28 de agosto de 2020

O Curioso Caso de Benjamin Button - F. Scott Fitzgerald

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Literatura norte-americana
Título Original: The curious case of Benjamin Button
Tradutor: Rodrigo Breunig
Editora: Folha de São Paulo
Edição de: 2016
Páginas: 56
46ª leitura de 2020 (44ª resenha do ano)

Coleção Folha Grandes Nomes da Literatura #2

Sinopse: Nascer, crescer, envelhecer e morrer são etapas de todo destino e só a ficção permite imaginar outros rumos. F. Scott Fitzgerald (1896-1940) fantasiou a inversão da seta do tempo em O curioso caso de Benjamin Button, a saga de um homem que nasce velho e morre bebê. O autor conquistou fama aos 23 anos com um romance sobre a ascensão de um jovem, como ele, impaciente para conquistar o mundo. Logo encontrou mais de um estímulo para assumir o papel de ícone de uma era, os anos 1920, louca, impulsiva e acelerada. Uma nota em seu diário diz: "A felicidade depende do bom desempenho das funções naturais, exceto uma - envelhecer". Sua morte, aos 44 anos, exemplica o lema "viva rápido, morra jovem", um modo até hoje eficaz de alcançar a imortalidade. O curioso caso de Benjamin Button, publicado em 1922, combina fantasia e realismo para anunciar a busca por rejuvenescimento que convertemos em obsessão. Não falta, porém, melancolia a esta fábula que inverte a cronologia para concluir que no fim das contas tanto faz ganhar ou perder. 



Já tinha ouvido falar tanto desta história que sentia imensa vontade de lê-la, mas nunca encontrava a oportunidade. Ouvi falar bastante do filme também, embora nunca tenha assistido. E realmente é um livro "curioso", interessante. 

Nele temos a história de Benjamin Button, uma "criança" nascida no ano de 1860, quando ainda era comum que o parto ocorresse em casa. Todavia, seus pais decidiram que o primeiro filho deles nasceria num hospital. Ambos estavam muito ansiosos, loucos para que o grande dia chegasse, mas também sentiam medo, principalmente o futuro pai, que já criava grandes expectativas em relação ao futuro do filho. 

Só que nada aconteceu como desejavam. Ao chegar ao hospital, o senhor Roger Button foi recebido com desprezo, como se tivesse cometido algum pecado muito grande. Não entendia o comportamento dos médicos ou das enfermeiras, mas a angústia o invadia, pois algo certamente acontecera... alguma coisa relacionada ao nascimento do seu bebê. Desesperado, ele exigiu ver o filho e logo foi atendido, se deparando com o que só poderia considerar um pesadelo. 

Em vez de um bebê, o que encontrou quase totalmente para fora do berço foi um velho bastante acabado, aparentemente no final da vida, que de modo algum poderia ser visto como um recém-nascido. Porém, para sua completa incredulidade, a enfermeira insistia que aquele idoso era o seu bebê e, depois de alguns minutos de tormento, ele não teve outra alternativa senão aceitar a realidade. Seu filho nascera com todas as características de um velho de 70 anos. Tudo nele estava de acordo com a aparente idade, mas era o seu bebê. Por algum estranho erro do destino. 

E a história gira em torno deste acontecimento bizarro, com várias cenas cômicas e completamenete surreais. O pai do Benjamin condiciona a própria mente a negar a realidade e enxergar o filho como um bebê, mesmo que ele claramente não fosse. Tenta vesti-lo como bebê, compra brinquedos de acordo com a idade que ele deveria ter... Poucos anos mais tarde o coloca no jardim de infância... Enfim... Ele estava perturbado e segue assim pelo resto da vida. 

O mais interessante nesta história curtinha é o processo inverso de crescimento do protagonista. Em vez de crescer como qualquer criança, nascendo bebê e ir amadurecendo até atingir a velhice, o Benjamin começa do avesso. Ele nasce idoso e com o passar dos anos vai se tornando jovem, decrescendo. Quanto mais o tempo passa mais jovem ele fica, o que acabará por também se tornar um problema a longo prazo. 

Eu gostei da história, é divertida em alguns momentos e em outros até nos faz refletir sobre juventude, velhice e relações familiares. Confesso que o final me deixou triste, que mesmo que já esperasse por aquilo me entristeceu a forma como aconteceu. 

Foi minha primeira experiência com uma obra do autor e um bom início. Fiquei interessada em ler mais coisas dele. 
 

-> DLL 20: Um livro de autor ainda não lido


Leitora apaixonada por romances de época, clássicos e thrillers. Mãe da minha eterna princesa Luana e dos meus príncipes Celestino e Felipe (gatinhos filhos do coração). Filha carinhosa. Irmã dedicada. Amiga para todas as horas. Acredita em Deus. E no poder do amor.

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