24 de abril de 2022

Atualização de leituras - Abril/2022

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 Olá, queridos!

Sim, eu desapareci. Mas o motivo vocês conhecem: perdi minha pequena Luana, a gatinha que sempre, por toda eternidade, será minha filha. A morte não é capaz de colocar ponto final no amor. Jamais. 

Esta foi a pior perda que já sofri e não sei lidar com o luto. Tudo é difícil demais. Tento todos os dias prosseguir. E sim, estou conseguindo. Estou sobrevivendo. 

Minha mãe adotou um novo gatinho. Ele tinha apenas 47 dias quando veio para casa. Ela o adotou como uma tentativa de me "curar" da dor. De tornar mais suportável o processo de luto. 

Ângelo Felipe, um bebê de três meses e vinte e um dias. Eu o amo muito, um amor que chega a doer, pelo medo que tenho de que ele fique doente em algum momento. Mesmo medo que sinto em relação ao meu filho Dante Celestino. Perder a Luana me deixou assim, com pavor de perder os dois também. 

Mas coisas boas têm acontecido em minha vida. Saí do meu antigo emprego para um outro que vai me proporcionar a experiência que necessito para seguir em frente em minha profissão. É muito difícil, pois tudo é novo para mim. Também é cansativo por causa da viagem de ida e volta, mas estou amando! Estou feliz nesse emprego e agradeço a Deus pela oportunidade que Ele me deu. 

Não parei de ler! Na verdade, tenho lido todos os dias durante a viagem de ida e volta para o trabalho. Como fica bem longe da minha casa, leio bastante no ônibus!kkkkk E vai demorar MUITO para trazer resenhas das minhas duas principais leituras do momento! O motivo? São dois calhamaços! Leituras densas, que bagunçam demais as minhas emoções. Nem sei como farei para conversar sobre elas com vocês. Não sei se serei capaz de colocar em palavras tudo o que estas histórias provocaram em mim. 



Os Miseráveis, clássico da literatura mundial, escrito por nada mais nada menos que Victor Hugo!rs Ler um livro dele é sinônimo de lágrimas, o que digo com base na minha maravilhosa e angustiante experiência com O Corcunda de Notre Dame e O Último Dia de um Condenado. Foram livros que me deixaram bajo cero, jogada no chão, tentando entender como a humanidade pode ser tão cruel.

E com Os Miseráveis a experiência está sendo ainda mais dolorosa. No meu histórico de leitura do Skoob eu disse: "Nem sei o que dizer sobre a situação de Fantine e Cosette... Meu Deus! Como este livro dói! Me sinto destroçada." E também: "O que são as minhas dores, os meus sofrimentos perto dos de Fantine??!!! Quanto mais leio mais despedaçada me sinto. A impotência, a angústia por não poder fazer nada me deixa em prantos. Um livro escrito por um homem, com uma visão extremamente sensível sobre a desgraça de uma mulher, traída por quem amava e por uma sociedade que só sabe acusar, julgar e condenar... Que só sabe destruir."

E tem sido assim toda vez que pego o livro para ler. A dor é quase física. Choro com o desespero de Fantine. Com toda a maldade que Cosette teve que suportar ainda tão pequena, quando sua mãe quase se matava para mandar dinheiro para o seu sustento, dinheiro esse que nunca foi usado para ela, pois o casal em quem Fantine confiou tratava a criança como escrava e se apropriava do dinheiro que era dela. Como não se emocionar também com o passado de miséria e injustiças de Jean Valjean, condenado à pena de trabalhos forçados por furtar um pão?! O título faz jus a tudo que acontece no livro, e olha que só li 16%, estou bem longe de terminar! É uma história com mais de duas mil páginas, então, vocês já podem imaginar que muita desgraça ainda vai acontecer. Estou me preparando emocionalmente para isso.





Os leitores mais antigos do blog (risos) provavelmente sabem que estou parada no último livro da Trilogia Cavalo de Fogo da minha diva Florencia Bonelli desde 2013. SIM, JÁ SE PASSARAM NOVE ANOS!!! O motivo de nunca ter lido o terceiro livro da trilogia é bastante simples: medo. Como sei que muita coisa terrível se passa naquele livro e como amo imensamente o Eliah e a Matilde, protagonistas da história, nunca reuni coragem o suficiente para suportar toda a dor que eles enfrentarão. Eu sofro com os personagens. Vocês sabem disso! MAS... Prometi que este ano irei reler os dois primeiros livros (Paris e Congo) para finalmente mergulhar no desespero de Gaza. Me desejem sorte! E um estoque de lenços...

Então... Na história de Eliah e Matilde nós somos apresentados a uma personagem bastante marcante, que seria apenas coadjuvante, mas que possui uma força tal que fez nossa amada escritora resolver contar sua história, o que ela faz anos depois em dois volumes intitulados no original: "Aquí hay dragones" e "Dime, ¿quién es como Dios?"

Em Portugal os dois volumes foram divididos em quatro: Caminhos de Paixão - Parte I, Volume I; Caminhos de Paixão - Parte I, Volume II; Caminhos de Paixão - Parte II, Volume I e Caminhos de Paixão - Parte II, Volume II. É na tradução de Portugal que estou fazendo a leitura desta história que já conseguiu se cravar em minha alma

A mudança de título não foi muito adequada, na minha opinião, pois embora possa parecer "esquisito" para quem está de fora o título "Aqui há dragões", tem tudo, absolutamente tudo a ver com a história da nossa protagonista, com o seu passado de tanta dor, de tantos traumas provocados por uma guerra que lhe tirou aqueles que ela amava... e que a quebrou por dentro. O título é perfeito no original e não deveria ter sido mudado. 

O título do segundo volume: "Diga-me: quem é como Deus?" chega a me causar arrepios de pavor! Quem já leu a primeira parte do primeiro livro consegue entender. É desnecessário ter lido o segundo volume para compreender como essa frase é marcante, todas as lembranças que ela desencadeia... Um pequeno spoiler: um personagem, um monstro que nunca deveria ser chamado de ser humano, se considerava deus no passado da nossa Diana. A quantidade de coisas que ele vai fazê-la passar... sempre dizendo em alto e bom som que ele é deus na vida dela... Gente, é inesquecível, de um jeito angustiante, de um jeito desesperador. Eu própria fico tentando bloquear as lembranças de todas as cenas terríveis que li ao longo da primeira parte da história... Eu chorei e tremi de dor e de RAIVA. DE ÓDIO. De vontade de acabar com todo aquele sofrimento, com toda aquela maldade. Fazia tempo que eu não desejava tanto matar personagens em minha vida. Mas como não se revoltar com as atrocidades que foram cometidas ao longo daquela guerra, quando soldados se sentiam autorizados, inclusive por Deus (na mente deles) para estuprar e torturar mulheres e crianças?! Como não querer matar esses animais em forma de gente?! Essa história me deixou desgastada emocionalmente. E talvez por isso eu ainda não tenha conseguido prosseguir na leitura do segundo volume da Parte I. Tenho medo. Muito medo do que ainda terei que ler, de quanta dor Diana e outras vítimas ainda suportarão nessa história. 

Mas é um livro incrível! Quem conhece a Florencia Bonelli (que todos sabem que depois da Emily Brontë, é minha autora favorita da vida) já imagina o que encontrará nesta história. E é quase certo que ao fim colocará o livro na lista de preferidos, com 5 estrelas porque não é possível dar mais do que isso no Skoob.rs Eu estou amando a leitura! Dói, mas é arrebatadora. Tenho certeza que irei favoritar. O primeiro volume da Parte I, inclusive já recebeu 5 estrelas com passagem para os favoritos. :) 

A leitura da História de La Diana não está sendo solitária.rs Estou lendo esta impactante história com a minha querida amiga Carla, que é a pessoa responsável por eu conhecer as obras da Florencia Bonelli. 


E então temos as demais leituras em andamento....rs



Ainda estou lendo este livro de Contos do Tchekhov... desde o ano passado.rs Porém, contos eu realmente leio devagar, então, não há uma previsão para concluir a leitura. Não é um livro fascinante nem nada, nenhum conto até agora me marcou profundamente, mas é uma coletânea interessante. De modo geral, estou gostando. 

Dom Quixote... Quem leu este post aqui sabe que tive muitos problemas com a história. E finalmente me rendo: admito que abandonei o livro... pelo menos, por um tempo. Não vou abandonar definitivamente, pois me nego a desistir de uma história depois de ler mais de 800 páginas. Seria inaceitável.



Mentes depressivas é um livro que comecei a ler recentemente. E "ler" é apenas um modo de dizer, pois estou acompanhando em audiobook através do aplicativo Skeelo Audiobooks. Dispensa comentários, né? O tema é forte, mas necessário. É minha primeira experiência com um livro da autora e já quero ler tudo o que ela escreveu. 

Também estou fazendo a leitura da Bíblia... devagar quase parando, é verdade, mas estou firme e forte na intenção de ler até o último livro.rs Assim que eu conseguir sair de Números tenho a certeza que a leitura fluirá melhor. 






A saga Crepúsculo foi e sempre será especial em minha vida... Quando soube do lançamento de Sol da meia-noite quase tive um troço (risos) e comecei a lê-lo toda empolgada. Afinal de contas, era a visão do meu querido Edward sobre sua história de amor com a Bella. E a leitura se mostrou realmente maravilhosa! Mas por conta de tudo o que se passou em 2021, eu deixei a história de lado. Por isso, resolvi dar um tempo e daqui a alguns meses voltar a ler desde o início, me dedicando por completo ao livro. 

Contos de Horror do Século XIX é um desafio pessoal. Vocês sabem que não sou fã de histórias de terror, que livros do gênero não aparecem muito por aqui. E também sabem que venho tentando perder o medo, ler de tudo um pouco. Assim, resolvi apostar nesta leitura e confesso que estou gostando bastante. A maior parte dos contos que li até agora não assusta (li nove), não me faz ter pesadelos nem nada.rs Apenas um ou outro realmente me provocou um impactado, como O cone, do H. G. Wells, que me deixou horrorizada.





A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, é um livro que estou lendo com a minha querida amiga Ayala e que acabou um pouco negligenciado por conta das leituras de Os miseráveis e Caminhos de Paixão. Pretendo me dedicar mais ao livro em breve e decidir se gosto ou não da história.kkkkk Tenho alguns problemas com os personagens e ainda não sei o que pensar da tal moreninha do livro, mas seguirei lendo.rs

Cumbres Borrascosas... Sim, estamos nós aqui de novo lendo O Morro dos Ventos Uivantes!kkkkk É meu projeto pessoal lê-lo pelo menos uma vez por ano. E agora em 2022 a leitura está ocorrendo logo no início do ano por pura coincidência, que nem eu acredito!kkkkk 

Tudo começou quando as meninas do trabalho e eu resolvemos criar um grupo de leitura para nos incentivarmos a ler. Então, uma delas sugeriu como primeira leitura... Será que vocês adivinham???!!! O Morro dos Ventos Uivantes, é claro!rs Eu pulei de felicidade por dentro e concordei imediatamente.kkkkkk É meu livro preferido da vida, então, jamais desperdiçaria uma oportunidade de relê-lo. 

Resolvi lê-lo em espanhol desta vez, pois vocês lembram que eu disse que a cada releitura queria que fosse numa tradução diferente. Geralmente em português, claro, mas como também leio em espanhol quis encarar este desafio. 


É isso, gente! Apareci!rs E juro que vou tentar não sumir de novo. 




Leitora apaixonada por romances de época, clássicos e thrillers. Mãe da minha eterna princesa Luana e dos meus príncipes Celestino e Felipe (gatinhos filhos do coração). Filha carinhosa. Irmã dedicada. Amiga para todas as horas. Acredita em Deus. E no poder do amor.

7 comentários:

  1. Espero que você fique bem, desejo tudo de melhor pra você, já acompanho seu blog há bastante tempo e adquiri uma admiração sincera por você. Perder animaisinhos que tratamos como filhos sempre dói, mas tenha paciência logo você passará por esse luto. Torço por você!

    Quanto a Os Miseráveis, receio que não foi uma boa escolha para esse momento que você se encontra tão frágil pela perda da sua filhota de 4 patas, já li esse livro e ele mexe muito com as nossas emoções. Pense em dar uma pausa e pegar algo mais leve pra ler e depois você volta nele, pelo menos até você estar mais forte emocionalmente. É só um conselho, tá, por favor não encare como intromissão.

    Já os outros livros sobre os quais você falou não consigo opnar muito porque não os conheço, com exceção de Dom Casmurro que já li e reli algumas vezes. Realmente ele é massante, meio que um porre, pra ler ele você tem ou que tá muito afim de entender se Capitu traiu ou não Bentinho ou tem que ser por obrigação, trabalho de escola ou por ser professora de Literatura, senão você desiste mesmo, normal. Outro ponto desse livro é a escrita de Machado de Assis, que ou você ama a forma como ele narra e expõe tudo ou tem horas que tu quer jogar o livro na parede.

    Estou e sempre estarei aqui pra conferir seus posts, gosto muito do modo como você percebe as leituras, então sem pressa, mesmo que demore resenhas a saírem a gente espera : )

    Boas vibrações pra você nesse novo emprego e fique bem logo :)

    Bexus 😘😘😘

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    1. Muito obrigada pelo carinho, querida!

      Sim. Realmente escolhi um péssimo momento para ler Os Miseráveis. Tenho sofrido demais com a história e por isso resolvi ler outras coisas e deixar o livro quietinho por um tempo. Mas retomarei a leitura em breve, acredito, já que apesar de muito doloroso, é também uma história maravilhosa, escrita com uma sensibilidade que me impressiona.

      Você confundiu o livro aqui, Tay. Não abandonei Dom Casmurro. Abandonei Dom Quixote.rs

      Dom Casmurro é um livro incrível, do meu autor nacional favorito. Nunca abandonaria uma história escrita pelo meu querido Machado. Quero ter a oportunidade de ler tudo o que ele escreveu!

      Agradeço imensamente pelas palavras lindas e todo esse carinho, flor. Muito obrigada mesmo!

      Bjs!

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    2. Verdade Luna, não sei porquê na hora de comentar fiz isso, mas enfim kkk Agora falando em Dom Quixote, quando li ele pela primeira vez achei a história meio estranha, só quando cheguei no final dela a entendi, mas na época wu tinha 10 anos, então dá pra passar o pano rs Quando li pela segunda vez a mente já era outra, gostei mais. Mas entendo você ter parado a leitura, é um livro que a pessoa tem que ter um caminhão de paciência pra ler. Acho que muita coisa se tivesse sido cortada da história não teria atrapalhado em nada, mesmo eu tendo um carinho especial por essa obra.

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    3. Sim! Paciência é algo que não tive com Dom Quixote. Sei que quando eu concluir a leitura será mais por uma obrigação. Por querer me obrigar a concluir. Talvez daqui a alguns anos, numa segunda leitura, venha a ter a paciência que agora não tenho e a maturidade necessária para uma obra como essa.

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  2. Olá, tudo bom?
    Primeiramente quero dizer que sinto muito pela sua perda. Muita gente não entende que quando adotamos um animal, ele acaba se tornando da família, parte de nossas vidas, e perdê-los é realmente muito doloroso.
    Sobre as suas leituras, adorei ver que está lendo Os miseráveis. Foi um dos livros que mais me marcaram e realmente vem muito sofrimento pela frente.
    Sol da meia noite foi um verdadeiro presente para os fãs de crepúsculo ♥
    Sobre Dom Quixote, tenho muita vontade de ler, mas um receio enorme de não conseguir concluir a leitura!
    Beijos!

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    1. Muito obrigada pelo carinho, flor! Eu estou sobrevivendo. Mas não existe um só dia nesses quase seis meses que se passaram desde que a perdi.... que eu não pense nela. Penso na minha filha todos os dias, em diversos momentos. Quando acordo e não a vejo deitada do meu lado, quando alimento os outros bebês e ela não está presente para comer também... Quando pego um copo de água para beber, pois ela era apaixonada por água e bebia como se fosse a coisa mais maravilhosa do mundo. São muitos os momentos do dia nos quais penso nela. Acredito que será assim pelo resto da minha vida. Luana estava em tudo sempre. Era parte de mim. Era o meu bem mais precioso, a filha do meu coração.

      Estou louca para voltar para Sol da meia noite! Esperei muito tempo por este livro.

      Dom Quixote é um livro que não funcionou para mim, mas talvez funcione para você, flor. Muita gente ama demais esse grande clássico da literatura.

      Bjs!

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  3. Oi, tudo bem? Imagino o quanto deve ter sido triste tudo o que aconteceu. Agora depois de adulta não tenho mais bichinhos porque moro em apartamento, mas quando éramos crianças, eu e minhas irmãs já tivemos coelho, cachorro, gato, passarinho, meu pai pensou até num hamister, mas eu nunca curti a ideia. Parece um rato haha além de que, dá muito mais trabalho manter tudo limpo e eu nunca tive paciência nem tempo. Sempre quem cuidava era minha irmã. Hoje, morando sozinha, ela tem dois gatos. Cria quase como se fossem filhos. Bom, quanto as leituras gostaria que estivesse indo mais rápido, mas ainda assim, estou conseguindo ler e entregar algumas dentro do prazo. Semana passada assisti Crepúsculo, que está na Netflix, e fiquei bem curiosa quanto aos livros. Nunca tinha me interessado, mas agora que assisti todos os filmes fiquei pensando. Bom, espero que fique bem. Um ótimo final de semana pra você! Um abraço, Érika =^.^=

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