24 de novembro de 2011

Uma Luz na Escuridão - Catherine Anderson

Tempo de leitura:

1º Livro da Série Kendrick/Coulter


Poucos autores escrevem histórias comoventes e de inesgotável ternura como Catherine Anderson. As suas personagens partilham com o leitor a esperança de encontrar o amor perfeito de uma vida inteira.

No intuito de por a salvo a sua vida e a do seu bebé, das mãos de um padrasto violento, Maggie Stanley, arrisca tudo numa fuga desesperada passando de um perigo para outro ainda maior.

Desde a trágica morte da mulher e dos filhos, Rafe tornou-se num pobre vagabundo que lentamente afoga as suas mágoas no álcool. Assim que conhece Maggie, Rafe pressente que vão envolver-se em problemas. E quando Maggie é subitamente atacada por um grupo de vagabundos, Rafe, por compaixão, decide salvar a jovem mãe e o seu filho. Maggie está simultaneamente grata e preocupada com o seu novo protector. Na extrema solidão, na fase mais sombria que jamais viveu, a compaixão de um desconhecido, muito atraente mas pobre como ela, surge como uma luz na escuridão e proporciona-lhe o conforto e o carinho que sempre desejou e nunca teve. Rafe é bem mais do que aquilo que parece. É um homem enigmático e secreto, que poderia dar a Maggie o céu e a terra, não fora a circunstância de ter jurado a si próprio viver sozinho o resto da sua vida. Para sua surpresa, também Rafe descobre que pela primeira vez, desde há muito tempo, alguém necessita da sua ajuda e está determinado em não os desapontar. É que às vezes o amor surge sem aviso prévio e transforma o mundo mais frio e desapiedado num verdadeiro paraíso. E um homem a quem quase tudo foi roubado, uma mulher que perdeu até mesmo a capacidade de sonhar, e a criança desprotegida que de ambos necessita, podem tornar-se a mais improvável e a mais fabulosa das criações: uma família.




Palavras de uma leitora...


Meu coração, sem direção
Voando só por voar
Sem saber onde chegar
Sonhando em te encontrar

E as estrelas
Que hoje eu descobri
No seu olhar
As estrelas vão me guiar

Se eu não te amasse tanto assim
Talvez perdesse os sonhos
Dentro de mim
E vivesse na escuridão

Se eu não te amasse tanto assim
Talvez não visse flores
Por onde eu vim
Dentro do meu coração

Hoje eu sei, eu te amei
No vento de um temporal
Mas fui mais, muito além
Do tempo do vendaval

Nos desejos
Num beijo
Que eu jamais provei igual
E as estrelas dão um sinal

(Música: Se Eu Não Te Amasse Tanto Assim/Cantora: Ivete Sangalo)


- Esta música é linda, não é verdade?! Sim. Ela é emocionante. Fazia um tempo que eu não a ouvia, mas a Carlita a enviou como uma música que combina muito com o casal do livro. E tenho que concordar com ela. Ouvindo essa música, eu pensei bastante no primeiro encontro do casal. No modo como o Rafe lutou contra o inevitável. Contra os sentimentos que começaram a surgir logo que ele olhou nos olhos da Maggie. Lembro de como ele quis se desligar daquela mulher desamparada e que não tardaria a ser vítima dos outros vagabundos que estavam naquele trem. Ele não queria se meter. Não queria se envolver com ela, mas quando percebeu, os miseráveis já estavam caídos no chão...rsrsrs... Fosse ou não vagabundo como os outros, ele jamais assistiria uma mulher ser atacada e não faria nada. E quando ele teve a Maggie envolvida em seus braços, já estava mais do que perdido. Ou será que acabava de se reencontrar?

Um homem que tinha perdido tudo e desejava morrer... Uma mulher maltratada durante anos pela vida e por um animal que sequer deveria ser chamado de ser humano... Duas pessoas machucadas. Duas pessoas sem esperança. Um homem lutando desesperadamente para nunca mais ficar sóbrio. Nunca mais sentir aquela dor terrível que tomava conta dele quando lembrava de sua família. Uma mulher lutando desesperadamente para não perder seu bem mais precioso que tentavam arrancar dela: seu filho. Por obra de Deus, do destino ou da vida, eles acabam se encontrando quando mais precisavam de alguém que os entendesse e dissesse que tudo ficaria bem. Alguém que os abraçasse e arrancasse toda a dor. Rafe ainda não sabia, mas uma segunda chance estava lhe sendo oferecida. Um recomeço. Uma oportunidade de voltar a amar. Maggie ainda não sabia, mas todas as suas orações não tinham sido em vão. Deus jamais deixa de escutar um filho seu. E nada nesta vida acontece por acaso...


Um pequeno resumo:


Rafe Kendrick tinha uma vida perfeita. Ele não precisava de mais nada na vida. Tinha tudo que precisava para viver e se sentia o homem mais feliz do mundo. Sua família era seu bem mais precioso e cada momento com ela era único. Susan era a mulher por quem ele se apaixonou ainda no Ensino Médio e tê-la ao seu lado, compartilhando sonhos e criando seus filhos, era quase mágico. Quando a viu pela primeira vez, ele soube que sempre amaria aquela mulher. Mesmo antes de começar a namorar com ela, ele nunca lhe foi infiel. Nunca foi infiel aos sentimentos que nutria por ela. Queria se casar com sua Susan. Queria ter uma vida ao seu lado. Para sempre.

 Eles se casaram e viveram anos maravilhosos juntos. Deste amor nasceram duas crianças lindas. Um menino e uma menina. Desde o primeiro instante, Rafe soube que nenhum sentimento, nada que pudesse ter sentido antes podia se comparar com o que sentia por seus filhos. Eram partes dele e ele queria curtir cada momento, desde trocar as fraldas até colocar para dormir. Porém o destino cruelmente lhe roubou tudo que ele mais amava na vida. Lhe tirou o chão. Toda felicidade e esperança. Lhe tirou sua família. E Rafe se viu sem forças para continuar, para seguir em frente... Ele tinha perdido sua razão de viver e desejava com todo seu coração ter ido junto. Houve momentos nos quais ele realmente pensou em acabar com a dor que insistia em matá-lo lentamente. Houve momentos nos quais ele pensou em acabar com o resto de vida que o destino lhe deixou. Queria ir para junto da sua família. Queria estar com eles onde quer que eles estivessem. Mas algo o impedia de apertar o gatilho da arma e acabar com tudo de uma vez. Algo o impedia... Rafe não teve coragem de se matar, porém também não suportava aquele tormento... As lembranças dos momentos bons que viveu ao lado de sua mulher e filhos. E também não suportava lembrar daquele dia terrível... Do dia que viu toda sua vida despencar e morrer instantaneamente. Ele não suportou viver na casa onde as lembranças estavam tão presentes... Onde tinha vivido tantos momentos marcantes. Ele não suportava sequer respirar. Cada respiração era um tormento. Era como tocar numa ferida ainda aberta. E foi por isso que ele fugiu. Ele não aguentava mais sofrer. Não aguentava mais nada. Se não podia morrer, pelo menos podia enfurecer o destino o suficiente para que ele próprio decidisse levá-lo.

Quando a dor ficou ainda mais intensa, Rae deixou um bilhete para o irmão e foi embora. Deixando sua casa, seu irmão e seus pais preocupados para trás. E ele não voltou. Por dois longos anos viveu como um mendigo, um vagabundo que só pensava na próxima garrafa de bebida. Durante a maior parte daqueles dois anos, ele viveu bêbado, fugindo e ao mesmo tempo procurando a dor da qual tanto fugia. Mas toda sua vida sofre uma drástica e maravilhosa mudança no dia que ele encontra aquela linda mulher sozinha e assustada. Um único olhar foi o suficiente para fazê-lo ter a sensação de que estava se afogando e só ela poderia salvá-lo...

Maggie não sabia o que era paz desde o dia que seu pai morreu, quando ela tinha apenas 14 anos de idade. A partir daquele dia, sua vida se transformou num terrível pesadelo do qual ela não tinha esperança de acordar. Mas tudo ficou ainda pior quando ela fez vinte e um anos...

Com a morte do marido, a mãe de Maggie sofreu um ataque cardíaco que deixou sequelas em seu cérebro. O ataque fez com que ela voltasse a ter a mente de uma criança. Embora fosse uma mulher adulta com duas filhas para criar, ela deixou de ter a capacidade de fazê-lo e se envolveu com um homem perigoso, que a seduziu e enganou. Eles se casaram e Helen jamais soube o que se passava dentro de sua própria casa.

Quando Maggie fez vinte e um anos, o padrasto dela decidiu deixar de apenas desejá-la. Ela era dele. Sempre tinha sido e sempre seria. E tinha chegado o momento de possuir o que era seu por direito.

Usando de tortura física e psicológica, Lonnie faz Maggie se submeter à sua vontade e atormenta sua vida durante três longos anos. Anos nos quais Maggie desejou não sobreviver após mais uma agressão. Anos nos quais ela desejou dormir e não acordar mais. Porém, o que era terrível fica ainda pior quando ela acaba engravidando...

Após Maggie dar à luz ao bebê que era fruto de uma relação doentia, Lonnie decide dar a criança para adoção e só precisava da assinatura de Maggie para isso. Ele já tinha preparado os papéis e ela só precisava assinar. Porém, independente de toda dor que suportou cada vez que Lonnie a procurou durante as noites, ela amava seu filho e nunca na vida abriria mão dele. Só que sua recusa em assinar aqueles papéis, provoca a fúria de Lonnie e ele a espanca quase até a morte.

Mesmo sem forças, Maggie aproveita sua única oportunidade de escapar e foge com seu filho. E é assim que ela o encontra... Nos braços de Rafe ela se sentia segura. Em seus braços podia acreditar que tudo ficaria bem e que ela merecia ser amada. Nos braços dele ela encontrou motivos para voltar a sonhar...

Mas será que fugir do passado é a melhor solução? É o suficiente para nunca mais ter que enfrentá-lo? Ou em algum momento da nossa vida ele pode voltar? Talvez sim. Talvez não. Porém, independente de qualquer coisa, Rafe e Maggie enfrentarão juntos todos os obstáculos que a vida colocar em seu caminho. Eles já tinham ido ao inferno e voltaram. Sabiam bem o que era estar ali. O amor os libertou e eles não permitiriam que louco algum ameaçasse sua felicidade...


"- Juro por Deus que ainda hoje penso que a Susan se virou para olhar para mim. Numa fracção de segundo, sabe? Mas nos meus pesadelos, essa fracção de segundo dura uma eternidade. Tudo o que consigo ver é o terror no rosto dela e aquele olhar suplicante nos olhos dela. E em todos os sonhos tento alcançá-los, mas sinto-me como se estivesse a correr por melaço da altura das minhas ancas e nunca lá chego a tempo." (página 70)

 

- Não dá para colocar em palavras o modo como esse livro me marcou. Não encontro palavras para expressar como ele mexeu com minhas emoções. Como as abalou. E quando eu li o trecho que coloquei acima, senti meu coração se partindo pelo Rafe e por tudo que ele tinha perdido. Se tinha alguém que não merecia passar por todo aquele tormento, esse alguém era o Rafe. O modo como a família do Rafe morreu foi terrível e saber que a lembrança daquele dia o atormentava tanto e que ele se culpava pelo que tinha acontecido, é, no mínimo, doloroso. O filho mais velho dele tinha apenas três anos de idade. E a menininha tinha seis meses. Morrer daquela forma foi injusto demais. A morte deles foi simplesmente injusta. Eu não consigo entender essa coisa de destino. Não o acho muito justo, sabe? Porque nada neste mundo vai me convencer que foi justo duas crianças inocentes morrerem para que outra criança fosse salva. Que a Susan tinha sido escolhida para viver um tempo com o Rafe e depois ter sua vida roubada, sem merecer, para que outra mulher fosse salva do inferno no qual vivia. Não havia necessidade, gente. Se o destino da Maggie era ao lado do Rafe, a Susan e os filhos não precisavam morrer para que isso acontecesse. O Rafe poderia perceber simplesmente que não amava mais a Susan e os dois poderiam se separar amigavelmente. Ela poderia encontrar outra pessoa e ser feliz. As crianças tinham que continuar com vida. Mas as coisas não são simples, verdade? E a vida não é justa...
 
 
" - Promete-me, Rafe. Quero a tua palavra de honra de que encontrarás outra pessoa para amar.
 
Na altura, achou que ela estava a ser parva. Eram ambos jovens e estavam de boa saúde. Ele tinha-se rido e tinha-lhe despenteado o cabelo, salientando a possibilidade de poder fazer um casamento insensato. Susan tinha-lhe dirigido um olhar de censura. - Da primeira vez, fizeste uma boa escolha - recordou-lhe. - Voltarás a fazer. Quando encontrares a pessoa certa, Rafe, saberás. Olhar-lhe-ás para os olhos, acontecerá uma coisa mágica e saberás que é a pessoa certa." (página 79)
 
- As coisas que o Rafe diz sobre a Susan, me fazem pensar que ela foi uma pessoa maravilhosa e deixou saudades nos corações de todos que conhecia quando partiu. E o que ela disse para o Rafe só fez com que eu tivesse certeza absoluta disso. Ela pode não ter tido que enfrentar os tormentos que a Maggie enfrentou, mas eu tenho certeza de que ela agiria como a Maggie se tivesse sofrido o mesmo que ela. Susan foi uma mãe maravilhosa e uma esposa que amava o marido com todo seu coração. E o seu amor por ele era tão grande, que ela não quis prendê-lo ao amor que sentia por ela quando ela partisse. De alguma forma, Susan sabia que seu momento estava chegando e quis libertar Rafe antes de ir. Ai, queridos! Só lembrar disso faz com que eu volte a me emocionar. Como eu disse, esse livro mexeu comigo e não foi só por causa da linda história de amor entre a Maggie e o Rafe. Enfim... Independente da certeza que o Rafe tinha de que a Susan ficaria feliz se soubesse que ele voltou a amar, ele não queria amar novamente. Amar significava ficar vulnerável. Era arriscar o coração novamente. Era dar ao destino outra chance de destruí-lo. Rafe já tinha dores suficientes para suportar. Se envolver com aquela mulher misteriosa e ferida e com aquele lindo bebê que ele amou assim que pegou nos braços... era desejar sofrer mais. Porém, o coração de Rafe não quis saber. Mesmo com uma parte mutilada, aquele coração ainda era capaz de amar incondicionalmente e tinha coragem de arriscar. Um raio não cai duas vezes na mesma árvore. Essa era sua esperança...
 
 
"Por favor, Deus, ajuda-me. Quantas vezes tinha chorado na almofada , sussurrando aquelas palavras a um Deus que há muito decidira que não a ouvia?" (página 224)





- Existem muitas coisas nesta vida que não consigo entender. Mortes de pessoas inocentes, principalmente, me fazem perguntar coisas para Deus e temer até mesmo as respostas. Ao mesmo tempo que não entendo não quero entender. Compreendem isso? Se recebemos o que merecemos, logicamente nenhuma criança deveria morrer, pois nenhuma criança merece isso. E quando eu soube de todas as coisas terríveis que a Maggie suportou durante anos, não pude deixar de me perguntar o que ela fez para merecer aquilo. Só que não era bem uma pergunta. Eu sabia que ela não tinha feito nada. Eu sabia que aquela jovem já tinha sofrido demais com a morte do pai que amava e a doença da mãe e ela jamais na vida fez algo para merecer toda aquela tortura. Eu queria uma explicação, mas creio que nunca entenderei. Enfim... Porém, de uma coisa eu tenho certeza e sempre terei. Existe um Deus e Ele nunca deixa de escutar um filho. Jamais. Eu posso não entender um número enorme de coisas, mas acredito na existência de um Deus justo e que não deixa de escutar o pedido de um filho desesperado. Sei que Ele ouviu a Maggie (já estou trazendo a história para a vida real..rsrs...) e ao chegar ao final do livro, também vi que Ele fez justiça. Quando a Maggie pediu, tantas vezes a ajuda dEle, Deus já estava planejando o modo de ajudá-la. Nunca irei acreditar que Ele provocou a morte da Susan e das crianças, mas como li certa vez no livro "A Cabana", Deus costuma usar situações ruins para tirar algo bom disso. Ele usa um acontecimento terrível, por mais que não o tenha provocado, para ajudar alguém que precisa de ajuda. Acredito que Ele fez isso. Acredito que usou a morte da Susan e das crianças para salvar a Maggie. Nunca irei entender a morte deles, mas tbm não acredito que Deus as tenha provocado. Enfim... O ponto é: por mais que pensemos que Deus não nos ouve quando pedimos a ajuda dEle, quando imploramos por isso... Ele sempre ouve. Deus não ignora um pedido sincero, desesperado. E Ele jamais fica de braços cruzados.  


" - Você é religiosa?


- Acredito na existência de Deus, sim.


Piscou-lhe o olho.


- Está a ver? Já temos uma coisa em comum. Eu também sou crente. Mas mesmo que não fosse, acho que acreditaria nalguma coisa. Para algumas pessoas, é o universo. Para outras, é um poder superior. Independentemente disso, estou convencido de que há alguma coisa, chame-lhe destino ou Deus ou guardião ou atracção da Lua, que intervém na nossa vida. As coisas acontecem por uma razão.


-Aonde é que quer chegar?


Os seus olhos azuis sustentaram os dela." (página 126)




" - Acho que Deus olhou para baixo e decidiu que eu tinha coisas melhores para fazer do que fazer meu cérebro em pickles com whisky.  - O sorriso desapareceu e a expressão dos seus olhos tornou-se solene. - Eu não podia passar sem a Susan e os meus filhos, Maggie. Por alguma razão, era a altura de eles irem e não havia nada que eu pudesse fazer para o impedir. Vivi com as recordações, sentindo-me zangado e desamparado e inútil... e a perguntar a mim mesmo pelo menos umas mil vezes por que diabo não tinha morrido também. Agora, acho que sei. Posso fazer a diferença para si, para o Jaimie e para a Heidi, uma menina que sequer conheço." (página 127)


- Cortei uma parte deste trecho porque acredito que ainda não revelei nesta resenha algo que não quero contar...rsrsrs... Claro que vocês devem adivinhar que isso acontece, mas não quero contar demais...rsrs... Falei do padrasto da Maggie, mas sobre a história de amor da Maggie e do Rafe, o modo como as coisas acontecem para eles, como é a relação... isso eu não contei, certo? Disse como eles se conhecem, mas não contei cada momento da relação. Mas posso dizer algo: no momento que vocês começarem a ler este livro, não vão conseguir parar. Será impossível. Deixem os lenços preparados, preparem seus corações e não estejam perto de muita gente. Vocês irão rir, chorar, se emocionar demais. Esse casal penetra nos nossos corações sem pedir licença. A dor deles nos marca e nos faz sofrer também e os momentos de felicidade também nos contagiam. Eu me peguei chorando e rindo com eles. Me apaixonei pelo Rafe, pela pessoa maravilhosa que ele sempre foi, pelo homem que colocava as necessidades e os sentimentos das pessoas amadas bem acima do que ele próprio queria. O modo como ele tratou a Maggie, a maneira como ele a amou... tudo isso me marcou e não conseguirei esquecer. É impossível. A minha vida inteira lembrarei dessa história, desse casal. E a Maggie? Eu a admiro demais. Não sei se teria suportado tudo que ela suportou. Acho que não. Ela foi muito forte e não suportou pouca coisa, não. Seu tormento era tanto físico quanto psicológico. O doente que a atormentou durante tanto tempo fez questão de jogar toda a culpa para cima dela, fez questão de confundi-la e deixá-la ainda mais ferida. O que ele fez com ela não merece o perdão de ninguém e com certeza não tem o perdão de Deus. A Maggie se sacrificou por quem amava e uma pessoa que faz o que ela fez é muito mais do que valiosa. Merece toda a felicidade do mundo e eu fico muito feliz por ela ter encontrado o Rafe. Ele era o tal. Sua outra metade. Amo demais o Ryan, mas o Rafe era para a Maggie. Ele a fez recomeçar. Ele a fez amar. Mostrou o quanto ela era especial e a ensinou a confiar nele. Tudo... Cada momento dos dois juntos nesse livro é precioso. Apaixonante. Recomendo demais essa linda história de amor e superação. Essa linda história de recomeço. Me sinto muito feliz por ter tido a oportunidade de ler esse livro e agradeço muito a Maria Quinto e a Mónica pela indicação dessa história. Meninas, muito obrigada por indicarem essa história! Ela é muito mais do que preciosa. Não existe palavra para expressar o quanto essa história é mágica. Marcante. Gracias! :D




" - Em relação à Susan e ao amor que lhe tinha - prosseguiu. - Isso é outra coisa de que precisamos de falar. Uma parte do meu coração pertencerá sempre a ela e aos miúdos. - A voz ficou enrouquecida. - Não seria grande homem nem o meu amor valeria grande coisa  se conseguisse enterrar as pessoas de quem gosto e esquecê-las. Mas entenda, por favor, que as minhas recordações deles não têm nada a ver com o que sinto por si e pelo Jaimie. A Susan já cá não está, os miúdos já cá não estão. A vica continua. Um homem pode amar e amar profundamente mais do que uma vez. - Os olhos dele ficaram toldados de ternura enquanto a estudava. Amo-a a si, actualmente." (página 191)




" - Diz-me lá outra vez - sussurrou ela. - Que o Lonnie não tem importância.


Ele estreitou-a nos braços.


- Não tem importância. Nunca teve nem nunca terá. Amo-te, Maggie. Não há nada, nada, que possas dizer-me que alguma vez me faça deixar de te amar. A sério." (página 265)


- Recentemente, queridos leitores, li um livro que queria mandar para o inferno. Lembram dele? É da minha autora querida, Lynne Graham. Pois bem. Ao ler essa história de amor tão preciosa, não pude deixar de comparar as atitudes do Rafe com as atitudes do Alexei. Eles são muito diferentes. O Rafe realmente é digno de ser chamado de homem. Ele sabe ser homem, sabe amar. É impressionante o modo como o Rafe aceitou a Maggie e o filho dela (que não era filho dele!!!) sem sequer saber muito sobre a vida dela. Ele a amava e isso bastava. Como ele disse, ela poderia ter dormido com um time de futebol inteiro, por exemplo, e isso não mudaria nada. Não importava o que ela tivesse feito no passado. Ele sabia como ela era naquele momento, com ele e sabia que a amava. O passado não importava e o fato do Jaimie não ser filho biológico dele, não alterava em nada o modo como ele amava aquele bebê. O Rafe amou aquela criança como se fosse dele, sabe? Era o filho dele, mesmo sem ser biológico e ele mesmo afirma isso. Era seu filho. E quem leu minha resenha sobre Fogo Eterno sabe qual é a principal diferença entre o Rafe e o Alexei: o Rafe amava o Jaimie mesmo que o menino não fosse seu e o Alexei JAMAIS aceitaria o filho de outro homem. O Alexei é um cachorro que seria capaz de pisar na Maggie sem dó nem piedade se ela tivesse cruzado o caminho dele. Se o destino a odiasse tanto e tivesse reservado o Alexei para ela. Misericórdia! Graças a Deus isso não aconteceu! Aquele pedaço de cavalo, sem moral e egoísta não mereceria nunca alguém como a Maggie. Enfim... Enquanto o Rafe aceitava a mulher amada como ela era e com o passado que tinha... O Alexei se achava Deus e condenava sem sequer deixar a pessoa se explicar. Era tão egoísta que mandou a mulher que ele dizia amar escolher entre o filho e ele. Sem sombra de dúvidas, foi maravilhoso ler Uma Luz na Escuridão logo depois de ter lido aquela "coisa" chamada de história de amor que a LG escreveu. Uma Luz na Escuridão tirou o gosto amargo que o outro livro deixou. Não significa que eu deixei de odiar o outro livro, mas estou muito feliz, leve e sonhadora depois de ter lido o livro do "MEU" Rafe...rsrsrs.... Bem... O Rafe não é só meu. A Maria Quinto e a Mónica o viram antes de mim, mas sei que elas são boazinhas e dividem...rsrsrs... E a Carlita, que começou a ler o livro comigo, mas terminou antes, também divide. :D Não perguntei ainda, mas sei que sim.kkkkkkk...


- Já deixei bem claro que recomendo e MUITO este livro, certo? Creio que vocês, apaixonados e apaixonadas por romances, não devem deixar de ler este livro. É muito mais do que uma história de amor, gente. É único. Perfeito, sim. Tem quem diga que não existe história perfeita, mas este livro é perfeito apesar de qualquer imperfeição que possa ter. A mensagem que ele nos passa é para ser guardada no coração para sempre. E a Catherine Anderson com certeza já tem uma nova fã. Desde que li Amor à Primeira Vista. Espero com todo o meu coração não me decepcionar nunca com um livro dela. Desejo que ela sempre escreva histórias assim... Lindas, reais e mágicas.


E termino a resenha deixando a letra de outras duas músicas que combinam com esse casal. Quem me indicou as músicas foi a Mónica e eu sou apaixonada pela primeira (música: Eu Sei Que Vou Te Amar). Ela é simples e linda. Dá um nó na garganta toda vez que a ouço.


Eu sei que vou te amar

Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Prá te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida

(Música: Eu Sei Que Vou Te Amar/Cantor: Ivan Lins)




Eu nem sonhava

Te amar desse jeito
Hoje nasceu novo sol
No meu peito...
Quero acordar
Te sentindo ao meu lado
Viver o êxtase de ser amado
Espero que a música
Que eu canto agora
Possa expressar
O meu súbito amor...
Com sua ajuda
Tranqüila e serena
Vou aprendendo
Que amar vale a pena...
Que essa amizade
É tão gratificante
Que esse diálogo
É muito importante...
Espero que a música
Que eu canto agora
Possa expressar
O meu súbito amor...
Eu nem sonhava
Te amar desse jeito...(5x)


(Música: Êxtase/Cantor: Guilherme Arantes)
 
Série Completa:



Série Kendrick/Coulter


1. Uma Luz na Escuridão
2. Amor à Primeira Vista
3. O Domador de Paixões
4. Mais Perto do Céu
5. Olhos Brilhantes
6. O Sol da Minha Vida


Falta publicar esses:


7. Summer Breeze (2006)
8. Sun Kissed (2007)
9. Morning Light (2008)
10. Star Bright (2009)
11. Early Dawn (2010)

Bjs!

Uma leitora que se envolve profundamente com as histórias que lê, que é apaixonada por músicas, filmes... uma romântica incurável.Leitora apaixonada por romances de época, clássicos e thrillers. Mãe da minha eterna princesa Luana e dos meus príncipes Celestino e Felipe (gatinhos filhos do coração). Filha carinhosa. Irmã dedicada. Amiga para todas as horas. Acredita em Deus. E no poder do amor.

5 comentários:

  1. Olá, Luna!

    Adorei a resenha, querida!! Eu sempre venho aqui pra saber das novidades desses romances. Acho que você os trata com simplicidade, mas com uma crítica bastante incisiva! Isto é muito legal! :D
    Se algum dia tiver a oportunidade de ler, será o primeiro da lista! :D

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  2. Ainda bem que vc lembrou de mim. Eu tb estou na fila, sim! kkkkk O Rafe é maravilhoso e teve entrada direta no grupo restrito dos mocinhos de papel mais maravilhosos de sempre.

    Fiquei com um sorriso bobo no rosto durante toda a sua resenha. Vc me fez viajar para dentro da história novamente e reviver tudo de novo.

    Foi uma experiência maravilhosa!
    Bjs

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  3. Esse livro é especial de tantas maneiras que nem sei por onde começar...o Rafe é do tipo uau!!!! só não vou dizer que foi feito e depois a receita foi jogada fora,porque dessa massa também saiu o Ryan irmão do Rafe que também é Uau!!! rsrsrsr.

    O Rafe perdeu sua esposa e seus dois filhos de 3 anos e seis meses num acidente de carro e desde de então segue uma vida de vagabundo literalmente aonde faz um bico aqui e ali atrás de dinheiro para a próxima garrafa,mas quando ele põe seus lindos olhos na Maggie tudo muda.Sinceramente não sei quem salvou quem porque os dois eram carentes de tantas coisas que não sei quem necessitava mais do outro.Um livro para nunca mais esquecer.Não tinha chega a 10 linhas e já havia chorado é impossível não se comover,não se envolver com a dor deles e como bônus ainda podemos voltar a entrar pela casa da família Kendrick que é uma família do tipo especial esses meninos são mesmo filhos dos seus pais.Vocês vão encontrar magia,humor,ternura,amor,cumplicidade,companheirismo um verdadeiro oasis para os nossos corações.

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  4. Olá Ana, Carlita e Mónica! :)

    Ana,


    Muito obrigada. Leia, sim! Você vai amar o Rafe! :)


    Carlita,

    kkkkkkkkkk... Ele tbm faz parte da minha lista de mocinhos TDB e mais um pouco! Acredita que comecei a ler outro livro e embora esteja achando o livro agradável até agora, não paro de pensar no Rafe?!?!?! rsrsrs... Acho que ele vai invadir meus pensamentos por muito tempo.


    Mónica,


    Com certeza! O Ryan também é incrível. Ele é tão maravilhoso quanto o Rafe. Não dá para decidir qual é mais especial. A história "Uma Luz na Escuridão" mexeu muito mais com minhas emoções, mas não consigo escolher qual é o irmão mais maravilhoso...rsrsrs...


    Bjs!

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  5. kkkkkkk

    Acredito, amiga!

    Ele é mesmo inesquecível! É daqueles mocinhos que nos marcam a ferro e fogo.

    Bjs!

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