18 de outubro de 2020

Colega de Quarto - Victor Bonini

Tempo de leitura:


Literatura Brasileira
Editora: Faro Editorial
Edição de: 2015
Páginas: 280

57ª leitura de 2020 (52ª resenha do ano)

Sinopse: Eric Schatz, carioca que se mudou para São Paulo por conta do curso universitário, começa a perceber indícios de que há mais alguém frequentando o seu apartamento. Primeiro, um par de chinelos. Então, uma outra escova de dentes. Depois, um micro-ondas que é ligado sozinho durante a noite, barulhos estranhos a qualquer hora e luzes que se apagam de modo misterioso. Até que, num final de tarde, Eric enxerga o vulto do colega de quarto entrar em seu apartamento pela porta da frente. Desesperado, o rapaz vai atrás de um detetive particular, mas parece ser tarde demais. Em menos de 24 horas, tudo acontece de modo acelerado e depois de uma ligação desesperada, cortada abruptamente, Eric despenca da janela do seu apartamento. Em seu livro de estreia, o autor nos apresenta uma história urbana de tirar o fôlego. Um mistério que passa por uma relação familiar complicada, suspeitas por todos os lados, e camadas e camadas de culpados. Há alguém inocente?





Lembro da primeira vez que vi este livro quando passei por uma galeria a caminho do meu estágio, alguns anos atrás. Até então não tinha ouvido falar da história, não sabia nada sobre o autor ou a obra e a capa simplesmente me atraiu. Muito! Então, quando li a sinopse descobri que precisava ler esta história, que tinha tudo para me envolver, para se tornar um dos meus livros de suspense preferidos! Realmente apostei tudo na obra, acreditando muito que iria amá-la. 

Por conta de outras leituras, não consegui ler o livro logo que o comprei e aí, com o passar do tempo, vi resenhas de outros livros do autor, como O Casamento e Quando Ela Desaparecer. Cheguei a pensar em comprar os referidos livros antes mesmo de ter lido Colega de Quarto, mas felizmente me segurei.rs 

E agora... Depois de ter concluído a leitura do livro... Não sei dizer qual livro de suspense me fez perder mais tempo este ano: se O Homem de Giz ou este sobre o qual agora escrevo. 

Sim, o livro se tornou uma grande decepção para mim. Principalmente porque eu estava cheia de expectativas. Porque acreditava com todo o meu coração que seria um 5 estrelas e favorito. Mas logo após as primeiras páginas já percebi o quanto estava equivocada em minhas esperanças. A história não era nada do que eu imaginava, a narrativa não me envolvia e os personagens eram caricatos e superficiais. Sem mencionar os diálogos! Eram a pior parte da história para mim, me faziam interromper a leitura e fechar os olhos, me recusando a acreditar que personagens adultos e supostamente maduros não sabiam conversar sem parecerem crianças birrentas. 

O livro traz o mistério em torno da morte de Eric Schatz, um estudante universitário que morava sozinho no seu apartamento num prédio de alto luxo, quando de repente começou a ser perturbado por estranhos acontecimentos. Primeiro apareceu no quarto de hóspedes um chinelo que ele nunca tinha visto. Depois, uma escova de dentes que não era sua. Micro-ondas sendo ligado de madrugada e o barulho da descarga, usada quando ele defnitivamente não estava no banheiro. Até que ele vê o vulto de um homem entrando em seu apartamento pela porta da frente. Apavorado, Eric procurou a ajuda de um detetive, sem saber no que acreditar: existiria alguém mais morando em seu apartamento? Ou... ele simplesmente estava enlouquecendo? 

Todavia, antes que pudesse obter as respostas que buscava, ele despenca da janela de seu apartamento, em aparente suicídio. É quando Conrado Bardelli, um advogado que também trabalhava como detetive particular, decide investigar o que haveria por trás da morte de Eric, até porque ele foi o detetive que o jovem procurou em busca de ajuda antes de supostamente resolver se suicidar. 

Durante suas investigações acaba esbarrando nos segredos de outras pessoas... e um crime é cometido, algo que pode ter ligação com a morte de Eric. São muitas as perguntas e vários os suspeitos. E ele não descansaria até descobrir toda a verdade. 

Sem somba de dúvidas, a premissa do livro era incrível e a sinopse faria qualquer pessoa desejar conhecer a história, pois prometia um suspense daqueles de nos deixar sem fôlego. O livro tinha potencial, motivo pelo qual dei 3 estrelas, mesmo não tendo gostado nada da leitura. 

O livro nos lembra as histórias da Agatha Christie, mas apenas isso. Só lembra, mas segue por um caminho bem diferente, com personagens de comportamento muito infantil e um detetive que rapidamente esquecerei e não desejarei reencontrar em nenhuma outra obra do autor. Sim, ainda pretendo dar outra chance a um livro do autor, mas apenas se não tiver esse detetive. Ele me desagradou desde o princípio. Talvez vocês não se lembrem, mas houve uma época em que comecei a ler uma série do James Patterson e que abandonei por conta do detetive idiota das histórias: o Alex Cross. Eu acreditava que ele seria o pior detetive que eu teria o desprazer de conhecer na minha vida como leitora, que nenhum outro conseguiria superá-lo em estupidez. Mas o Conrado Bardelli e o Alex Cross se dariam muito bem. Os dois são bem parecidos. Ambos são tão tolos que é difícil de acreditar que são os detetives das histórias, que tudo se "desvenda" graças a eles. Uma piada. Lembro de um livro no qual um vilão disse ao Alex Cross que ele era uma piada. É incrível como isso também se aplica perfeitamente ao Conrado Bardelli.rs

Estou sendo muito dura com o livro? Quem acompanha meu blog sabe que quando amo uma história eu digo com todas as letras, mas quando detesto também faço o mesmo. E não importa se o livro é inglês, alemão, americano, japonês, brasileiro ou o que seja. Têm leitores que consideram inaceitável fazer resenha negativa de um livro nacional e reagem com agressividade contra quem não enche o livro de elogios. Mas a leitura é algo pessoal e quem lê tem direito a sua opinião. 

Eu não gostei do livro. Achei o detetive uma piada e não recomendo a história. Se não fosse pelo potencial que o livro tinha sequer receberia 3 estrelas. Mas isso não significa que ao ler você terá a mesma opinião que eu. Existem muitos livros que eu amo e outras pessoas odeiam. É a vida.rs 



-> DLL 20: Um livro de suspense/terror

 

Leitora apaixonada por romances de época, clássicos e thrillers. Mãe da minha eterna princesa Luana e dos meus príncipes Celestino e Felipe (gatinhos filhos do coração). Filha carinhosa. Irmã dedicada. Amiga para todas as horas. Acredita em Deus. E no poder do amor.

3 comentários:

  1. Oi Luna!
    Li e resenhei esse livro, eu adorei o enredo apesar do detetive estar tedioso na história, os fatos decorrente na trama foi que me envolveu e atiçou minha curiosidade. Gostei de sua sinceridade se não gosta de uma leitura não tem que agradar seja quem for. Parabéns pela resenha, bjs!

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  2. Oi, tudo bem?
    Eu não conhecia esse livro ainda, mas que pena que se decepcionou tanto. Já vi muitos elogios para a escrita desse autor, mas nunca tive muita curiosidade de ler por não ser muito meu estilo. Mas sei como é ruim ter altas expectativas para um livro e se decepcionar. Uma pena que o detetive seja um personagem tão insuportável, pois ele claramente é o personagem central na trama e não gostar dele compromete a leitura né?
    Mas, mesmo achando uma pena você ter se decepcionado, amei sua resenha e forma sincera como falou sobre o livro.
    Beijos!

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  3. Confesso que esse livro nunca me atraiu e agora lendo sua resenha percebo que sorte tive de não ser atraída por ele rsrs Tomara que suas próximas leituras de suspense sejam melhores!

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