17 de novembro de 2010

Paixão Agridoce - Lynne Graham

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Num momento de desespero, Claire pede a Dane que se case com ela. Seu avô adotivo tinha deixado a Claire toda sua herança com a condição de que se casasse com algum de seus netos.

Mas devia ter esquecido que o despreocupado Dane Visconti, que tinha desaparecido da família fazia tempo, ainda podia considerar-se como candidato. E Claire sempre tinha idolatrado e confiado em Dane.

Com sua duvidosa reputação, Claire aceita que Dane não é dos que se casam, por isso quando ele aceita, ela prometeu não lhe fazer nenhuma exigência. Mas Dane não promete o mesmo e faz questão de pôr algumas condições próprias.


Palavras de uma leitora...

- Eu sabia que isso não ia dar certo desde o início. Dane é muito orgulhoso e egoísta demais para sair por aí atendendo os loucos pedidos dos outros. E tenho que admitir que esse pedido foi bem surreal mesmo. Gostaria de saber de onde a Claire tirou essa belíssima ideia.

Sabem de qual ideia estou falando? A inteligentíssima ideia de pedir que o Dane se casasse com ela. Sei que
não há nada de mau em uma mulher tomar a iniciativa de pedir o homem amado em casamento... Acontece que não era isso que motivava a Claire. Na verdade, casar com o Dane era o meio para chegar a um determinado fim: o de conseguir sua herança e casar com o Max. Vocês conseguem imaginar algum mocinho da Lynne Graham fazendo tamanho papel de tolo? Eu não consigo e por isso sabia que esse fabuloso plano da Claire nunca daria certo. E não deu.



- Eu pensei que pela primeira vez leria um livro da Lynne no qual a mocinha e o mocinho fossem primos de sangue. Eu não acho errado primos se envolverem intimamente, embora eu não me imagine fazendo o mesmo. Mas é que não vejo nenhum dos meus primos como algo além disso. Mas gostaria muito de ver isso nos livros dessa autora. Mas ainda não foi dessa vez já que eles não tem o mesmo sangue.

- Mas acho, não tenho certeza absoluta, que é a primeira vez que a mocinha e o mocinho são amigos de infância. Bem, é a primeira vez nos livros da Lynne. E gostei disso. Mas vocês não se iludam. Não é por causa da amizade deles que nosso querido Dane vai ser um santo não. Pelo contrário. Parece até que ele acha que só por causa desse laço de amizade, tem o direito de fazer o que quiser com ela. Se ele trata assim uma amiga... Não quero nem imaginar como ele trataria uma inimiga.

- No início do livro o Dane já mostra que gosta da Claire, embora nem ele mesmo tenha notado isso. Ele se importava com ela e só tinha ido no funeral do avô porque agora estava livre para poder ajudá-la. Mas ele é egoísta. E demonstra isso logo de cara também. O que me fez desejar que ela lhe dissesse umas boas verdades.

No dia do funeral do avô de Claire, Dane se ofereceu para comprar a carne. Gentil, né? Só que não era ele quem compraria coisa alguma. Ele daria o dinheiro, mas quem iria comprar era o chofer. Cadê o egoísmo? Esperem... Quando ele traz a carne que o chofer foi comprar, diz: "O filé eu não gosto de muito passado" e sai da cozinha como se tivesse dado uma ordem a alguma empregada sua!!! É muita ousadia! A garota estava cansada e mal conseguia ficar em pé. Tinha tido um dia horroroso e ainda tinha que cozinhar para pessoas que eram totalmente capazes de, no mínimo, ajudar. Na verdade, ela nem deveria cozinhar. Já havia sido empregada e enfermeira do egoísta do avô dela por muito tempo e não tinha que continuar sendo para o resto dos hípócritas de seus familiares. Mas de quem quero falar é do Dane, pois ele era amigo dela e não deveria tratá-la assim. A questão não foi o que ele disse, mas como agiu. Não se ofereceu para nada, nem mesmo para colocar água no arroz. Ela estava acabada, droga! E ele estava perfeitamente bem! Será que nem uma água no arroz ele sabe colocar? Se eu estivesse no lugar da Claire mandaria ele mesmo preparar seu jantar se quisesse comer ou então fosse dormir com fome! A questão não foi ela preparar a comida, mas ele não ter oferecido, pelo menos, ajuda mesmo que não soubesse cozinhar. Só o fato de se oferecer compensaria e tenho certeza que ela prepararia a comida com carinho, pois ele teria se importado com ela. Mas não! O estúpido sequer notou o estado no qual ela se encontrava. Depois ela ainda serviu o chá ao invés de sentar para beber também. Eles por um acaso não tem mão? Não poderiam se levantar e colocar eles mesmo o chá deles?

Bem... Daqui a pouco eu continuo...rsrs...

Um pequeno resumo:

Claire não teve uma vida fácil. Criada em um orfanato até os quatro anos, só encontrou felicidade quando foi adotada por uma família muito amorosa, que, embora não tivesse muito, tinha suficiente amor para lhe dar... Mas essa felicidade não durou muito. Seis anos depois, Claire se viu novamente sozinha e assustada quando seus pais morreram em um terrível acidente.

Seu pai adotivo era filho de Adam Fletcher, um homem muito importante que não mancharia o nome da família ao recusar abrigo a filha adotiva de seu falecido filho e, somente por esse motivo, se responsabilizou por Claire.

A vida ao lado desse homem carente de emoções, não foi fácil para Claire, que só se sentia amada e protegida quando Dane a visitava. Dane, o seu amigo. Dane, o seu herói. Dane, o seu príncipe. Dane, o seu amor.... Ele a viu crescer, se transformar em uma adolescente e depois em uma mulher. Mas parecia não notar que Claire não queria a sua amizade e sim o seu amor. E quem notaria ou se importaria com isso? Ela não era bonita. Ninguém jamais se interessaria por ela. Muito menos alguém tão perfeito e lindo como Dane.

Com o passar do tempo e a ausência crescente de Dane, Claire começou a pensar que já não o amava mais e direcionou seus sentimentos para o primeiro que lhe sorriu e disse que a amava.

Mas depois de seu avô descobrir seu namoro, expulsou Max do trabalho e ele foi obrigado a ir para longe. Sem levá-la com ele.

Claire sofreu por ficar novamente sozinha, mas sua vida prometeu sofrer uma drástica mudança no dia que o traste do seu avô faleceu...

Agora Claire tem nas mãos a chance de poder ser feliz ao lado de Max e por isso pede ajuda a Dane, que aceita seu acordo de casamento numa boa.

Mas Claire não imaginava o que Dane e o futuro lhe reservavam... E no quanto ainda sofreria...

- O Dane trata a Claire bem até alguns minutos após o casamento. Antes mesmo de saírem do cartório ele já mostra as asas e a clara determinação de tê-la como esposa de verdade. Mas quem não esperava por isso? Eu já estava esperando. Só que, se ele pensava que poderia fazer com ela o que quisesse e ela continuaria a confiar nele e viver feliz estava muito enganado. Ela não aguenta a pressão e tem uma crise, tendo que ser sedada por um médico. Não foi uma crise histérica, mas foi emocional. Ela ficou muito magoada com ele. Deitou na cama e começou a chorar sem parar. Quando o mordomo (que a adorava e ficaria contra o Dane e ao seu favor) lhe levou uma bandeja de comida no quarto, ficou horrorizado com o estado no qual a encontrou. Logo em seguida, Dane também entra no quarto, mas nada a faz parar de chorar e nem ela mesma conseguia fazer isso. Seu alívio só vem no momento que desmaia (ela não estava grávida, foi por obra do Dane mesmo). Aí o médico que a atende recomenda repouso absoluto e sem pressões.


- Eu odiei muito o Dane nesse momento, pois ele sabia que ela não era como as outras mulheres. Sabia que ela se magoava muito fácil e que isso poderia acontecer. Mas confesso que ele ficou muito arrependido mesmo, embora não tenha pedido perdão. No lugar do pedido de perdão ele diz: "Tenho te feito mal. Não voltarei a te fazer sofrer." Ele diz mais coisas e achei que mereceu ser só um pouquinho perdoado...rsrs... Mas ele depois faz todo o possível para fazê-la feliz e e se apaixonar por ele, mas não se sai muito bem nessa missão, não. E cheguei a sentir dó dele quando, depois de levá-la para aquela viagem e tentar conquistá-la, ela diz que deseja se separar para ficar com o Max. Ele não reagiu muito bem, mas a deixou partir. Ele queria, pela primeira vez, colocar os sentimentos dela acima dos seus e sofreu por isso. Sofreu a cada dia pensando que ela estava vivendo com o Max.


- Depois ele apronta de novo! rsrs... Quando um amigo dele revela que a Claire está grávida e quase perto de ganhar, ele sequestra ela! rsrsrs... O problema é que ele acaba provocando o parto antecipado (faltavam três semanas para o bebê nascer)... Ele fica desesperado quando ela começa a ter contrações! Eu achei graça da situação toda. O controlado Dane sai aos gritos pela casa chamando seu mordomo para buscar o carro. "Eu tenho a culpa - expressou Dane ao levantá-la nos braços, - pela forma em que te tirei do apartamento. Agora estou muito nervoso e me dá medo te deixar cair."


- E ele entra na sala de parto e fica com ela o tempo todo... Lindo! Eu amei. Amei como ele a trata com carinho e respeito.

- Nosso próprio mocinho admite ser egoísta e nunca ter se importado com alguém. Mas também diz que agora tem ela. Essa frase dele pode significar que agora ele tem com quem se importar e tenho que admitir também que ele a trata melhor do que trata as outras pessoas. Ele tem um jeito muito egoísta e, embora não seja psicóloga, me atrevo a dizer que isso é consequência da infância que ele teve. Não estou justificando todas as atitudes dele, pois eu não faço isso com nenhum mocinho que maltrate a mocinha. Estou dizendo que o jeito egoísta dele é causado pelo que passou quando criança. Ninguém nunca se importou com ele, nem sua própria mãe e ele cresceu achando que não tinha porquê se importar com outra pessoa. Mas ele entra em contradição consigo mesmo ao se importar com a Claire desde que ela era uma criança. Ele não sabia como agir, mas tentava fazê-la feliz. Tanto que ela chegou a vê-lo como seu herói.

- No final do livro o Dane tenta pedir perdão, mas disse a palavra que eu não considero como pedido de perdão: "sinto muito". Só que o modo como ele disse as palavras, compensou um pouco. Só um pouco.

"- Se for te desculpar por algo, estrangularei-te - interrompeu-a ele pesaroso. - Esta noite vim a ti tão faminto de sexo como um adolescente. Simplesmente perdi a cabeça quando te vi com ele, pois não pude suportar a idéia de que o preferia à mim. Parece uma reação muito infantil – suspirou. - Mas nesse momento não me sentia nada infantil. Nem tampouco te agradeci que o mentisse porque era o proceder correto. Se o tivesse animado, o teria jogado pelo poço do elevador. O que trato de te dizer, embora saiba que não o faço bem, é que... sinto muito."

- rsrsrs... Ele não sabe pedir perdão direito. Eu gostaria mais se ele tivesse dito no final desse complicado discurso "Desculpe", "perdão" ou algo assim. Quando uma pessoa diz que sente muito, não significa que ela está pedindo perdão pelo que fez. Ela disse que sente... e daí? A pessoa atingida também sente e muito mais do que ela. O fato de sentir muito não significa nada. Pode até dizer sinto muito, mas tem que acrescentar o pedido de desculpa.

- No caso desse mocinho, só aceitei porque ele tentou mudar... embora não tenha se saído muito bem. Eu gostei dele apesar de tudo. Ele não é mau. Mas como ele mesmo disse, não sabe como mostrar pra uma pessoa que a ama. Ele é inseguro, embora tenha toda aquela pose. Ele quase não acredita quando ela diz que o ama. Fica olhando pra ela como se nem tivesse escutado...rsrs... Ele é inseguro sim, mesmo que negue com todas as suas forças. Eu gostei desse cabeça dura.

- E acho que o perdoei, acima de tudo, por três motivos: ter deixado a Claire partir mesmo sofrendo por isso. Ele tinha que fazer isso, pois tinha agido como um canalha.... A cena da preocupação dele quando ela está para dar à luz... E ele ter chegado até a esquina de carro e voltado depois da briga que eles tiveram. Ele voltou. Voltou para resolver seus problemas com ela, ao invés de passar a noite fora e fazer a mocinha pensar que ele estava com outra. Parou de agir como um imbecil. Mas nem teve tempo de ir conversar com a Claire, pois teve que ir cuidar dos gêmeos, já que a briga que teve com a Claire fez a babá se demitir....kkkk.... Eu achei engraçado. Ele tinha quebrado a porta do quarto da Claire quando ela se trancou lá dentro (isso já não é novidade nos livros dessa autora.) e a babá disse que não trabalharia mais para um casal tão "imoral"...rsrs...

- Enfim... A história é boa. Eu gostei tanto da mocinha quanto do mocinho. Apesar de alguns momentos de estresse, gostei bastante da história.

- Sabe o que adoro nos livros da Lynne tbm? Os mocinhos podem perder o controle, mas não estupram ou agridem as mocinhas. Não estou lembrada de ter visto isso em nenhum livro dessa autora.... O mesmo não posso dizer de outras autoras que tbm gosto bastante. Embora eu goste dessas outras autoras, não posso negar que não gosto quando elas colocam esses dois elementos. O romance fica muito melhor se não tem isso. Por que, no lugar desses tipos de agressões, elas não colocam que o mocinho quebrou a casa inteira? É melhor do que machucar a mocinha.

Esse livro quem me indicou foi nossa amiga Monica. Obrigada, Monica! Eu adorei o livro...

Uma leitora que se envolve profundamente com as histórias que lê, que é apaixonada por músicas, filmes... uma romântica incurável.Leitora apaixonada por romances de época, clássicos e thrillers. Mãe da minha eterna princesa Luana e dos meus príncipes Celestino e Felipe (gatinhos filhos do coração). Filha carinhosa. Irmã dedicada. Amiga para todas as horas. Acredita em Deus. E no poder do amor.

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