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12 de junho de 2015

Um Beijo Inesquecível - Teresa Medeiros


Irmãs Fairleigh 1/2

 Laura Farleigh precisava de um marido. 

Se quisesse manter um teto sobre a cabeça dos irmãos, a orgulhosa filha do reitor teria de casar até ao dia do seu vigésimo primeiro aniversário. Ao encontrar inconsciente na floresta um misterioso desconhecido de rosto angelical e corpo de Adónis, que não se lembrava do nome e do passado, decide reclamá-lo como seu. Mal sabia ela que aquele anjo caído era afinal um demônio disfarçado. 

Sterling Harlow, o famoso devasso conhecido como o «Demónio de Devonbrooke», acorda com o beijo encantador de uma formosa jovem que lhe confessa ser ele o seu prometido. 

Com as faces beijadas pelo sol e sardentas, Laura é uma jovem inocente apesar do encanto feminino das suas curvas. Quando lhe garante ser ele um perfeito cavalheiro, Sterling pergunta a si próprio se, para além da memória, terá perdido o juízo. Juraria não ser homem para se satisfazer apenas com beijos - principalmente os da doce e sensual Laura. 

Tentando descobrir a verdade antes da noite de núpcias, um beijo inesquecível ateia a paixão que nenhum deles alguma vez esquecerá.


Palavras de uma leitora...


Um lindo conto de fadas...

Sterling Harlow, mais conhecido como o diabo de Devonbrooke, ainda conseguia lembrar-se com clareza da última vez em que viu sua mãe... Mais de vinte anos se passaram, mas em sua mente ficara o momento em que ela se ajoelhou e abriu os braços, implorando em silêncio por um perdão que jamais viria. 

Agora, bem distante do menino inocente que outrora foi, recebeu a notícia que mais temia no mundo: a de sua morte. Sua mãe tinha partido para sempre. E a última lembrança que ele sempre guardaria dela, seria daquele momento. Do adeus que não tiveram. Do perdeu que ele lhe negou. 

Determinado a não permitir que a dor intensa que sentia dentro de si transparecesse e furioso pela protegida de sua mãe se atrever a censurá-lo e condená-lo como se tivesse algum direito, ele toma a decisão de recuperar a propriedade onde um dia morou com sua família... um lugar no qual ele não colocava os pés há muitos anos. Onde sua mãe vivera até o último dia de sua vida e... onde também se encontravam as crianças e a jovem que ela tomara sob a sua proteção há seis anos. O ciúme tinha um gosto amargo e ele o considerava uma fraqueza. Mas nenhuma força de vontade foi capaz de impedi-lo de sentir o golpe de saber que sua mãe o expulsara de casa quando ele tinha apenas 7 anos, mas adotara três outras crianças, dando a elas o que jamais lhe dera. Fazendo-as felizes enquanto ele vivia um inferno. 

"Iluminadas pelos raios de sol, as nobres feições do cavalheiro pareciam intemporais como as de um príncipe que tivesse esperado mil anos por alguém que o viesse acordar do seu sono encantado. Pequenas borboletas douradas vagueavam em redor de ambos como salpicos de um encantamento de fadas.

Mais tarde, ela juraria ter talvez sucumbido ao encanto do bosque, pois seria essa a única explicação para o incrível impulso que levara Laura Fairleigh, a piedosa filha de um clérigo, que nunca permitira sequer que os seus pretendentes lhe pegassem na mão, a inclinar-se e a tocar com os seus os lábios dele."

O mundo de Laura estava desmoronando. Seis anos antes, ela se vira de repente sem casa e sem pais. Tudo havia se perdido num terrível incêndio, restando-lhe apenas duas crianças que dependiam dela e pelas quais ela faria qualquer coisa, até mesmo dar a própria vida. Mas o socorro chegou na imagem de uma bondosa mulher que os acolheu e os ajudou a cicatrizar as feridas daquela perda. Uma mulher que para Laura fora mais do que uma tutora... fora uma mãe e um anjo da guarda. Agora... ela havia partido... e o futuro voltara a se tornar frio e ameaçador. Por mais otimista que tentasse ser, o desespero a invadia, pois o filho de sua tutora dali a um mês regressaria para reclamar uma casa que nunca lhe interessou. E para separá-la de seus irmãos. 

Sua única esperança era encontrar um homem que aceitasse casar-se com ela antes do seu vigésimo primeiro aniversário. Que seria dali a menos de quatro semanas... Só esperava que maridos pudessem cair do céu... 

... E que não viessem na imagem do homem mais lindo que ela já vira na vida, desmaiado e desmemoriado no bosque. Ou melhor... que viesse exatamente na imagem de um homem assim. 

"– Quem?... Quem… sou eu?
Era inegável a expressão suplicante dos olhos dele. Apertava-lhe o braço com os dedos exigindo uma resposta que ela não lhe podia dar.
Embora soubesse que ia cometer o pecado mais negro da sua vida, Laura não pôde impedir que um terno sorriso lhe iluminasse o rosto.
– O senhor é meu."

- Sabe aquele tipo de livro que é simplesmente uma fofura e uma delícia de se ler? Que te faz rir, te emociona, te faz suspirar e sonhar acordada? Que te alivia a alma e te aquece o coração? Um Beijo Inesquecível é exatamente esse tipo de história. Um livro inesquecível. Uma história arrebatadora. Suspiros...

- Depois de ler um suspense irresistível, mas também sombrio e que me deixou com a alma "pesada" e angustiada, tudo que eu mais necessitava era de uma história leve que me fizesse sonhar. E eu me lembrei desta história, que uma amiga querida me indicou já há algum tempo. Iniciei a leitura, esperando encontrar uma espécie de conto de fadas... e não me decepcionei. Pelo contrário. A história foi muito mais do que eu esperava. 

"O pai de Laura tentara avisá-la. Se vendesse a alma ao diabo, seria apenas uma questão de tempo até ele vir buscá-la. Mas o pai nunca a avisara de que o diabo podia ser tão belo que ela se sentisse tentada a entregar-lhe a alma sem interpor qualquer defesa."

- Após receber a carta que Laura escreveu, comunicando-lhe a morte de sua mãe, Sterling pediu que sua prima lhe respondesse, informando que dali há um mês ele regressaria para tomar a propriedade que lhe pertencia por direito. Mas antes que pudesse pensar no que estava fazendo, Sterling partiu, em direção à sua casa, com um mês de antecedência... caindo do cavalo e batendo a cabeça antes que pudesse chegar. A queda acabou por lhe roubar a memória... fazendo-o também conhecer um lindo anjo, que dizia ser sua noiva e que ele daria tudo para ser verdade. Podia não lembrar-se do seu passado, mas sabia que Laura era tudo que ele sempre esperara. Era sua salvação. Aquela que poderia ensinar-lhe a amar novamente. E reencontrar o menino que ele um dia foi, mas que há tanto tempo se perdera dentro dele. 

Sterling não sabia quem era, mas sabia exatamente quem gostaria de ser com ela. 

- Cada momento com essa história foi mágico. Eu ri tanto e me peguei com lágrimas escorrendo pelo rosto tantas vezes.rs É justamente por ser uma história tão linda e tão doce que ela acaba também por nos fazer chorar. Não há maneira de explicar como me senti durante a leitura. Foi simplesmente maravilhoso! Foram momentos que eu não queria que passassem, que eu gostaria que tivessem durado para sempre. Laura e Sterling (também conhecido como Nicholas, graças à Laura.rsrsrs) formam um casal belíssimo, ambos encontrando um no outro muito mais do que buscavam. Unidos por um amor que seria capaz de perdoar e superar qualquer coisa. E curar qualquer ferida. Estou perdidamente apaixonada por eles e pela história deles, gente!rsrs

- Não há muito o que eu possa contar sobre o livro. Só digo que é uma história que merece muito ser lida e que vai emocionar muito o seu coração. Dei 5 estrelas ao livro sem pensar duas vezes. E é uma daquelas histórias que eu já anseio pelo momento em que poderei reler. Suspiros...

- Mas antes de encerrar esta resenha... Durante tantos anos como leitora, eu já vi mocinhos reagirem de tantas maneiras semelhantes ao acreditarem-se traídos ou enganados pelas mocinhas. Uns tinham motivos para tornarem-se desprezíveis outros não tinham motivo algum... Mas a questão aqui é... Sterling foi profundamente traído em sua infância. Além de ter sido muito maltratado durante anos e anos, perdendo a capacidade de chorar, aprendendo a esconder a dor até de si mesmo... tornando-se um homem que ele nunca quis ser, alguém que ele não poderia reconhecer no espelho... tão longe e tão perto dele ao mesmo tempo. Mas apesar de todas as cicatrizes e da dor que jamais o abandonou... a reação dele é bem diferente da de tantos mocinhos que eu conheço. Não pude deixar de perceber isso. E apenas contribuiu para me fazer amá-lo ainda mais. Ele é um príncipe... em todos os verdadeiros sentidos desta palavra. E foi feito especialmente para a Laura. Assim como ela foi feita sob medida para ele... 

Às vezes, o destino pode ser simplesmente tudo o que necessitamos... 

Um Beijo Inesquecível já foi anteriormente resenhado no blog pela minha querida amiga Carlita, quem me indicou esta história. Para ler a resenha dela, basta clicar AQUI. :)

Bjs!

21 de maio de 2015

Só Se Ama Uma Vez - Johanna Lindsey



1º Livro da Série Malory/Anderson

Regina Ashton já recusou tantos pretendentes à sua mão que a alta sociedade londrina a considera uma snobe sem coração. Não podiam estar mais enganados. Órfã desde cedo, Regina é a sobrinha superprotegida de Lord Edward e Lady Charlotte Malory, a quem é muito difícil agradar. Aos olhos dos tios, nenhum dos jovens candidatos é suficientemente bom. Cansada de tão infrutífera busca, a jovem sai de casa numa noite escura, decidida a informá-los de que não pensa casar… nunca! Mas o seu plano coloca-a no sítio errado à hora errada, e é raptada por engano. A sua ira perante a arrogância do raptor, Nicholas Eden, vai inesperadamente dar lugar a sentimentos contraditórios de paixão e vergonha. Aquela noite não mais lhe sairá da cabeça.

O Visconde Nicholas Eden também tinha um plano: dar uma lição à sua amante descontente, raptando-a ao abrigo da noite. Não contava enganar-se na pessoa e arruinar a reputação de uma menina de família. Mas agora, movido pelo desejo mais desenfreado que alguma vez sentiu, é a custo que reconhece que nunca poderá casar com Regina, apesar do escândalo que paira sobre eles.

Implacável, é o destino que os uniu a afastá-los irremediavelmente, ainda que ambos saibam que um amor assim só se vive uma vez… 


Palavras de uma leitora...


Regina Ashston é uma jovem de 19 anos que sonha em casar e ter filhos... ou não. Na realidade, há tempos que ela se cansara de tal sonho. As palavras "pretendente" e "casamento" naquelas alturas já a deixavam prestes a ter um ataque. Não que ela não quisesse se casar. Mas estava cansada de olhar para cada homem analisando-o, imaginando se ele será ou não um bom marido e, o mais importante, se será aceito por todos os seus tios. Vira um por um, todos os seus pretendentes, serem rejeitados por eles, apesar de serem os mais ansiosos por vê-la casada. Embora apreciasse a boa intenção deles e sua preocupação com a felicidade dela, Regina gostaria de ao menos poder falar abertamente e expressar o quanto na realidade eles a estavam fazendo infeliz. Seu maior sonho naquele momento era que um milagre acontecesse e de repente... ela já estivesse noiva...

Nicholas Eden é um libertino. Um mulherengo que empenha-se dia após dia a arruinar por completo a própria reputação. Não leva a sério mulher alguma e toda vez que se cansa as descarta sem ligar a mínima para seus sentimentos. Determinado a não se casar, leva na realidade uma vida bastante solitária, pois oculta um segredo há muitos anos... algo responsável por fazê-lo representar aquele papel, escondendo da sociedade quem ele realmente é, para proteger seu coração de ser ferido quando a verdade finalmente vier à luz. Era um inferno manter todo aquele sentimento dentro dele. Era desesperador não poder ser ele mesmo em cada maldito segundo dos seus dias, mas seria ainda pior permitir-se se apaixonar por alguém apenas para ter o coração feito em pedaços depois. Não. Não iria se apaixonar. Jamais se permitiria ficar numa situação tão vulnerável. Mas quando um equívoco coloca Regina em seu caminho, Nicholas percebe que o coração não segue regras. E muitas vezes não liga a mínima para o que temos a dizer...

"– Eu não quero o amor dela, quero o ódio dela – rugiu Nicholas. E queria-o agora, disse a si mesmo, não depois de estar habituado ao amor dela, de ter começado a depender dele e o retribuir. Não conseguiria suportar o ódio dela nessa altura."

- Estou há anos querendo ler esta história. Desde que tive o prazer de ler Amável Tirano, terceiro livro da série, que anseio pelo momento em que conseguiria ler a história da tão querida sobrinha dos Malory, responsável pelas brigas e pela reconciliação entre os quatro irmãos. No livro do James eu tive a oportunidade de conhecê-la e ao Nicholas também.rs E de perceber o quanto o pobre era "maltratado" pelos familiares da esposa.rs

- Regina é a pequena Reggie... ou Regan, dependendo da opinião de cada tio. Seus pais morreram num terrível incêndio quando ela tinha apenas dois anos de idade. Desde esse momento ela foi criada pelos quatro tios que queriam ter a mesma quantidade de tempo com ela, apesar de morarem em lugares diferentes. Perder a única irmã foi algo que marcou a vida deles e que não puderam superar. Regina era uma parte dessa querida irmã e invadiu o coração deles sem pedir licença. Tivera uma infância nada tradicional, mas recheada de muito amor e que contribuíra para torná-la exatamente a mulher que era. Extrovertida, independente, segura de si e do que quer para a própria vida. Por isso, quando tem a oportunidade de finalmente conseguir aquilo que queria, não se vê nem um pouco disposta a deixá-lo escapar de suas mãos... O que acaba por selar o destino dela e do Nicholas. E dar a ambos a oportunidade que mereciam...

- Eu simplesmente adorei a Regina!rsrs Não existe nada nela que tenha me desagradado. Ela é cheia de vida e com uma personalidade que me fez gargalhar em muitos momentos durante a leitura. Se o Nicholas sabia ser terrível, ela podia ser mil vezes mais. De modo algum permitia que ele descontasse sua frustração em cima dela e não sei como ele, e todos os outros moradores da casa, não ficaram surdos.kkkkkkk... Além disso, a cena sobre o escritório é inesquecível. Sem mencionar o momento no qual ela expulsa uma certa... vaca...  da sua casa. Estivesse sofrendo ou não, ela jamais permitiria que pessoa alguma a humilhasse e estava muito mais empenhada em ser feliz do que ligar para o que a sociedade tinha ou não a dizer sobre a sua vida. Foi inevitável adorá-la! Por esse motivo também que acabei por me irritar demais com um certo mocinho...

- No início da história, eu compreendia bastante o Nicholas e não levava muito a sério as idiotices que ele dizia ou fazia. Estava gostando muito dele e sempre me pegava rindo com as suas tentativas de levar a Regina para o mau caminho.rs Que era tudo que ele mais queria em sua vida. Apenas levá-la para o mau caminho, sabe. Arruinar a reputação dela, satisfazendo o desejo que o consumia e depois deixando a garota resolver sozinha todos os problemas que conseguiria com isso. Sim. Ele era um canalha. Por completo! Mas embora no início eu preferisse apostar nele, que no fundo ele tinha sentimentos e que acabaria por se apaixonar por ela e se importar com os sentimentos dela... toda paciência tem limites. Até mesmo a minha. E depois de vê-lo fazer algo bastante covarde, imaturo e intolerável peguei uma raiva muito grande dele, que mesmo agora ainda não passou. Eu podia compreender seus motivos, mas na verdade nada justificava o que ele fez. E não fiquei com a sensação de que ele tenha realmente se arrependido, dado o devido valor ao que tinha feito. E isso prejudicou muito a imagem dele e do livro. 

- Não que eu não tenha gostado do livro. Gostei, sim. Muito. E recomendo a história!  Mas não pude aceitar certas coisas. O Nicholas conseguiu ser um dos mocinhos menos preferidos da autora para mim. Apesar de não tê-lo odiado e de ter até me emocionado com as cenas ternas entre ele e um certo bebê (os bebês sempre amolecem meu coração!rsrs) e de ele ter se transformado num mocinho completamente diferente no final, ainda assim foi intolerável aquela imaturidade num mocinho bastante crescido e experiente. E além disso, os sentimentos que notei por parte da mocinha, só pude enxergar nele no final. E mesmo assim sem aquela profundidade, sem toda aquela intensidade que é tão importante. 

Prefiro pensar que o amor entre os dois estava apenas surgindo e que com o passar do tempo, se tornaria tudo aquilo que eu esperava e que eles mereciam...

- Enfim... Dei 4 estrelas ao livro. E como disse, recomendo sim. Sobretudo a quem já é fã da autora. :) Mesmo que o casal não nos apaixone, vale a pena conhecer os irmãos Malory.rsrsrs... Estou muito ansiosa para ler a história do Anthony! Louca para vê-lo apaixonado. Será algo impagável!kkkkkkk... 


Segundo informações do blog Leituras & Devaneios, os livros que fazem parte dessa série, são:

Série Malory/Anderson & Associados

1-Love Only Once/ 1983 - Trad. Livre: Amar uma só vez (Só Se Ama Uma Vez - em português de Portugal)
Personagens: Regina Ashton & Nicholas Éden

2-Tender Rebel/ 1988 - Trad. Livre: Terna e Rebelde
Personagens: Anthony Malory e Roslynn Chadwick

3–Gentle Rogue/ 1990 - Amável Tirano (Editora Record/ 1994) 
Personagens: James Malory & Georgiana Anderson

4-The Magic of you / 1993 - Trad. Livre: A mágica de seu ser
Personagens: Amy Malory & Warren Anderson

5-Say you Love me/ 1996 - Trad. Livre: Diga que me ama
Personagens: Derek Malory & Kelsey Langton

6-The Present/ 1998 - Trad. Livre: O presente (mais conhecido como “O Marquês e a Cigana”) Este é um conto natalino, onde vislumbramos grande parte dos protagonistas dos livros anteriores, e também conhecemos a história do primeiro Marquês de Haverston Chistopher Malory, com sua cigana Anastasia.

7-A Loving Scoundrel/ 2004 - Trad. Livre: Adorável Safada
Personagens: Jeremy Malory & Danny

8-Captive of my desires/2006 - Trad. Livre: Cativo dos meus Desejos
Personagens: Drew Anderson & Gabrielle Brooks

9-No Choice But Seductions/2008 – Trad. Livre: Sem mais alternativa que a Sedução
Personagens: Boyd Anderson e Katey Tyler

10- Promised to a rogue (That perfect Someone)/2010
Personagens: Richard Allen & Julia Miller

15 de dezembro de 2013

O Principezinho - Antoine de Saint-Exupéry


Esta é a história do menino que vivia num asteroide, com os seus vulcões em miniatura e a sua linda rosa vermelha, e usava um longo cachecol a flutuar ao vento. Um dia ele resolveu viajar e visitou a Terra onde encontrou um grande amigo, que depois contou a história desse menino. Esta história foi traduzida em muitas línguas, foi lida por milhares de pessoas pequenas e grandes, e também por aqueles que, tendo-a lido quando eram pequenos a voltaram a ler na idade adulta. Tal como tu talvez daqui a muitos anos voltes a lê-la. Sabes porquê? Porque mesmo se te causar alguma estranheza ou te parecer enigmática, esta história revela-te um segredo muito simples e ao mesmo tempo muito sábio: é que as coisas mais importantes são muitas vezes invisíveis para os olhos - só com o coração é que podemos vê-las! Além da leitura destas páginas, convidamos-te a apreciar as aguarelas com que o autor ilustrou a sua história!


Palavras de uma leitora...


"Contemplava, à luz do luar, aquele rosto pálido, aqueles olhos fechados, aquelas mechas de cabelo a tremer ao vento e pensava: 'O que eu estou a ver não passa de uma capa. O mais importante é invisível...'
Desenhara-se-lhe um vago sorriso nos lábios entreabertos e eu pensei: 'O que me comove tanto neste principezinho adormecido é a sua fidelidade a uma flor, é a imagem de uma rosa que, mesmo quando ele dorme, brilha lá dentro como a chama de uma vela'. E ele pareceu-me ainda mais frágil. Porque, às velas, é preciso protegê-las: mal lhes dá o vento, apagam-se."


- Ao terminar a leitura desta história, cheguei à seguinte conclusão: não sou uma pessoa crescida. E me orgulho muito disso. Jamais quero ser uma pessoa crescida. Quero sempre conseguir ver como uma criança. Sentir como uma criança. Porque uma pessoa crescida não tem tempo para sentimentos. Não tem tempo para ver o pôr do sol, admirar o mar, sentir seu cheiro, olhar para o verde da natureza e sonhar ao sentir o vento balançando seu cabelo. As pessoas crescidas sequer conseguem perceber essas coisas. Estão sempre muito ocupadas. Ocupadas demais. Até mesmo para viver. 

"É que, numa certa estrela, num certo planeta, no meu planeta, na Terra, havia um principezinho para consolar. Peguei-lhe ao colo. Embalei-o. Fui-lhe dizendo: 'A flor de que tu gostas não corre perigo nenhum... Eu desenho um açaimo para a tua ovelha... Eu desenho uma armadura para a tua flor... Eu...' Não sabia que mais lhe prometer. Sentia-me completamente desarmado. Não sabia como chegar até ele... É tão misterioso, o país das lágrimas!"

- Este livro conta a história de um homem que, num belo dia (que ele não considerava tão belo assim), após "cair do céu", por um problema em seu avião, encontra em seu caminho um principezinho, que parecia perdido. Ele ainda não sabia, mas aquele garotinho que tão misteriosamente apareceu em sua vida, era como a realização de um pedido de natal. De um pedido feito há muito tempo, do fundo do seu coração, e do qual ele sequer se lembrava. Um pedido que ele nunca colocou em palavras. Um pedido que fez em silêncio (e sem saber) ao se decepcionar com as pessoas crescidas. Ao perceber que elas não eram capazes de enxergar além das aparências. Ao perceber que elas não eram capazes de ver o interior do que quer que fosse. Que a visão delas era limitada. Por influência das pessoas crescidas, ele deixou de lado o amor pela arte e foi em busca de "uma profissão de verdade", mas nunca esqueceu a experiência que tivera. E, no fundo, ainda tinha uma leve esperança, toda vez que pegava os únicos desenhos que tivera a coragem de fazer e mostrava para as pessoas crescidas que encontrava em seu caminho, de encontrar alguém que os compreendesse. Que conseguisse enxergar o interior daqueles desenhos. Que fosse capaz de ver como uma criança. Ele queria, mais do que tudo, um amigo. Um amigo de verdade. Alguém que o cativasse, que se tornasse importante para ele, que se tornasse único. E quando os céus atenderam o seu pedido, muitos anos depois, e na forma daquele principezinho, ele não percebeu. Não foi capaz de ver isso de início. Não foi capaz de reconhecer o seu presente. 

"O meu amigo nunca explicava nada. Talvez pensasse que eu era igual a ele. Infelizmente, não sei ver ovelhas através de caixas. Se calhar, estou um bocado parecido com as pessoas crescidas. Devo ter envelhecido."

- Só que, diferentemente das pessoas crescidas, aquele homem não precisou perder para perceber o que tinha ganhado. Embora tenha demorado um pouco para enxergar o anjo que estava em sua frente, que tinha aparecido em sua vida, ele notou. E soube apreciar os momentos ao lado dele. Momentos únicos. Que muitos seres humanos jamais terão em sua vida. Porque não têm tempo para terem amigos.

" - Só conhecemos o que cativamos - disse a raposa. - Os homens deixaram de ter tempo para conhecer o que quer que seja. Compram as coisas já feitas aos vendedores. Mas como não há vendedores de amigos, os homens deixaram de ter amigos."

- A história é contada seis anos após o encontro tão inesperado entre aquele homem com alma de criança e o principezinho que, de maneira simples e sutil, muito soube ensinar. É contada seis anos após a sua partida. O tempo pode ter sido capaz de ofuscar as lembranças da aparência do principezinho, mas não conseguiram modificar os sentimentos que ele havia despertado no homem com alma de criança. Porque o tempo nunca é capaz de apagar o que sentimos no coração. As lembranças que não ficam na mente, mas cravadas profundamente em nosso coração. As lembranças que só podemos sentir. Jamais explicar. Jamais descrever com palavras. 

"Quando nos deixamos cativar, é certo e sabido que algum dia alguma coisa nos há de fazer chorar."

- Eu já tinha ouvido falar desta história, mas jamais tinha tido a oportunidade de lê-la. Sabia que era uma história especial, capaz de atingir o coração de milhares e milhares de crianças e adultos (com alma de criança) ao longo do tempo. Que continuava sendo especial, mesmo depois de tantos anos. Mas eu não podia imaginar o quanto esta história era especial. Sabia que ela era preciosa, mas não podia imaginar o quanto. Porque somente depois de lê-la, somos capazes de realmente conhecê-la. De entendê-la. De senti-la

- Já fazia uns meses que eu tinha esta história. Ganhei de presente de aniversário da minha querida amiga, Carlita. E justamente por saber que esta história era única, preciosa e que tinha muito o que me ensinar, é que eu não a li logo. Não. Não podia lê-la em qualquer momento. Precisava lê-la num momento especial. Um momento escolhido pelo meu coração. E o momento surgiu. Um momento em que eu precisava muito de uma história como esta. Um momento no qual o meu coração me pediu, delicada e timidamente, que eu o alegrasse. O alimentasse com esta história. Que lhe devolvesse, com esta história, o que certos acontecimentos tinham roubado. O que as pessoas crescidas tinham roubado. 

"[...] Andas à procura de galinhas?
- Não - disse o principezinho. - Ando à procura de amigos. 'Cativar' quer dizer o quê?
- É uma coisa de que toda a gente se esqueceu - disse a raposa. - Quer dizer 'criar laços'...
- Criar laços?
- Sim, laços - disse a raposa. - Ora vê: por enquanto tu não és para mim senão um rapazinho perfeitamente igual cem mil outros rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Por enquanto eu não sou para ti senão uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativares, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E eu também passo a ser única no mundo para ti..."

- Eu nunca poderia imaginar que terminaria a leitura desta história, em lágrimas. Soluçando. De modo algum poderia imaginar tal coisa. Mas esta história me tocou de tal forma que antes que eu pudesse perceber, já estava chorando. É incrível a quantidade de lições que esta história tem o poder de nos ensinar em tão poucas páginas. É incrível a forma como o principezinho entra em nosso coração sem pedir licença. E ali fica. Ali deixa uma parte de si. Uma marca. Uma lembrança. Não existe um pingo de egoísmo nele, sabe? Porque não é como certas pessoas que depois de nos cativarem, vão embora sem sequer um adeus. Sem um abraço, sem dizer que estão partindo. O principezinho sabia "ler" um amigo, sabia se importar com ele. É linda a forma como ele se preocupava com a rosa dele e como se preocupou com o homem com alma de criança. Existia nele a sabedoria que nenhuma pessoa crescida era capaz de ter. Jamais em minha vida serei capaz de esquecer o principezinho. Nem a raposa, o homem com alma de criança, a serpente e a rosa. Existem coisas inesquecíveis. E essas são algumas delas. Mas sobretudo, jamais esquecerei o principezinho. O amo demais. Porque ele me cativou.

" - Adeus...
- Adeus - despediu-se a raposa. - Agora vou-te contar o tal segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos...
- O essencial é invisível para os olhos - repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer.
- Foi o tempo que tu perdeste com a tua rosa que tornou a tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... - repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer.
- Os homens já não se lembram desta verdade - disse a raposa. - Mas tu não te deves esquecer dela. Ficas responsável para todo o sempre por aquilo que cativaste. Tu és responsável pela tua rosa..
- Eu sou responsável pela minha rosa... - repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer."


- Uma verdade que muitos esquecem, não é? Quantos pais vão embora de casa, divorciam-se da esposa e dos filhos, sem levar jamais em conta que é responsável por aquelas pessoas? Pelo menos, pelos filhos. Porque os cativou. Porque os fez amá-lo. Quantas mães dão à luz e num determinado momento de sua vida, decidem que não querem mais aquela criança.? Que querem ser livres? E isso após cativá-las. Destroem o coração da criança sem hesitar. Sem se importar. Porque as pessoas crescidas são egoístas. Porque não sabem amar. Porque são ocupadas demais até para saber o que tal palavra significa. Não é à toa que o mundo está como está. 


" - Por onde andam os homens? - perguntou o principezinho, passado algum tempo. - No deserto está-se um bocado sozinho...
- Também se está sozinho ao pé dos homens - disse a serpente."


- Nunca serei capaz de colocar em palavras o que sinto por esta história. O que ela significa para mim. O quanto me cativou, emocionou e se tornou preciosa. E nem através dos trechos que coloquei nesta resenha vocês serão capazes de encontrar o que só se encontra ao ler toda a história. Estes trechos são preciosos. Inesquecíveis. Me tocaram muito, mas é a história em si, do começo ao fim, sem excluir nenhuma palavra, que nos toca de uma forma única. Que nos arrebata. E nos dá paz. Uma paz que hoje em dia é difícil de encontrar. Que você só encontra nas coisas que as pessoas crescidas não julgam importantes. E que mesmo assim é preciso agarrar com toda força e manter na mente e no coração com insistência, pois o mundo, as pessoas crescidas, estão o tempo inteiro tentando nos roubar a paz que com tanta dificuldade encontramos. 

" - Mas os olhos são cegos. Só se procura bem com o coração."

13 de abril de 2013

Resenha da Carla: Uma Casa de Família - Natasha Solomons


Na primavera de 1938, a ameaça nazi paira sobre a Europa. 

Em Viena, a família Landau vê desaparecer muitos dos seus amigos e teme pela sua segurança. Decidem fugir do país mas não poderão partir juntos. Elise, a filha mais nova, é enviada para Inglaterra, onde a espera um emprego como criada de uma família aristocrática. É a única forma de garantir a sua segurança. Para trás deixa uma vida privilegiada. 

Em Tyneford, ela tenta encontrar o seu lugar na rígida hierarquia da casa. É agora uma das criadas, mas nunca antes trabalhou. Tem a educação e os hábitos da classe alta, mas não pertence à aristocracia. Enquanto areia as pratas e prepara as lareiras, usa as magníficas pérolas da mãe por baixo do uniforme. Sabe que deve limitar-se a servir, mas não consegue evitar o escândalo ao dançar com Kit, o filho do dono da casa. Juntos vão desafiar as convenções da severa aristocracia inglesa numa história de amor que tocará todos os que os rodeiam. 

Em Tyneford, ela vai aprender que é possível ser mais do que uma pessoa. Viver mais do que uma vida. Amar mais do que uma vez. 



Resenha:


«Essa Elise que eu era então, diria que sou uma velha. Mas está enganada. Eu ainda sou ela.»

Em março de 1938, dando seguimento às suas pretensões expansionistas, Hitler anexou a Áustria à Alemanha. Algo que ele conseguiu facilmente devido ao apoio do partido nazista austríaco e à passividade da França e do Reino Unido, que não tiveram a firmeza necessária para o demover apesar de Hitler ter violado o Tratado de Versalhes (que proibia expressamente a união da Áustria e da Alemanha). Esta situação alterou por completo a vida dos judeus que viviam na Áustria. Se queriam salvar a própria vida eles não podiam ficar no país.

É durante esta época que a história tem início.

Elise Landau vem de uma família judaica de Viena, é filha de uma cantora de ópera e de um escritor. Ela tem 19 anos e é uma dos muitos judeus que precisaram emigrar para outros países para se colocarem a salvo do nazismo. Margot, irmã de Elise, e o seu marido conseguiram obter vistos de residência nos Estados Unidos e os pais de Elise têm para eles garantida situação idêntica, mas Elise não teve a mesma sorte. E então a família é obrigada a se separar. A Inglaterra aceita acolher refugiados judeus que estejam dispostos a assumir posições como empregados domésticos e Elise aproveita essa oportunidade e se candidata a um emprego de criada. Uma situação temporária até que os pais consigam que ela vá para junto deles nos Estados Unidos.

Acostumada a ser tratada como uma princesa e a ser servida, o seu papel se inverte e a mudança de filha caçula mimada a empregada doméstica é muito brusca e difícil. Porém ela rapidamente se instala nas suas novas funções, caindo de amores pelo seu novo lar, Tyneford. Da mesma forma também não demora muito a que, alheio às diferenças de status, nasça um amor entre ela e Kit, o filho do patrão, o que vai colocá-la numa posição ainda mais delicada. Mas a felicidade de Elise jamais poderá ser completa pois a guerra se insinua no horizonte, além da permanente saudade e preocupação com os familiares que ela deixou para trás. O futuro rapidamente se torna uma incógnita e ela não pode imaginar o quanto a sua vida irá mudar... 

Ao longo de 412 páginas o leitor viaja pelas memórias de Elise - que narra em primeira pessoa e já idosa - conhecendo a sua história de vida. O conjunto de personagens é maravilhoso, desde Elise, passando por Kit, pelo mordomo, a governanta e mais alguns personagens carismáticos. Mas devo dizer que fiquei especialmente encantada pelo Mr. Rivers, o patrão dela, que me fez lembrar o Mr. Rochester (Jane Eyre). Essa história eu recomendo apenas a quem apreciar histórias com uma narrativa lírica, contemplativa e lenta. Também não é uma história cor-de-rosa, convém ressalvar, por mais bela que seja a escrita e apesar de ter alguns momentos bem humorados que me fizeram rir bastante. Para mim foi uma das melhores leituras desse ano.


Carla.

29 de março de 2013

Cavalo de Fogo - Paris - Florencia Bonelli


(Título Original: Caballo de Fuego - Paris
Editora: Porto Editora
Tradutores: Rita Custódio e Àlex Tarradellas
Ano de lançamento: 2012)


Uma poderosa história de amor tendo como pano de fundo o conflito israelo-palestiniano

Matilde Martínez, uma jovem pediatra argentina, viaja até Paris para aprender o idioma antes de partir para o Congo, ao serviço de uma ONG, para ajudar os mais carenciados. Apesar das suas inseguranças, traumas e dramas, a determinação de Matilde é tão forte que nada nem ninguém conseguirá demovê-la de cumprir o seu sonho. 

Eliah Al-Saud é um homem poderoso e sem piedade, descendente da família real saudita. Dono de uma empresa de segurança privada, o negócio serve de fachada a um outro tipo de serviços: de espionagem, segurança e formação de mercenários. 

Desde o seu primeiro encontro que o destino os unirá numa paixão tão intensa e irrefreável que nada poderão fazer para evitar a conspiração crescente que ameaça não apenas o seu amor, mas também as suas vidas. 

No cenário ameaçador e bélico do conflito israelo-palestiniano, Matilde e Eliah viverão uma aventura que os levará a percorrer o mundo e a enfrentar os perigos que cercam todos aqueles que ousam desafiar os impérios dominantes.



Palavras de uma leitora...



- A primeira coisa que fiz depois de terminar de ler esse livro foi ligar o computador e colocar para tocar a música Please Remember. E aí fiquei assistindo o vídeo e lembrando… Lembrei de tantos momentos lindos que as lágrimas mal me deixam enxergar o que estou escrevendo agora. Embora eu tenha lamentado por não ter tido, de fevereiro para cá, muito tempo para o livro do meu Eliah e da minha Matilde, eu sei que esses dois contribuíram para melhorar os meus dias. Amo o que estudo, mas confesso que passo boa parte dos dias estressada.rsrs… Só que quando eu tinha um tempinho e pegava o livro para ler, eu sentia uma espécie de alívio, sabe? Era como se eu pudesse “respirar” de novo. E aí eu me emocionava. Chorava, ria, sentia raiva e diversas outras coisas. No fundo, foi muito bom ter demorado tanto para terminar de ler essa história. Como assim?!rsrsrs… Embora eu não tenha tido oportunidade de me dedicar dias inteiros ao livro (algo que amo fazer. Quando estou lendo um livro especial, não quero parar para nada.kkkkk…), eu passei mais tempo com eles. Estive mais de um mês ao lado deles, vivendo com eles sua história. Quando eu não estava lendo, eles costumavam invadir minha mente. E aí eu ria sozinha ou sentia meus olhos se encherem de lágrimas. E agora… estou mais triste do que estive em qualquer momento da leitura. Porque estou me separando da primeira parte da história deles. Porque é hora de dizer “adeus” para o que eles viveram em Paris e, sinceramente, sou péssima para dizer adeus. Não suporto separações. Até hoje não me recuperei da Depressão Pós-Livro que tomou conta de mim quando terminei a leitura da história do meu Roger. Sem mencionar a falta violenta que sinto da história do Kamal e da Francesca. E ainda tem a história do meu Carlo que também não esqueço. Que também relembro. Mas a FB sempre faz isso com a gente. Ela nos envolve de tal forma, de um modo tão incrível, tão… não sei explicar. Só quem já leu alguma história dela consegue entender isso. É mágico, gente. Doloroso, sim. Mas também apaixonante… Ela nos envolve de uma forma que nos faz sonhar com suas histórias por muito tempo. Que nos faz sentir falta. Muita falta. E quem nunca quis ler um livro que se tornasse tão inesquecível? Uma história que não te abandonasse jamais? Lembro até hoje de como foi ler O Quarto Arcano. De tudo que senti. E são poucos livros que se cravam dessa forma em mim. Já li muitos e muitos livros, mas são poucos os que posso dizer que ainda me invadem a mente. Que permanecem tão profundamente no meu coração. E posso dizer com toda a certeza do mundo que Cavalo de Fogo – Paris será exatamente esse tipo de livro. Nunca o esquecerei. Nunca mesmo. 

- Para quem não se lembra, Aldo Martínez foi o primeiro amor da vida de Francesca (protagonista do livro Lo Que Dicen Tus Ojos) e ela conheceu Kamal Al-Saud graças à traição de Aldo que preferiu a herança da família e abriu mão de Francesca, que não passava da filha da cozinheira na época. Aldo nunca se perdoou por sua estupidez, mas quando o arrependimento veio já era tarde demais. Francesca já não o queria. Outro homem tinha aparecido em sua vida. Alguém que a fez se sentir muito mais viva, perdida e louca do que Aldo alguma vez a fez sentir. Alguém por quem ela daria a vida. Alguém por quem ela abriria mão de tudo, se preciso fosse. Alguém por quem ela enfrentou muito, sofreu muito, perdeu muito… E com quem ela foi muito feliz. Alguém sem o qual ela simplesmente não poderia viver.  


Mesmo inconformado com a decisão de Francesca, Aldo seguiu com sua vida ao lado de uma mulher que ele não amava, mas tinha escolhido como esposa. Com Dolores ele teve três filhas e não poderia imaginar o que o destino reservava para sua caçula… Para um Al-Saud ele perdeu a única mulher que foi capaz de amar. E agora, novamente para um Al-Saud, perderia sua filha mais preciosa. Sim. O destino o detestava.rsrsrs…. 

Francesca ao lado de Kamal também teve filhos. Quatro. Shariar, Alaman, Eliah e Yasmin. E ela também não poderia imaginar o quanto o destino seria irônico. Aquela história que não pôde existir entre Aldo e Francesca… existiria entre seus filhos. Mais forte, arrebatadora e inesquecível do que seria a deles. Aldo e Francesca não estavam destinados um ao outro. Francesca nasceu para Kamal. Mas Matilde… ela nasceu para Eliah. E nada (nem sequer a doença mais cruel) nem ninguém (nem mesmo o terrorista mais perigoso) conseguiria separá-los. Porque não existe no mundo sentimento mais forte, mais capaz de suportar qualquer coisa, do que o amor… 

“ - Eliah – sussurrou-lhe na boca dele. – Estou tão assustada. Tenho tanto medo…
- Porquê?
- Porque nada disto estava nos meus planos. Porque a vida me está a surpreender. Porque tudo acontece muito rápido. Porque és um furacão que está a arrasar com as minhas estruturas. – Calou-se, não sabia como expressar o que, na realidade, a aterrava. – Tenho medo de te dececionar também. E não o suportaria. – Escondeu a cara no ombro dele. – Não sabes nada sobre mim.
- Diz-me tudo, por favor, Matilde. Quero ajudar-te.

«Sim? Ajudar-me-ias? Ou partirias assustado?»

- Não sabes o quanto me ajudas ao abraçar-me desta forma. Fazes-me sentir forte quando me abraças. Fazes-me sentir que sou capaz de conquistar o mundo.
- Meu amor, nunca ninguém me tinha dito uma coisa tão bonita. Se aquilo de que precisas é da minha força, dou-ta toda.”

- Às vezes, tudo de que mais precisamos na vida é de uma segunda chance... 

Uma chance de escrever uma nova história. De recomeçar. De deixar nosso antigo livro, o livro do nosso passado, guardado num canto. Sabemos que não podemos destruí-lo. Que mesmo que tentássemos queimá-lo, ele ainda permaneceria intacto. Porque não pode morrer. Porque não pode ser destruído. Mas quem disse que não podemos escrever um livro novo? Tudo que Eliah e Matilde queriam no fundo era isso. Escrever uma nova história. Pois já não suportavam mais viver lembrando da dor, das perdas, do desespero e da culpa que enchiam as páginas de seu passado. Mas no fundo eles também acreditavam que tal coisa não existiria para eles. 

“… Ficou a observá-la, tenso, emocionado, quase a perder o controlo. – O que é que nos está a acontecer, Matilde? O que é isto? Por Deus, o que é isto? 
- Algo tão forte – murmurou ela -, tão forte que pôs a minha vida de pernas para o ar. E o mais irónico é que não me importo nada. Nada, Eliah.”


Era quase o início de um novo ano. Eliah não estava lá muito contente já que seu avião tinha dado problema e ele necessitava estar em Paris no dia seguinte para uma reunião. E para completar, ainda não restavam lugares em primeira classe, no próximo voo que estava para sair com destino a Paris. Seu humor com certeza não era dos melhores. Mas tudo muda no instante em que ele a vê. Não era só a beleza de Matilde, mas existia algo mais nela que o atraía. Que o chamava e já não o fazia se importar tanto em viajar em primeira classe. Só o que queria… era estar ao lado dela. Se amor à primeira vista não existe… então aquilo era apenas o início, a semente de um amor que muito em breve nasceria… E que sim. Viraria o mundo deles de cabeça para baixo. Mas também daria sentido para suas vidas…

Cada um estava viajando para Paris com um motivo em mente. E o amor não fazia parte dos seus planos. Ambos não acreditavam que o amor pudesse surgir em suas vidas. Matilde tinha aberto mão dos seus maiores sonhos aos 16 anos. A dor a tinha feito jogá-los fora. Ela não teve outra escolha. Para continuar sobrevivendo, teve que sonhar sonhos novos e esquecer os antigos. Teve que abrir mão do amor e se dedicar a carreira que se tornou seu incentivo. Seu motivo para viver. Mas durante aquela viagem para Paris, ao lado de Eliah, compartilhando com ele seu amor pela leitura de um livro em especial, compartilhando sorrisos e momentos únicos… ela não pôde evitar o desejo de vê-lo novamente. Só mais uma vez. Para resgatar, apenas por um momento, um sonho em especial. O de ser amada. Porque por nenhum homem antes, nem mesmo pelo ex-marido, ela tinha sentido algo tão forte. Uma ligação tão profunda… Como se de alguma forma ela já o conhecesse…

Ele sequer se julgava capaz de amar novamente. Tinha amado uma vez, ainda muito jovem, e tinha perdido de uma forma muito dolorosa aquela jovem que tanto o amava e tanto tinha procurado por ele no dia de sua morte. A culpa ainda o devorava e sequer se julgava merecedor de amor. Mas isso não o impedia de sentir aquele sentimento tão forte. Aquela vontade de esquecer tudo, todos os compromissos e todo o passado só para estar ao lado dela. Cada momento ao lado de Matilde naquele avião o fez querer vê-la novamente, o fez querer que ela fizesse parte da sua vida e embora ele inventasse mil e uma desculpas para mandar que a seguissem e descobrissem sua morada, ele no fundo sabia que o único motivo verdadeiro é que não podia terminar aquela viagem e nunca mais voltar a vê-la. Isso sequer era uma opção. Precisava vê-la novamente. Precisava dela. Só ela poderia socorrê-lo. Só ela poderia salvá-lo.


“Quando já estavam seguros no carro […] não pôs o motor a trabalhar e ficou a olhar para ela. Desejava pedir-lhe tantas coisas que não se atrevia a pronunciar: «Não vás para o Congo. Não continues a vir aqui, eu ensino-te Francês ou pago uma professora para que te ensine em casa. Em casa. Na nossa casa. Porque a casa da avenue Elisée Reclus é tão minha como tua. Já não é a mesma sem ti, Matilde, meu amor. O que é que me fizeste? Um Cavalo de Fogo ama a sua liberdade, esse é o seu bem mais precioso. Agora estou preso a ti e não me importo.»


- Eu não sei bem o que dizer. Além de não querer revelar certos segredos da história ainda me encontro sem palavras, como sempre acontece quando leio um livro especial. É sempre algo que não se pode colocar em palavras. Algo que apenas conseguimos sentir e sentimos com tanta intensidade. Eu só fico lembrando e tentando transmitir para vocês o que sinto, mas é impossível. As palavras são insignificantes para passar para vocês o que sinto. Só lendo vocês podem sentir o mesmo. Só lendo podem entender do que estou falando. Cada momento nessa história, desse casal, é único. Não esqueço sequer os momentos iniciais quando eles estão no avião. Quando ele cuida dela quando ela fica enjoada, como eles ficam acordados conversando e como a separação, ao fim da viagem, foi uma súplica por um segundo encontro. Por uma outra oportunidade. E o interessante é que ambos queriam fugir daquele sentimento. Porque existiam traumas, cicatrizes e feridas ainda abertas. Porque o passado sabe ser bem cruel. Ele não nos deixa em paz. Não nos deixa descansar e esquecer coisas que faríamos de tudo para esquecer. Ao mesmo tempo que vivia momentos lindos com o Eliah, o passado invadia a mente de Matilde e as lembranças e a falta de esperança num futuro, a entristeciam. Em breve ela teria que viajar para o Congo, para seguir com sua missão como cirurgiã pediátrica. Existiria um lugar para Eliah em seu futuro? Ou melhor, existiria um lugar para ela no futuro de Eliah? Porque o presente, o agora, era delicioso. Mágico. Mágico porque ela fazia de conta que ele poderia ser eterno. Porque não precisava dividir com ele seu passado, não queria dividir aquilo. Queria manter os fantasmas longe e viver aquele conto de fadas. Porque só queria amá-lo e amá-lo e que os dias se congelassem. Que não passassem. Porque o futuro era terrivelmente ameaçador. Porque no passado teve que travar uma guerra tão terrível que ainda no futuro teria que carregar as consequências dela… Eu acompanhei cada momento desse casal sabendo já como seria o fim dessa primeira parte da história deles (é uma trilogia). Então, cada momento lindo tinha um significado ainda mais intenso, era ainda mais especial. Não é sempre que saber como termina uma história tem vantagens, mas no caso dessa história teve sim. Porque eu conhecia o fim então me emocionava mais com cada cena. Eu me envolvia mais e os entendia mais. Não sei explicar, mas foi isso que aconteceu.rsrs… Antes mesmo da história terminar, eu já era invadida pelas lembranças de momentos que eles viveram e já chorava.kkkkkk…  A primeira noite de amor foi linda. Cada sorriso, o presente que a Mat deu para ele no dia do seu aniversário… Aquele presente em especial, então, quase acabou comigo. Eu sabia o significado dele. 


“- Fi-lo para que nunca te esqueças da nossa história. 
- Jamais poderia esquecê-la. É impossível. Para além disso, vou ter-te sempre ao meu lado para a recordar.
Matilde não respondeu, e ele sentiu um instante de medo profundo; a sensação alojou-se-lhe na nuca; doeu-lhe o pescoço, ardeu-lhe o estômago.
[…]
- Eliah, quero que saibas que eu guardo comigo cada momento que passámos juntos. Cada momento. São um tesouro para mim.
Ele assentiu, incapaz de proferir uma palavra.”


- E naquele instante ele também soube o que o presente significava. Só que às vezes preferimos negar para nós mesmos algo. Preferimos fingir que não percebemos. Preferimos ter esperanças. E às vezes… a vida é simplesmente muito cruel, não acham? Ela nos joga no chão, mata nossos sonhos e acha que temos que fazer o melhor com o que restou. Ela nos desafia a continuar vivendo depois de ela nos ter destruído. É o que ela faz com Eliah e Matilde. Até mesmo consigo ver a vida empinando o nariz, olhando para os dois por cima (sim. Não sou muito normal. Consigo imaginar essas coisas.kkkkkkk…) e dizendo “quero ver vocês continuarem agora.” Só que um Cavalo de Fogo, não desiste nunca. E mesmo atormentado pelo passado, pela culpa e qualquer outro sentimento infernal e paralisador, meu querido Eliah não estava nada disposto a deixar o amor da sua vida escapar. E quando a vida pensar que venceu… ele terá uma surpresinha para ela.  :D

- Estou sendo lógica, racional?! Não respondam!rsrsrs… Não quero dizer claramente tudo que acontece nessa história e muito menos revelar os segredos dos dois, gente. São coisas que deixarei para a resenha sobre Cavalo de Fogo – Congo, segundo livro dessa história. Assim como fiz ao falar da história do Roger. Deixei para revelar segredos da primeira parte da história, ao resenhar sobre a segunda.rsrsrs… E também não quero contar com todas as letras como a primeira parte da história termina. Deixo dito pela metade, ok?rsrsrs… 

“Vou proteger-te, Matilde, vou fazê-lo sempre. Com a minha vida, meu amor, com a minha vida.
- Não – sussurrou ela -, com a tua vida não quero.”

- Perfeição… algo que não existe em nenhum mocinho ou mocinha dessa autora. Pelo contrário. Principalmente ao criar seus mocinhos, a FB sempre nos desafia a não amá-los. É como se ela dissesse: “Eles são exatamente assim. Não adianta vocês inventarem desculpas para eles ou fingirem que eles não são tal como são. Mas eu desafio vocês a não amá-los. Não os amem se são capazes.” Roger Blackraven. Alguém lembra de como ele era antes de conhecer a Isaura? Mulherengo, vingativo, dono de escravos, alguém que muitos temiam. Alguém que não tinha piedade dos seus inimigos e não mostrava compaixão por quase ninguém. Alguém que se casou com a primeira esposa por vingança. Alguém que tinha sido até mesmo negreiro. Carlo? Carregava alguns assassinatos em seu passado e lucrava como proxeneta. Lucrava em cima do trabalho das prostitutas que ofereciam seu corpo em troca de um dinheiro que dividiam com ele. Kamal é o mais “perfeito” entre eles, mas também não é a santidade em forma de pessoa. Arrancou Francesca de um lugar com o qual ela já estava acostumada, como se aquilo não tivesse muita importância. Como se fosse correto arrancá-la de seu mundo e lançá-la no dele. Num mundo tão diferente do dela e tão impiedoso. Tão capaz de acabar com ela. E Eliah? Os “defeitos” dele vocês conhecerão na resenha do segundo livro, como já disse.rsrs… Mas o que quero dizer é que apesar de tudo e do quanto a nossa mente pode dizer que não devemos amar esses mocinhos, acaba sendo inevitável. Incrível como em outros mocinhos eu teria criticado tantas coisas, mas neles não consigo. A autora os torna reais, com defeitos terríveis e qualidades que tocam profundamente o nosso coração. Porque embora eles façam coisas reprováveis, amam de uma forma impressionante e são capazes de qualquer coisa pela amada deles. Nunca esquecerei de como o Roger caiu de joelhos ao lado da Isaura naquela igreja e disse que faria qualquer coisa por ela. Pode não ter muito significado para quem não leu a cena, mas para mim tem um significado enorme. E também nunca esquecerei de quando ele viu as cicatrizes que marcavam o corpo dela e chorou. Não pelas cicatrizes. Mas pela dor por trás delas. Porque ali, ao vê-las, ele soube, teve uma ideia do que Isaura sofreu. Do quanto o seu passado foi terrível. As lágrimas dele fizeram meu coração “sangrar”, pois quando amamos alguém, gente, não queremos que a pessoa sofra. Não suportamos saber que ela sofreu. E ainda mais um sofrimento como aquele da Isaura. Toda vez que o Carlo se sentia indigno da Micaela e achava que merecia as atitudes dela, eu queria protegê-lo. Eu sabia o quanto ele a amava e também sabia os tormentos do inferno que ele próprio viveu. E porque se tornou o que tinha se tornado. Quando o vi gritando por ela em uma cena em particular, senti uma dor profunda, como se aquilo tivesse acontecido comigo. E tudo que pude desejar era que aquilo não tivesse acontecido, pois ele não merecia aquele sofrimento. Não me importa o que digam, Carlo não merecia aquilo. Fosse proxeneta ou não. Eu o amo como ele é e, ele é digno de amor mesmo sendo como é. Desde quando só as pessoas perfeitas merecem ser amadas? Se fosse assim ninguém mereceria amor ou felicidade, pois de perfeitos não temos nada. Não é verdade? Quem disser que é perfeito está mentindo descaradamente, pois a perfeição anda bem longe de todos nós seres humanos. É uma verdade bem verdadeira. Enfim… E o Kamal? Quando ele viu o que tinham feito com sua amada, quando ela sangrou ainda em seus braços… Deus! Aquela dor não pode ser explicada. Foi um momento bem impactante. Até mesmo seu momento de oração e súplica a Deus. Não amo esses mocinhos à toa. Os amo, pois embora tenham feito coisas reprováveis em suas vidas, a autora sempre me dá motivos para amá-los. Porque não há forma de não amar alguém que ama de forma tão intensa, tão violenta, tão entregue. Alguém que abriria mão da própria vida sem pensar duas vezes se isso garantisse a vida de quem eles tanto amam. Quando Eliah disse que protegeria a Mat com a sua vida eu não tive dúvidas. Ele abriria mão de qualquer sonho, de qualquer coisa por ela. Porque ele só precisava dela. De nada nem ninguém mais. De que adiantariam os outros sonhos, as outras coisas, se ela não fizesse parte da sua vida? Se ela não estivesse ali para que ele compartilhasse, vivesse tudo com ela? Perderiam qualquer valor. E ver as lágrimas que escorreram dos olhos dele naquele momento acabaram comigo, gente. Como acabaram! Eu amo demais a Mat, queridos, mas naquele momento eu quase a odiei. Ninguém, nem mesmo ela, tem o direito de fazê-lo sofrer tanto. 


“- Não regresses. – Embora o tenha pronunciado com cuidado, Matilde apercebeu-se da angústia na sua voz. – Fica comigo.”


- Assim como qualquer outro mocinho da autora que eu já tive o privilégio de conhecer, Eliah ama de forma bem intensa. O que acaba por machucá-lo em alguns momentos e rendem belas cenas de ciúmes, que me arrancaram gargalhadas. Bastava alguém olhar para a Mat, para ele já querer acabar com a raça do infeliz. E o Roy… desgraçado do ex-marido da Mat, deu muita sorte por ele não matá-lo.rsrsrs… Mas claro que ele sofreu o peso da ira do meu Eliah. E não foi só por ciúmes (só em parte.rsrsrs…). Mat tinha que se vestir de forma provocante só para os olhos dele, usar perfume provocante apenas para ele, só ele podia senti-la perfumada daquele jeito. Mais ninguém.kkkkkkk... Não suportava a possibilidade de perdê-la para outro. Embora nunca tenha dependido de ninguém em sua vida, embora amasse a sua liberdade e odiasse que se metessem em sua vida, com a Mat era diferente. Desde o primeiro instante ele soube que ela era sua mulher e dependia dela. Sua independência ou liberdade, perdiam importância quando estava com ela. Não queria mais independência. Não existia mais independência. E a liberdade já tinha ido para o inferno há muito tempo.rsrs... Ser livre sem Matilde? Que tipo de liberdade seria essa? Não. Ele estava preso a ela. E queria permanecer assim para sempre. 

“- Será sempre assim entre nós – arquejou Al-Saud em francês, ainda dentro de Matilde. Só sei que esta loucura que começou em mim no dia em que te conheci morrerá comigo.”

- Necessito dizer que recomendo essa história? Só não recomendo para quem é menor de idade (assim como também não recomendo O Quarto Arcano! Para menores de idade, não!), mas para as outras pessoas que amam uma linda história de amor, intensa, cheia de altos e baixos, momentos lindos e impactantes, cenas de amor para lá de emocionantes, eu recomendo e como recomendo! Não é uma história que não deva ser lida, sabe? É aquele tipo de história que precisamos ler. Que é um privilégio, um presente, ler. Estou triste porque terminei a leitura dessa primeira parte. Muito triste, nostálgica e cheia de vontade de chorar. Mas também estou feliz. Feliz porque foi maravilhoso ler essa história. Foi lindo passar esse tempo ao lado deles. E feliz também porque não acabou. Apenas terminou a primeira parte. Muito ainda vai acontecer nos dois próximos livros. Ainda viverei muitas aventuras ao lado do meu casal tão querido e complicado. :D E ainda irei rever também Francesca e Kamal outras vezes, algo que simplesmente amei nesse livro. Vê-los mesmo que não fosse em tantos momentos, foi um presente também. O amor deles deu frutos preciosos e o Eliah é o mais precioso de todos os filhos deles, para mim. :) Alaman é uma gracinha e Yasmin é tolerável, mas Eliah é especial.rsrsrs… Vale comentar também que ainda conhecemos algumas histórias paralelas. Como a que Yasmin vai viver com Sándor, alguém que também conseguiu um lugar no meu coração, pois ele é todo um charme.rsrs… E ainda tem a história entre Juana e um dos melhores amigos do Eliah. Juana é a amiga querida da Mat, alguém que esteve com ela em todos os momentos fosse para consolar, rir com ela ou fazê-la cair na real. Juana é uma graça e merecia uma história toda dela também. Assim como Diana (uma personagem que também carrega sua cota de dor) e Leila, irmã de Diana e Sándor. Leila é uma personagem que desperta muito o nosso instinto protetor. Foi lindo ver o quanto ela progrediu nessa história. Foi lindo vê-la renascer das cinzas.

- Mais uma vez agradeço a Carlita pelo privilégio de ler uma história dessa autora. :D Esse livro tão especial foi um presente dessa minha amiga querida. Um presente muito valioso, flor, não só por ser um livro da Florencia Bonelli, mas sim porque foi um presente que você me deu. Assim como guardo o livro do Kamal com tanto carinho por ter sido um presente da Moniquita. Além de eles serem preciosos por si só, são valiosos porque são partes de vocês. :)

- Queridos, vocês sabem o quanto eu amo músicas, não é? Acho que são minha segunda paixão (a primeira são os livros.rsrs…), seguida de perto por novelas e filmes. E várias músicas invadiram minha mente durante a leitura dessa história. Entre elas: Só Hoje – Jota Quest, Solitario y Solo – Alejandro Fernandez, No Me Compares – Alejandro Sanz (versão que ele canta com a Ivete Sangalo), Cama e Mesa (regravação cantada pelo Tiaguinho) e claro, a música deles: Please Remember. Entre elas eu escolhi colocar aqui a Cama e Mesa e Please Remember, ok? Mas eu recomendo todas essas. E a Problemas da Ana Carolina também. Ontem numa conversa com as meninas (Carlita e Moniquita) a Moniquita comentou que essa música também lembra a história desse casal. E é verdade. Além de ser uma música linda, também é uma recomendação para vocês ouvirem lendo essa história. :)

Please Remember (só que a letra está em espanhol. Mas a música é em inglês.rsrs... Só que eu quis colocar a letra em espanhol, que é a que está no vídeo)

El tiempo…
A veces simplemente
Se nos va de las manos…
Y tu estás en el ayer.
Junto a los recuerdos.

Yo…
Siempre pensaré en ti y sonreiré. 
Y seré feliz por el tiempo…
Que te tuve junto a mi.

A pesar de que nos vamos
Por caminos separados…
No olvidaré, nunca olvidaré…
Los recuerdos que creamos.

Por favor recuerda,
Por favor recuerda…
Que yo estaba allí para ti…
Y tu estaba allí…
Para mi…
Por favor recuerda…
Nuestros momentos juntos.
El tiempo era nuestro
Y éramos salvajes…
Y libres.

Por favor recuerda, 
Por favor recuerdame. 

Adiós…
No hay una palabra más triste.
Y es triste alejarse,
Solo con los recuerdos. 
Quién puede saber lo que podría haber pasado?
Dejarémos atrás una vida,
Un momento…
Nunca lo sabrémos. 

Y como reímos y sonreímos…
Y como este mundo era tuyo e mío…
Y como ningún sueño estaba fuera del alcance…
Yo estaba para ti, tu estabas para mí…
Tomábamos cada día y lo hacíamos brillar…
Escribimos nuestros nombres en el cielo…
Andábamos tan rapido, tan libremente… 
Te tenía a ti, tu me tenías a mi. 
Por favor recuerda… 


Cama e Mesa

Eu quero ser sua canção, eu quero ser seu tom
Me esfregar na sua boca, ser o seu batom
O sabonete que te alisa embaixo do chuveiro
A toalha que desliza no seu corpo inteiro
Eu quero ser seu travesseiro e ter a noite inteira
Pra te beijar durante o tempo que você dormir
Eu quero ser o sol que entra no seu quarto adentro
Te acordar devagarinho, te fazer sorrir

Quero estar na maciez do toque dos seus dedos
E entrar na intimidade desses seus segredos
Quero ser a coisa boa, liberada ou proibida
Tudo em sua vida

Eu quero que você me dê o que você quiser
Quero te dar tudo que um homem dá pra uma mulher
E além de todo esse carinho que você me faz
Fico imaginando coisas, quero sempre mais

Você é o doce que eu mais gosto
Meu café completo, a bebida preferida e o prato predileto
Eu como e bebo do melhor e não tenho hora certa
De manhã, de tarde, à noite, não faço dieta

Esse amor que alimenta minha fantasia
É meu sonho, minha festa, é minha alegria
A comida mais gostosa, o perfume e a bebida
Tudo em minha vida

Todo homem que sabe o que quer
Sabe dar e querer da mulher
O melhor e fazer desse amor
O que come, o que bebe, o que dá e recebe

Mas o homem que sabe o que quer
E se apaixona por uma mulher
Ele faz desse amor sua vida
A comida, a bebida, na justa medida


E a minha amiga Moniquita pediu que eu também colocasse para vocês a letra da música Problemas. Então, segue abaixo a letra. Prestem atenção ainda mais no trecho em destaque, que é especial para o casal. :) Me fez pensar muito em algo importante que acontece com eles. Sim. O Eliah mudaria seus sonhos, para continuar com a Mat (suspiros...). Ele abriria mão de qualquer sonho, de qualquer coisa por ela...


Problemas


Qualquer distância entre nós
Virou um abismo sem fim
Quando estranhei sua voz
Eu te procurei em mim
Ninguém vai resolver
Problemas de nós dois

Se tá tão difícil agora
Se um minuto a mais demora . .
Nem olhando assim mais perto
Consigo ver porque tá tudo tão incerto.

Será que foi alguma coisa que eu falei ?
Ou algo que fiz que te roubou de mim ?
Sempre que eu encontro uma saída
Você muda de sonho e mexe na minha vida

O meu amor conhece cada gesto seu
Palavras que o seu olhar só diz pro meu
Se pra você a guerra está perdida
Olha que eu mudo os meus sonhos,
Pra ficar na sua vida!

Se tá tão difícil agora
Se um minuto á mais demora . .
Nem olhando assim mais perto
Consigo ver porque tá tudo tão incerto.

Será que foi alguma coisa que eu falei ?
Ou algo que fiz que te roubou de mim ?
Sempre que eu encontro uma saída
Você muda de sonho e mexe na minha vida

O meu amor conhece cada gesto seu
Palavras que o seu olhar só diz pro meu
Se pra você a guerra está perdida
Olha que eu mudo os meus sonhos,
Pra ficar na sua vida!


Bjs e até breve! :)

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