25 de novembro de 2010

O Retrato de Sarah - Lynne Graham

Tempo de leitura:

Foi uma difícil relação que terminou em desastre. Nos cinco anos que seguiram ao fim de seu casamento, Sarah se dedicou a seus filhos gêmeos. Rafael não fez nenhum esforço para pôr-se em contato com ela, e a última coisa que Sarah esperava, era que ele regressasse a sua vida, quando ao que parece nem sequer sabia da existência dos meninos, Rafael não tinha mudado.... era tão decidido e perigoso como sempre. Mas as feridas que tinha recebido Sarah no passado eram tão profundas, que não queria que ele lhe machucasse de novo.


Palavras de uma leitora...

- O que falar desse livro? Gostei muito da história. Depois de ter lido Corações Cativos eu fiquei sem saber qual o próximo livro que iria ler. Além de gostar muito dos livros da LG, tinha a enquete favorecendo a leitura de seus livros, mas eu quase desisti de ler outro livro seu, no momento. A verdade é que não queria me aborrecer muito, sabe? Aí pensei em ler algum livro da PJ ou de alguma autora nova... Mas acabei indo nos arquivos da LG e pesquisando pelas sinopses de seus livros. Nenhuma estava me interessando muito... até que cheguei nesse livro. Casamento em crise, crianças envolvidas, marido que retorna... E ainda tinha a curiosidade de saber o que o título da história significava. Assim, resolvi ler esse livro.

- Todos aqui sabem que gosto muito de livros com casamento em crise, né? Eu adoro! Gosto de ver como eles resolvem seus problemas. Gosto de ver um casamento fadado ao fracasso... se fortalecer. Acho muito bonito quando o casal pode se dá uma segunda chance e recomeçar. Não gosto muito de divórcio, não. Acho casamento uma coisa muito séria que não deve ser visto como algo que pode ser desfeito de qualquer maneira... como se não significasse nada. Embora, é claro, que também não ache que as pessoas devem ficar presas à algo que não lhes faz bem. Só acho que deve ser visto como algo importante. E Sarah e Rafael até achavam o casamento importante, mas não fizeram nada para preservá-lo. Se amavam loucamente. Uma paixão incrível que você sente em cada página, mas não estavam preparados para um casamento. Sarah tinha tido uma vida insuportável e presa. Viveu como se fosse uma prisioneira durante sua vida inteira e, em menos de um mês de relacionamento, aceitou se casar com Rafael. Ou seja, no momento que ela finalmente se viu livre, se deixou prender outra vez. Não que o casamento tenha que ser uma prisão. Mas ela precisava de tempo para se acertar consigo mesmo. Ela queria respirar e admitia isso, mas por pressão do pai e de Rafael, desistiu do que era melhor para ela, para mergulhar num casamento que ela não queria naquele momento. Ela amava Rafael, mas não estava preparada para casar. E esse ressentimento por ter feito novamente algo que não queria, fez o casamento ser fadado ao fracasso desde a noite de núpcias.

E o Rafael? Ele havia sido desprezado desde cedo. Sua própria mãe o abandonou, seu pai era um bandido que morreu antes de seu nascimento e a família de seu pai só o aceitou por obrigação. Foi criado por um tio que era dominado por sua esposa e uma tia que gostava de golpeá-lo. Nunca soube o que era ser amado e quando encontrou Sarah e se sentiu amado por ela, quis prendê-la para sempre ao seu lado. Um sentimento normal, né? A gente, geralmente, quer passar a vida inteira com alguém que ama, né? Só que o amor de Rafael beirava à obsessão. Ele estava sufocando a Sarah. Ela não podia fazer nada sem seu consentimento, não podia nem ter seus pensamentos só para si. Ele não a queria dividir nem com ela mesmo! Era uma loucura que nunca daria certo. E um de seus atos mais estúpidos, que provam o que falei sobre obsessão, foi engravidá-la contra sua vontade... como um último recurso para forçá-la a permanecer ao seu lado. Isso é um absurdo! Não deixou mais ela tomar as pílulas anticoncepcionais e fez amor com ela na intenção de engravidá-la. O que conseguiu, é claro. Não posso dizer que eles fizeram amor. Sarah era uma pedra de gelo sempre que ele a tocava. Não resistia, mas também não queria. Apenas se submetia às vontades dele. Isso me dá nojo! Não sei como um ser humano pode ser assim. Essa garota passou a vida inteira sempre se submetendo às vontades dos outros. Não tinha vida nem vontade própria. Não consigo entender... Enfim... Rafael sempre tentava arrancar uma resposta dela, mas não conseguia. Ela precisava de tempo e não se deu esse próprio tempo e os dois estavam pagando por isso. Rafael sofria muito por amá-la e sentir que já não era amado por ela. A queria muito, mas não sabia como lidar com ela e consigo mesmo. Não entendia o que fazia de errado. Se ele se colocasse na situação dela, talvez entendesse...

Bem... mas vamos ao "um pequeno resumo" antes que eu continue..

Um pequeno resumo:


Sarah havia sido adotada quando era muito nova. A família que a adotou era muito rica, importante e fria. Nunca demonstravam nenhuma emoção. Viviam de aparências e queriam que Sarah também fosse assim. Ela desocbriu bem cedo que a única forma de agradá-los e receber a aceitação deles, seria abrindo mão de sua personalidade e fazendo sempre o que eles queriam. Ela se sentia muito grata por terem sido tão "generosos" ao adotá-la. Dessa forma, ainda criança adotou uma personalidade falsa que a torturava. Se seus pais lhe tivessem ordenado que se atirasse de uma ponte, ela o faria só para agradá-los.

Quando fez dezoito anos e estava terminando a escola, Sarah fez uma viagem à Paris com uma garota que só a levou para poder ganhar a permissão dos pais. Depois de chegar ao país, a garota a abandonou e seguiu seu próprio caminho. Era a primeira vez que Sarah se via sozinha e ficou apavorada.

Com o passar dos dias, foi explorando a cidade e tentando seguir com seus próprios pés. Aproveitar pela primeira vez algo na vida. Mas após ser assaltada por um garoto e lançada ao chão... teve seu destino selado para sempre. Rafael Alejandro havia ido em seu socorro naquele dia e ela se apaixonou por ele à primeira vista. Tudo nele a encantava. Sua beleza, sua sensualidade, seu sorriso encantador. E assumiu um relacionamento com ele logo de cara, sem pensar no amanhã.

Quando seu pai soube de seu relacionamento, tentou impedi-la de continuar com ele e quis levá-la para casa. Mas Rafael insistiu que eles deviam se casar e ela aceitou. Logo na noite de núpcias, o casamento mostrou que não teria futuro.

Sarah estava insegura e aterrorizada. Tinha tido uma criação restrita e severa e estava muito tensa quando Rafael começou a tocá-la. Ela tentou convencê-lo a lhe dar tempo para se acostumar com o casamento, mas ele não lhe deu ouvidos, achando que ela só estava envergonhada por ser sua primeira vez. Mas a verdade ia muito além disso. Ela estava ressentida por se casar, havia convivido com a infidelidade do pai e a imagem negativa que sua mãe passava da relação física entre duas pessoas... Ela tinha terror ao relacionamento físico.

No início ela resistiu um pouco, mas depois se submeteu e sua primeira vez foi terrível. Rafael prometeu que não seria assim da próxima vez, mas Sarah nunca chegou a sentir prazer nos braços do homem que amava. Ela nunca mais resistiu, mas apenas se submeteu como se fosse obrigada a só satisfazer as vontades do marido. A única coisa que ela não queria e lutava para não ter era um bebê. Não que ela não quisesse ser mãe, apenas não queria ficar totalmente presa à relação. Mas Rafael, depois de dois anos de casamento, resolveu forçá-la a engravidar. O que acabou definitivamente com o casamento.

Eles haviam tido uma briga. Sarah não confiava em Rafael e nunca havia confiado. Ela o amava loucamente, mas sempre teve em mente que ele a traía. Essa convicção vinha do trauma de ver as frequentes traições do pai e imaginar que todo homem seria assim. Isso provocava sempre a ira de Rafael, que resolvia a questão aumentando a voz e a fazendo recuar. Sarah nunca teve forças para contrariá-lo e sua criação a impedia de lutar com ele como uma igual. Ela simplesmente abaixava a cabeça e deixava o assunto de lado. Não temia uma agressão e na verdade nem sabia o que temia. Apenas temia.

Mas depois dessa última briga, Rafael a impediu de se proteger de uma gravidez e praticamente a forçou a fazer amor com ele. Depois disso, nunca mais voltou a tocar nela.

O tempo foi passando e Sarah tentou se conformar com a situação. Embora tivesse, pela primeira vez, gritado aos quatro ventos que não queria um filho dele. Ela e Rafael se distanciaram e passaram a conviver como dois estranhos. Ele já não era tão carinhoso com ela. Na verdade, apenas permanecia distante.

Mas o fim só veio depois que Rafael lhe deu um ultimato: ou ela cortava qualquer relação com os pais, ou se separava dele. Sarah ficou com a segunda opção.

Sofrendo muito, ela tomou essa decisão baseada na crença de que Rafael a traía. E a prova veio depois que seu pai contratou um detetive particular e tirou uma foto comprometedora de Rafael e uma outra mulher.

Isso aconteceu quando ela já havia voltado a viver com os pais e nesse dia, teve uma crise histérica que a fez cair da escada. Aproveitando-se desse fato, o pai de Sarah a internou numa clínica para doentes mentais, enquanto tentava desfazer seu casamento com Rafael.

Sarah tinha esperança de que Rafael a tiraria de lá a qualquer momento, mas isso nunca aconteceu... Eles só vieram a se reencontrar depois de cinco anos...

Mas eles estão muito machucados quando isso acontece e terão que resolver muitos assuntos pendentes antes de finalmente poderem ser felizes juntos. Terão que aprender a confiar, a amar e perdoar... Uma tarefa que não será fácil para nenhum dos dois.

- Eu gostei muito da história apesar de não gostar das atitudes do casal. O casamento estava realmente em crise e tudo estava contra eles. É impossível não perceber o quanto esses dois se amam desde o reencontro deles. Logo no reencontro a gente já percebe o amor que sentem um pelo outro. É um amor muito intenso e bonito, porém com uma grande capacidade destruidora. O amor que eles sentiam um pelo outro tinha o poder de destruí-los. E quase destruiu. Principalmente a Sarah, que poderia ter perdido a vida ao cair daquela escada.

- O que não gostei no Rafael foi continuar tocando na Sarah mesmo sabendo que ela não queria. Não suportava ser tocada. Foi egoísmo. Sei que ele a amava e não posso negar isso, mas essa atitude... no mínimo, não foi nada legal. Será que ele não percebia que a situação não poderia se manter assim? É o que falo da obsessão. Ele estava tão fascinado por ser amado pela primeira vez, que queria tirar tudo da Sarah. Queria arrancar o máximo que pudesse. Também queria dar. Lhe dizia apaixonadamente que a amava, lhe dava flores e presentes. Mas não a deixava respirar. Se ele, pelo menos, tivesse sido menos autoritário e dominador, ela poderia ir até ficando menos tensa e aprendido a sentir prazer nos braços de uma pessoa que ela já amava. Talvez... Pois ainda tem o fato de sua crença na infidelidade dele.

- A Sarah foi uma completa boba, covarde, insegura demais... Tenho vontade de chamá-la de muitas coisas desagradáveis, mas não o faço porque gostei muito dela. Gostei desse casal, sabe? rsrs... Apesar de tudo eu achei a história deles bonita. Não sei o que acontece comigo... rsrsrs... Acho que hoje estou muito compreensiva.

- Compreendi as atitudes dos dois, embora ache muito erradas. E também senti dó da Sarah. Senti pena de ver o ponto ao qual ela chegou por se deixar manipular daquela forma. De tanto ela permitir que fizessem com ela o que quisessem, seu pai conseguiu interná-la em uma clínica para doentes mentais. Dói só imaginar o que ela deve ter passado. Se é ruim para alguém doente, não quero nem imaginar o que pode ser para alguém que não está doente.

- Odiei a família da Sarah e também a do Rafael. Aqueles monstros são muito responsáveis pelo que eles se tornaram. Bando de gente hipócrita, egoísta e mesquinha. Deveriam desaparecer da face da Terra. Ninguém precisa deles e a Sarah e o Rafael seriam muito mais felizes se eles não existissem. Essa gente sim eu odiei. Não podem ser chamados de gente! O pai da Sarah internou a própria filha numa clínica para loucos! E a família do Rafael o tratou como se ele fosse um lixo e saco de pancadas! Tenho vontade de acabar com eles! E acho que mereciam pagar por suas atitudes, embora conviver com eles mesmo seja um enorme castigo.

- Enfim... A história é boa... Eu gostei muito dela, mas não recomendo a qualquer um...rsrs... Como disse, hoje estou compreensiva, mas não sei se pensaria igual ao ler a história outra vez, sabe? rsrs...

- Sabem do que gostei muito na história tbm? Rafael não segue o padrão da LG. Ele é artista plástico ao invés de um empresário multimilionário e não é uma pedra de gelo. É pura emoção. Ninguém que leia esse livro pode dizer que ele não tem emoção...rsrs... Tudo nele é emoção. Ama de uma forma intensa e odeia da mesma forma. E como não poderia ser assim? É uma mistura de sangue espanhol com sangue cigano!

- Sabe qual o próximo livro que vou ler? Eu não sei ainda...rsrs... Mas será um da Michelle Reid. Tomei essa decisão agora. É que fiquei chateada de recomeçar a ler seus livros, depois do resultado da enquete, e já mandar o livro para a categoria de "romances que odiei". Ela está em terceiro lugar na lista e os fãs dessa autora merecem que eu coloque aqui um livro que a salve, né? Eu mesma, como fã da autora, tbm mereço isso e não gostei de ter escolhido tão mal...rsrs... Vou procurar um livro bom da autora, tá?

- Ah, e não posso esquecer, é claro, de agradecer a Monica por ter me indicado o livro. Muito obrigada, Monica!

Uma leitora que se envolve profundamente com as histórias que lê, que é apaixonada por músicas, filmes... uma romântica incurável.Leitora apaixonada por romances de época, clássicos e thrillers. Mãe da minha eterna princesa Luana e dos meus príncipes Celestino e Felipe (gatinhos filhos do coração). Filha carinhosa. Irmã dedicada. Amiga para todas as horas. Acredita em Deus. E no poder do amor.

2 comentários:

  1. É um excelente romance, adoro romances com casamentos desfeitos. Não sei se tenho raiva do casal de mocinhos ou se tenho pena deles... Tanto Rafael quanto Sarah traziam consigo uma carga pesada, muito negativa, através dos seus históricos de vida. A adaptação com certeza é difícil, considerando a pouca idade deles na época, e, claro, não conseguiram lidar com os problemas de uma relação tão próxima como o casamento. Como disse Rafael ele exigia tudo de Sarah e oferecia quase nada e, Sarah, superprotegia pelos pais, levou um choque de realidade começando pela noite de núpcias. Os dois cometeram muitos erros, mentiras, omissões, mal entendidos de ambos os lados! ***Pontos negativos: A versão que li está num “portunhol” bem sofrível. E pelo que entendi Rafael em pouquíssimo tempo já se envolveu com outra mulher, nem deu um tempo de “luto”. Dá a entender que Rafael mantinha um caso com a tal Suzanne desde que se separou, e ela era casada com seu melhor amigo? É isso mesmo? Inclusive quando ele revela o “caso” a Sarah pede a ela não julgá-lo por isso, afinal Sarah tinha pedido a verdade a ele! Se foi isso então enquanto Sarah estava presa na clínica psiquiátrica, desesperada, esperando que Rafael fosse socorrê-la ele já se refestelava com outra. Se for isso Rafael perdeu todo meu respeito! Famílias dos mocinhos simplesmente bizarras...

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  2. Beatriz, não lembro muito desta história, apesar de saber que gostei bastante dela. Tenho recordações do casal, mas não saberia responder suas perguntas. :( Lembro que foi uma história intensa, complicada, com uma crise bem séria no casamento e famílias infernais.

    Casamento em crise é um dos meus temas preferidos. Também gosto muito de histórias onde um dos protagonistas sofreu amnésia.rs Sinto falta de ler histórias assim.

    Bjs!

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