7 de agosto de 2017

Os Elefantes não Esquecem - Agatha Christie

Tempo de leitura:
(Título Original: Elephants can remember
Tradutor: Newton Goldman
Editora: Círculo do Livro)

Hercule Poirot parou no alto do penhasco. Neste cenário, uma mulher sofrera um trágico acidente, anos atrás. Algum tempo depois, mais uma tragédia: dois outros corpos foram descobertos - marido e mulher - mortos a tiros. Mas quem matou quem? Teria sido um pacto suicida? Um crime passional? Ou um assassinato a sangue-frio? Poirot embrenha-se no passado e descobre que "antigos pecados deixam marcas profundas".


Palavras de uma leitora... 


- Nossa! Fazia anos que eu não lia nada da Agatha Christie. Estava com saudades, mas, por algum motivo que desconheço, não coloquei suas histórias na minha meta de leituras de 2017. Um equívoco, sem sombra de dúvidas. Até porque tenho vários livros da autora na minha lista de futuras leituras... 

Por causa da Maratona Literária de Inverno, mais especificamente, por conta do Desafio Extra, acabei passando Os Elefantes não Esquecem na frente de diversos livros. E é realmente uma história que vale a pena. Daquelas que lemos de uma tacada só, pois a curiosidade nos faz virar uma página após outra até terminar. 

[...] há um velho ditado que diz que os elefantes não esquecem!"

Ariadne Oliver é uma famosa escritora de romances policiais, que detesta estar rodeada por pessoas, pois sempre é atacada pela timidez e o choque provocado pela maneira exagerada com a qual os fãs a abordam. Ela prefere ambientes sossegados e jamais aceita convites para homenagens ou coisas similares. Mas, surpreendendo a si mesma, resolveu aceitar aquele convite em especial. Algo que acaba por lamentar antes do fim do evento. 

Ela e alguns outros escritores queridos estavam sendo homenageados no evento em questão. Era para tudo correr bem e Ariadne chegou a acreditar, com um pouco de incredulidade, que as coisas terminariam sem nenhum incidente. Mas toda a sua esperança se desfaz quando uma mulher desagradável a aborda, desejando saber se ela possuía a resposta para um antigo crime, aparentemente sem solução. E não era algo que ela tivesse criado num de seus livros, mas sim um crime real, bastante próximo, pois uma das vítimas era uma amiga de infância de cuja filha Ariadne era madrinha. 

Tudo tinha ocorrido cerca de doze anos atrás. Um casal foi encontrado morto à tiros, durante um passeio que faziam com frequência perto de sua propriedade. Após diversas investigações, o caso foi arquivado sem que a polícia obtivesse uma resposta satisfatória. Tudo indicava que se tratava de um pacto de morte ou, talvez, um homicídio seguido de suicídio. Para a maior parte das pessoas, o marido matara a esposa e depois se matara ou vice-versa. 

Com o passar do tempo, as pessoas começaram a esquecer a comoção que a morte daquele casal, aparentemente feliz e que se amava, provocou. E assim os anos se passaram sem que ninguém jamais tivesse procurado reabrir o caso e levantar antigas perguntas sem respostas. 

Todavia, após as desagradáveis perguntas daquela desconhecida, Ariadne percebe que ela própria deseja saber... e para isso contará com a ajuda de Hercule Poirot, a única pessoa capaz de juntar as informações fornecidas pelos elefantes. 

"O certo é que a gente nunca sabe as infelicidades íntimas das pessoas."

- Eu gostei muito da história. Não é a minha preferida da autora nem nada. Na verdade, é inferior aos outros livros que já li da Agatha. Todavia, segue sendo um livro envolvente, que nos prende e que não conseguimos largar enquanto não descobrimos todas as respostas. Eu sou uma pessoa curiosa por natureza, então é claro que não conseguia me concentrar muito em outras coisas, pois desejava voltar para a história e desvendar todos os segredos.rs 

Para mim, foi um tanto óbvio quem tinha causado toda a tragédia. Isso estava bem claro. Quando certas pistas foram dadas antes da primeira metade do livro, eu já formei uma ideia. Não sabia como tinha ocorrido ainda, até que mais informações foram sendo dadas e aí fui montando o quebra-cabeça. Não cheguei a descobrir como se passou o crime central, a morte do casal à tiros, mas solucionei o que veio antes... os "antigos pecados que deixam marcas profundas". Eu sabia do que se tratava. Mesmo assim fiquei perturbada pelos acontecimentos. Uma tragédia que poderia ter sido evitada! Mas quando amamos... muitas vezes acabamos nos esquecendo de nós mesmos. E abrimos mão de tudo, até da vida, por aquele a quem damos o nosso amor. 

Achei interessante a Agatha colocar-se como protagonista da história. É bem fácil perceber que a Ariadne foi inspirada nela própria. Como se ela tivesse se transformado na personagem, numa forma de estar mais próxima dos demais personagens e dos acontecimentos. Isso me divertiu bastante.rs

- Não é um livro arrebatador, mas é um romance policial que vale a pena, que lemos em poucas horas e não abandonamos antes do final. Como eu disse, não é o melhor livro da autora, ainda assim não me arrependi nem por um instante de ler. Foi maravilhoso matar a saudade do Hercule Poirot! :)

Esta seria minha leitura extra para a Maratona Literária de Inverno 2017. Como resolvi fazer faxina na minha estante, não consegui terminar à tempo, mas valeu mesmo assim.rsrs O Desafio Extra consistia em ler: um livro que você cogitou colocar na TBR (pilha de livros a ser lida), mas acabou desistindo ou trocando por outro. Os Elefantes não Esquecem quase ocuparam o lugar do livro do Desafio 1, que era ler um livro com capa azul. Acabei trocando por Nacida Bajo el Signo del Toro, por isso ele tornou-se uma leitura extra.rs

Leitora apaixonada por romances de época, clássicos e thrillers. Mãe da minha eterna princesa Luana e dos meus príncipes Celestino e Felipe (gatinhos filhos do coração). Filha carinhosa. Irmã dedicada. Amiga para todas as horas. Acredita em Deus. E no poder do amor.

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