14 de agosto de 2017

As Relações Perigosas - Choderlos de Laclos

Tempo de leitura:
(Título Original: Les Liaisons Dangereuses
Tradutor: Sérgio Milliet
Editora: Nova Cultural 
Edição de: 2002)

Você está prestes a ler uma obra 'diabólica'. A crítica, que não poupou adjetivos para desclassificar As ligações perigosas quando do seu lançamento, em 1782, não chegou nem perto de captar a poderosa ambiguidade deste marco da literatura epistolar. Choderlos de Laclos (1741-1803) construiu um romance em cujo primeiro plano se destacam as relações amorosas, a perda da inocência e a traição, mas cujo pano de fundo é um dos mais sofisticados e ferinos retratos da aristocracia pré-Revolução Francesa e uma sofisticada reflexão sobre a hipocrisia do poder. Além disso, o livro teve inúmeras adaptações para o teatro e para o cinema.

A Marquesa de Merteuil e o Visconde de Valmont, apesar de todo o luxo que os rodeia e da extrema cortesia e sofisticação que aparentam, personificam o que há de mais vil na humanidade. Ex-amantes, os protagonistas destas 175 cartas fingem e manipulam as pessoas a seu bel-prazer. Talvez para testar seu poder, talvez para passar o tempo, tecem um plano de sedução e vingança para provar que não são manipuláveis e descartáveis como os outros. Esse plano é descrito com requintes de perversidade por eles em cartas nas quais revelam seus mais íntimos pensamentos - e o fazem com tanta precisão que na época imaginou-se que o romance era, na verdade, uma reunião de cartas verídicas sobre fatos que realmente aconteceram.



Palavras de uma leitora...


- No início do ano passado, eu assisti uma minissérie em 10 capítulos da Globo chamada Ligações Perigosas. Seduzida pelas chamadas da emissora e pelo fato de contar com atores dos quais gosto muito, resolvi ver o primeiro capítulo. Fiquei imediatamente presa ainda que pudesse prever que nada terminaria bem. Naquela época, ainda não conhecia o livro. Não fazia ideia do que se tratava, mas toda a perversidade que transparecia em Isabel e Augusto, protagonistas e antagonistas dessa história, deixou mais do que claro que o final seria trágico. Não foi com surpresa que vi a sucessão de desgraças que ocorrem nos últimos episódios. Mesmo assim, o fim de uma personagem em especial me marcou bastante. 

Quando falei da minissérie aqui, disse: "É uma história forte, sensual e sombria. Mostra o lado escuro do amor, da paixão e das relações humanas." E o mesmo, é claro, se aplica ao livro. Creio que nunca li um clássico (depois de O Morro dos Ventos Uivantes) que me impactasse como esta história. Heathcliff é um anjo perto da marquesa de Merteuil e do visconde de Valmont. Eles sim podem ser chamados de demônios. Mas ela... muito mais que ele. 

"Quem deixaria de estremecer pensando nas desgraças que pode causar uma só relação perigosa!"

A senhora de Volanges não poderia prever os perigos que ameaçariam a vida de sua filha ao tirá-la do convento no qual a menina passara toda sua vida. Aos 15 anos de idade, nada conhecia do mundo ou das perversidades humanas. Crescera protegida de tudo, sendo tirada da segurança daqueles muros apenas para casar-se, conforme ocorria com várias moças de boa família. Embora sua mãe não tivesse deixado claro que a casaria, Cécile sabia que não teria sido autorizada a ir para casa por outro motivo. Assim, de certa forma ansiosa pelos acontecimentos do seu futuro, não deixa de ficar deslumbrada pela vida diferente da que até então tivera no convento, ainda que seguisse tendo que obedecer à regras e à autoridade de sua mãe que a mantinha constantemente vigiada. Mas a amizade carinhosa de uma parente distante de sua mãe, a marquesa de Merteuil, que não a tratava como criança, assim como os sentimentos que começaram a surgir em seu coração pelo cavaleiro Danceny seriam o início da sua perdição. Guiada por aquela mulher, que aparece em sua vida como a amiga compreensiva que tanto necessitava naquele momento, Cécile segue por um caminho sem volta, perdendo muito mais do que a inocência... 

"Chamar-me-ia pérfida, e esta palavra 'pérfida', sempre me deu prazer."

Desejando vingar-se de alguém do seu passado, o homem escolhido pela senhora de Volanges para desposar sua filha, a marquesa de Merteuil decide recorrer ao seu leal amante e cúmplice nas crueldades. Ambos possuíam uma longa história juntos e ela sabia que somente a ele poderia confiar o seu pequeno projeto. Quem melhor do que o sedutor mais notório de toda a França, alguém que dedicava-se intensamente à missão de arruinar uma mulher? Quem melhor do que ele para fazer com que Cécile chegasse ao casamento sem a pureza que o seu inimigo desejava possuir? Jamais lhe daria o prazer de encontrar em sua cama uma jovem inocente e ingênua. Não. Era sua missão fazer dela a sua pupila e ensinar-lhe, ao lado de Valmont, tudo o que alguém como ela merecia saber... 

"[...] Como se não fosse nada arrebatar numa noite uma jovem e seu bem-amado, usá-la, em seguida, à vontade, como uma propriedade, sem maiores precauções, obter dela o que não se ousa sequer exigir das profissionais."

De início, Valmont recusa-se a participar dos planos da marquesa. Não porque possuísse algum escrúpulo e não desejasse corromper uma menina de 15 anos, mas porque estava ocupado com seus próprios projetos... Os de seduzir e dominar uma jovem senhora casada, devota e amiga querida de sua tia. Embora a tivesse conhecido antes, foi somente ao tê-la bem próxima, enquanto ambos passavam uma temporada na casa de campo de sua tia, que ele percebeu que seria muito prazeroso destruir a fé e os princípios daquela mulher, fazer com que ela se submetesse às suas vontades e não fosse mais do que o seu objeto de prazer até que, satisfeito e cansado, ele a abandonaria para que ela lidasse sozinha com os seus pecados. Sabia que seria capaz de destruir sua resistência, de usar seus bons sentimentos contra ela e rendê-la aos seus desejos. 

"Terei essa mulher; roubá-la-ei ao marido que a profana; ousarei roubá-la ao próprio Deus a quem adora. Que delícia ser ora o objeto ora o vencedor de seus remorsos! Longe de mim a ideia de destruir os preconceitos que a obsedam: aumentarão minha felicidade e minha glória. Que acredite na virtude, mas que a sacrifique a mim."

Só que o que parecia fácil, torna-se mais complicado quando a senhora de Volanges trata de aconselhar sua jovem amiga dos perigos de deixar-se acreditar nas palavras mentirosas que saíam dos lábios de Valmont. Embora a presidenta de Tourvel, a quem Valmont desejava conquistar, não se imaginasse capaz de cair nas garras dele ou de homem algum, pois era fiel ao marido e ao Deus que amava, seu coração bondoso se deixava enternecer pelo arrependimento que aquele homem de péssima reputação aparentava sentir por sua vida desregrada. Ela acreditava que toda pessoa era capaz de arrepender-se de seus pecados e mudar e acaba por ver naquele homem alguém com potencial para ser convertido. Mas os avisos de sua amiga, por quem tinha enorme carinho, fortalecem suas defesas e a fazem afastá-lo dela. Embora acreditasse sinceramente que poderia trazê-lo de volta para o bom caminho, não desejava expor-se a perigos desnecessários, o que só serve para provocar a fúria de Valmont contra a mulher que a preveniu contra ele e aumentar, por sua vez, a obsessão que ele sentia por ela. 

"Ah, sem dúvida, cumpre seduzir-lhe a filha; mas não basta: é preciso desmoralizá-la; e, já que a idade dessa maldita mulher a coloca ao abrigo de meus golpes, cabe feri-la no objeto de suas afeições."

Assim, ao descobrir quem era a mulher que estava atrapalhando seus planos, Valmont percebe que seria uma vingança perfeita ceder ao projeto da marquesa e fazer daquela menina, filha de sua inimiga, uma jovem bastante versada nas artes do sexo e do prazer. A tomaria como aluna e amaria ser seu professor. 

Desta forma, iniciam-se as cartas que contariam a história de diversas vidas destruídas pelo jogo de poder e crueldade de dois amantes que, entediados com a vida de luxo e riqueza que levavam, divertiam-se jogando com as pessoas e as arrastando para um mundo sórdido do qual nem todas escapariam com vida. 

"Em verdade, quanto mais vivo, mais sou levado a crer que só há nós dois neste mundo valendo alguma coisa."

- Não tenham dúvidas de que esta resenha terá spoiler. Será impossível falar de certas coisas sem contar demais. Por isso, se não quiserem conhecer certos segredos sobre o livro, parem de ler esta resenha imediatamente! 

- Acho que foi a curiosidade (por vezes minha inimiga) que me levou a ler esta história. Ela não estava em meus planos, não fazia parte de minhas metas de leituras nem nada. Todavia, depois que assisti a minissérie, vez e outra me pegava lembrando dela e sentindo uma curiosidade enorme acerca do livro. Ao mesmo tempo que desejava lê-lo sentia medo. Sabia que nada terminava bem, sabia que era uma história recheada de crueldades e jogos desprezíveis, protagonizada por dois seres humanos que mais mereciam ser chamados de demônios. De verdade, gente! Eles são de uma maldade que arrepia e nos choca. Não que eu nunca tenha lido algo pior. Realmente já li livros bem terríveis: suspenses, thrillers psicológicos, dramas... Histórias nas quais seres humanos torturam e assassinam outras pessoas por puro prazer, por simples perversidade. Mas no livro As Relações Perigosas não vemos uma maldade tão explícita e imediata assim. O que acompanhamos, através das cartas que constroem a história, é algo mais profundo e duradouro... São pessoas tecendo cuidadosamente a trama que destruiria a vida de duas mulheres que nada lhes tinham feito, que eles desejavam arruinar por puro prazer. Mas não com atitudes claras, não com um ataque direto. Mas com um jogo lento e certeiro, no qual ambos eram mestres. Sabiam como ninguém como usar as palavras, como manipular, envolver os outros de tal forma que quando fossem capazes de perceber o que tinha acontecido, já seria tarde demais. Uma adolescente de 15 anos que absolutamente nada conhecia do mundo e uma devota inocente e crédula realmente não possuíam nenhuma chance contra eles. 

"Que Deus ousava invocar? Haverá algum bastante poderoso contra o amor? Em vão procura ela agora socorros estranhos; sou eu quem decidirá de sua sorte."

- Conhecemos tudo o que se passou através das cartas trocadas entre vários personagens. Os principais, obviamente, sendo a marquesa de Merteuil e o visconde de Valmont. Mas também temos a oportunidade de conhecer os pensamentos e sentimentos da menina Cécile, da presidenta de Tourvel (nunca ficamos sabendo seu primeiro nome), da senhora de Volanges, da tia de Valmont e do jovem que se apaixona pela Cécile e também tem uma participação importante nos acontecimentos desta história. Assim, são vários os pontos de vista, o que nos permite amarmos ou odiarmos determinados personagens, pois os conhecemos diretamente, através de suas próprias palavras. 

É angustiante observar a maneira como o Valmont invade a vida daquela mulher, como a usa, como a manipula, como a faz acreditar nele. E como ela não acreditaria? Talvez seja fácil julgar e condená-la estando de fora da situação, mas eu não fui capaz de fazer tal coisa. Ao me permitir entrar na história, viver tudo com os personagens, eu tinha total noção de como Valmont era habilidoso no seu jogo e como seria fácil para qualquer pessoa acreditar em suas palavras. Ele dizia tudo de tal maneira, com tanta verdade, que ele próprio por vezes acreditava no que dizia! Sabe essas pessoas que mentem ao ponto de acreditar na própria mentira? Assim era ele. 

"Ah, virá cedo demais o tempo em que, degradada pela sua queda, ela não será mais para mim senão uma mulher comum."

- Ela era uma pessoa feliz com a vida que levava. Amada de maneira tranquila e confiante pelo marido, querida pelos amigos e pela sociedade que a admirava, encontrava prazer em ajudar os outros e dedicar-se ao Deus no qual acreditava. Nunca experimentara a intensidade da paixão e não desejava para si nenhum sentimento que pudesse perturbá-la. Não é fácil para Valmont seduzi-la, por isso ele recorre à sua religião, pois ali encontrava uma porta para acessar sua vida e aproximar-se dela. 

Mas quando ela percebe que começava a sentir por ele coisas que antes desconhecia, luta com todas as suas forças para resistir, para afastá-lo, para fugir dos sentimentos que a confundiam. E quanto mais ela lutava com mais determinação ele aproximava-se, excitando-se com suas lágrimas, com suas súplicas, com suas tentativas de evitá-lo. Até mesmo em seu desespero ele encontrava prazer e estava empenhado em esperar o tempo que fosse necessário para vencê-la pelo cansaço e tê-la exatamente onde desejava. 

"Que ela se renda, mas que lute; que, sem ter a força de vencer, tenha a de resistir; que saboreie longamente o sentimento de sua fraqueza e seja constrangida a confessar sua derrota."

- Ela não era uma mulher fácil que apenas estivesse fingindo "resistir" e Valmont sabia bem disso, o que o satisfazia ainda mais. É muito triste observar a luta dela, torcendo para que ela não caísse, para que lutasse contra o amor que acreditava estar começando a sentir por ele, torcendo para que ele não conseguisse destruí-la. Nós conhecíamos seus planos, sabíamos tudo o que ele pretendia fazer com ela e era desesperador não poder fazê-la enxergar isso, não sermos capazes de evitar a tragédia que se seguiria. 

Embora ela aguente durante meses, Valmont era realmente muito bom em sua sedução. Interpretou com maestria o papel de jovem apaixonado e destroçado por tal amor. Ele merecia um prêmio pela maravilhosa interpretação, sem sombra de dúvidas. E, em determinado momento, ela não suporta mais lutar. Acaba cedendo aos desejos dele e conhecendo a felicidade que antecederia a maior tristeza de sua vida. Uma tristeza que lhe roubaria tudo. 

"Eu era inocente e tranquila; foi por te ter visto que perdi o repouso; foi escutando-te que me tornei criminosa. Autor de minhas faltas, que direito tens de me punir?"

- Para mim, o trecho acima é um dos mais marcantes do livro. Que nos mostra toda a desesperança e dor dessa personagem. De uma mulher cujo crime foi se apaixonar pela pessoa errada. Uma mulher que lutou com todas as suas forças, que se afastou, que foi para bem longe dele, mas que acabou vencida por alguém muito mais experiente e ardiloso como ela jamais conseguiria ser. É de partir o coração o seu sofrimento. Foi a única personagem que me fez chorar. Foi a única por quem senti realmente. Ela não merecia tudo o que lhe aconteceu. Era uma pessoa boa, ingênua, feliz. Alguém que despertou sem mesmo tentar o interesse de alguém perigoso que não sossegou enquanto não destruiu a sua vida. O fim dela é triste e doloroso demais. Vocês não têm noção do quanto chorei, ainda que tivesse visto o mesmo final na minissérie. Eu sabia como terminaria sua história, mesmo assim ler foi pior que assistir. Não consigo aceitar algo tão injusto. Uma fala da amiga dela também me marcou bastante. Foi numa carta que a amiga escreveu à outra, após o final da minha personagem preferida. Nesse trecho da carta, ela lembrava do passado, de um ano antes, quando ambas conversavam sobre essa moça, sobre a certeza de que ela sempre seria uma pessoa feliz, daquelas raras que eram abençoadas com tudo o que uma pessoa poderia desejar. A senhora Volanges mostra o quanto estava inconformada que alguém como a presidenta, uma pessoa tão querida como ela, pudesse terminar daquela maneira. É algo que eu também não sou capaz de aceitar ou suportar. 

"Não há mais felicidade para mim, nem repouso, senão com a posse dessa mulher que odeio e amo com igual furor."

- É possível que muitas pessoas acreditem que o Valmont chegou a amar a mulher por quem ficou obcecado. Que tudo o que ele fez foi por amá-la loucamente. Mas nem por um segundo eu acredito em tal amor. Até mesmo a minissérie tentou nos fazer acreditar no amor dele e mesmo o autor do livro tenta redimi-lo no final, mas nada poderia me convencer. Tudo o que esse canalha faz... Não. Aquilo não era amor. Era obsessão sim, era maldade, ódio por encontrar em alguém as qualidades que ele jamais possuiria. Despeito por ver uma mulher tentar resistir aos seus avanços, uma vez que nenhuma jamais se atreveu a isso. Mas amor?! Nunca foi amor. Nem por um instante! Ele a empurrou para a morte. Ele a destruiu sem piedade. Espero que ele tenha queimado no inferno. A minha compaixão ele jamais irá encontrar. 

"Visconde, quando uma mulher golpeia o coração de outra, raramente deixa de encontrar o lugar sensível, e a ferida é incurável."

- E o que falar da nossa tão "querida" marquesa?! Se Valmont desempenhava com perfeição um papel, ela era a mente por traz de muitas das desgraças desta história. Profundamente perversa, era um perigo para todos os que a cercavam. Alguém que não hesitaria antes de fazer o que julgasse necessário para ter o que queria. Que seria capaz das piores crueldades para satisfazer seus desejos. Ela era muito inteligente, astuta, a única capaz de jogar com seu cúmplice, de fazer dele sua marionete. Ela controlava as vontades dele, seus passos, até seus pensamentos. Ele podia ser mau, mas ela era sua mentora e sua dona. E quando Valmont decide livrar-se de suas garras... As consequências são as piores possíveis. Ninguém a contrariava sem pagar caro por isso. Se ela era capaz de planejar, incentivar e aplaudir o estupro de uma adolescente e ainda empenhar-se em prostituí-la do que mais não seria capaz, não é mesmo? Esses dois amantes malditos realmente se mereciam. No fim, é uma certa justiça que tenha um acabado com o outro. Mas nem mesmo esse castigo foi suficiente para mim. Eles mereciam muito mais. 

"A humanidade não é perfeita em nenhum gênero, tanto no mal como no bem."

Publicado originalmente em 1782, este livro causou grande impacto na sociedade hipócrita da época. Muita gente chegou a acreditar que tratava-se realmente de uma coletânea de cartas verdadeiras, trocadas entre pessoas reais. E o autor dá a entender isso, de propósito. O livro mostra um outro lado da nobreza francesa. Um lado bastante obscuro e desumano. Eu fico aqui tentando imaginar como as pessoas devem ter reagido após ler tudo o que encontra-se nas páginas deste livro.rs Adoraria ter podido observar tais reações, as caras de choque, a indignação que sentiram... Mas o autor não criticou e atacou apenas a nobreza ou a sociedade de sua época. Não. Esta obra-prima vai muito além disso. Ele criticou a natureza humana de maneira geral, mostrando um lado vil que há em muitas pessoas por aí, em qualquer época ou lugar. Pessoas manipuladoras e que se divertem com o sofrimento dos outros existem aos montes por aí. Mesmo hoje existem relações perigosas. O livro Cuco é um exemplo disso. 

- Na minha opinião, muitos livros são considerados clássicos sem merecerem. Mas isso não se passa no caso de As Relações Perigosas. Este livro é realmente um clássico mundial, um livro muito importante que não me arrependo nem por um instante de ter lido. É verdade que ele mexe profundamente com nossos sentimentos, que um acontecimento é pior que o outro, que sofremos por aqueles que não mereciam um final tão terrível. Porém, mesmo assim é um livro que ninguém deveria perder a oportunidade de ler. 

"Vejo em tudo isso os maus castigados; mas não encontro consolo algum para suas desgraçadas vítimas."

Leitora apaixonada por romances de época, clássicos e thrillers. Mãe da minha eterna princesa Luana e dos meus príncipes Celestino e Felipe (gatinhos filhos do coração). Filha carinhosa. Irmã dedicada. Amiga para todas as horas. Acredita em Deus. E no poder do amor.

2 comentários:

  1. Adoro suas resenhas! Comprei esse livro há um tempo mas nunca li, pensando não ser tão bom assim. Mas depois de ler sua resenha sobre ele, me instigou totalmente à lê-lo e não tenho dúvidas de que vou gostar da história. Parabéns, Luna!

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  2. Muito obrigada! Me deixa muito feliz saber que você aprecia minhas resenhas. :) Obrigada mesmo!

    O livro vale realmente a pena! Tenho certeza de que você não irá se arrepender! É uma história perturbadora, com antagonistas bastante cruéis, mas é aquele tipo de clássico que ninguém deveria perder a oportunidade de ler. Eu amei!

    Bjs!

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