havia uma ponta de ternura na voz de Philip. - Sempre foi protetora, não é, Pandora? Mas isso foi há  muito tempo. - A ternura transformou-se em frieza. - Não preciso que se vinguem por mim, muito menos que sintam pena de mim - adicionou, amargo. - E também não preciso de você.

Ela sentiu uma pontada no peito.

- Precisa, sim. Apenas ainda não se deu conta disso. Mas farei com que o perceba."


- Ela o compreendia. E enxergava o que ninguém mais era capaz de enxergar. Conhecia os sentimentos que Philip ocultava dentro dele, sentimentos que o faziam tratar as mulheres com distância e desprezo, sentimentos que o faziam parecer cruel, insensível e egoísta. Ela sabia por que ele agia assim. Porque dentro dela habitavam os mesmos sentimentos: a dor, a mágoa que a rejeição é capaz de provocar. A ferida profunda que um pai ou uma mãe pode provocar dentro de um filho. As cicatrizes que tempo algum consegue apagar. O medo que somente um amor muito forte e corajoso pode superar. Por isso Pandora estava disposta a lutar por ele. Porque o conhecia. Porque sabia que dentro dele, em algum lugar bem profundo, estavam presos os sentimentos que ela conseguia despertar nele. Ela apenas precisava libertá-los. Porque a outra opção seria abrir mão de Philip, algo que ela jamais teria coragem de fazer. Não importava o quão mal ele fosse capaz de tratá-la, ela suportaria tudo e mostraria que jamais iria ser como a mãe dele. Que não brincaria com os seus  sentimentos. Que não o tornaria dependente dela somente para depois partir, deixando-o com o coração em pedaços.


"[...] O que aconteceu aqui foi sublime e sabe disso, Philip.

- Foi bonito - ele concedeu a contragosto. - Mas não significa que estávamos no paraíso. Sexo não é amor, Pandora.

- Sei muito bem a diferença. Sempre soube. Mas entre nós é diferente, Philip. É o mais puro amor... Tire a venda dos olhos e enxergue a realidade. Já perdemos muitos anos, e estamos envelhecendo. 

Philip não conseguiu conter o riso, vendo-a enrolada nos lençóis, os enormes olhos a encará-lo. Pandora não parecia muito mais que uma criança.

Já não sentia mais raiva dela. A fúria de momentos antes estava desaparecendo. Por que não conseguia se manter firme quando o assunto dizia respeito àquela menina?"


- Eu nunca esqueço de uma história, quando de alguma forma ela se tornou especial, querida por mim. E muito menos esqueço personagens. Posso até não lembrar de todos os detalhes de uma história, mas os sentimentos que a história me provocou, eu sempre lembro. E é por isso que nunca esqueci Philip e Pandora. Apesar de tê-los conhecido quase quatro anos atrás. 

- Eu estava lendo Sob o Sol do Deserto - Iris Johansen, quando a autora decidiu colocar Philip e Pandora na história. Eles não eram os protagonistas, mas tinha algo neles que os tornava especiais, ao ponto de desejarmos ler a história deles. Na época, eu sequer sabia que eles realmente possuíam a própria história. Descobri isso um tempo depois e aí fiquei completamente louca pelo livro. Mas não o encontrava em parte alguma, de modo algum. Passaram-se os anos... E, um dia, sem esperar, enquanto eu estava olhando alguns livros antigos que estavam sendo vendidos numa banca de jornal, esbarrei nesse livro. Imediatamente eu soube que era a história que eu tanto tinha procurado anos antes e aí, não pude deixar de trazê-la para casa. :) Mas só agora tive a oportunidade de lê-la. E a única coisa que lamento é não tê-la lido antes. 

- Em Sob o Sol do Deserto, encontramos dois personagens secundários marcantes. Pandora era pura vida naquela história, estava sempre cheia de energia e querendo chamar a atenção de Philip que fingia (apenas fingia) não perceber o interesse dela por ele. Philip era um homem cínico, insensível (aparentemente, é claro), egoísta e que tratava as mulheres da forma que achava que elas mereciam: com claro desprezo. Não que ele as maltratasse, mas não as considerava dignas de coisa alguma, além de alguns momentos na cama com ele. Exceto Pandora. Apesar de ela ser mulher e por tal motivo, não merecer nenhum segundo de sua atenção, ela o fascinava. E despertava nele um sentimento que ele não sentia por ninguém: ternura. Ela era apenas uma criança rebelde, disposta a sempre encarar o perigo de frente e necessitava de proteção. Não existia, na mente de Philip, ninguém mais capaz de protegê-la do que ele próprio. E assim os anos se passam e os laços entre os dois vão se tornando mais e mais fortes, ao ponto de Philip perceber que necessita mandá-la para longe. Para o bem de ambos. 

- Pandora, profundamente magoada pelo que ela considera uma fria rejeição, não aceita ir para longe, estudar na droga de lugar que fosse. Se não podia estar com Philip, também não iria para outro lugar, debaixo da proteção dele. Se ele a queria longe, ela iria. Mas da maneira dela. E assim, Pandora escapa, decidindo que voltaria quando estivesse pronta para conquistá-lo. Quando estivesse disposta a sofrer o que tivesse que sofrer, para mostrar a ele o quanto o amava. Seis anos antes, ela não passava de uma menina de quinze anos que não sabia como mostrar àquele homem que o amava. Mas agora, aos vinte e um anos, ela sabe exatamente como mostrar a Philip que ele não pode viver sem ela. Que sem ela, sua vida não passa de uma triste escuridão. 


- Em O Príncipe do Deserto, ocorre o reencontro entre os dois. Um reencontro que não é lá muito agradável, levando em conta que Philip havia sido contrariado e tinha passado seis anos imaginando onde aquela pestinha estaria; se estaria passando fome, se estaria sofrendo maus-tratos, se estaria viva ou morta. Seis anos desejando ver de novo o seu sorriso, a alegria que ela deixava transparecer cada vez que o via chegar... Desejava ver de novo algum de seus empregados procurando-o às pressas para contar que Pandora havia se metido numa nova encrenca. Ele tinha passado tempo demais sentindo falta. E isso o incomodava, pois fazia muito tempo que ele não sentia falta de alguém. Porque para sentir falta é necessário nutrir por alguém um sentimento profundo, um afeto. E Philip, desde criança, tinha se proibido de sentir tal coisa. Porque doía amar. E ele sabia bem o quanto. 

- É muito bonita a história entre os dois. Apesar de Pandora tê-lo amado muito cedo e de nós leitoras percebermos claramente que de alguma forma Philip assumiu o lugar de pai na vida dela, não duvidei do amor que ela sentia por ele. Possa ser que no início tenha sido apenas uma espécie de "transferência". O pai dela não a amava e fazia questão de mostrar isso claramente. Ele a queria sempre o mais longe possível. Ele desejava que ela sequer existisse. Então, aquela menina tão carente de amor, tão necessitada de carinho, viu em Philip um substituto do pai. Isso é evidente. Mas com o tempo tal sentimento se modificou e ela já não o viu mais como uma espécie de pai, mas sim como homem. O homem que a atraía, que despertava o seu desejo e o seu amor. Que a fazia sentir coisas que ela nunca tinha sentido antes. E corajosa e determinada como só ela sabia ser, ela luta por ele. Com todas as suas forças. Com todas as armas que a natureza lhe deu.rsrs... Eu gosto demais da Pandora e do Philip. Apesar do Philip ter me deixado fervendo de raiva em determinados momentos, eu o compreendi. Ele nunca foi deliberadamente cruel com ela, até mesmo quando ele próprio acreditava que tinha sido. Cada coisa que ele faz é sempre pensando no que ele julga melhor para ela, pois se importa. Se importa com ela como nunca se importou com ninguém. Ele sente ternura por ela e com o tempo descobre que isso é o mais intenso amor. Que demorou a amadurecer... Philip aprende de forma amarga a valorizar o que a vida lhe deu. É com dor que ele aprende, queridos. E no fundo eu penso que ele mereceu.kkkkkkkk... Se a Pandora tinha sofrido tanto, ele merecia sofrer também.rsrs... 

- Em resumo, posso dizer que essa é uma história leve, divertida e deliciosa. Uma história simples e comovente, para ser lida sem muitas expectativas, exceto se deliciar com um doce romance. E que mesmo assim, simples, consegue ser especial. A beleza dessa história está justamente em sua simplicidade. É uma bonita história, para ser lida com o coração. :)

"Philip cerrou o maxilar, sentindo-se ultrajado.

- Nunca fui comparado a um cavalo antes, muito menos a um tão perigoso - comentou em voz baixa, enquanto a segurava para ajudá-la a desmontar.

- Apenas algumas vezes ele me lembra você - ela corrigiu, tensa. - Em outras é adorável."

10 de outubro de 2012

Paixões Desenfreadas - Carole Mortimer


(Título Original: The Tempestuous Flame
Tradutora: Maria Helena Figueiredo
Editora: Nova Cultural)


Ninguém, a nãe ser ela mesma, tinha o direito de escolher seu marido, pensou Caroline, furiosa, quando seu pai sugeriu o nome de Greg Fortnum, um homem que ela nem conhecia. Como resposta, ela se mudou às escondidas para um chalé que eles tinham nas montanhas. Só que não imaginava encontrar-se com André que, a convite de seu pai, também estava hospedado no chalé. Nesse momento começou sua verdadeira aventura: eles passaram uma semana juntos, um escondendo do outro sua verdadeira identidade e ardendo pelo desejo de se possuírem. Quem seria André, aquele homem misterioso, de quem ela nunca ouvira falar?



Palavras de uma leitora...


- Depois de Herança de Ódio -Anne Hampson, eu comecei a leitura desse livro com um pé atrás. Era de uma autora diferente e mesmo assim eu não apostei muito na história. E talvez por isso não tenha me decepcionado.rsrs... Não é um 5 estrelas, mas gostei bastante do livro.

- A história começa quando Caroline Rayner está revoltada com o pai e colocando toda sua revolta para fora. Ela estava indignada, pois seu pai queria que ela se casasse com um homem que ela detestava antes mesmo de conhecer. Esse homem era Greg Fortnum. Ele era um mulherengo, um homem que não levava as mulheres a sério e era temido por ser cruel com seus adversários. Caroline não podia acreditar que seu pai falava sério. Que queria mesmo que ela se casasse com um tipo que jamais iria valorizá-la. Disposta a ir contra a vontade do pai e evitar o homem que desprezava, Caroline fugiu para seu chalé onde pretendia ficar até que Greg Fortnum (que tinha sido convidado pelo seu pai para passar o final de semana com eles) fosse embora. Mas ela fugiu de uma situação complicada para cair em outra.rsrs...

- Depois de chegar no chalé, Caroline resolveu descansar, mas teve seu sossego interrompido pelo barulho da porta de um carro batendo em sua propriedade. Seu primeiro pensamento foi ir até o telefone para pedir socorro, mas o desconhecido entrou em sua casa e acendeu as luzes antes que ela conseguisse fazer o que pretendia. O primeiro encontro não foi dos melhores. Além de confundi-la com uma empregada, o desconhecido ainda a tirou do sério com sua arrogância, sarcasmo, olhares provocadores e seu sorriso irresistível. Embora desejasse odiá-lo por invadir sua casa e roubar sua tranquilidade, aquele estranho atrevido lhe provocou sensações esquisitas, excitantes e angustiantes. Ao perceber isso, Caroline desejou ainda mais fazê-lo ir embora, mas André a provocou, fazendo-a aceitar, por orgulho, dividir a casa com ele. E assim uma relação interessante e divertida começa.

- Gostei bastante da história. Foi muito divertido saber desde o início algo que o casal não sabia.rs... Não é nenhum segredo, mas não falarei sobre isso.rs... Caroline é uma mocinha teimosa, independente e diferente das outras jovens que conhece. Embora as colunas de fofocas tenham sempre uma novidade sobre ela, a Caroline verdadeira está longe daquilo que pensam que ela é. Embora se julgue antiquada, ela não costuma entrar em relacionamentos superficiais e sonha encontrar o homem certo, com quem se case por amor e não por conveniência como a maioria das outras jovens. Ela é um pouco mimada, caprichosa, mas nada que pudesse me irritar. Ela tinha motivos para bater o pé e dar gritinhos de indignação e eu me divertia com suas crises de raiva e seus pensamentos de vingança. Era muito interessante ver o casal se provocando dia e noite e perdendo a paciência um com o outro. Claro que nem tudo foi diversão. Em alguns momentos achei que a autora enrolou muito, em outros achei os diálogos dos dois infantis, sem sentido, mas felizmente não foi o tempo inteiro. 

- André é um mocinho complicado. Eu gostei de seus sorrisos irresistíveis, seus olhares provocadores, seus comentários irônicos, suas perdas de controle, mas... faltou algo. Quando ele se declarou (no final da história) me pareceu algo forçado. O André que eu conheci ao longo da história não seria capaz de dizer o que ele disse no final. Não da forma como ele falou. Ele é um tipo de mocinho frio, distante, mais capaz de mostrar seus sentimentos com toques, carícias ou explosões de raiva. Nunca que ele seria capaz de dizer palavras tão românticas, desesperadas, e se mostraria tão vulnerável diante da mocinha. Aquele não era o André que eu conheci e eu não gostei disso. As palavras foram lindas, mas pareciam vir de outro mocinho. Era como se ele tivesse sido substituído por outro. Achei que a autora estragou um momento que poderia ter sido lindo. Se as palavras fossem ditas com dificuldade ou raiva, até seria mais aceitável. Da forma como foram ditas, não. 

- Achei a história fofa, divertida e leve. Me fez lembrar de outros livros da autora por causa da mania dela de fazer seus mocinhos só conhecerem a verdade sobre as mocinhas no final. rsrs... Mas essa mocinha é muito mais corajosa e determinada do que as outras mocinhas que conheci da autora. E o mocinho é menos idiota do que os outros.rsrs... Não me arrependo de ter lido o livro.

- Dei 3 estrelas a ele no Skoob e recomendo para quem gosta dos livros da autora e daqueles livros conhecidos como "florzinhas". 


Bjs!

6 de outubro de 2012

Herança de Ódio - Anne Hampson


(Título Original: The Laird of Lacharrun
Tradutor: Diogo Borges)


Abandonada pelo noivo, Lorna empregou-se como dama de companhia de lady Lamond, num castelo da Escócia. Desde os primeiros momentos, coisas estranhas começaram a acontecer... A riquíssima senhora instalou Lorna numa estupenda suíte, obrigou-a a receber caríssimas jóias de presente e nunca a chamava para trabalhar! Depois, apresentou-a a Craig, seu jovem e orgulhoso neto. Então, um dia, o rapaz acusou-a de ser uma caçadora de fortuna, uma ladra de heranças! Inocente, Lorna decidiu deixar o emprego. Mas isso era impossível: Craig havia preparado uma armadilha doce e perigosa... Ia conquistar Lorna, casar-se com ela e depois abandoná-la, deixando-a sem amor e na miséria!



Palavras de uma leitora...


- Quem pensa que eu estava passando por um momento masoquista, está certo.rsrs... Eu estava exatamente com vontade de ler algo que me estressasse (não que eu já não estivesse estressada o suficiente) e por isso decidi ler esse livro da Anne Hampson. Gosto do jeito de escrever da Anne Hampson e dos livros que li dela, mas que seus mocinhos conseguem me tirar do sério quando querem, isso conseguem! Só que o Craig não estava com muita vontade de agir como eu queria que ele agisse e talvez por isso, eu tenha ficado mais irritada.kkkkkkkk... 

- Encontrei esse livrinho numa banca no centro da cidade há umas duas semanas. Ele está bastante velho e eu só o trouxe porque gostei da capa e é um florzinha que dificilmente eu voltaria a encontrar. Já li vários florzinhas na minha vida e bateu uma saudade na hora em que o vi. Mas não pretendia lê-lo agora, não. Só que ontem bateu uma saudade do passado, de momentos que se foram, mas ficaram guardados no coração e acabei lembrando também do primeiro romance que li. Que foi justamente um Sabrina. Não um antigo, mas Sabrina de qualquer forma.rsrs... E como eu também queria me irritar com um mocinho, achei que era o momento apropriado para lê-lo.rsrs... 


- A história começa quando a pobrezinha da Lorna, uma jovem inocente e apaixonada por um canalha, ambicioso e egoísta, está toda triste, quase morrendo pelos cantos porque seu amado resolveu romper o noivado com ela. Ela era enfermeira e tinha se apaixonado por um dos médicos mais lindos e queridos do hospital. Seu amor era correspondido... até o momento no qual uma jovem herdeira se interessou por ele e ele viu nisso sua chance de enriquecer. Não pensou duas vezes antes de terminar com a Lorna e deixar claro que aquilo era o melhor para os dois. Só que o filho da pontualidade tinha um amor tão grande por si mesmo, que ainda se sentia desconfortável diante da ideia do hospital ficar sabendo o que ele tinha feito. Não queria ser visto como um canalha e resolveu fazer com que Lorna fosse para longe, inventando mentiras e fazendo-a cair numa armadilha, diretamente nos braços de um homem que a odiava antes mesmo de conhecê-la.

Depois de perceber que não era querida nem pelos tios com os quais vivia há cinco anos, Lorna resolveu seguir o conselho do ex-noivo e viajou para a Escócia para ser enfermeira particular de uma senhora que tinha sido internada no hospital no qual ela trabalhava pouco tempo antes. A senhora tinha se apegado à Lorna e desejou tê-la sempre por perto, para o caso de precisar novamente de cuidados. Lorna ainda estava em choque pelo término do noivado e por ter descoberto que seus tios somente fingiam amá-la e por isso (ou porque é estúpida mesmo) não percebeu que tinha algo muito estranho em toda aquela situação. Somente quando chega na Escócia e passa a morar com a senhora "delicada, simpática e doente", é que ela percebe que algo muito errado está acontecendo e que ela está apenas sendo usada como instrumento de vingança numa briga familiar. E mesmo assim, a imbecil continua morando na casa e se deixa cair numa armadilha. É o tipo de pessoa que não enxergaria o perigo nem se ele batesse em sua cara e gritasse para ela desaparecer antes que fosse tarde. Não sabem a vontade que eu senti de bater nessa garota! Ela é tonta além do limite. 

- Bem... A história seria interessante se eu a lesse numa outra época.rsrs... Uns três anos antes. Sei que teria amado a história se não tivesse mudado de uns anos para cá. Se não tivesse conhecido outros tipos de romances, outros tipos de mocinhos. Ainda gosto dos florzinhas, mas não esse tipo que li. Com uma mocinha tão insuportavelmente estúpida e um mocinho que só procura se entender com a mocinha nas últimas páginas. Faltava duas páginas e meia para a história terminar quando eles descobriram que se amavam loucamente e que deveriam ficar juntos para o resto da vida deles. Eles agiram de modo tão infantil que não acreditei muito que o Craig tinha 30 anos. Mas... se eu queria me estressar, se queria justamente um mocinho machista e com comportamentos estúpidos, por que não gostei do livro? Porque o Craig não me convenceu. Porque nada na história me convenceu. O Craig é mais de falar do que de fazer e não vi um relacionamento de verdade entre ele e a Lorna. Ele fingiu tanto no início que para mim, fingiu até o fim. Nada foi convincente. Nada foi real para mim. Foi... decepcionante. 



- Eu não diria que vocês não devem apostar na história. Meu humor não está muito bom hoje e talvez isso tenha contribuído para tornar a história tão sem graça para mim. Estou sem paciência hoje e talvez tenha sido isso.kkkkkk... Ainda pretendo ler outro florzinha hoje.rsrs...


Bjs!
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