4 de outubro de 2019

O Sal das Lágrimas - Ruta Sepetys

Tempo de leitura:
Literatura norte-americana
Título Original: Salt to the sea
Tradutora: Vera Ribeiro
Editora: Arqueiro
Edição de: 2019
Páginas: 320
Ficção histórica/Romance histórico

Sinopse: Inverno de 1945, Segunda Guerra Mundial. Quatro refugiados, quatro histórias. Joana, Emilia, Florian, Alfred. Cada um de um país diferente. Cada um caçado e assombrado pela tragédia, pelas mentiras e pela guerra. Enquanto milhares fogem do avanço do exército soviético na costa da Prússia, os caminhos desses quatro jovens se cruzam pouco antes de embarcarem em um navio que promete segurança e liberdade. Mas nem sempre as promessas podem ser cumpridas... Profundamente comovente, O sal das lágrimas se baseia em um acontecimento real. O navio alemão Wilhelm Gustloff foi afundado pelos russos no início de 1945, tirando a vida de mais de 9 mil refugiados civis, entre eles milhares de crianças. É o pior desastre marítimo da história, com seis vezes mais mortos que o Titanic. Ruta Sepetys, a premiada autora de Cinzas na neve (publicado anteriormente como A vida em tons de cinza), reconta brilhantemente essa passagem por meio de personagens complexos e inesquecíveis.



Estou aqui tentando recuperar o controle, tentando falar deste livro extremamente marcante sem desmoronar, sem cair em prantos outra vez. Mas toda vez que lembro de tudo o que li em O sal das lágrimas, o nó na garganta volta e as lágrimas também. Esta história me marcou demais. Se cravou no meu coração e ao mesmo tempo arrancou um pedaço dele. Nunca poderei esquecê-la.

Em 30 de janeiro de 1945, o navio alemão Wilhelm Gustloff tentava levar em segurança, para longe das tropas e fúria soviéticas, milhares de refugiados civis, entre eles, estima-se que haviam cerca de 5 mil crianças. Na noite do mesmo dia, três torpedos, lançados de um submarino soviético, atingiram o navio. Em menos de duas horas, mais de 9 mil pessoas perderam suas vidas. O navio tinha capacidade para transportar cerca de 1.800 pessoas, mas estava levando mais de dez mil. É considerado o pior desastre marítimo da História. Muito pior que o do Titanic. Todavia, até ler este livro eu NUNCA sequer tinha ouvido falar sobre ele. Nem mesmo nos livros acadêmicos que li sobre a Segunda Guerra Mundial.

Não dá para colocar em palavras o quanto este livro me abalou. Como me apeguei aos personagens que a autora criou para contar esta história baseada em acontecimentos reais. Como os amei mesmo sabendo que poderiam não chegar vivos ao final da história, que poderiam fazer parte das mais de 9 mil pessoas que afundaram junto com o navio.


"A Alemanha invadira a Rússia em 1941. Nos quatro anos passados desde então, os dois países haviam cometido atrocidades indizíveis, não apenas um contra o outro, mas contra os civis inocentes em seu caminho."

É neste cenário desesperador, em que inocentes são torturados e mortos tanto pelos nazistas quanto pelos russos, que conhecemos nossos quatro personagens principais. Todos eles tentando fugir de todo aquele terror.

"Pensei nos inúmeros refugiados que percorriam a dura e longa trilha para a liberdade. Quantos milhões de pessoas teriam perdido a casa e a família durante a guerra?"

Joana, uma jovem enfermeira de vinte e um anos. Carrega nas costas uma culpa esmagadora e tenta reencontrar-se com sua mãe, que espera ainda estar viva. Por sua ascendência alemã, apesar de ser lituana, recebeu permissão para ser repatriada. Embora conhecesse os horrores provocados por Hitler, a Alemanha, o apoio do exército nazista, era sua única chance de escapar do ódio e das crueldades de Stálin. Durante sua fuga da Prússia Oriental, ela conhece pessoas que se tornam queridas e tenta ao máximo ajudar todos que pode, arriscando a própria vida e segurança ao proteger uma adolescente polonesa, pertencente a um povo odiado por Hitler, que fazia parte da lista de "indesejáveis", marcados para morrer. Mas ela não poderia deixar Emilia para trás.

"Os nazistas queimaram nossos livros em polonês. Mas eu tinha aprendido a ler muito pequena. Isto eles nunca poderiam tirar de mim."

Emilia. Uma adolescente polonesa de quinze anos. Mais do que todos ali, sentira na pele o ódio de dois países distintos. Era desprezada por Hitler e conhecera as maldades de Stálin. Escapar parecia impossível, quando nenhum nazista aceitaria refugiar uma polonesa. Muito pelo contrário, se pega por algum soldado alemão, certamente seria condenada à morte. Mas ela sentia que já estava morta.

Foi enquanto tentava escapar, apavorada e traumatizada por tudo o que tinha presenciado e vivido, que um soldado russo tentou violentá-la. Nunca poderia imaginar que um alemão pudesse vir em seu socorro. A partir daquele instante, ela passou a segui-lo para todos os lados, pois ele era a prova de que ainda existiam homens bons.

"Eu sentia um nó na garganta. A polonesa era da idade da minha irmã. Em que os seres humanos haviam se transformado? Será que a guerra nos tornava perversos ou apenas ativava uma perversidade que já espreitava dentro de nós?"

Florian na verdade não era alemão. Era prussiano e tinha seus próprios motivos para odiar Hitler e seu regime nazista. Mas ao salvar a vida de Emilia não parou para pensar se ela era amiga ou inimiga, se seria um risco ou não salvá-la. Tudo em que pensou foi que era uma mulher precisando de ajuda. Que se fosse a sua irmã, ele gostaria que alguém tivesse ajudado. Mas nunca passou pela sua cabeça que aquela garota tão nova e assustada resolveria segui-lo. Não podia se responsabilizar por ela. Não podia protegê-la. Qualquer um que estivesse ao lado dele estaria em perigo. Porque em seu passado e presente se escondiam segredos fatais.

"Sim, as noites em casa eram escuras e quietas. Foi naquelas trevas que o dever me chamou e tomei minha decisão."

Alfred é o único protagonista desprezível deste livro. Um jovem marinheiro obcecado pelos ideais nazistas, tem que lidar dia a dia com as lembranças de uma traição terrível que cometeu, mas que só compreendemos no final da história. Se eu já sentia nojo dele antes, quando descobri o que ele tinha feito, isso virou ódio. Embora ele fosse atormentado pelos acontecimentos passados, percebemos que não sentia remorso, que acreditava ter feito o que era certo. Este personagem representa muito bem as pessoas que foram alienadas pela lábia de Hitler, por sua "brilhante" retórica. Afinal de contas, sabemos que Hitler não matou milhões de pessoas sozinho. Aqueles que se deixaram convencer, aqueles que participaram dos genocídios e até mesmo os que simplesmente viraram o rosto para o outro lado, recusando-se a ajudar quem precisava, têm as mãos manchadas de sangue.

"A guerra acabaria. Todos voltaríamos para casa. Não voltaríamos?"

O livro não é dividido em capítulos, conforme estamos acostumados. É dividido de acordo com os quatro protagonistas e narrado em primeira pessoa por cada um deles. Assim, temos "capítulos" intitulados Joana, Florian, Emilia, Alfred. São sempre curtos, pulando da perspectiva de um para dos outros. Gostei muito disso, pois nos possibilitou conhecer o ponto de vista de personagens bem diferentes uns dos outros e saber o que se passava pela mente deles é muito importante, nos emocionando e envolvendo ainda mais.

Ao longo da história, conhecemos personagens que se tornam muito queridos e choramos por cada um deles. Temos o "menino errante" (Klaus), um garotinho de cerca de seis anos que já conhecia o desespero da guerra. Sua avó estava tentando tirá-lo do país em segurança, antes que os russos os massacrassem, mas num determinado dia ela não acordou. A fome angustiante, o frio que cortava a pele matava tanto quanto as bombas e os disparos dos inimigos. Pessoas iam dormir e não acordavam mais, pois o frio parava seus corações. Pessoas caminhavam e de repente caíam e não levantavam, pois a fome também cobrava seu preço. Klaus é encontrado após tentar acordar a avó e perceber que ela não acordaria nunca mais. Ele sai andando e acaba vindo a fazer parte do grupo de Joana, na tentativa de fuga do país. Além dele também conhecemos o "poeta dos calçados", um sapateiro bondoso que tentava dar esperanças aos que encontrava pelo caminho. Ele se apega muito ao pequeno menino e nos comove com sua bondade, fé e sabedoria num mundo que tinha se tornado tão sombrio.

"[...] Perto de nós, uma mulher caiu de joelhos soluçando: - Disseram que só posso escolher um filho para levar no navio. Como posso fazer isso? Por favor, não me façam escolher."

Os navios nazistas que chegavam para a operação de evacuação dos refugiados não poderiam levar todos. Não havia espaço para todos dentro dos navios. Além daqueles que com certeza não receberiam ajuda, os "indesejáveis" de Hitler, dentre os próprios eleitos milhares de pessoas ficariam para trás. No trecho acima percebemos o desespero de uma mãe que só poderia levar consigo um filho, tendo que abandonar os outros. E mais adiante temos uma cena horripilante, quando o navio Wilhelm Gustloff e outros mais partem, deixando milhares de pessoas chorando e gritando do lado de fora. Parecia que eu podia ouvir os gritos daquelas pessoas e literalmente comecei a tremer quando li a cena. Vocês conseguem imaginar o sofrimento dessas pessoas? Sabendo que a qualquer momento poderiam ser pegas e torturadas pelos russos. Imagine uma mãe sentindo a dor de não poder proteger seu filho. Isso dói em qualquer pessoa que tenha coração, que tenha alma. Mães tentavam jogar seus bebês para dentro dos navios, gente! Eu não consigo falar dessas cenas sem sentir meu próprio coração sofrendo.

E não posso mencionar essas cenas dolorosas sem me lembrar de Ingrid, uma personagem que também me marcou bastante. Ela também estava fugindo dos russos, mas tinha um pequeno problema: era cega. Portanto, estava na lista dos indesejáveis de Hitler, pois ele não acreditava que pessoas deficientes físicas ou mentais tinham o direito de viver. Se ficasse no país, os russos a matariam. Se tentasse fugir num navio nazista e descobrissem sua deficiência, também morreria. O que fazer? Lutar. Não desistir. A força dessa personagem marcou meu coração.

"Duas nações em guerra agarraram a Polônia feito meninas brigando por uma boneca. [...] Os nazistas mandaram nosso povo para guetos e campos de concentração. Os soviéticos mandaram nosso povo para gulags e para a Sibéria."

"Gulags" era basicamente a mesma coisa que os campos de concentração, só que soviéticos. Os "inimigos" de Stálin, os indesejáveis dele geralmente eram enviados para esses lugares, sujeitos a trabalhos forçados, fome, frio e penas de morte. Além das torturas propriamente ditas, claro. Nada muito diferente dos campos de concentração nazistas. Hitler e Stálin eram dois monstros, dois demônios que provocaram grandes destruições, que mataram milhões de pessoas.

"A sobrevivência tem um preço: a culpa."

Eu amei profundamente a Joana, com toda a sua garra, sua vontade de salvar o máximo de pessoas que pudesse. Ela era uma enfermeira muito competente e além de ajudar os feridos, também tentava carregar nas costas todos os que conseguisse. Não tinha obrigação de ajudar Emilia, ainda mais por ela ser polonesa, o que colocaria a vida de Joana em risco se ela fosse descoberta. Hitler não admitia que os "eleitos" ajudassem os "indesejáveis". Mesmo assim, ela não virou as costas para aquela adolescente. Mentiu por ela. Se arriscou demais por ela. Não deu ouvidos para os que queriam que ela expulsasse Emilia de seu grupo, o tempo todo ela fez tudo o que podia e não podia pela menina. E isso eu não poderei esquecer. Me fez pensar nas pessoas boas que de fato existiram, aquelas que arriscaram tudo para esconder e proteger os perseguidos por Hitler. Essas pessoas eram anjos e merecem serem lembradas.

"A guerra havia tirado a cor de tudo, deixando nada além de uma tempestade de cinza."

Florian também conquistou meu coração. Por mais que ele não se considerasse bom, em diversos momentos mostrou ser um grande ser humano. Ele não tinha a intenção de ser herói. Era apenas uma pessoa comum tentando sobreviver e ao mesmo tempo buscando vingança por aqueles que também perdeu na guerra. Todavia, ele salvou Emilia e mesmo falando para ela não segui-lo, para ficar longe, não a tratou mal por desobedecê-lo. O pouco que tinha para comer (que era praticamente nada) dividia com ela. E em todos os momentos em que ela esteve em risco, ele a protegeu. O laço entre os dois era muito forte e lindo. Emilia via nele seu salvador, sua esperança na humanidade. Homens a tinham ferido de muitas maneiras, mas um homem a tinha salvado. Isso significava muito para ela. Florian, por sua vez, via naquela menina a sua própria irmã e fazia por ela o que gostaria que alguém fizesse por sua família.

"Esta guerra aniquilou muitos futuros."

De todos os personagens que me marcaram nesta história, que me emocionaram e deixaram uma saudade muito dolorosa, nenhum deles me atingiu tanto quanto Emilia, que vocês perceberam que eu mencionei muitas vezes. Além da história dela se entrelaçar com a de Joana e Florian, pois os dois se empenham em protegê-la, esta personagem se crava em nós por sua força, sua coragem, sua lealdade. Eu não consigo falar dela sem cair em prantos. Não consigo. Estou aqui tentando respirar fundo e escrever, mas tenho sempre que parar e enxugar as lágrimas. Tudo o que ela passou com tão pouca idade... Foi um pesadelo. A autora partiu meu coração em muitos pedaços ao criar a Emilia e a história dela. Não posso revelar certas coisas, pois seria spoiler, já que a história dela é contada aos poucos e os outros protagonistas (Joana e Florian) só vão conhecendo aos pouquinhos todos os segredos de sua dor.

"Pode a história desaparecer quando é escrita com sangue?"

Uma coisa que muito impressionou a autora e a inspirou a escrever este livro, foi o fato de muitíssimas pessoas nunca terem ouvido falar do naufrágio deste navio, enquanto o desastre do Titanic é tão conhecido. Disposta a dar voz e nos mostrar a dor e o desespero de milhares de vítimas esquecidas dessa tão monstruosa guerra, ela passou anos pesquisando, anos trabalhando para trazer uma ficção histórica que mexesse com nossas emoções e nos fizesse recordar.

"O naufrágio do Wilhelm Gustloff foi o desastre com o maior número de vítimas da história naval, tornando quase inexpressivo o número de mortos dos famosos navios Titanic e Lusitania. No entanto, de maneira incrível, a maioria das pessoas nunca ouviu falar dele." [trecho da Nota da Autora]

Como eu disse para vocês, no início da resenha, eu própria, que sempre tive interesse em ler livros de História, nunca tinha ouvido falar desse navio e o que aconteceu com as milhares de pessoas que estavam em seu interior no momento em que os torpedos soviéticos foram lançados. Eu não sabia nada sobre esse desastre, sobre todo esse horror. É muito importante ao final da leitura de O sal das lágrimas, o leitor ler a Nota da Autora e Pesquisas e Fontes, presentes nas últimas páginas do livro. Neles a autora nos explica muita coisa e, repito, não fechem o livro antes de ler essas partes.

Em Pesquisas e Fontes, por exemplo, através do que a autora menciona é possível percebermos que alguns dos personagens presentes no livro (como Joana e Emilia) foram inspirados em pessoas reais. A autora não diz isso com todas as letras, mas quando vocês lerem perceberão. Também vi semelhanças entre outra pessoa real que a autora menciona e seu personagem "o poeta dos calçados".

A autora fez uma pesquisa incrível para escrever este livro. Foram vários anos de trabalho, de viagens por vários países, revisitando certos cenários, contando com o apoio de muita gente essencial para a reconstrução histórica dos acontecimentos. Ela chegou a entrevistar pessoas, umas que tiveram seus nomes mencionados, outras que preferiram permanecer anônimas. Um trabalho como o deste livro merece muitos prêmios.

Na orelha do livro, a editora Arqueiro informa que os direitos cinematográficos de O sal das lágrimas foram adquiridos pela Universal Pcitures.

E termino esta resenha deixando outro trecho da Nota da Autora:

"O que determina a maneira de recordarmos a história, e que elementos são preservados e penetram na consciência coletiva? Se os romances históricos despertam o seu interesse, busque os fatos, a história, as memórias e os testemunhos pessoais que estiverem disponíveis. É sobre esses ombros que se assenta a ficção histórica. Quando os sobreviventes se vão, não devemos deixar que a verdade desapareça com eles. Por favor, dê-lhes voz." 

Leitora apaixonada por romances de época, clássicos e thrillers. Mãe da minha eterna princesa Luana e dos meus príncipes Celestino e Felipe (gatinhos filhos do coração). Filha carinhosa. Irmã dedicada. Amiga para todas as horas. Acredita em Deus. E no poder do amor.

4 comentários:

  1. Eu ainda não tinha ouvido falar neste navio e acho que sua história foi muito bem contada neste livro porque eu estou super curiosa pra fazer esta leitura. Que delicia é perceber o trabalho de pesquisa de um autor e quero perceber isso na leitura também.
    Beijos

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  2. Oi, que resenha maravilhosa a sua! Eu acabei de ler um livro que também falava um pouco sobre o que os alemães passaram quando os soviéticos chegaram, muitas pessoas que não apoiavam o nazismo mas que se tornaram inimigos por sua nacionalidade, e é realmente algo muito cruel. Pelo seu post, me parece um livro muito forte, bem escrito e emocionante.

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  3. Oa!
    Eu ainda não tinha conhecimento desse livro é pela sua resenha é notório o porquê o livro consegue marcar emocionalmente o leitor. Já anotei aqui para conferir essa leitura com mais calma.
    Bjim!

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  4. Oi Luna!
    Li alguns livros focados em falar um pouco de Hitler, é verdade ele apenas comandava, mas ele entrava na cabeça das pessoas com se fosse um hipnotista e todo mundo acreditava em seus ideais, sua crueldade não tinha limites e pior que alguns compactuavam com isso, foi um horror e muito desumano o que fizeram. Eu li o Diário de Anne Frank, chorei horrores e também li O Colecionador de Lagrimas que falam de pessoas ajudando a fugitivos a se esconder.
    Li sua resenha já com um aperto no coração, pois são histórias que nos marcam para a vida toda e só quem já leu alguma coisa refente a guerra sabe do sofrimento e de quantas privações essas pessoas realmente passaram, as cicatrizes estão bem visíveis para quem quer ver, parabéns pela resenha e obrigado pela dica. Bjs!

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