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4 de dezembro de 2016

Doces Encontros - Cara Colter



É possível encontrar o verdadeiro amor nos lugares mais inusitados. 


VERÃO DO AMOR
Naquele verão, a viúva Kayla Jaffrey esperava voltar a ser a garota que se sentia capaz de conquistar o mundo. E quando reencontrou o homem que deixara uma cicatriz em seu coração, sabia que era obra do destino. O milionário David Blaze não pretendia voltar a Blossom Valley, mas ao ver Kayla, acredita ter conseguido uma chance de reescrever essa história de amor…


CORAÇÃO DA ALMA
Solteiro, cobiçado e dono de uma empresa de sucesso, Kiernan McAllister já foi capa de diversas revistas. Mas agora busca refúgio em sua luxuosa cabana nas montanhas. Após ter sido dispensada pelo ex, a jornalista Stacy Walker precisa de uma história bombástica para manter o emprego. Entretanto, depois de passar um tempo com Kiernan e seu adorável sobrinho, Stacy se preocupa cada vez menos com a carreira e mais em curar o coração de um homem tão controlado quanto dominador.




Palavras de uma leitora... 



- Sim, outra resenha dupla.rsrs Considerando que tenho aqui outros livrinhos com mais de uma história e escritos por uma mesma autora, resenhas assim se tornarão um hábito. :) 


Em Verão do Amor, conhecemos Kayla e David, duas pessoas que voltam à sua cidade natal, com a esperança de que os fantasmas do passado tenham ficado, de uma vez por todas, no passado e que já não sejam capazes de afetar suas vidas. Mas basta colocar os pés naquele lugar, recheado de lembranças dolorosas, para que percebam o quanto estavam enganados... 

Vários anos atrás, eles tinham sido amigos inseparáveis. Rindo e fazendo loucuras juntos, passando pelas diversas transformações e dificuldades da adolescência sem pensar no amanhã. Mas uma tragédia os separou, fazendo Kayla se casar com o melhor amigo deles e David ir embora... Agora, tantos anos depois, Kayla retorna àquele lugar para consertar sua própria vida e recomeçar... Sabia que tinha feito todas as escolhas erradas e que era impossível voltar atrás. Mas, após a morte de Kevin, ela teve que encarar o fato de que a vida estava passando e ela seguia parada no mesmo lugar. Precisava viver. Devia isso a si mesma. 

E tudo que ela não poderia imaginar é que David escolheria justamente aquela época para visitar a mãe, fazendo com que o caminho de ambos voltasse a se cruzar... Ainda existiria tempo para os dois? Para confessar que sempre o amou e que nem por um dia deixou de se arrepender por ter se casado com outro? Seria aquela uma segunda oportunidade para serem felizes? 

- Eu gostei muito desta história, embora tenha achado que as coisas demoraram demais para acontecer entre eles. O casal de teimosos passa o livro quase inteiro naquele chove e não molha.rs E isso me irritou um pouco, por mais que eu compreendesse tudo que existia entre eles, e que mesmo morto, o ex-marido da Kayla seguia sendo um obstáculo para que ficassem juntos. Mesmo assim, eu tive vontade de sacudi-los, trancá-los no quarto e e deixá-los ali até que confessassem tudo que sentiam e mandassem a precaução e todas as cicatrizes do passado para o espaço! 

- Me emocionei com tudo o que o David teve que enfrentar em relação à mãe e achei o final lindíssimo! Esta autora sabe escrever lindos finais. :) 

- Não é uma história muito complicada. É um livro leve, apesar das cenas envolvendo a mãe do David, divertido e doce, ótimo para se ler numa tarde tranquila, quando tudo que queremos é passar algumas horas ao lado de um bom livro. Claro que recomendo! 


Em Coração da Alma, encontramos Stacy e Kiernan, duas pessoas marcadas pela dor que tentavam seguir em frente da melhor maneira possível. Ela, sempre cheia de esperanças, acreditando que tudo poderia dar certo um dia, embora as coisas insistissem em dar errado em sua vida. Ele, deixando que a dor o consuma e o impeça de acreditar que poderia um dia ser feliz. Quando acabam presos na cabana dele nas montanhas, durante uma tempestade de neve, são obrigados a se conhecer e encarar o fato de que não desejam que aqueles momentos cheguem ao fim...

Stacy perdera toda a família num terrível acidente quando tinha apenas 16 anos. Totalmente sozinha no mundo, tirou daquela dor a lição de que deveria viver como se tudo pudesse terminar no dia seguinte. Que era sua obrigação abraçar a vida e encontrar a felicidade, que era o que tivera com a família, o que eles lhe ensinaram. Mas tudo sempre acabava dando errado para ela, não importasse o quanto tivesse fé. Assim, agora se encontrava sem namorado, após derramar uma taça de vinho em sua cabeça, e, consequentemente, sem emprego, uma vez que ele era seu chefe. E a única maneira de salvar sua carreira seria escrevendo uma história bombástica sobre Kiernan, o milionário que se refugiara na cabana para a qual ela estava se dirigindo quando seu carro bateu, provocando um corte em sua cabeça e a fazendo ser socorrida justamente por ele

Acreditando que ela era a babá que sua irmã prometeu enviar, Kiernan a recebe em sua casa, pois não podia mandá-la de volta com o tempo tão ruim. Mas cada segundo ao lado daquela mulher cheia de vida e sorrisos o faz ansiar pelo que jamais poderia ter... Amor não era uma opção em sua vida. Não poderia amar. Porque não queria voltar a sofrer a dor da perda. Porém, mesmo contra sua vontade, Stacy começa a curá-lo e assim, cicatriza as próprias feridas... Derrubando as defesas de ambos e fazendo-os acreditar num futuro juntos... Mas... O que aconteceria quando ele finalmente descobrisse a verdade?


- Embora eu tenha gostado muito da primeira história, foi a segunda que me conquistou. :) Achei esta história deliciosa, divertida e de uma fofura que toca nossos corações! Amei o casal e o bebezinho lindo que acabou aproximando-os e fiquei torcendo muito para que eles pudessem deixar toda a dor para trás e recomeçassem juntos. 

- Eu pude entender a relutância do Kiernan para aceitá-la em sua casa e em sua vida. Compreendi a culpa e a dor que ele sentia e lamentei muito por tudo que ele teve que sofrer. E também sofri com a dor da Stacy, a quem a vida sempre golpeava e que mesmo assim se reerguia e voltava a ter fé. Ela é um exemplo de superação, de como podemos impedir que a dor nos paralise, que somos capazes de não nos deixar vencer pelo sofrimento. Ela tirou de suas perdas, lições de vida e fez algo não apenas por si mesma, mas por várias outras pessoas. É uma mocinha a quem é impossível não admirar. 

E claro que o final foi perfeito! Suspiros... Que final belíssimo, gente! Recomendo muto esta segunda história! :D

4 de junho de 2015

É Melhor Não Saber - Chevy Stevens

(Título Original: Never Knowing
Tradutora: Maria Clara de Biase
Editora: Arqueiro
Edição de: 2013)

Algumas perguntas devem ficar sem resposta

Sara Gallagher nunca sentiu que pertencesse de verdade à sua família de criação. Embora sua mãe seja amorosa e gentil e ela se dê bem com sua irmã Lauren, a relação com o pai e a irmã caçula, Melanie, sempre foi complicada.

Às vésperas de se casar, Sara decide que está pronta para investigar o passado e descobrir suas origens. 

Mas a verdade é muito mais aterrorizante do que ela poderia imaginar. Sara é fruto de um estupro, filha do Assassino do Acampamento, um famoso serial killer.

Toda a sua paz acaba quando essa história é divulgada na internet e o pai que ela anteriormente queria conhecer resolve entrar em sua vida de forma avassaladora. Eufórico com a descoberta de que tem uma filha, John vê nela sua única chance de redenção. E, para criar um vínculo com Sara, ele está disposto a tudo, até a voltar a matar.

Ao mesmo tempo, a polícia acredita que essa é sua única chance de prender o assassino e resolve usá-la como isca. Então Sara se vê numa caçada alucinante, lutando para preservar sua vida e a de sua filha.

É melhor não saber é um complexo retrato de uma mulher tentando entender suas origens. Uma história cheia de reviravoltas, na qual ninguém é completamente bom ou mau.


Palavras de uma leitora...


- Eu concordo totalmente com este livro num ponto: algumas perguntas realmente necessitam ficar sem resposta. Mexer no passado... pode ser fatal. 

"O tempo diz muitas coisas. Toda a minha vida lutei contra o tempo - geralmente porque ele não estava passando rápido o suficiente para mim. Mas há momentos em que ele corre contra você e que então você faria qualquer coisa para parar o relógio."

- Já é madrugada e não sou capaz de ir dormir. Faz quase uma hora que terminei a leitura desta história, mas sinto que serei incapaz de me separar dela enquanto não colocar em palavras ao menos um pouco do que sinto. Necessito tirar toda essa carga emocional de mim. Preciso aceitar o final do livro. Entender que não havia outra forma das coisas terminarem. Não quando tudo já estava mais do que... inclinado a ter aquele ponto final. Chorei. Sim. E muito. A vida não é justa. Não é uma fábrica de realização de desejos, como diria os personagens de A Culpa é das Estrelas. E as pessoas estão sempre dispostas a destruir a vida uma das outras. É muito raro alguém parar para pensar: "O que minha ação causará na vida de tal pessoa? Eu gostaria que fizessem comigo o que estou disposta a fazer com ela?" Não pensamos no emocional, no psicológico dessa pessoa. Não a enxergarmos. Não pensamos em sua dor. O mundo é egoísta. Eu já estou cansada de saber disso. Então... por que o final desta história me causou tanto impacto? 

"Imaginei se, após o parto, ela chegara a tocar em mim, ou se simplesmente pedira que me levassem embora."

- Ela deveria estar se sentindo a mulher mais feliz do mundo. Tinha uma filha que alegrava cada um dos seus dias e um noivo que a amava e a fazia perceber que afinal existe alguém certo para cada um de nós... apenas esperando o dia em que finalmente pararemos de procurá-lo nas pessoas erradas. Em breve eles se casariam e tornariam oficial a família que já formavam. Sara sabia que tudo estava certo em sua vida e que a felicidade que ela tanto ansiara durante tantos anos estava em suas mãos. Então... por que ainda existia aquele vazio? Aquela sensação de que não importava o quanto pudesse ser feliz havia uma parte de si que sempre faltaria. Uma parte perdida no passado desde o instante em que sua mãe abriu mão dela e a entregou à adoção. 

Talvez ela se sentisse diferente se tivesse encontrado em sua família adotiva a aceitação e o amor que seu coração buscava não importando o quanto ela se recusasse a admitir isso até para si mesma. Mas será que era realmente tão vergonhoso desejar ter um pai e uma mãe que a vissem como filha... como parte deles, sem fazer diferença entre ela e os outros filhos? Cada lembrança de Sara era marcada pela dor e... rejeição. Até mesmo as mais felizes recordações de sua infância possuíam manchas que tempo algum seria capaz de apagar. Sim, ela fora escolhida ao ser adotada. Desejada, de certa forma. Mas de modo algum aceita. 

Então, prestes a se casar com o homem que amava, Sara resolve ir em busca das respostas que jamais encontrara... e que necessitava. Mais do que suportaria admitir. Mas o que encontra ao mexer em seu passado é tudo que jamais desejaria descobrir... ou enfrentar. E ela acaba por perceber... tarde demais... que existem coisas que precisam permanecer ocultas. Porque o preço... pode ser alto demais. 

"Mas às vezes, mesmo quando se tem uma escolha, as opções são todas tão terríveis, que parece que não há decisão a tomar."

- Não vou repetir tudo que já foi dito na sinopse. Minha intenção não é essa. Pois a sinopse por si só já fala demais.rs O que quero realmente é que vocês conheçam a Sara. A nossa protagonista. A maior responsável pelo grande impacto que este livro provocou em mim. Assim como a Annie, de Identidade Roubada, Sara será inesquecível. Não poderei pensar neste livro sem lembrar de tudo que vivi através da história dela, de todas essas emoções e do quanto eu lamentei. Do quanto eu quis que muitas coisas pudessem ter sido diferentes. Não. Não estou falando demais. Não revelarei nenhum grande segredo, podem ficar tranquilos. 

- A Chevy Stevens tem um dom. Ela realmente nasceu para escrever este tipo de história. Ela não apenas coloca um bom suspense no papel, cria um enrendo que nos "chama" e com reviravoltas que nos fazem parar de respirar. Não. Ela faz muito mais do que isso. Ela dá vida para cada um dos seus personagens. Até mesmo para os de menor importância.. ou aparentemente de menor importância. Todos eles tem personalidade, alma... conseguimos enxergá-los, senti-los... amá-los e odiá-los de uma forma impressionante. E se ela faz isso com os secundários... com a protagonista a coisa é bem mais intensa. Tudo que a Sara sente... é como se sentíssemos também. Tudo que acontece com ela... parece que está acontecendo com a gente. É fascinante... e assustador. 

- Quando conheci a Sara nem pude imaginar o quanto ela marcaria minha vida. A história não começa tão enlouquecedora como Identidade Roubada. É muito mais sutil, tranquila no início... Podemos respirar calmamente, mal imaginado o que está por vir. Mas tudo começou a mudar dentro de mim quando as lembranças da Sara se tornaram mais profundas e dolorosas. Em vários momentos me peguei com um nó machucando minha garganta e os olhos cheios de lágrimas que eu não queria derramar. As emoções da Sara em mim eram tão fortes que eu continha as lágrimas porque ela também não queria chorar. Não é algo louco?! Sim, é. Mas eu nunca fui normal.rs Só que eu me coloquei no lugar dela. E aquilo realmente doeu, gente. Eu desejei muito me afastar... precisava de distância do livro, precisava me retirar do lugar da Sara, pois não era algo suportável para mim. Só que era impossível. Porque eu já estava muito envolvida. A única maneira de me libertar seria chegar ao fim do livro. E colocar para fora um pouco de tudo que eu sentia. Não é à toa que não consigo dormir. 

- Eu sei que, neste mundo egoísta como eu disse antes, existem muitas crianças que sentem na pele a rejeição de seus pais. Muitas vezes seus pais foram vítimas da sociedade, dos pais, do destino, da vida em si... Nunca podemos dizer que somos totalmente responsáveis pelo nosso futuro. Não somos. Acreditar nisso é pura ilusão. Claro que fazemos escolhas que nos conduzirão a algum lugar... Mas sabe de uma coisa? Não temos realmente o controle de nossa vida. Apenas uma pequena parcela. Um controle mínimo. Porque as ações de outras pessoas sempre terão um efeito em nossa vida. Afinal de contas, vivemos em sociedade. Então... Como eu estava dizendo e me perdi... a rejeição não é algo que somente crianças adotadas podem vir a sofrer. Mas no caso da Sara, tudo girava em torno do fato de ela ser adotada. Parecia que havia uma mancha nela... parecia que estava escrito "pessoa indigna de amor uma vez que seus próprios pais não a quiseram". Sério, gente. Eu fiquei tão revoltada com isso! Peguei para mim o sofrimento dela. E foi horrível. Nenhuma criança no mundo merece sofrer como ela sofreu. Tanta dor, tanta culpa que era jogada em cima dela, tanta responsabilidade... acho que até se o mundo acabasse, seu pai adotivo a culparia por isso. Para ele, Sara era a causa de todos os males. E a mãe adotiva dela, nunca estava ali para protegê-la. Sara pode justificá-la de quantas maneiras diferentes ela desejar, mas eu não justifico. Não existe desculpa para sua negligência. Para a sua covardia. 

"Durante a maior parte da vida, estive a um centímetro da loucura, avançando para ela em marcha acelerada, mas e agora? Eu nem sabia mais o que era normal."

- Pela sinopse vocês puderam saber que quando a Sara dá aquele passo em busca dos pais que a abandonaram... querendo ao menos que eles lhes dissessem o motivo de não a terem desejado... ela entra num caminho sem volta. Além de perceber que é a última pessoa que sua mãe gostaria de ver em sua frente (para ser bem sincera, não é a última, mas quase isso), ela descobre também que é fruto de um estupro. Que sua mãe fora uma das primeiras vítimas do Assassino do Acampamento, um psicopata que atacava suas vítimas no verão, as estuprava e assassinava. Há mais de trinta anos. E que jamais fora pego. Ela mal tem tempo de sentir o impacto de tal choque, pois não demora para que tal notícia atinja a internet e se transforme num jogo mortal, no qual a vida de todos que ela amava estaria correndo sérios riscos. Um jogo no qual ela própria poderia acabar morta. 

"Pergunto-me como isso seria depois de tanto tempo. Passarei o resto da vida olhando para trás por cima do ombro e esperando o telefone tocar? Algo assim pode realmente terminar algum dia?"

- Foram muitas as coisas que me revoltaram nesta história. Muitos os momentos nos quais fechei o livro com força e desejei gritar para diminuir um pouco da minha raiva. Não sou muito fã de pessoas que gostam de manipular outras pessoas. Isso me irrita e me deixa muito frustrada. E a quantidade de pessoas que conheciam os pontos fracos da Sara e os usavam a favor delas era realmente bem grande. Praticamente todas as pessoas que ela amava faziam isso. Aproveitavam-se de seu desejo de ser aceita, amada, querida por eles para poder manipulá-la e fazê-la dançar ao som da música deles. Até mesmo a polícia. Como a sinopse diz, eles a usam como isca. Porque a vida da Sara não importava. Como ela era filha de um assassino em série, como tinha o sangue de alguém ruim, cruel, sua vida não era nada comparada a vida das vítimas dele. Se ela morresse, seria por um bem maior, verdade? Não para mim! Cada vez que um daqueles policiais abria a boca eu realmente sentia meu sangue ferver. 

"De quem seria a vida que eu acabara de destruir?"

- O trecho acima me lembrou demais de Identidade Roubada (já devo ter mencionado esse livro umas cem vezes só nesta resenha.rsrsrs) Lembro como se fosse hoje do momento em que a Annie comenta com sua psiquiatra algo marcante. Um trecho que sempre me vem à memória, apesar de já ter uns três anos que li o livro. Diz o seguinte:

"Eu odiava levar em conta a opinião de um maníaco. Mas se alguém nos diz que o céu é verde, embora saibamos que é azul, e a pessoa age como se ele fosse verde, e repete que é verde dia após dia, como se de fato acreditasse nisso, finalmente começamos a nos perguntar se não estamos loucos por pensar que é azul." (Identidade Roubada)

- A vida inteira a Sara foi considerada culpada por cada coisa que dava errada na vida dos seus pais adotivos. Ou na vida das irmãs dela. Até se a mãe, que tinha um problema de saúde, passasse mal (por causa do problema de saúde!) a culpa era dela. Então... quando a polícia também passou a considerá-la culpada pelos crimes que o pai dela cometia (não ela, mas o pai é que matava!) e passaram a repetir isso com tanta frequência, Sara passou a acreditar que realmente era culpada por todas essas coisas. Até pelas mortes. Como a questão do céu verde, do trecho acima. A cabeça dela virou uma confusão tão grande que ela realmente esteve bem próxima da loucura.

- No final das contas, independente do quanto eu sofri com o livro, sobretudo na reta final, o amei. Aquela mescla de amor e ódio, sabe. E considero a Sara uma das melhores protagonistas que conheci. Porque não importava quanta culpa ela sentia, não importava quantas lembranças ruins ela carregasse dentro dela e o quanto se considerasse indigna de amor e felicidade... ela sempre seguia em frente. Ela jamais desistia. A força dela, sua coragem e seu desejo intenso de encontrar a saída de tudo aquilo me admiraram bastante. Nunca a esquecerei. E lamento demais tudo que ela sofreu. Se você quer saber o que ela passou e entendê-la, precisa se colocar no lugar dela. Por mais doloroso que isso seja. Para mim, valeu a pena, pois pude compreendê-la por completo. E isso é o principal nesta história. 

- Além da Chevy Stevens não ter rompido com Identidade Roubada ao criar esta história, ela voltou a me provocar sentimentos que eu lutava para não sentir. Sentimentos que a Annie sentiu em sua história, sentimentos que eu senti na história dela. E agora... em É Melhor não Saber. O que eu senti se resume nesse trecho do livro:

"Eu me pergunto quando a coisa aconteceu com o Maníaco. Qual terá sido o momento decisivo... o momento em que alguém pisou com o calcanhar da bota e esmagou a vida dele e a minha.

... Teria sido no útero? Ele teria alguma chance? Eu tive?


... Ele tinha o lado maníaco, o cara que me sequestrou, me espancou, me estuprou, me submeteu a brincadeirinhas sádicas, me aterrorizou. Mas, às vezes, quando estava reflexivo, feliz ou entusiasmado, quando seu rosto se iluminava, eu enxergava o sujeito que ele poderia ter sido. Talvez aquele cara tivesse formado uma família e ensinado a filha a andar de bicicleta, e teria feito para ela bichinhos com balões, você entende? Que droga! Talvez tivesse sido um médico e salvado muitas vidas." (Identidade Roubada)

- Assim como no livro anterior, a história é dividida em sessões que a protagonista tem com sua psiquiatra Nadine. Sim, a mesma do outro livro. E a melhor notícia é que pelo que pude perceber neste livro e numa sinopse em inglês no skoob (NÃO entendo inglês.kkkkkk...), a Nadine tem sua própria história. Que eu estou simplesmente louca para ler! Só peço que a Arqueiro venha a publicar a história aqui. A autora é brilhante e me encanta saber que a Nadine tem sua própria história. Só necessito confirmar essa informação. Como eu disse, não entendo inglês então ler o nome "Nadine" na sinopse não é garantia de que ela tem seu próprio livro.rsrsrs

- Dei 5 estrelas ao livro sem pensar duas vezes! Sou fã incondicional dessa grande autora! A Chevy Stevens sempre estará entre os meus autores mais queridos. 

"Ele tem escapado impunemente há mais de trinta anos. O que vai fazê-lo parar agora?"

27 de maio de 2012

Identidade Roubada - Chevy Stevens


(Título Original: Still Missing
Tradutor: José Roberto O`Shea
Editora: Arqueiro)




Era para ser um dia como outro qualquer na vida de Annie O’Sullivan. A corretora de imóveis levanta da cama com três objetivos: vender uma casa, fazer as pazes com a mãe e não se atrasar para o jantar com o namorado.

Naquele domingo, aparecem poucas pessoas interessadas em visitar o imóvel. Quando Annie está prestes a ir embora, uma van estaciona diante da casa e um homem sorridente vem em sua direção. A corretora tem certeza de que será seu dia de sorte. Mas o inferno está apenas começando. Sequestrada por um psicopata, Annie fica presa durante um ano inteiro em um chalé nas montanhas, onde vive um pesadelo que deixará marcas profundas.


Construído de maneira extremamente original, Identidade roubada é o relato visceral que Annie faz à sua terapeuta dos 365 dias em que ficou à mercê do homem a quem chamava de Maníaco.

As memórias que vêm à luz ao longo de 26 sessões de análise são intercaladas com a história de sua vida desde que conseguiu escapar do chalé: a luta para superar seus medos e se reencontrar, a investigação policial para descobrir a identidade do sequestrador e a sensação perturbadora de que seu martírio ainda não acabou.

Em sua estreia, Chevy Stevens cria uma heroína inesquecível que, depois de sobreviver a uma experiência devastadora, precisa descobrir a verdade para se libertar.

Surpreendente e avassalador desde a primeira página, este thriller psicológico entrou na lista de mais vendidos do The New York Times e foi finalista dos conceituados prêmios Arthur Ellis e International Thriller of the Year. 




Palavras de uma leitora...


"Existe por aí um monte de livros dizendo que a gente cria o próprio destino, e que aquilo em que acreditamos irá se realizar. Nós devemos sair por aí só com pensamentos positivos na cabeça, e então tudo será sombra e água fresca. Não... desculpe... não é nada disso. A gente pode estar se sentindo mais feliz do que nunca e mesmo assim pode acontecer uma grande merda.


Mas a merda não apenas acontece. Ela derruba e esmaga você no chão, porque somos idiotas o bastante para acreditar em sombra e água fresca." [Página 78]




- Vocês não têm noção do quanto esse trecho me marcou. Fico relendo-o e pensando em tudo que aconteceu com a Annie. Todo o pesadelo que ela viveu e sinto muita vontade de chorar. Também sinto vontade de gritar, atacar o livro longe e matar certos personagens com minhas próprias mãos. Estou sentindo uma mistura louca de sentimentos. Nem sei explicar o que sinto... Enquanto lia esse livro eu tinha medo até de sair de casa. E ainda estou apavorada. É um dos livros mais intensos que já li na vida. Um dos mais abaladores. Mais chocantes. Nunca irei superá-lo. Esquecê-lo. Seria impossível.




"Naquela noite, enquanto sirenes passavam diante da nossa casa, aumentei o volume da TV para não ouvir o barulho. Mais tarde, descobri que todo aquele tumulto era por causa de Daisy e do meu pai.


No caminho de casa, meu pai parou na lojinha da esquina. Enquanto atravessavam o cruzamento, um motorista bêbado avançou o sinal vermelho e bateu neles de frente. O imbecil amassou nossa van como se fosse um lenço de papel. Passei anos me perguntando se eles ainda estariam vivos caso eu não tivesse implorado a meu pai que comprasse sorvete para sobremesa. Só consegui ir adiante porque tive certeza de que a morte deles era a pior coisa que poderia acontecer na minha vida. Puro engano." [18]




- Nem sei por onde começar. É difícil falar sobre esse livro. Não paro de pensar em tudo que aconteceu e no quanto a Annie foi forte. No lugar dela, eu teria morrido. Simples assim. O Maníaco não precisaria me matar e nem eu precisaria acabar com a minha vida. Simplesmente jamais teria a força da Annie. Ela é uma guerreira, alguém que sempre irei admirar. Uma personagem que já ganhou destaque na minha lista de favoritas. Não dá para não admirar alguém que sofreu tanto e mesmo assim deu a volta por cima. Alguém que foi cruelmente destruída pela vida e que conseguiu se levantar, mesmo que fosse duro juntar seus pedaços. Falar da Annie me faz sentir uma dorzinha dentro de mim. Se tinha alguém que não merecia sofrer tanto, era ela. E se vocês soubessem... Soubessem o quê?! Vamos falar sobre isso daqui a pouco. Mas nem adianta terem esperança. Não contarei segredos da história.


Era um domingo de sol. Annie estava ansiosa para vender um imóvel e em vez de ficar em casa, curtindo o dia lindo, foi trabalhar. O dia foi calmo. As pessoas estavam aproveitando o aparecimento do sol e quando ela estava prestes a ir embora, um estranho simpático apareceu. Ele era atraente e tinha um sorriso irresistível. Queria ver o imóvel e parecia entender o fato de que ela já estava indo embora. Ele foi tão adorável, gentil e compreensivo que Annie acabou aceitando mostrar a casa para ele. Mas ela não podia imaginar que estava diante de um louco. Um louco que iria destruir a sua vida.


Ele a sequestrou. O fraco movimento facilitou as coisas. Quando Annie percebeu, havia um revólver encostado em suas costas.


"No segundo que esperei pela resposta, percebi que ele estava muito perto de mim. Algo rígido pressionou minha região lombar.


Tentei me virar, mas ele agarrou meus cabelos e puxou minha cabeça para trás, com um gesto tão rápido e doloroso que parecia arrancar meu couro cabeludo. Meu coração ficou espremido entre as costelas, e o sangue subiu à cabeça. Eu queria que minhas pernas chutassem, corressem... que fizessem alguma coisa... mas elas não conseguiam se mexer.


- É, Annie, isto aqui é uma arma. Então, escute bem. Vou soltar seu cabelo e você vai ficar calminha, enquanto vamos até o carro. E quero ver esse sorriso bonito até chegar lá, está bem?" [Páginas 12 e 13]




- Annie não conseguia respirar. Estava em choque. Era difícil acreditar que aquilo estava acontecendo. Que ela estava realmente sendo sequestrada e que provavelmente seria assassinada antes que alguém tivesse tempo de notar a sua falta. Ele a levou para o carro. Ela tentou fugir depois de entrar, mas ele tinha trancado a porta através de uma chave de acionamento a distância. Pouco tempo depois, o carro parou. Ele a fez sair do carro e a levou até o porta-malas. Annie começou a lutar, socar e chutar. Gritava, mas não havia ninguém para socorrê-la. Ele conseguiu colocá-la no porta-malas e pouco tempo depois Annie estava desacordada.


Era só o início do inferno... Durante um ano, Annie sentiria na pele o que um psicopata é capaz de fazer com outro ser humano. Seria espancada, estuprada, aterrorizada, perderia muito. Perderia tudo.




"E, já que estamos acertando os ponteiros, vamos estabelecer algumas regras básicas antes de começarmos nossa brincadeira. Vai ter que ser do meu jeito. Isso quer dizer que você não vai perguntar nada. Nem mesmo "Como se sentiu quando blá-blá-blá...?". Vou contar a história desde o começo e, quando quiser ouvir sua opinião, eu peço.


Ah! E, caso queira saber, não, nem sempre fui uma pessoa amarga." [Página 8]




- Annie tinha uma vida agradável. Um namorado lindo e bem-sucedido, uma carreira que a fazia viver com conforto, uma casa que amava com todo o seu coração e que tinha lutado muito para conseguir. Uma cadela que era sua melhor amiga. Era uma mulher independente, bem-sucedida e que nunca tinha feito mal para ninguém. Vivia a própria vida sem incomodar os outros.


Naquele dia, ela tinha tido mais um dos seus desentendimentos com a mãe. Por um motivo fútil. E daria tudo para ter aquele momento de volta. Daria tudo para ouvir mais uma vez a voz da mãe. Para sentir seu abraço. Queria que o tempo voltasse e que ela não tivesse saído de casa naquele dia... Naquela noite, seu namorado iria na sua casa. Quanto tempo ele demoraria para perceber que algo estava errado? Será que haveria tempo para salvá-la? Será que alguém conseguiria encontrá-la com vida?


- O Maníaco, que dizia se chamar David, a levou para um chalé. Um lugar isolado de tudo... Um lugar do qual Annie jamais poderia escapar.




"Eu não tinha como me proteger, nem como sair. Era preciso me preparar para o pior, mas eu nem sequer sabia o que o pior poderia ser." [Página 21]


- O pior é muito mais do que qualquer um de nós poderia imaginar. Alguém aqui já assistiu Lei e Ordem: Unidade de Vítimas Especiais? Já assistiu algum filme sobre psicopata? Eu já. E mesmo assim fiquei chocada com as atitudes do Maníaco. E não só chocada. Apavorada. Completamente apavorada. Foram muitos os momentos nos quais eu fiquei gelada. Nos quais eu tremi e senti náuseas. Senti desespero por não poder tirar a Annie de lá. Imaginei cada cena. Vi suas lágrimas, escutei seus gritos, imaginei sua dor, sua angústia. Pude escutar ela chamando pela mãe, pelo namorado... por alguém que a socorresse. E foi um pesadelo. Minhas noites de sono não foram nada boas enquanto eu lia esse livro. E mesmo quando terminei a leitura, continuei em agonia. Cada soco, cada coisa terrível que ele fazia com ela me deixava desesperada. Eu só queria que um milagre acontecesse e ela conseguisse sair dali. Esperava a cada instante que a polícia invadisse o local e a socorresse. Mas o tempo passa, gente. O tempo passa e ninguém aparece.


Depois desse livro tenho certeza de uma coisa: coitado do mocinho que estuprar uma mocinha nos próximos livros que irei ler. Se existir um livro com estupro por parte do mocinho, ele já estará condenado. Fui tolerante com alguns livros. Já perdoei estupros em vários livrinhos que se tornaram queridos por mim. Mas depois desse livro, cada vez que ler um livro no qual o mocinho da história abuse da mocinha, irei lembrar da Annie, irei lembrar da sua dor e não me vejo mais sendo capaz de perdoar. O Maníaco não era nenhum mocinho, mas sempre verei a Annie nos meus pensamentos. Sempre lembrarei da sua dor. Por isso, não serei mais capaz de perdoar estupro por parte do mocinho em alguma história. O mocinho terá que sofrer os tormentos do inferno para eu perdoá-lo. E mesmo assim... Não sei se voltarei a ser capaz. Você precisaria ler o livro para saber por que eu não conseguiria mais. Você precisaria ler o que a Annie diz. Precisaria se envolver e imaginar a dor dela. É simplesmente um pesadelo. Se você decidir ler esse livro se prepare para a dor que vai sentir durante a leitura. Não estou brincando e nem aumentando as coisas. Ler esse livro é uma tortura, gente. Mas depois que começamos a ler, mesmo sofrendo, mesmo angustiados, não conseguimos parar. Não é possível fechar o livro e virar as costas para a Annie. Para a sua história. Eu não consegui.




" Ele me roubou o Natal. Junto com um monte de outras coisas, claro. Você sabe... coisas como amor próprio, autoestima, alegria, segurança, a capacidade de dormir numa cama... mas, tudo bem... quem vai ficar se queixando?" [Página 53]




- Ele destruiu a vida dela. Seus nervos, marcou seu corpo, sua alma. O que ele fez com ela não tem nome. E só em pensar que ela ficou vivendo aquele inferno por um ano... Sabe... Ela tem razão. Se escrevêssemos nosso próprio destino, se só bastasse ter pensamentos positivos para que a vida fosse perfeita, se só bastasse a gente fazer o bem, a Annie jamais viveria aquele pesadelo. Jamais seria estuprada, espancada e obrigada a fazer coisas doentias... E centenas de pessoas, na vida real, não passariam por centenas de diferentes infernos. Mas inferno da mesma forma. Não. Nós não escrevemos nosso próprio destino. Pelo menos, não sou capaz de acreditar nisso agora.




"Antes de tudo isso acontecer eu nunca fui muito simpática, e tinha bons motivos - irmã morta, pai morto, mãe alcoólatra, padrasto babaca -, mas ao menos eu tentava não descontar a merda no mundo inteiro. Hoje em dia? Cara! Parece que qualquer um me deixa irritada. Você, os repórteres, os tiras, o carteiro, uma pedra no meio do caminho." [Página 62]




- Não direi como a Annie consegue escapar. Não contarei como foram as coisas entre ela e o Maníaco (só precisam saber que ela foi estuprada, espancada e submetida a coisas absurdas. Mas não contarei cada detalhe.) e nem revelarei nenhum segredo. Vamos falar sobre outras coisas agora.


Quando a Annie finalmente volta para sua cidade, sua casa, sua vida (bem... se é que se pode chamar aquilo que ela passou a ter de vida. Lembram o que eu disse sobre ele ter destruído a vida dela? Eu não estava brincando.), ela se torna uma pessoa bem amarga. Serão muitas as vezes em que vocês verão ela xingando, ignorando os amigos e afastando qualquer um da sua vida. Alguns podem condená-la, mas por favor, não faça isso aqui, pois não conseguirei ficar calada.rsrs... É preciso passar pelo que ela passou para ter direito de dizer que ela se comportou de forma estúpida. Que ela deveria ficar sorrindo para todo mundo e feito de conta que sua vida não era uma merda. Ela não passou por pouca coisa naquela droga de lugar, não ficou contente quando aquele sádico invadiu o seu corpo, socou cada centímetro seu. Inferno! (respira fundo, Luna. Respira bem fundo.) Ela sofreu os tormentos do inferno! E não acho justo alguém virar e dizer que isso não era desculpa para ela agir como passou a agir. Sabem o que é estar destruída? Completamente destruída? Conseguem imaginar isso? Então podem perceber que é impossível ser a mesma pessoa depois de ser feita em pedaços.


- Não sei se vocês já perceberam, mas estou com muita raiva. Uma raiva terrível. Gostaria de gritar aqui tudo que está preso. Tudo que gostaria de colocar para fora, mas acabaria falando demais e não desejo isso. Então, é melhor eu me controlar.


- Quando, após retornar, a nossa Annie passa por um momento de profundo desespero, ela decide procurar uma terapeuta. Alguém para quem ela pudesse contar tudo. Alguém que a ajudasse a sair daquele inferno. Que a ajudasse a se libertar. E é assim que nós passamos a conhecer sua história. O livro é dividido em 26 sessões. Uma mais forte do que a outra. A cada sessão mais coisas são reveladas. Nós acompanhamos o passado e o presente da Annie. Em alguns momentos ela vai viajar para mais longe... para sua infância, quando ela perdeu o pai e a irmã. Sentiremos com ela a culpa que ainda a devora, descobriremos que ela ainda não superou aquela perda, seremos levados de volta para o chalé... Acompanharemos sua "vida" lá... e seremos levados para o presente de novo. Saberemos como está sendo a "vida" da Annie. Iremos descobrir por exemplo, que ela não consegue dormir mais na própria cama. Que se esconde no closet, pois sente que não está segura. Que abraça a cadela e chora sozinha, cheia de medo e sendo atormentada pelos fantasmas do passado. Acredite, não é fácil. Não dá para ficar indiferente ao sofrimento dela. Não dá para não se envolver.




"O interessante é que quase ninguém pergunta como me sinto agora... não que eu fosse dizer. Só me pergunto por que não há interesse em saber o que acontece depois... todo mundo só quer saber da história. Acho que as pessoas pensam que a coisa acaba ali.


Quem me dera." [Página 52]


- Pois é. Como os seres humanos podem ser insensíveis! Fiquei indignada com a quantidade de egoísmo que vi nesse livro. Com os malditos repórteres que só queriam ganhar dinheiro através da história dela. Que não estavam nem aí para o que ela tinha sofrido. Só queriam a história. E fiquei indignada com muitas outras coisas. 


- Houve um determinado momento da história na qual eu senti raiva de mim mesma. Muita raiva. Por quê?! É difícil confessar isso, mas houve um momento no qual eu senti pena do Maníaco. O quê??????!!!!!!! Sim. É verdade. Felizmente, o sentimento passou logo. Mas é que com a quantidade de revelações feitas durante essa história, eu me peguei lamentando por ele também. Não direi quais foram os meus motivos. Leiam o livro para descobrir, meus queridos. Sei que gosto de spoiler e algumas pessoas que conhecem meu blog também gostam, mas eu própria pedi para minhas amigas não me contarem demais. Eu queria descobrir lendo. Esse é um tipo de livro que é crime contar os segredos. Vocês vão até gostar de perder o fôlego com as revelações.rsrs... Não privarei ninguém dessa sensação.kkkk... 




"Eu odiava levar em conta a opinião de um maníaco. Mas se alguém nos diz que o céu é verde, embora saibamos que é azul, e a pessoa age como se ele fosse verde, e repete que é verde dia após dia, como se de fato acreditasse nisso, finalmente começamos a nos perguntar se não estamos loucos por pensar que é azul." [Página 71]


- Sabe... Como a Moniquita disse, ela teve que ser muito forte para não enlouquecer. Ela tem uma força que causa admiração. Que a torna inesquecível. Eu no lugar dela teria ficado completamente louca. Literalmente. Ele queria forçá-la a acreditar que ele estava certo. Que tudo que ele fazia era normal. Ela estava errada por não aceitar seu destino. Por não aceitar que ele era o cara que ela estava esperando. Você conseguiria permanecer normal diante de uma coisa dessas? Com alguém, dia após dia, fazendo você acreditar que está errada? Em algum momento, você não acreditaria mais em você mesma. Eu pelo menos não seria capaz. Se bem que eu teria morrido antes mesmo de enlouquecer.




"Eu costumava me perguntar: Por que eu? Por que, entre todas as mulheres que podia ter sequestrado, ele foi escolher uma corretora de imóveis, uma mulher que trabalha? Eu não era exatamente a esposa ideal para um homem das montanhas. Não que eu desejasse a alguém o que tinha acontecido comigo, mas não teria sido melhor para o Maníaco uma pessoa mais frágil? Alguém que não causasse tanto problema? Mas percebi que ele sabia o que estava fazendo. O tempo todo." [Página 71]




- Existe um momento no qual a Annie confessa para a terapeuta que acha que está enlouquecendo. Motivo? Ela sente que as coisas ainda não acabaram. Sente que não está segura. Vive com medo como se alguém ainda quisesse lhe fazer mal. Será que ela está mesmo enlouquecendo, gente? Será que é consequência de tudo que ela sofreu? Ou... Ela realmente ainda está em perigo? 


Durante as investigações policiais ficaremos em choque diante das revelações. Serão muitas e capazes de realmente roubar o nosso ar. Se preparem para emoções fortíssimas. Do começo ao fim. A história não é tranquila em momento algum. Nós prendemos a respiração várias vezes durante a leitura. Nossos nervos ficam à flor da pele.




"Você tem jeito de ter abraçado essa profissão porque quer mesmo ajudar as pessoas.


Talvez não possa me ajudar. Isso me deixa triste. Não por mim, mas por você. Deve ser frustrante para um terapeuta ter um paciente incurável. Aquele primeiro profissional que procurei ao voltar para Clayton Falls me disse que ninguém é uma causa perdida, mas acho isso balela. Tenho certeza de que tem gente que fica tão esmagada, quebrada, que nunca deixará de ser um fragmento humano.


Eu me pergunto quando a coisa aconteceu com o Maníaco. Qual terá sido o momento decisivo... o momento em que alguém pisou com o calcanhar da bota e esmagou a vida dele e a minha.


... Teria sido no útero? Ele teria alguma chance? Eu tive?


... Ele tinha o lado maníaco, o cara que me sequestrou, me espancou, me estuprou, me submeteu a brincadeirinhas sádicas, me aterrorizou. Mas, às vezes, quando estava reflexivo, feliz ou entusiasmado, quando seu rosto se iluminava, eu enxergava o sujeito que ele poderia ter sido. Talvez aquele cara tivesse formado uma família e ensinado a filha a andar de bicicleta, e teria feito para ela bichinhos com balões, você entende? Que droga! Talvez tivesse sido um médico e salvado muitas vidas." [Página 99]




- Esse trecho me deixa muito triste, pois eu também pude imaginar que tudo poderia ter sido diferente. Que se... as coisas não tivessem sido uma droga desde o início (não direi o que tornou o Maníaco um psicopata), ele certamente seria alguém muito diferente. Alguém poderia ter estendido a mão para ele e o salvado, entende? E assim, também teria salvado a Annie. São por coisas como as que acontecem nessa história que eu às vezes penso que Deus se arrependeu de ter criado os seres humanos. E que chora o tempo inteiro por causa de nós. Mas Ele nos ama demais, sabe? E por isso ainda não acabou com a gente. Destruímos uns aos outros. O tempo inteiro. É tanta maldade que muitas vezes, sinceramente, eu não quero nem sair de casa. Minha mãe certa vez me contou uma coisa que fazia quando criança. Foi num momento difícil que eu estava vivendo. Ela disse que quando era criança e via alguma coisa terrível na televisão, se escondia dentro de uma caixa, pois achava que assim estaria segura. Que as coisas que aconteciam com aquelas pessoas na televisão não aconteceriam com ela se ela estivesse dentro daquela caixa. Mais uma tia dela, quando percebeu o que ela fazia foi bem clara com ela: se uma coisa tiver que acontecer não adianta você se esconder em lugar nenhum. Só Deus pode nos proteger. Não dá para nos escondermos. Com o tempo, minha mãe parou com aquilo. Só Deus pode nos proteger, queridos. Só Ele. Não existe lugar seguro neste mundo.


"Quando eu disse que estava ferrada, eu quis dizer "f" (queridos leitores, estou colocando somente o "f" em respeito aos adolescentes que também leem o blog) e mal paga. Tipo: tenho que dormir todas as noites dentro do closet.


Foi difícil à beça logo que voltei e fui para a casa da minha mãe, onde fiquei no meu antigo quarto. De manhã cedo eu saía do closet, para ninguém perceber. Agora que estou na minha casa, essa merda fica mais fácil, pois tenho tudo sob controle. Mas não entro num edifício se não souber onde ficam as saídas. Ainda bem que seu consultório fica no térreo. Eu não estaria aqui se esta sala ficasse numa altura de que não pudesse pular.


À noite... bem...  à noite é pior. Não consigo confiar em ninguém. E se alguém destrancar a porta, deixar uma janela aberta? Se eu já não estivesse maluca, o fato de correr pela casa verificando tudo enquanto tento impedir que os vizinhos vejam o que estou fazendo valeria um atestado de insanidade.


... Às vezes, volto ao dia do sequestro... repasso mentalmente minhas ações até os momentos finais do plantão, cena por cena, como um filme de terror que nunca acaba, um filme em que a gente não consegue impedir que a jovem abra a porta ou entre num prédio vazio... e me lembro da capa daquela revista, na lojinha do posto de gasolina. É bizarro pensar que neste exato momento alguma mulher está olhando minha foto, achando que sabe tudo a meu respeito." [Página 17]


- Já disse que vocês vão ficar chocados com as revelações? Pois bem... O que mais posso dizer? Que eu adoro a Annie e ninguém nesse mundo tem direito de julgá-la, condená-la ou atirar qualquer pedra, não importa o tamanho da pedra, eu também já disse. Eu disse que tem muita sujeira nessa história? Como assim?! Não irei explicar.rsrs... Vocês terão que ler para descobrir. :)


- Por que eu, que amo romances daqueles apaixonantes, li um thriller psicológico mesmo sabendo que não era o tipo de livro adequado para mim? Além de ser uma curiosa incurável quando se trata de livros, existem duas culpadas. Dessa vez não é a Carlita e a Moniquita.kkkk.. Elas são inocentes! Ano passado li uma resenha no blog da querida Náh (link para a resenha: AQUI ). Sobre o livro. E fiquei fascinada. A resenha dela estava tão envolvente que eu fiquei louca pelo livro. Sabia que estava me metendo numa grande encrenca. Que o livro não era o tipo feito para mim de jeito nenhum. Que ele me causaria pesadelos. Mas coloquei ele na minha lista. Quando passasse por algum lugar no qual o livro estivesse com um bom preço eu o compraria. E aconteceu mais rápido do que eu imaginava.kkkkk...


Mas eu fugi do livro o quanto pude. Até... que uma amiga lembrou que eu tinha falado com ela sobre o livro e quis lê-lo. Ela leu o livro, me contou o quanto o livro mexeu com ela e falava com tanta emoção da história, de uma forma tão impressionante que eu fui desistindo de lutar contra a vontade de lê-lo. Quando ela me devolveu o livro, eu logo tive uma oportunidade de lê-lo. Estava voltando para casa, num determinado dia da semana, e o trânsito estava terrível. Eu estava estressada e tinha colocado o livro na bolsa.rsrs... Foi inevitável. Comecei a ler a história e o medo começou a tomar conta de mim.kkkkkkk... Se eu contasse para vocês o que aconteceu comigo ontem vocês iriam rir, por isso, não conto!!!!rsrs... Deixem que só eu vou rir de mim mesma!kkkk... Então, elas foram culpadas. Eu não teria lido o livro se elas não tivessem me forçado a fazer isso.kkkkk... Obrigada pela maravilhosa resenha, Náh! Eu não teria desejado esse livro se não tivesse lido sua resenha. E te agradeço também, Ane!rsrs... Por ter insistido tanto até eu resolver encarar a leitura. Agora nós poderemos nos apoiar no nosso medo.kkkkk... Não sei quanto a você, mas eu não irei dormir tranquila durante um bom tempo. Não irei mesmo. Sair sozinha de casa?! Nem em pensamento!kkkkk... E quando for necessário sair, colocarei uma música no último volume para me impedir de pensar no medo.rsrs... Sabem... Acho que sou eu que irei precisar de terapia agora.kkkkkkkk... Mesmo assim eu agradeço! :D




- Só dei 5 estrelas ao livro no skoob porque não podia dar mais. Porém, ele merece muito mais do que cinco estrelas!!! É um livro incrível. E eu... recomendo?! Somente a quem tem certeza de que está preparado para ler uma história como essa. Lembrando que: o livro é forte, muito forte. Vai mexer profundamente com as suas emoções. Pode fazer você sentir muito medo e de verdade, pode te fazer mal. Não é uma leitura fácil. Eu não me arrependo de ter lido o livro e até me tornei fã da autora, mas eu quero um tempo agora. Não lerei outro livro assim nem tão cedo!rsrs... 




Bem... é isso. Sei que essa resenha ficou bem longa, mas eu não disse nem metade do que gostaria de dizer. Foi difícil manter o controle, mas creio que consegui.rsrs... 




Bjs e até breve!

3 de janeiro de 2011

A Esposa Perfeita - Lynsay Sands


Grã-Bretanha, Idade Média



Uma mulher muito especial...

Quem olhasse para Avelyn não diria que ela estava tão ansiosa, apavorada mesmo. Esperava impressionar seu noivo no dia do casamento, mas qual seria a reação de Paen quando descobrisse que ela não era a mulher esguia e bem-feita de corpo com a qual ele certamente desejava se casar?

Paen Gerville sonhava com uma mulher voluptuosa e ardente, em cujos braços ele encontrasse refúgio e prazer depois de uma vida solitária dedicada às batalhas. No princípio, sua noiva não parecia prometer tais delícias, com as roupas discretas que lhe escondiam o corpo, e com a aparente fragilidade e timidez. Entretanto, ao vê-la de camisola na noite de núpcias, a imagem que Paen tinha de Avelyn mudou da água para o vinho... e ele sorriu, sedutor, antecipando as surpresas que o aguardavam nos braços daquela mulher, que era nada menos do que a esposa perfeita...


Palavras de uma leitora...

- Bem... sei que não deveria está aqui e tal, mas é que consegui ler mais um livro e tenho que dividir minha opinião sobre ele com vocês, né? rsrs... Não preciso nem dizer que estou um caco. Pelos meus cálculos só dormi três horas e pouca hoje. Mas valeu a pena. Li o livro que nem senti o tempo passar...

- Não tenho muito o que falar dele. A autora é muito talentosa e isso eu notei ao ler o livro O Amor é Cego. Consegue fazer uma trama engraçada, porém com conteúdo que prenda a atenção do leitor. Se o livro fosse só uma comédia era bem provável que eu só lesse esses dois livros que já estavam na minha lista e depois parasse. Até gosto de uma comédia, mas ela tem que ter "algo mais"... E os dois livros que li dessa autora tem. Há sensualidade, cenas quentes, romantismo, um certo drama e até suspense. Mas para ser bem sincera com vocês, eu gostei mais do outro livro..rsrs... Na verdade, eu amei a outra história e talvez tenha esperado muito dessa. Não estou decepcionada, não. A leitura foi deliciosa, mas eu senti falta do envolvimento intenso do casal do livro O Amor é Cego. As cenas de paixão e ternura do Adrian e seu modo de tratar a mocinha ainda estão na minha cabeça e isso me fez querer muito do mocinho desse livro. E esse é o motivo principal de eu ter gostado mais do outro livro. O Paen desse livro é... Como posso dizer? Digamos que ele passou tempo "demais" lutando nas Cruzadas, como a mãe dele mesmo disse. Ele não sabe como tratar bem uma mulher! Tudo bem que as cenas dele com a Avelyn podem ser engraçadas, mas eu acho que gostei mais do outro mocinho. Ele não é mau, me entendam... O que quero dizer é que ele tem um jeito muito "indelicado" de tratar a mocinha....rsrs... Ele tenta bastante, se esforça para tratá-la bem e faz coisas lindas por ela, como pedir a todos para elogiá-la e aumentar a sua auto-estima, mas... Enfim... Ele é uma pessoa maravilhosa, mas depois de me encantar com o Adrian do outro livro... Eu não fiquei nem um pouco feliz ao ver o Paen elogiar a Avelyn como se elogia um cavalo! Mas ainda assim gostei do mocinho, embora, se fosse a mocinha não teria permanecido casada com ele nem por uma semana...rsrs... Só se o amasse, é claro. Mas na primeira semana ela ainda não o amava.

- A história se passa na Idade Média, então, o cenário é diferente de muitos outros livros históricos onde há baile e a disputa entre as "damas" para ver quem vai ficar mais bonita. Um ponto positivo, diga-se de passagem. Embora tenha sentido falta de encontros e danças entre os mocinhos da maioria dos romances históricos que eu já li. Mas gostei da diferença de cenário.

- As cenas engraçadas foram muito boas. A Avelyn passou por um pesadelo que me rendeu muitas risadas. Só parei de rir quando me imaginei na situação dela. Seria horrível! Aí eu fiquei com pena dela, coitadinha. Imagina seu vestido se rasgar no dia do seu casamento e na frente de todos?! Bem... Por pouco ela não evitou essa humilhação. Só faltou apertarem mais aquela atadura de tecido em volta dela e matarem a coitada antes de ela chegar ao próprio casamento. Mas foi engraçado... rsrs... E muito! Eu adorei.

- O livro é bem escrito e eu o li sem sentir o tempo passar. É uma leitura envolvente e agradável. Apesar de não gostar tanto desse mocinho como do mocinho do livro anterior, eu não o odiei nem nada. Achei ele uma pessoa linda por tentar tanto fazer feliz a esposa mesmo que não soubesse fazer isso da maneira certa...rsrs... Ele e Avelyn formam um excelente casal.

- O livro tbm tem um toque de suspense e mais uma vez está muito óbvio o culpado. Dessa vez são duas pessoas, mas isso você já percebe desde o início. Logo quando o primeiro atentado aconteceu eu suspeitei de uma certa pessoa e até já sabia o motivo (que estava mais óbvio do que os culpados), mas no primeiro momento eu imaginava que essa pessoa estava tendo uma outra como influência. Foi só quando Avelyn foi até a aldeia que eu percebi que a mesma pessoa responsável por estragar as roupas que ela costurava não era quem tentava matá-la. Mas foi fácil seguir pela outra lógica logo em seguida. Vai ser muito fáicl para quem ler esse livro desvendar o "mistério".

- Como disse, gostei bastante da história e não me arrependo nem um pouco de lê-la. E pretendo ler mais livros da autora, pois gostei do seu jeito de escrever as histórias. Ler seus livros foi muito relaxante.

- Enfim... É isso... E não posso esquecer de dizer que esse livro me foi indicado pela Renata do blog Mil Suspiros. Adorei a leitura, Renata!

Bjs!

2 de janeiro de 2011

O Amor... É Cego? - Lynsay Sands



Inglaterra, 1720

Amor Perigoso

Adrian Montfort, o conde de Mowbray, sabia que a bela e estabanada lady Clarissa Crambray poderia ser perigosa. Ela era, na verdade, um desafio. Mas era exatamente o desafio que ele precisava...

Clarissa sempre desejou encontrar um noivo, mas sua madrasta queria mais ainda que a enteada encontrasse alguém disposto a se casar com ela. Clarissa concordava que os óculos escondiam a beleza de seu rosto, mas se ela seguisse o conselho da madrasta e não os usasse, como iria enxergar?

Já causara confusão suficiente para merecer um apelido infame nos círculos sociais, em função de sua deficiência visual. Todos os possíveis pretendentes pareciam sair correndo... Até que de repente apareceu um cavalheiro disposto a dançar com ela. Um homem elegante, atraente, misterioso... E Clarissa se vê a tropeçar... no amor!



Palavras de uma leitora...

- Ok. Falta vinte minutos para as três da manhã de hoje. E eu não deveria está aqui até porque só devo voltar no dia 06...rsrs... Mas é que eu encontrei tempo pra ler! Adivinha quando?!

Era quase dez horas da noite do dia 31 de dezembro e eu já havia me arrumado. Também não tinha nada pra fazer naquele momento. Fugi para o quarto (risos) e comecei a ler. Não li apressada, não. Me dediquei a cada frase do livro, embora temesse abandoná-lo. Não. O livro não é ruim. Pelo contrário, é maravilhoso! O problema era a autora ser nova pra mim. Não conhecia seus livros ainda... Enfim... Aí depois eu tive que aparecer, ficar com a família... Mas a madrugada chegou... E eu escapei de novo! Dessa vez consegui quase concluir a leitura. Mas foi a partir da meia-noite de hoje que eu finalmente fui chegando ao fim dela... E fiquei desapontada porque a história terminou. A leitura estava tão boa apesar dos meus olhos pedirem descanso...rsrs... Foi mesmo uma leitura muito agradável. Tanto que eu vou tentar começar a ler o segundo livro que tenho da autora na lista. Não se surpreendam se eu ficar nos históricos por enquanto. Não tenho certeza se irei conseguir... Mas quero aproveitar que estou de bem com os históricos e que li um agora, para tentar conhecer outros. É bom variar mesmo se a gente gostar muito de uma autora, como eu que sou fã de muitas autoras de livros contemporâneos (principalmente LG...rsrs...). Tenho várias autoras novas na minha lista de futuras leituras... Poucas são de livros históricos... Mas eu estou começando a gostar muito desses livros tbm. Contemporâneos ainda são os meus favoritos e acho que sempre irão ser. Acho que tem a ver com o fato de eu ter começado por um livro contemporâneo e ter prosseguido assim por um bom tempo... Enfim...

- Como Lynsay Sands acabou indo parar na enquete de melhores autoras se eu nem a conhecia? Há três culpadas...rsrs... A Renata e a Bruna do blog Mil Suspiros e a Mayara que é uma fã do blog e tbm é minha amiga no skoob. A Renata e a Bruna fizeram resenhas de alguns livros dessa autora no blog delas e, se não me engano, a Renata tbm me indicou dois livros da autora para quando eu quisesse rir com um livro...rsrs... Foram os livros: O Amor... É Cego e A Esposa Perfeita. Assim... Eu coloquei esses dois livros na lista. E quando fiz a enquete, não coloquei nela somente as autoras que eu gosto. Na verdade, coloquei até autoras das quais não sou muito fã... A Mayara me disse que, entre as autoras preferidas dela, estavam Lynsay Sands e Hanna Howell. Concluindo: foram essas três queridas amigas as responsáveis por essa autora ter ido parar na enquete e eu está fazendo a resenha desse livro (se alguém mais me indicou o livro é só dizer que eu coloco os créditos depois. Gosto de dizer sempre quem foi que me indicou determinado livro, mas às vezes eu esqueço.).

- E quando eu finalmente vou começar a falar da história? rsrs...

- Primeiramente, eu quero ler um livro com o Reginald como protagonista! Adorei esse mocinho! Alguém sabe se tem? Eu vou adorar. Fiquei chocada quando aquele detetive de meia tigela (risos) insinuou que meu mocinho querido podia está tentando matar alguém!!! Como ele ousa?! Eu fiquei muito irritada mesmo com isso e ficaria furiosa com a autora se ela o transformasse em um criminoso. Mas ainda bem que ela não fez isso! rsrs... Gente, o Reginald não é o protagonista desse livro, mas eu me apaixonei por ele desde a primeira vez que ele apareceu na história. E pelo comentário dele no final da história, o livro promete uma continuação com a história dele a dama supostamente interesseira. Adorei quando ele deu uma de "almofadinha" para a madrasta da Clarissa...rsrs... Ele ajudou bastante o casal.

- Bem... Fiquei muito contente porque o livro reuniu vários elementos que me interessam no momento em um só livro. Romance histórico, autora nova, autora vencedora da enquete, mocinho com cicatriz, mocinha meio-cega (quando não usa óculos), romance doce... entre outros... Foi muito agradável ler esse livro. Ele é leve no sentido de não ter um enredo muito complicado, é muito romântico, engraçado e tbm muito hot. Não sou muito fã de romances que pegam um pouco pesado nesse sentido, mas nesse livro foi agradável. Não ficou nada vulgar, na minha opinião, pois cada cena quente era recheada de romantismo. Uma mistura única e maravilhosa. A autora criou um livro sensacional. Se os outros livros dela são assim, ela acaba de ganhar uma nova fã.

Quando comecei a ler o livro esperava rir. Não pensava que o livro tivesse algo "além"... Para mim, era uma comédia romântica. Resolvi lê-lo para relaxar... Mas não consigo nem explicar a surpresa que tive. O livro tem conteúdo. A autora misturou vários temas em uma só história e a deixou perfeita.

- Me apaixonei pelo mocinho (apesar de ter amado o Reginald tbm...rsrs...) desse livro. E senti vontade de cuidar dele tbm...rsrs... Por fora ele tentava ser forte, mostrar-se confiante e orgulhoso, mas por dentro era muito sensível e vulnerável. Necessitava muito de amor e de alguém que o fizesse enxergar o quanto era belo e nem percebia. Uma cicatriz causada pela guerra e a maldade de moças mimadas, o fizeram se isolar do mundo e se sentir um monstro. Ao ponto de achar que não merecia o amor de uma mulher. Mas ele estava cego! Era lindo apesar da cicatriz e a própria cicatriz o deixava ainda mais belo. Mas somente Clarissa o faz finalmente perceber isso. Não é fácil e nem vai acontecer de uma hora para outra, mas sem dúvidas, Clarissa era a mulher ideal para ele. O amor dela e seu jeito atrevido e sincero conseguiram fazê-lo voltar a viver. Sempre serei grata a essa mocinha. Está entre minhas mocinhas preferidas. Apesar de muito ingênua para o meu gosto, ela compensa ao ser atrevida e sempre perguntar o porquê das coisas...rsrs... E é muito divertido quando ela faz isso... Em sua ingenuidade ela resolveu fazer suas perguntas numa carruagem quando ela estava sozinha com o Adrian e o coitado estava queimando por ela... Falando em queimar....rsrsrsrs... A cena do incêndio no quarto foi muito boa. Eu não sabia se continuava a ler ou se ficava rindo. Tive um acesso de risos...rsrs... Ela falou que tinha algo queimando e o que o mocinho faz? Ou melhor,o que diz? "
Estou queimando por você também"....kkkk... Tive que parar para rir... Não consegui aguentar. E tive outro acesso quando ele, depois de terminar de "queimar" em cima da mocinha,  ele pergunta: "Não está cheirando a fumaça?" A resposta da mocinha? Ela suspira e diz: "Acho que a casa está pegando fogo." Não sei se sou só eu, mas achei essa cena muito engraçada. Tanto que voltei nela depois...rsrs... Mas o livro tem muitas outras cenas engraçadas. Esse casal apronta! Tem a parte da despensa quando nosso mocinho decide tirar a mocinha de uma festa e mostrar para ela (dentro de uma despensa) que não queria se casar com ela por medo de um escândalo. Tem a parte da carruagem quando ela fica perguntando o porquê de tudo...rsrs... Uma das coisas que lembro dessa parte é que ela começa a fazer suas perguntas sobre sexo (ela era completamente ingênua... Bem... Talvez não completamente, mas bastante...rsrs...), aí o nosso mocinho fica sem jeito de explicar. Nossa mocinha toda orgulhosa decide que ele não deve se preocupar e sugere que Lydia (a madrasta dela) pode explicá-la. Só a cara de horror que ele faz já provoca boas risadas, até porque quem conhece a Lydia sabe o que ela era capaz de fazer com nossa pobre mocinha....rsrs... O Adrian, então, puxa coragem de dentro de si e tenta explicá-la sobre isso... Porém, o bendito menciona sangue e dor... E o estrago começa a ser feito e é bem divertido...rsrs...

Tbm posso citar, entre as cenas divertidas, a noite de núpcias deles...rsrs... Eu achei engraçado como tudo começou. (estou tentando não começar a rir de novo) Como o mocinho não conseguiu se explicar bem, Lydia acabou sendo a escolhida para "explicá-la" o que acontece entre um homem e uma mulher... E minha nossa! Ela transforma nossa mocinha numa massa de nervos. A menina alegre e desejosa de casar logo com seu amor, se transforma numa moça apavorada. Eu senti pena da coitada. Mas aí começa a graça de novo... Mesmo morrendo de medo, ela decide que vai enfrentar o que tiver que enfrentar. O Adrian, percebendo que ela estava muito estranha, decide ficar queimando sozinho em seu quarto e deixar sua esposa descansar, mas nossa mocinha entra no quarto dele e exige que ele "acabe logo com aquilo"...rsrs... Adorei a cena. Principalmente quando ela começou a falar de fechadura, chave, torta e bastão. Nunca ouvi essa história de chave e fechadura, torta e bastão na minha vida! E nem o Adrian, pois ele demorou para entender... Quando finalmente entende, o nosso mocinho resolve enganar nossa mocinha e se sai bem em sua missão. Quando ela percebe a chave já encaixou na fechadura....kkk...

- Bem... Mas como disse, o livro tem conteúdo. Tem muito romantismo, sensualidade, drama, um toque de suspense. Não é um livro feito exclusivamente para nos fazer rir. É uma história de amor contada com um toque maravilhoso de humor. Nosso mocinho não tem cicatriz só no exterior. Ele tem seus próprios fantasmas para enfrentar e é uma pessoa maravilhosa que reaprendeu a amar depois que encontrou a Clarissa. Ela lhe devolveu a vida. Ela o fez voltar a sorrir, algo que ele não fazia há dez anos. Foi muito lindo acompanhar e deu até vontade de chorar em alguns momentos. Quando ela é envenenada e quase morre, nosso mocinho a pega nos braços e fala palavras tão cheias de emoção que leva lágrimas aos nossos olhos. É lindo. Ele precisava dela pra viver. Sem ela, ele não era nada. E o mesmo eu digo dela, que apesar de levar tudo com bom humor, não era feliz. Era uma moça triste, maltratada pela madrasta, que tinha sofrido um trauma no passado e estava sendo cruelmente atacada pela "perfeita" sociedade londrina. Sau vida também não tinha sentido. Ela e o Adrian aprenderam juntos a amar e se aceitarem como são. Ela uma moça míope, linda tanto por dentro quanto por fora... E ele, um homem corajoso, sensível, apaixonado, com um lado do rosto marcado por uma cicatriz que apenas lhe deixava mais belo. Ele era um homem maravilhoso, embora não enxergasse. Mas os dois aprendem. E é muito lindo acompanhar cada avanço.

- O livro tbm tem um toque de suspense. Adrian descobre que nem todos os acidentes que Clarissa vinha sofrendo desde que chegou a Londres, eram meros acidentes provocados pela falta de óculos. E aí começa tbm uma busca pelo culpado antes que ele consiga o que quer: matar Clarissa.

Deixa eu explicar essa história de acidentes. Clarissa é míope e só enxerga bem se usar óculos, é óbvio. Acontece que sua madrasta (que gostava de fazê-la sofrer), quebrou os óculos dela de propósito, pois dizia que ela ficava feia de óculos. Lydia queria arranjar um marido para Clarissa, mas ela achava que os óculos prejudicariam isso... Acontece que a falta de óculos provocou duas coisas: a fuga dos pretendentes e acidentes nem tão acidentais assim... Clarissa começou a sofrer e provocar acidentes como, por exemplo, a queda da escada e o incêndio da peruca de um de seus pretendentes. Alguns dos acidentes foram mesmo isso, mas outros foram tentativas de assassinato. O problema era descobrir quem e o porquê antes que fosse tarde demais. E é somente depois que Clarissa é envenenada que eles começam a se aproximar do culpado. Mas tenho que confessar que estava muito óbvio. Eu já sabia quem era só faltava descobrir o motivo. Que o detetive de meia-tigela me dá ao falar do incêndio de um quarto. Eu lembrei do que o primo (Reginald) e a mãe do Adrian tinham falado no início da história e juntei as peças. Estava bem fácil. Acho que vcs tbm vão descobrir quem é muito rápido. O motivo é mais fácil de saber perto do final da história. Mas era óbvio. Somente essa pessoa podia provocar esses "acidentes" tão fáceis...

- E falando nisso, eu aceitei o fato da Clarissa perdoar aquelas duas pessoas que a feriram de uma forma ou de outra... Ela entendeu os problemas dessas pessoas ( daria uma ótima psicóloga) e as ajudou a recomeçar. Eu fiquei com um pouco de raiva por ela perdoar quem tentou matá-la... Mas depois aceitei. Até porque a pessoa não tentou matá-la de verdade. Provocou acidentes que poderiam ser fatais, mas ajudou a mocinha tbm e não parecia que no fundo queria matá-la. Mas acho bom não virar moda as mocinhas ficarem pedindo misericórdia por quase assassinos ou até mesmo assassinos... Hoje estou de bom humor.... talvez em um outro dia eu não fosse aceitar isso, não... Enfim...

- A história é maravilhosa e eu recomendo à todos. Eu adorei o livro. Foi uma experiência muito boa lê-lo e eu até gostaria que ele fosse mais longo. Está explicado porque a autora acabou ocupando o 6º lugar (juntamente com Hanna Howell) da lista de melhores autoras. É mesmo uma excelente escritora se esse livro for uma indicação do talento dela.

E acrescentando ao" recomendo à todos": se a pessoa gostar de romances HOT de verdade. O livro não é vulgar. É romântico e muito lindo, mas tem cenas bem quentes, entende? Vou colocar um trecho para vocês verem:

"Adrian piscou.



— Não é a mesma coisa. Você pode tirar os seus óculos.


— Não se eu quiser ver — Clarissa rebateu, depois escorregou da escrivaninha e começou a desabotoar o vestido. — Talvez devamos fazer um teste.


— O que você está fazendo? — Adrian perguntou, assustado, dando a volta para fechar a porta quando ela começou a se despir.


— Bem, me parece, milorde, que estamos diante de um dilema. Eu não tinha óculos quando nos casamos, portanto você poderá me achar verdadeiramente feia com eles. Sem ter os óculos, eu também não conseguia vê-lo perfeitamente mesmo de perto, portanto não sabia se depois iria achá-lo muito repulsivo. Acho que está na hora de resolver esse problema e saber se nosso casamento tem alguma chance.


Adrian arregalou os olhos ao vê-la descer o vestido dos ombros e deixá-lo cair aos pés. Seu espartilho e as anquinhas tiveram o mesmo destino, deixando-a, como no dia em que nasceu, completamente nua na frente dele. Exceto pelos óculos.


Engolindo em seco, ele contemplou aquele corpo, detendo os olhos nos seios de Clarissa, em seu abdome lisinho até chegar aos pêlos pubianos aninhados entre as pernas. A atenção dele foi desviada pela exclamação de aborrecimento que Clarissa soltou. Ao levantar os olhos, ele viu que ela segurava com as mãos em concha os próprios seios e os contemplava com uma expressão contrariada.


— Era o que eu temia — disse Clarissa infeliz, e Adrian sentiu o coração parar ao ouvir essas palavras. Mas, em seguida, ela explicou: — A mera idéia do prazer que seu corpo pode proporcionar ao meu fez com que meus seios ficassem pesados e doloridos e meus mamilos se empinassem como para receber um beijo.

Adrian engoliu em seco novamente, seus olhos fixando-se na prova das palavras dela; suas mãos apoderaram-se daqueles seios intumescidos, com os mamilos enrijecidos. Então ela tomou uma das mãos dele de seu seio e deslizou-a sobre o ventre até seu ninho entre as pernas. Adrian ficou incrédulo quando os dedos dela desceram um pouco mais e desapareceram nesse ninho por um breve instante.


— Oh, Deus!


Adrian fitou-a ao ouvir aquele suspiro, e ela explicou:


— Parece que já estou molhada só da carícia de seu olhar. Isso não está funcionando nada. Como posso testar o efeito de sua cicatriz quando todo o seu corpo, sua mera presença, me afeta desse jeito?"

- Essa é uma das cenas mais quentes, por isso estou colocando aqui para que vcs possam saber um pouco do que os esperam durante a leitura. Mas vale a pena ler mesmo para alguém que não goste de tanta "ousadia" em um livro. Eu normalmente não gosto. Mas a sensualidade desse livro não é vulgar e exagerada demais, pelo menos na minha opinião. Eu achei o livro lindo e não tiraria nada dele.

Vou tentar começar a ler A Esposa Perfeita....rsrs... Sei que já é quase quatro horas da manhã, mas eu comecei a falar da história e até esqueci que estava cansada.

- Bem... É isso. Ainda não voltei oficialmente, por isso, se eu não aparecer até o dia 6, vcs já sabem o motivo.

Bjs!

P.S: E o livro Tardes de Espanha - Penny Jordan? Faz tanto tempo que prometi lê-lo! Eu estava pensando nele esses dias e hoje pensei de novo, depois de ler sobre um mocinho com cicatriz... Depois desse meu período de livros históricos, eu vou lê-lo. E nesse mês vou tentar postar mais livros da PJ, aliás, ela está em segundo lugar na lista de melhores autoras, né?
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