5 de fevereiro de 2011

Tardes de Espanha - Penny Jordan

Tempo de leitura:


O casamento de Diana com Ruy Silvadores - um nobre espanhol sensual e riquíssimo - tinha sido um fracasso. Vítima da trama diabólica da mãe de Ruy que queria vê-lo casado com sua protegida Carmelita, Diana retorna a Inglaterra levando o recém nascido Jamie e o ódio de seu marido. Três longos anos se passaram. Três longos anos de tortura e saudade. E ela resolve voltar a Espanha para rever seu único amor. Ao chegar ao palácio dos Silvadores, onde fora amada e desprezada, Diana deparou-se com uma terrível realidade. Ruy estava paralítico e parecia odiá-la ainda mais. Estaria tudo perdido ou ainda haveria uma esperança?



Palavras de uma leitora...


"- Sim, querida... é um pequeno indício do inferno, não acha? Esse contato da pessoa amada sobre as nossas feridas. Esta noite amada, cada um de nós será o bálsamo para o coração e a alma do outro, e você amanhecerá entre os meus braços... E assim continuará a ser, pelo resto das nossas vidas."


- Finalmente! rsrs... Prometi que iria ler esse livro faz uns trezentos anos... Não. Não faz todo esse tempo, mas faz alguns meses...rsrs... Estava sempre adiando a leitura dele, pois tinha que ler livros da Sandra Canfield e coisa e tal... Mas o motivo principal era que eu estava com um pouco de medo do livro...rsrs... Quando a Carla me indicou o livro ela disse que tinha gostado muito da história e me indicou como livro no qual o mocinho tinha alguma deficiência... Enfim... Mas a mistura de deficiência física e mocinho criado pela Penny Jordan me assustou um pouco (muito)...rsrs... Por quê? Eu adoro essa autora de verdade, mas por causa de algumas decepções que tive com ela fico com um pé atrás. É que eu estou tentando evitar as histórias dela que possam ser agressivas e façam com que eu me aborreça muito com ela. Eu não lembro direito do que a Carla falou desse livro, mas acho que ela disse que o mocinho era maravilhoso. E foi só por ter certeza de que ela me avisaria se tivesse algo que me irritasse demais na história (agressão, estupro, traição...) que eu decidi finalmente ler o livro. E sabe de uma coisa? Não sei porque fiquei com tanto medo. A história é muito bonita, leve, romântica mesmo com as brigas do casal. Não me arrependi de ler o livro e gostei bastante da história. Fiquei ansiosa à toa! rsrs...

- Bem... Seria uma mentirosa se falasse que não me irritei com a história. Claro que me irritei! É Penny Jordan! Mesmo quando faz histórias maravilhosas a autora coloca algo para esquentar um pouco nosso sangue. Como, no caso desse livro, dois idiotas que ficaram quase quatro anos separados por acreditar de cara no que os outros falaram. Foi só fulano de tal dizer isso e aquilo para o casal se separar sem nem ao menos dar chance para explicações. Mas sabe quem mais me irritou? A mocinha! Tive vontade de socar a Diana! Ela bem que merecia. Muito estúpida! Eu perdi as contas de quantas vezes o nome Carmelita foi mencionado por ela. Ela vivia repetindo esse nome sem parar e ficava tirando conclusões precipitadas. Nunca ouviu o marido dizer que amava a outra nem que pretendia se casar com essa Carmelita, mas na cabeça da mocinha ele era louco por essa tal Carmelita ao ponto de não procurar o filho por causa dessa mulher. Tive! Tive muita vontade de esmurrar a Diana! Ela bem que mereceu sofrer um pouco para aprender a não dar ouvidos ao que os outros diziam. Tinha que pelo menos ter enfrentado o marido em vez de fugir como uma covarde ainda privando o Ruy de acompanhar o crescimento do filho. Ela foi uma idiota e eu não gostei muito dela durante boa parte do livro. Achei ela fraca e tola! Sempre chorando como uma coitadinha. Por que não enfrentou o marido? Ele não queria ouvi-la? Gritasse até ele ficar surdo, então! Mas tinha que ter feito algo... Aquela posição de mártir me tirou do sério, mas ela sofreu e isso amenizou muito a raiva que eu sentia dela...rsrs... Talvez essa revolta venha do fato de eu ter gostado muito do mocinho e ter achado muito injusto o sofrimento dele. Estava na cara que ele a amava e nunca fez nada que justificasse as dúvidas dela. Eu fiquei imaginando o que ele deve ter sentido ao saber que sua esposa fugiu com o filho recém-nascido sem ao menos deixá-lo conhecer a criança. Eu fiquei com uma raiva tão grande da mocinha...rsrs... Ela não tinha direito nenhum de fazer isso. Eu a entendo tbm. Sei que ela deve ter se sentido muito confusa e magoada com as coisas que a cobra da sogra dela e a vadia da Carmelita disseram, mas mesmo assim ela não tinha direito de afastar a criança do pai. Ele não fez nada para merecer essa atitude, sabe? Nada! Foi crueldade da parte dela. E ela tinha mais era que livrá-lo da paralisia mesmo! E aturar o tratamento cruel dele enquanto ele estava preso àquela cadeira de rodas por culpa dela!

Enfim... Mas antes de continuar... Por que a autora foi colocar esse nome num mocinho tão maravilhoso?! Eu detesto esse nome! Tive que fingir que o mocinho tinha outro nome...rsrs... É que meu avô tem o mesmo nome do mocinho e ele não vale um centavo, sabe? Por isso achei uma ofensa contra o mocinho fazê-lo se chamar assim (risos). Ok... Vamos continuar!

- Bem... Mas é claro que eu não inocento totalmente o mocinho apesar de ter achado que ele não mereceu que a mocinha fugisse levando o filho que ele nem pôde conhecer... Fiquei me perguntando durante a leitura porque ele não foi atrás da mocinha nem que fosse para ameaçar tirar a criança dela se ela não voltasse pra ele! Não entendi há quanto tempo ele estava paralítico. Não lembro de ter lido sobre isso no livro, mas acho que fazia pouco tempo. Ou seja, ele podia ter ido atrás da mocinha, não podia?! E não foi por que motivo? Outro covarde! rsrs... O orgulho insuportavelmente masculino não deixou! Aí ele ficou sofrendo e xingando ela sozinho..rsrs... Ninguém merece! E mesmo se ele já estivesse paralítico na época podia ter ido atrás dela mesmo assim. Não foi por causa de um orgulho que só servia para atrapalhar. Mas eu gostei tanto dele, gente! rsrs... Eu me divertia com os ataques de ira dele. Dava para perceber que todas as suas atitudes eram provocadas por uma dor muito grande. Ele sofreu muito com a fuga da Diana. Ele a amava muito e ao pensar que ela havia levado o filho que ele colocou nela com tanto amor e ainda havia fugido com um amante... quase o destruiu. Eu senti compaixão por ele. E quando o filho vai aprender a andar de cavalo? Ele não podia ensiná-lo, pois estava paralítico e ao vê-lo sofrer tanto por causa disso eu me emocionei muito. Era tão injusto, sabe? Enfim... Ele vivia atacando a Diana verbalmente e às vezes apertava os pulsos, braços dela para fazê-la sentir dor. Eu não gostei muito disso, não, mas não levei muito em conta. Ele dizia que ela deveria agradecer por poder sentir dor, coisa que ele já não podia, segundo ele... Eram essas palavras ditas com tanta dor que me tocavam. Dava para sentir o sofrimento dele e isso fez com que eu o perdoasse por tudo. Ele se sentia impotente e achava que a mocinha tinha voltado por interesse ou piedade. Aquilo o feria muito.


Um pequeno resumo:

Ela era jovem e inocente quando o conheceu. Não conhecia nada do mundo ou da vida. E ao vê-lo, se apaixonou perdidamente sem medo ou reserva. Ele era seu herói e ela soube, no momento em que o olhou, que ele seria seu único amor.

Ela havia viajado para Espanha de férias e foi lá que o conheceu. Ele era mais velho que ela, mais experiente, mas Diana não se importou com nada. Eles começaram a namorar e em pouco tempo Ruy a pediu em casamento. Ela não pôde recusar e ao se tornar esposa dele se sentiu a mulher mais feliz do mundo... Porém...

Os problemas não tardaram a aparecer... Logo após o casamento, Diana descobriu que além de ser rico, Ruy também era um conde e acima de tudo, era filho de uma mulher orgulhosa que faria de tudo para anular o casamento "escandaloso" do filho com uma mulher tão insignificante como Diana. O pesadelo de Diana começou logo após ser apesentada a mãe de Ruy e ser cruelmente rejeitada por ela. Aquele tratamento humilhante foi o primeiro grande golpe que ela sofreu, mas o tempo lhe trouxe ainda mais sofrimento...

Os meses foram passando e Diana foi se sentindo cada vez mais infeliz. Ela descobriu que estava grávida o que acabou por enfurecer ainda mais a sogra que pretendia anular seu casamento. E movida pelo desespero, a sogra de Diana e Carmelita lançaram o golpe final: fizeram Diana acreditar que Ruy estava tendo um caso amoroso com Carmelita enquanto ela estava dando à luz ao filho de ambos.

Se sentindo profundamente ferida e já não suportando mais tanta pressão, Diana pegou o filho e fugiu para Inglaterra sem ao menos deixar o marido se explicar.

Os anos passaram e os dois continuaram sofrendo cada um do seu lado, sem ter coragem de se enfrentarem para terminar de uma vez com todo aquele tormento. Mas após receber uma carta na qual era convidada a voltar para Espanha, finalmente chega o momento de por todas as cartas na mesa... Mas o que Diana não sabe é que Ruy já não é o mesmo homem pelo qual ela se apaixonou. Ruy agora está condenado a uma cadeira de rodas e está disposto a fazê-la sofrer tanto ou mais do que ele estava sofrendo...

Ambos estão muito magoados, mas não tem coragem de confessar o que sentem um para o outro. Como será que eles conseguirão resolver seus problemas? Será que mesmo depois de tanta mágoa e da paralisia do Ruy ainda há tempo para um amor que nasceu de forma tão natural e que estava apenas adormecido? Mas é claro que há! Enquanto houver amor... sempre haverá tempo...

- Bem... Acho que eu justifiquei um pouco a mocinha durante o 'um pequeno resumo'...rsrs... Como disse, eu entendo os motivos dela. Deve ter sido um inferno aturar o desprezo da sogra e ouvir da vadia da Carmelita que seu marido não a amava, que só se casou com ela para causar ciúmes na outra... Deve ter sido difícil saber que Carmelita era a queridinha de todos enquanto ela nunca seria aceita, pois não a consideravam digna do Ruy. E o jeito do Ruy lhe dá tempo para aprender a amá-lo não ajudou muito. Pelo que eu entendi, o mocinho não a procurava porque queria que ela aprendesse a amá-lo aos poucos... Era como se ele não quisesse forçá-la a assumir de vez um relacionamento íntimo com ele. Ele se casou com ela, pois não suportava tê-la longe, mas queria lhe dá tempo depois que estivessem casados. Essa lógica dele é muito estúpida, mas....rsrs... Foi seu jeito de amá-la, de mostrar que se importava com os sentimentos dela. Não queria cobrar nada dela... Enfim... Mas essa atitude contribuiu para que a mocinha pensasse que ele não gostava dela. E ajudou a mãe dele e a sonsa da 'queridinha' a plantarem a semente da dúvida em Diana. Ele facilitou um pouco, sim, mesmo sem querer. Tinha que ter sido mais presente, tinha que mostrar mais o quanto a amava... Ele não passou muita segurança... Enfim... A culpa da separação foi dos dois. Eu continuo achando que a mocinha foi muito cruel ao levar o bebê sem ao menos deixá-lo conhecer a criança... Isso o feriu muito. Mas a culpa foi dos dois. Se tivessem confiado mais um no outro, se tivessem demonstrado o quanto se amavam... intrigas de ninguém conseguiria separá-los. Houve muita falta de confiança e sem confiança nenhum casamento sobrevive...

- Eu gostei muito do livro. Amei o mocinho apesar do jeito agressivo dele...rsrs... Era tudo causado pela dor, por isso eu o perdoei. E também gostei da mocinha, apesar dela não ser minha preferida. Ela não é má e age um pouco em alguns momentos. Pelo menos no início do livro ela fez algo que eu adorei. Sabe o quê? Deu um tapa na cara do mocinho! Ele havia implorado por aquilo! rsrs... Eu gostei dela, sim... Apesar de tê-la achado muito tola eles mereciam ficar juntos no final. Ela o amava com todo o coração e não fez nada por mal tbm. Não sabia que ele a amava (claro que não sabia! como saberia se ele não disse???!!!) e não se afastou com o propósito de feri-lo.

- Enfim... Como já disse, esse livro foi uma indicação da Carla, que é amiga minha e do blog! Muito obrigada, Carla! Foi muito bom ler esse livro! Não me arrependi nem um pouco. Foi até divertido...rsrs...

E recomendo o livro aos fãs da autora! Não recomendo à qualquer um, pois tem gente que não gosta da autora... Enfim... Mas acho que tbm é uma ótima escolha para quem quer arriscar. Mas só se essa pessoa já está acostumada com mocinhos que são meio agressivos... Não estou falando daqueles que batem, não. Estou falando de agressões verbais.

- Bem... É isso! Ainda não sei qual o próximo livro que irei ler... mas acho que irei escolher um de alguma autora nova... Até a próxima!

Bjs!

Uma leitora que se envolve profundamente com as histórias que lê, que é apaixonada por músicas, filmes... uma romântica incurável.Leitora apaixonada por romances de época, clássicos e thrillers. Mãe da minha eterna princesa Luana e dos meus príncipes Celestino e Felipe (gatinhos filhos do coração). Filha carinhosa. Irmã dedicada. Amiga para todas as horas. Acredita em Deus. E no poder do amor.

6 comentários:

  1. kkk eu sabia que vc iria falar da mocinha. Pessoalmente tb achei eles dois uns bobos. Da segunda vez que li essa história (recentemente) fiquei mais desperta para essas coisas, porque da primeira que eu li eu era uma criança, tinha uns 15 anos. rsrs Mas mesmo assim eu gostei muito do mocinho embora já não tenha ficado tão fascinada pela história. Achei que esse era mais um mocinho e uma história bem diferentes da Penny Jordan. Nisso ela consegue ser exímia. Não usa uma receita que possa nos cansar. Sempre nos traz novidades.
    Beijos!!!
    carla

    ResponderExcluir
  2. Olá Carla!

    Eu gostei muito do mocinho. Achei ele humano e muito precioso...rsrs... Acho que me sensibilizei por causa da dor dele. Agora a mocinha é outra história... Gostei dela, mas ainda a acho uma tola!Os dois são tolos, mas ela ganha dele em matéria de tolice! rsrs... Mas gostei muito da história. E sim. A autora não é muito repetitiva. Ela cria sempre história diferentes mesmo. Muitas boas, mas algumas ruins...

    Vc já leu alguma história ruim da PJ?

    Bjs!

    ResponderExcluir
  3. Oi. Não li nenhuma odiosa, mas já li histórias que achei fracas e bem abaixo do nível que ela me habituou. Achei uma ou outro bem básicas (talvez tenham sido cortadas e o original fosse melhor, não sei), outras achei a história muito rápida ou curta (e não tinha a ver com o número de páginas, era a história mesmo).

    Essas por exemplo são histórias que eu dei 3 estrelas no skoob e que não achei nada de especial: Amarga Traição, Voltar a Amar (esse é da série dos Crighton), O Beijo do Adeus, O Preço de Uma Farsa, O Despertar do Prazer.

    Depois tem outras que eu dei 4 estrelas porque achei acima da média mas que por algum motivo achei que não mereciam 5 estrelas.

    E tem um punhado de livros dela que figuram nos meus favoritos e que eu acho muito, muito bons a todos os níveis.

    Outra coisa que a Penny tem de bom é que ela sabe escrever uma cena de amor, sem que ela se torne vulgar. Não sei se vc já leu "Agora Seremos Felizes". Esse livro tem uma cena de amor linda e tocante. Tão linda e tocante quando a cena entre o Drew e Holly em Sonho Proibido. A mocinha é tb algo boba e ingénua mas isso é um hábito nas histórias da Penny. Já ele é... maravilhoso!

    Mas ainda tem muito chão pela frente. Tem muita história dela para ler ainda. rs

    Beijos!

    Carla

    ResponderExcluir
  4. Oie tudo bem?


    Tem meme pra vc no blog :)

    http://www.apaixonadaporromances.com.br/2011/02/meme-literario-como-eu-lei.html


    Beijos

    ResponderExcluir
  5. Olá Carla!

    Entendo. Nunca queira ler uma história ruim dessa autora! rsrs... Assim como ela sabe fazer histórias belíssimas tbm sabe fazer aquelas que esgotam sua paciência e te fazem gritar de ódio.

    Ainda não li "Agora Seremos Felizes", não. Vc me indicou esse livro, não foi? Lerei em breve.

    Bjs!

    ResponderExcluir
  6. Olá Lulu!

    Tudo bem, sim! E com vc?

    Já, já irei postar o Meme no blog. Muito obrigada!

    Bjs!

    ResponderExcluir

Seus comentários são sempre bem-vindos! E são muito importantes para o blog!

Topo