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2 de janeiro de 2021

Livros lidos e não resenhados (outubro, novembro e dezembro de 2020)


Literatura Infantil
Título Original: Lunchtime
Tradutora: Juliana Torres
Editora: Melhoramentos
Edição de: 2018
Páginas: 31 (e-book)

59ª leitura de 2020

Sinopse: Chegou a hora do almoço para uma garotinha, mas ela não está com a mínima fome. A pequena recebe visitas inesperadas e famintas, que... Nham, nham!... comem toda a sua comida! Ufa! Ainda bem que crianças não são saborosas... É hora do almoço! é uma colorida história sobre comida, amizade e diversão! Será que vai dar fome?



Esta é uma historinha infantil, que dá para ler em menos de vinte minutos de tão curtinha. Nela temos uma pequena travessa que não quer comer, pois está muito ocupada desenhando e pintando. Então, a mãe, brava, manda ela sentar à mesa para comer, mas a garotinha apenas fica lá sentada, sem nem tocar na comida, de birra. Claro que não era certo desperdiçar a comida, é o que pensam o crocodilo e o urso que resolvem saborear a refeição no lugar dela.rs Ah, o lobo também aparece para compartilhar a refeição! É uma historinha bem simples e divertida.




Literatura Inglesa
Título Original: Persuasion
Editora: L&PM Pocket 
Edição de: 2011
Páginas: 256

61ª leitura de 2020

Sinopse: Anne Elliot é uma nem tão jovem solteira que, seguindo os conselhos de uma amiga, dispensara, sete anos atrás, o belo e valoroso - porém sem título nobiliárquico e sem terras - Frederick Wentworth. No entanto, o futuro sentimental e financeiro de Anne não é muito promissor, e quando o destino a coloca frente a frente com Frederick, agora um distinto capitão da Marinha britânica, reflexões, conjunturas e arrependimentos são inevitáveis.



O único motivo para eu não ter feito resenha deste livro é que já o li antes, em 2018, e fiz resenha na época (clique aqui para lê-la). Eu o reli em outubro numa leitura coletiva pelo WhatsApp e foi maravilhoso revisitar esta história e seus personagens tão marcantes. Recordei os motivos para ter amado tanto a história quando a li pela primeira vez, bem como voltei a passar raiva com aquela família egoísta na qual a Anne teve o azar de nascer. Mas foi impossível não tornar a sonhar com o amor tão lindo que unia Anne e Frederick e nem o passar do tempo conseguiu destruir. Amo muito este casal!




Literatura Nigeriana
Tradutora: Christina Baum 
Editora: Companhia das Letras
Edição de: 2014
Páginas: 37 (e-book)

64ª leitura de 2020

Sinopse: O que significa ser feminista no século XXI? Por que o feminismo é essencial para libertar homens e mulheres? Eis as questões que estão no cerne de Sejamos todos feministas, ensaio da premiada autora de Americanah e Meio sol amarelo.

"A questão de gênero é importante em qualquer canto do mundo. É importante que comecemos a planejar e sonhar um mundo diferente. Um mundo mais justo. Um mundo de homens mais felizes e mulheres mais felizes, mais autênticos consigo mesmos. E é assim que devemos começar: precisamos criar nossas filhas de uma maneira diferente. Também precisamos criar nossos filhos de uma maneira diferente."
Chimamanda Ngozi Adichie ainda se lembra exatamente da primeira vez em que a chamaram de feminista. Foi durante uma discussão com seu amigo de infância Okoloma. "Não era um elogio. Percebi pelo tom da voz dele; era como se dissesse: 'Você apoia o terrorismo!'". Apesar do tom de desaprovação de Okoloma, Adichie abraçou o termo e — em resposta àqueles que lhe diziam que feministas são infelizes porque nunca se casaram, que são "anti-africanas", que odeiam homens e maquiagem — começou a se intitular uma "feminista feliz e africana que não odeia homens, e que gosta de usar batom e salto alto para si mesma, e não para os homens".
Neste ensaio agudo, sagaz e revelador, Adichie parte de sua experiência pessoal de mulher e nigeriana para pensar o que ainda precisa ser feito de modo que as meninas não anulem mais sua personalidade para ser como esperam que sejam, e os meninos se sintam livres para crescer sem ter que se enquadrar nos estereótipos de masculinidade.

 




Esta foi minha primeira experiência com uma obra da autora. Aqui temos um texto de não ficção, uma versão modificada, conforme a autora diz na introdução do livro, de uma palestra que ela deu em dezembro de 2012, durante uma conferência. No livro, a Chimamanda fala de suas próprias experiências ao presenciar atitudes machistas (até mesmo de amigos e parentes que não percebem o machismo em suas atitudes) e ao se reconhecer como uma pessoa feminista. As dificuldades de ser feminista num mundo tão problemático e num país onde existem costumes que tornam ainda mais árdua a sua luta por igualdade. 

"A cultura não faz as pessoas. As pessoas fazem a cultura. Se uma humanidade inteira de mulheres não faz parte da nossa cultura, então temos que mudar nossa cultura."

É um livro incrível, que eu devorei encantada! E decidi que quero ler tudo o que esta autora escrever! Cheguei a ler longos trechos para minha mãe e minha tia, pessoas que eu luto para que entendam a essência do feminismo, pois é um movimento com o qual elas não têm muita intimidade, não conhecem, apenas ouvem falar coisas ruins sobre o assunto e eu tento mudar isso. Tento mostrar que ser feminista é algo bom, necessário para a construção de um mundo melhor. Amei demais este livro!




Literatura Nigeriana
Editora: Companhia das Letras
Edição de: 2017
Páginas: 57 (e-book)

65ª leitura de 2020

Sinopse: Um texto comovente e propositivo de uma das maiores escritoras contemporâneas sobre como combater o preconceito pela educação.

Após o enorme sucesso de Sejamos todos feministas, Chimamanda Ngozi Adichie retoma o tema da igualdade de gêneros neste manifesto com quinze sugestões de como criar filhos dentro de uma perspectiva feminista.
Escrito no formato de uma carta da autora a uma amiga que acaba de se tornar mãe de uma menina, Para educar crianças feministas traz conselhos simples e precisos de como oferecer uma formação igualitária a todas as crianças, o que se inicia pela justa distribuição de tarefas entre pais e mães. E é por isso que este breve manifesto pode ser lido igualmente por homens e mulheres, pais de meninas e meninos.
Partindo de sua experiência pessoal para mostrar o longo caminho que ainda temos a percorrer, Adichie oferece uma leitura essencial para quem deseja preparar seus filhos para o mundo contemporâneo e contribuir para uma sociedade mais justa.

 



No mesmo dia que terminei de ler o livro anterior, eu comecei a ler este da mesma autora, e que mais uma vez aborda o feminismo, só que agora dando orientações para uma amiga na educação de sua filha como uma menina feminista. A amiga dela tinha pedido sua ajuda, pois queria educar a filha da melhor maneira possível, ensinando valores que a preparassem para enfrentar um mundo desigual, e ter a força necessária para lutar por seus direitos. Eu apreciei muito a leitura e entendi que originalmente era uma carta particular, uma conversa entre a autora e sua amiga. O ponto que não me agradou foi o livro vir com o título "para educar crianças feministas", dando a ideia que são orientações voltadas tanto para a educação de meninas quanto de meninos. E isso não é verdade. Aqui eu não estou fazendo nenhuma separação ou limitação de gênero, não é nada disso. É que a autora o tempo todo volta seu texto para a educação da filha de sua amiga, aplicando e voltando seus ensinamentos apenas para as meninas. E eu esperava algo diferente. Esperava que fosse tanto para meninas quanto para meninos, que fosse realmente um livro com orientações para educar crianças feministas, independente de ser uma menina ou um menino. Embora algumas coisas sim se apliquem aos dois, o livro não é voltado para isso. As orientações acabam excluindo os meninos e fiquei decepcionada com isso, já que a própria autora, em seu livro anterior, defende que o feminismo não é exclusivo das mulheres. Que os homens podem, e devem, ser feministas, fazerem parte desta luta. 



9 de setembro de 2020

A Abadia de Northanger - Jane Austen


Literatura Inglesa
Título Original: Northanger Abbey
Tradutor: Rodrigo Breunig
Editora: L&PM Pocket
Edição de: 2011
Páginas: 272

49ª leitura de 2020 (46ª resenha do ano)

Sinopse: Catherine Morland, dezessete anos, coração puro, é uma mocinha ingênua, viciada em livros repletos de desventuras horripilantes e amores trágicos. Sabendo sobre a vida apenas o que leu nos romances, ela sai de seu obscuro vilarejo natal para passar uma temporada em Bath, estação balneária frequentada pela aristocracia inglesa, onde conhece bailes excitantes, uma amiga amabilíssima, um cavalheiro encantador e outro insuportável. E sai de Bath para ser hóspede, como num sonho, de uma abadia. A antiga construção, porém, revelará sinais misteriosos, indícios de que foi cenário, no passado, de um crime medonho. Exatamente como ela lera nos livros...



Estou passando por dias um tanto ruins na minha vida e confesso que não me sinto capaz de escrever esta resenha. Mas este é um livro que me encantou tanto que eu resolvi pelo menos tentar falar sobre ele. 

Persuasão era até agora o meu livro preferido da Jane Austen. Todavia, depois da maravilhosa experiência de ler A Abadia de Northanger, eu já não sei mais o que fazer.rsrs Acho que vou deixar os dois ocuparem o primeiro lugar entre os mais amados da autora...

Quando iniciei esta leitura eu não sabia bem o que esperar. Não é um dos romances mais famosos dela, poucas vezes li resenhas sobre ele (na verdade, no momento, sequer consigo lembrar de nenhuma resenha que tenha lido!) e, no fundo, acreditava que não chegaria aos pés das outras histórias. Só que logo no início, a ironia da autora, bem mais explícita neste romance do que em qualquer outra história que já li dela, já me fascinou e eu ria tanto com a maneira como ela debochava dos costumes e das relações de "amizade" existentes entre alguns personagens, que consegui perceber que este livro me preparava grandes surpresas...

Nele temos uma heroína que não possui muitas características dignas de uma heroína (segundo a autora, que o tempo inteiro "se mete" na história.rsrsrs), que tudo o que conhece da vida é o que leu em seus amados livros (vários deles de terror) e a pouca experiência que tinha em se relacionar com outras pessoas, vez que vivia num vilarejo de onde jamais tinha saído. Ela tinha apenas dezessete anos e era bastante ingênua, inclusive para a idade. 

Um dia, o senhor e a senhora Allen, que não tinham filhos e viam em Catherine sua protegida, resolveram levá-la para uma temporada em Bath, algo que a empolgou bastante. Era sua primeira chance de conhecer outros lugares, outros tipos de pessoas e possivelmente um "mocinho" adequado. Lá, Catherine acaba desenvolvendo amizade com Isabella Thorpe, que lhe jura fidelidade eterna e não consegue passar sequer um dia longe de sua "amada amiga". Isabella possuía um irmão, John Thorpe, que por coincidência era o melhor amigo do irmão da nossa mocinha. 

Além desses personagens, que serão significativos na vida de nossa heroína, ela também conhece Henry Tilney, por quem sente uma "inexplicável" atração. Só com ele queria realmente dançar. Só com ele era interessante conversar e o mais fascinante é que Henry não via os romances com desprezo, como outras pessoas, e não é nada mau se interessar por alguém que aprecia os livros, certo? Só que existia John Thorpe, o desagradável e "chiclete" irmão de sua amiga. Alguém que amava muitíssimo a si mesmo (e ninguém mais) e estava determinado a conquistar Catherine e atrapalhar sua amizade com os Tilney.

E como se não bastasse os grandes desafios que Catherine terá que enfrentar ao lidar pela primeira vez com a hipocrisia de outras pessoas, sua imaginação tão fértil conseguirá colocá-la numa certa confusão... em uma determinada abadia.  

Mas se tem uma coisa garantida nesta divertida e envolvente história é o final feliz! Dele, Jane Austen não abre mão. Para a alegria de nós leitores, claro!

" - A pessoa que não sente prazer com um bom romance, seja cavalheiro ou dama, só pode ser intoleravelmente estúpida."

Eu amei cada momento da leitura e só queria devorar as páginas para saber como terminava. É uma história na qual a autora usa e abusa da ironia como nunca a vi fazer (geralmente nos outros livros, ela é mais implícita) e isso foi o que mais me agradou. Me proporcionou muitas risadas e a maneira como ela se metia na história, conversando com nós leitores, também foi um espetáculo. Era como se ela realmente estivesse falando diretamente com a gente e isso foi incrível. Amei demais este livro! 

Impossível não mencionar o talento da autora para expor certas amizades falsas escondidas sob um verniz de grande carinho, bem como a hipocrisia daqueles que só se aproximam de outros por interesse e os tratam como os mais "preciosos do mundo", de acordo com o status e a riqueza deles. Vários personagens eram tratados de acordo com sua fortuna, as pessoas valiam apenas o que tinham... algo não muito diferente do que ainda acontece nos dias de hoje. 

Além disso, de maneira um tanto mais implícita, ela também menciona a realidade de filhos submetidos a pais controladores e abusivos, que precisam "pisar em ovos" todos os dias para lidar com alguém de quem não podiam se libertar pelos laços de sangue e de afeto. Uma das coisas que mais me enfurecia neste aspecto, era a maneira como aquele pai sempre falava pela filha, anulando suas vontades, anulando sua voz. E como, inclusive, a envergonhava na frente de outras pessoas. O tempo inteiro ela tinha que agir com cautela, tentando lidar com uma situação com a qual não teve outra escolha senão se acostumar... até ter a oportunidade de escapar daquilo pelo casamento. Tudo isso é mostrado de forma mais implícita, como eu disse, mas está ali para o leitor perceber. 

A relação entre Catherine e Henry é bem fofa, mas até nisso a autora teve que ser única.rsrs Só lendo para vocês entenderem. Gostei demais dos dois juntos e torci muito por seu final feliz. 

A história de alguns personagens não "fechou" como eu gostaria, mas a autora fez de propósito para que nossa imaginação fizesse sua parte. E como não falar da paixão da protagonista pelos livros???? É tão maravilhoso encontrar um personagem que seja leitor! Infelizmente, não aprecio o mesmo gênero literário que ela, mas só o fato de ela ser leitora já me deixou com um sorriso no rosto. E era bem divertido ler sobre as loucuras que a mente dela aprontava influenciada pelos livros lidos.kkkkkk... Ela é bem doidinha!

Enfim... É isto, queridos! Sei que esta resenha não é digna da história, mas fico feliz por passar pelo menos um pouquinho do meu amor pelo livro. Espero que tenham gostado! :)


-> DLL 20: Um livro lançado antes de 2016



8 de outubro de 2018

Persuasão - Jane Austen


Persuasão foi o último trabalho completo de Jane Austen. O livro conta a história de Anne Elliot, uma moça que "fora obrigada a ser prudente na juventude, e aprendera o romantismo à medida que envelhecia: a sequela natural de um começo antinatural". Anne é uma das heroínas mais tranquilas e reservadas de Austen, mas, ao mesmo tempo, é uma das mais fortes e abertas às mudanças. O livro enaltece a constância do amor numa época turbulenta na história da Inglaterra: as guerras napoleônicas. Escrito nesse período, o romance descreve como uma mulher pode permanecer fiel ao seu passado e, ainda assim, pensar em um futuro feliz. Austen expõe de maneira sutil como uma mulher pode passar por cima das convenções sociais e das restrições femininas em busca da felicidade.




Palavras de uma leitora...



- A capa acima não é da edição que li, mas sim da que desejo com todo o meu coração.rs Eu a namoro sempre que a vejo nas livrarias, mas sempre acabo tendo que comprar outros livros. :( Faço isso porque tenho vários livros na lista de prioridades e essa edição de Persuasão acaba não sendo por eu já ter o livro em outra edição (que é aquela rosa linda que vem com três histórias). A sinopse acima também não é da que li. 

De qualquer forma, a tradução é a mesma e ambas as edições são da Martin Claret. Amo todos os detalhes da minha rosa, é realmente linda. Ocorre que é pesada e um tanto desconfortável para a leitura (letras muito juntas, apertadas ao ponto de você misturar as linhas e ter que voltar a leitura). Tive que ler o livro só quando estava em casa, pois era impossível carregar por aí.rsrs Por isso que quando li Razão e Sensibilidade foi numa edição de bolso. Eu tenho a edição azul de luxo também, contendo outras três histórias da autora, mas não há a menor possibilidade de lê-las nela. Terei que comprar livrinhos de bolso ou ler em e-book. É uma edição que serve para colecionar, mas dificulta muito ler. Enfim...

- Vocês sabem que me apaixonei perdidamente por Orgulho e Preconceito e Razão e Sensibilidade. E que coloquei como meta ler todos os livros que a autora escreveu. Todavia, mesmo guardando com carinho essas duas histórias no coração, Persuasão conseguiu um canto exclusivo, especial. A construção dos personagens foi perfeita e a ambientação como sempre nos faz desejar estar nos lugares mencionados, sentimos até que estamos realmente lá, acompanhando o desenrolar dos acontecimentos. E das protagonistas que conheço a Anne consegue se destacar, mesmo com seu jeito reservado e tímido, mesmo tendo cometido o grave erro de se deixar persuadir pelos outros. De abrir mão do homem que amava porque seus familiares e sua amiga não o aceitavam, não o consideravam digno dela. O preço que pagou foi alto, sem dúvidas. E ter a noção disso tornava tudo pior. 

"Passaram-se poucos meses entre o começo e o fim daquele relacionamento; mas alguns meses não foram suficientes para pôr um fim nos sofrimentos que ele provocara em Anne."

Talvez jamais o revisse na vida. Ou, quem sabe, seus caminhos poderiam voltar a se cruzar quando ele já estivesse casado e pai dos filhos que deveriam ser deles. Nem sempre o destino nos permite consertar os erros do passado, as escolhas que tomamos podem alterar todo o nosso futuro, com consequências que nos marcam de uma forma ou de outra. E ao longo dos oito anos que se passaram desde que Frederick partiu, após o rompimento do relacionamento, Anne nunca conseguiu deixar de pensar nele. Mas tentava. Dia após dia levava a vida a qual se condenou, não aceitando nenhum outro homem, nenhuma outra proposta de casamento, porque sabia que não poderia ser feliz com alguém que não fosse ele. Vivendo numa casa com familiares que sabia que não faziam a menor questão de sua companhia ou se importavam se ela estava bem ou não. Foi a essas pessoas que ela deu ouvidos anos antes. E mesmo que sua amiga sim tivesse boas intenções, ao contrário de seu pai e irmã, a verdade é que nunca deveria ter rejeitado aquele que seu coração desejava. 

Agora aos vinte e sete anos e prestes a ter que abandonar o lar no qual crescera para ir viver em Bath com o pai e a irmã, Anne não sabia bem o que sentia. Sobretudo porque os inquilinos de seu pai, que passariam a viver em seu antigo lar, eram parentes dele, do homem que não esquecera. E não demora nada para que Frederick retorne à sua vida, mas não para reatar qualquer laço rompido. Não retorna por ela, mas para estar próximo de seus entes queridos e encontrar uma noiva adequada para finalmente estabelecer-se. Assim, obrigada a vê-lo por conta dos conhecidos em comum Anne acaba acompanhando dolorosamente de perto o progresso de sua relação com Louisa, a mocinha aparentemente perfeita e dona dos afetos dele. Alguém que não se deixaria persuadir, que não teria o defeito que para Frederick era o pior de todos. Que era imperdoável. 

"Ele a amara ardentemente e nunca amara outra mulher tanto quanto a ela; mas, a não ser por um natural sentimento de curiosidade, não tinha nenhum desejo de tornar a encontrá-la. O poder dela sobre ele acabara para sempre."

Mas teria o amor do passado morrido com a dor e a distância? Seria Frederick realmente indiferente à Anne do presente? Seria incapaz de perdoar os seus erros e recomeçar? O tempo... ele pode destruir muitas coisas, mas nunca um amor verdadeiro...

- Eu me emocionei muito com a história deste casal. É a primeira vez que os casais formados pela autora me causam tal impacto e olha que o Frederick durante o livro quase todo não recebe tanto destaque assim, sendo a história concentrada mais na Anne. Mesmo assim eu senti muito por eles. Por tantos anos perdidos, por tudo o que poderiam ter vivido. Não posso culpar o mocinho pelo fim do relacionamento. Sei que foi a Anne a errar, mas tenho que considerar que ela tinha apenas dezenove anos na época e nada conhecia do mundo, deixando que os "adultos" decidissem o que era adequado ou não e fortemente influenciada pela amizade com Lady Russell, cujos conselhos lhe eram tão importantes. Fez o que os outros queriam, mas enquanto sua família e sua amiga tão bem seguiram com suas próprias vidas foi ela a sofrer. Foi ela quem perdeu. E passou tantos anos sem realmente viver, estando à sombra da irmã, sendo praticamente invisível em sua casa. Ela era quem tinha ficado vazia. 

"Antes, eram tudo um para o outro! Agora, nada!"

- Não suportei nem por um instante a família da Anne. Que gente mais insuportável! Pessoas hipócritas, superficiais, que só se importavam com posição social e assuntos fúteis. Ao que parece a Anne tinha puxado à falecida mãe, mas acho que sua personalidade forte e sua inteligência eram muito próprias. Ela era uma mulher incrível, capaz de causar admiração em muitos dos personagens, mas insignificante para a própria família. A insensibilidade deles, o desprezo latente com o qual a tratavam me causou muita revolta. Eu sentia vontade de esganá-los, sobretudo por ver a maneira como a Anne estava acostumada com aquele tratamento, em sempre ser anulada, menosprezada pelas pessoas que deveriam amá-la, mas que só se lembravam de sua existência quando queriam usá-la. Eu só queria que ela acordasse e fosse embora. Que os mandasse para o inferno! 

- Outra questão é a tal da lady Russell. Mesmo sendo uma mulher boa e quase uma mãe para a Anne também era cheia de preconceitos e se acreditando no direito de se meter na vida da mocinha. Não consegui gostar dessa mulher. A verdade dela não tinha que ser a verdade da Anne e foram os seus preconceitos e malditas boas intenções que tanto influenciaram a mocinha, por causa dos laços de afetos que as uniam. Eu não consegui suportá-la. Gente intrometida assim só causa problemas para aqueles que julgam amar. E não posso perdoá-la por preferir a posição social que a felicidade daquela que tanto protegia. 

- Foi um livro que me provocou muitos sentimentos confusos. Revolta, amor, tristeza, alívio, medo... eu sentia muito medo do casal não ficar junto. Temia que tudo estivesse perdido, que não existisse retorno. Não vou dizer se o final é feliz ou não, mas posso afirmar que foi o livro da Jane Austen que mais me provocou angústia. Quando eu via o Frederick e a Louisa juntos eu é que sentia vontade de chorar. 

"Anne não desejava mais aqueles olhares e palavras. A fria polidez e a cerimoniosa graça demonstradas por ele eram piores do que tudo."

Enquanto a Anne estava lá forte e com aquela tranquilidade exterior que escondia seus sentimentos dos olhares das outras pessoas. Ela estava conformada. E eu querendo que ela fosse até ele e o obrigasse a escutá-la! Mas as coisas vão dar uma baita reviravolta, lhes garanto!rsrs E provocar sentimentos ainda mais intensos em nós leitores. É simplesmente a melhor história da autora para mim. E não sei se conseguirei amar mais algum outro livro dela do que esse. Se sentirei o mesmo, se eles conseguirão chegar aos pés deste livro. 

- Acredito que uma lição ensinada por esta história é não deixarmos que os outros tomem decisões por nós, não importa o quão bem intencionadas elas sejam. Temos o direito de fazermos nossas próprias escolhas e suportarmos as consequências delas. E nunca deixarmos de fazer algo, de seguir um sonho porque nossa família ou nossas amizades não acham que aquilo é bom para nós. Ouvir conselhos é importante, mas sermos incapazes de pensarmos e decidirmos por nós mesmos é muito grave. :( Anne aprendeu isso de maneira dolorosa e muitas eram as chances de nunca mais recuperar o que tinha perdido. A vida não é piedosa. Ela não vai ficar nos dando várias oportunidades de consertar nossos erros. E o tempo definitivamente não para. Ele passa... e como passa!

"[...] ele não conseguia vê-la sofrer sem desejar reconfortá-la."

- Este livro foi minha última leitura do mês de setembro e nem sabia se conseguiria fazer a resenha. Não encontrava as palavras, não sabia nem por onde começar. Só me pegava pensando... refletindo... e analisando minhas próprias escolhas.rs Sim, a história realmente mexeu muito comigo. Demais. 

25 de maio de 2018

Razão e Sensibilidade - Jane Austen

(Título Original: Sense and Sensibility
Tradutor: Roberto Leal Ferreira
Editora: Martin Claret
Edição de: 2013)

Razão e sensibilidade conta a história de duas irmãs que em razão do falecimento do pai, têm de se adaptar a um estilo de vida mais modesto, em meio a uma sociedade inteiramente dirigida pelas aparências.
Elinor é a mais prudente, contida e racional. Marianne, passional e sensível, recusa-se a agir como determina a sociedade ou a esconder seus sentimentos.
Ambas desafiam preconceitos e lutam pelo amor e pela felicidade numa sociedade em que uma "mulher de valor" deveria se conformar e permitir que sua vida fosse orientada pelas convenções.
Publicado pela primeira vez em 1811, este romance de Jane Austen foi, desde então, reeditado e reimpresso em numerosas e diferentes versões. A história foi também adaptada para o cinema - com as irmãs interpretadas por Emma Thompson e Kate Winslet -, para séries de TV e para o teatro.



Palavras de uma leitora...



- Eu nunca canso de me surpreender (e me condenar) por ter demorado tanto tempo a dar uma chance aos livros da Jane Austen. Fui uma retardada! Me privando de livros maravilhosos e que sempre me divertem, me encantam e me fazem refletir sobre diversos assuntos. Jane era brilhante. E se tivesse a chance de voltar no tempo... viajar por séculos anteriores... gostaria de ter o privilégio de conhecê-la. 

Foi por ter amado profundamente Orgulho e Preconceito ao lê-lo ano passado que tomei a decisão de incluir três romances da Jane na minha meta de leitura de 2018. Então, em breve vocês verão aqui resenhas de Emma e Persuasão, dois livros que estou mais do que ansiosa para ler. Porém, agora é hora de falar de Elinor e Marianne, duas irmãs completamente opostas, mas que tinham em comum a crença no amor e o desejo de encontrar a felicidade ao lado de alguém que realizasse os sonhos de seus corações. Enquanto a primeira desejava um amor calmo e paciente, que se contentasse em sentar-se ao seu lado numa noite de inverno, admirando o fogo e lendo um bom livro... Marianne queria isso e muito mais. Queria paixão. Intensidade. Queria que tudo fosse muio forte, incontrolável... Que seu amado partilhasse todos os seus prazeres, que sentisse como ela... que enlouquecesse como ela levado pelos anseios da alma. De qual das duas será que gostei mais?!kkkkkkkkk... Talvez por eu ser uma pessoa muito emotiva e apreciadora de histórias cujos protagonistas me demonstram com palavras ou atitudes como é forte o que sentem... Por eu ser dada a amar mais livros intensos... vocês possam acreditar que amei mais a Marianne, que ela era exatamente o tipo de mocinha que admiro. Todavia, as coisas não foram bem assim.rsrs

Elinor e Marianne, duas adolescentes com idade para se casar, eram frutos do segundo casamento do Sr. Henry Dashwood e durante boa parte de suas vidas viveram na propriedade de Norland que pertencia ao tio solteiro de seu pai e a qual ele herdaria quando da morte do tio. 

Seu pai tinha aceitado o convite do tio para que toda sua família residisse com ele, fazendo-lhe companhia na velhice. Por sentir um verdadeiro afeto pelo parente, Henry não considerou todos aqueles anos sacrifício algum, mas não pôde evitar uma pontada de desespero quando o tio morreu, deixando a propriedade da qual suas filhas tanto dependiam para o filho mais velho de Henry, fruto do seu primeiro casamento. Não que ele não amasse o filho, mas John tinha a fortuna deixada pela mãe e não necessitava de nada. 

Henry poderia usufruir da propriedade enquanto vivesse, mas no fim das contas ela estava garantida para o filho de seu filho. E toda sua intenção de economizar os rendimentos daquele bem enquanto vivesse não puderam se concretizar, pois cerca de doze meses após perder o tio também faleceu. Em seu leito de morte, suplicou a John que cuidasse das irmãs e da madrasta, que não as desamparasse. Com a promessa do filho de que assim seria, Henry pode finalmente descansar, sem imaginar a maneira como sua mulher e filhas seriam tratadas naquele que um dia elas consideraram seu lar.

Mal o sogro foi enterrado, Fanny, esposa de John, fez questão de arrumar suas coisas e mudar-se para a nova propriedade do marido em Norland, fazendo com que suas cunhadas se sentissem como intrusas ou visitas indesejadas. Sua hostilidade era evidente e não fazia nada para esconder o fato de que gostaria que elas partissem e de preferência nunca mais voltassem a cruzar seu caminho. Eram os parentes pobres de seu marido, criaturas que representavam um peso e um obstáculo para monopolizar todo o dinheiro de seu marido. E se dependesse dela suas cunhadas não veriam um centavo sequer da ajuda prometida no leito de morte do pai. 

Sem ter para onde ir num primeiro momento, a viúva de Henry e suas filhas não tiveram outra opção senão permanecer na casa, fazendo de conta que não percebiam a rispidez e o desprezo por traz das palavras de Fanny e o afeto fingido do irmão. 

E foi ali que Elinor o conheceu. Edward era o irmão mais velho de Fanny e tão diferente dela como se nem parente fosse. Sua timidez poderia ser mal interpretada por quem não o conhecesse, mas não demorou para que Elinor se aproximasse dele e compreendesse toda sua insegurança e reserva, tivesse a chance de descobrir seu bom coração e o quanto ele mexia com alguma coisa em seu interior. Ela não era imprudente como Marianne, preferia dar ouvidos à razão, mas Edward fazia seu coração acelerar...  e era necessário apelar para todo o seu autocontrole para não deixar transparecer os seus reais sentimentos. E o pior de tudo era saber que era correspondida em seus afetos. Que Edward também a amava, por mais que o comportamento dele às vezes a levasse a acreditar que imaginava. Embora no fundo desejasse dar ouvidos ao seu coração sabia que era necessário manter os dois pés no chão, que a família de Edward jamais a aceitaria. Porque estava bem longe de ser o tipo de mulher adequada aos planos da mãe dele. 

Por mais que Elinor e Edward fizessem de tudo para esconder o que sentiam dos outros não demorou nada para Fanny começar a ver a cunhada como uma ameaça muito mais perigosa do que acreditara até aquele momento. Disposta a afastá-la de seu irmão fez questão de deixar mais do que claro quais eram os seus planos e os de sua mãe para ele e que qualquer moça que nutrisse a esperança de conquistá-lo apenas perderia seu tempo. Furiosa com o ataque da nora, a mãe delas resolveu que não era mais possível seguir naquela casa e uma proposta de um parente distante não poderia ter chegado numa ocasião melhor. Assim, enquanto Elinor era levada a se afastar do homem que seu coração reconhecia como seu... Marianne era lançada na direção do seu primeiro amor... e de sua maior decepção. 

"Mamãe, quanto mais conheço o mundo, mais me convenço de que jamais encontrarei o homem que eu possa realmente amar."

Marianne sonhava com o amor... chegava a respirá-lo todos os dias, ansiando e temendo que nunca conhecesse alguém capaz de fazê-la se entregar... alguém que ela amasse como sempre tinha desejado. Embora só tivesse dezesseis anos suas esperanças iam diminuindo com o passar do tempo e a impressão que ela tinha dos homens em geral. Será que era tão difícil para um ser humano possuir sentimentos? Sentir a vida como ela merecia? Não queria alguém como o Edward de sua irmã. Queria a paixão. 

E não poderia imaginar que o que tanto buscava iria encontrar em Devonshire. Que a separação do lar de sua infância e de tudo o que conhecia representaria a oportunidade de conhecer o homem que seria tudo o que tanto esperara... Que a faria mergulhar nos encantos do primeiro amor para depois levá-la ao completo inferno. 

"Quando ele estava presente, ela não tinha olhos para mais ninguém. Tudo o que ele fazia estava certo. Tudo o que dizia era inteligente."

- Eu nunca sei o que dizer quando me apaixono por uma história. Me faltam palavras. Não sei por onde começar e penso que tudo o que possa tentar exprimir será insuficiente. Não foi diferente com este livro. Amei tanto Razão e Sensibilidade que sei que não serei capaz de expressar os meus sentimentos, a maneira como fui envolvida pela história dessas duas irmãs. 

E não se trata apenas do romance em si. Algo que me fascina nos livros da Jane é a sua ironia. Sou fã confessa da ironia, a utilizo muito diariamente.rsrs.. E amo quando um autor tem a capacidade de utilizá-la de maneira tão inteligente e sutil como a Jane. Ela arrasava, gente! Suas histórias são sempre recheadas de críticas sociais, de desprezo pelas hipocrisias da sociedade e os costumes fúteis que as pessoas julgavam tão essenciais para suas vidas. Ela fazia um retrato bastante fiel da sociedade de sua época, o século XIX, o papel que a mulher representava, o desprezo que era dado aos sentimentos e que tudo o que mais importava para qualquer um era quanto o outro tinha como renda anual. As pessoas eram consideradas "adequadas" se fossem ricas, se tivessem uma renda satisfatória, alguma fortuna e nenhuma profissão ou inteligência.rsrs Eu me pegava rindo sozinha aqui quando a autora descrevia os momentos de lazer dos membros da sociedade... Ou a forma como o cérebro deles funcionava... suas "qualidades", sua sabedoria e elegância... Somente lendo vocês conseguiriam entender a maneira brilhante como ela conduz a história, como nos mostra a realidade de sua época ao mesmo tempo em que desenvolve o romance de suas protagonistas. 

"Tinha um excelente coração, um temperamento afetuoso e sentimentos fortes; mas sabia como governá-los."

Elinor, sem sombra de dúvidas, é a minha personagem preferida dessa história, seguida de perto pelo coronel Brandon. Ela é muitíssimo diferente da Elizabeth (de Orgulho e Preconceito), mas sua personalidade e a força que ela exercia sobre todos na história me provocaram muita admiração. Ela poderia ser considerada a "razão" do título, sendo a Marianne a "sensibilidade", porém as coisas não são tão preto no branco. Elinor era dona de intensos sentimentos também, mas ela não possuía a imprudência que reinava na irmã... não era dada a demonstrar o que sentia abertamente, de sentir sem pensar. Marianne explodia enquanto Elinor ponderava antes de abrir a boca... pensava se realmente era conveniente dizer algo ou se a atitude mais sensata não seria permanecer em silêncio. Ela amava com todo seu coração, mas nunca permitia que seus sentimentos a cegassem para as realidades da vida. Sabia como seu mundo e o meio no qual vivia funcionavam. Para mim, é a melhor personagem do livro. Toda vez que ela pensava sobre algo ou se manifestava eu a admirava mais. E tudo o que poderia desejar era que encontrasse a felicidade merecida, de preferência ao lado do homem que amava... mesmo que não tivesse forças para lutar nem por ele próprio. Ok. Eu amei o Edward, mas está muito longe de ser um dos meus mocinhos preferidos, vez que não sou fã da fraqueza. E atitude era coisa que ele não tinha. Não posso falar muito para não dar spoiler, mas foram muitos os momentos em que desejei dar um soco nele. 

"As habilidades de Marianne eram, sob muitos aspectos, bastante semelhantes às de Elinor. Era sensível e inteligente, mas intensa em tudo: suas angústias, suas alegrias não tinham limites. Era generosa, agradável, interessante: era tudo, menos prudente."

Marianne me provocou uma confusão de sentimentos. Por vezes eu a compreendia totalmente, pois também sou emotiva. E faço muito drama.rsrs Detesto a frieza, dizer que algo é "bom" quando minha vontade é dizer que é maravilhoso, incrível, apaixonante, irresistível...kkkkkkk... Gosto de deixar bem claro o que sinto e quando as pessoas agem de maneira distinta eu também não fico muito contente. Dá vontade de sacudir a pessoa!rsrs Uma das experiências mais terríveis é quando indico um livro amado para alguém a pessoa lê e diz que "gostou". "O que achou do livro?" A pessoa responde: É bom. "Você chorou com determinada cena?" E vem a resposta: Não. Arrastar a pessoa em praça pública nem seria suficiente para fazer a raiva passar.rs Portanto, entendo bem algumas das revoltas da Marianne. Entendo suas emoções, suas explosões... o fato de querer algo além. De não estar disposta a se conformar com algum casamento de conveniência e levar uma vida medíocre como de tantas pessoas. Ela acreditava no amor e queria viver isso. Não é algo condenável. 

Meus problemas com a personagem foram por conta de sua insensatez e seus preconceitos. Ela era uma moça inteligente, apaixonada pelos livros e pela cultura. Não era uma tola, mas quando estava apaixonada perdia todo o juízo que pudesse um dia ter possuído. Ela não pensava, era incapaz de raciocinar nesses momentos e, portanto, arriscava a si mesma. Todavia, o pior de tudo era o seu preconceito. Principalmente quando voltados para o meu personagem querido: o coronel Brandon. Ela tinha uma opinião tão formada sobre a vida e as pessoas que se achava no direito de julgá-lo e condená-lo tendo como base apenas o que acreditava, sem conhecê-lo de fato. Isso me irritava muito. Porque justamente uma personagem tão sensível conseguia ser de uma insensibilidade impressionante. Ela pensava apenas nos próprios sentimentos, nos da mãe e da irmã... quanto aos outros... não estava nem aí. Não se preocupava se a maneira como falava poderia magoar alguém. Eu bem que queria que o coronel Brandon a tratasse como ela o tratava! 

Talvez as atitudes dela possam ser desculpadas por conta da idade (quando a história começa ela tem 16 anos e meio, quase 17), mas nem tanto, pois, como eu disse, Marianne não era uma tola. Era muito inteligente. Inocente sim, todavia sabia que seu comportamento podia magoar. Simplesmente não se importava. Sobretudo se estivesse irritada ou sofrendo. Aí mesmo que não ligava para os sentimentos dos outros. Claro que ela cresce ao longo do livro... passa por situações que a fazem enxergar a vida como de fato é. Não fiquei nada feliz pelo que ela sofreu, mas me alegrou vê-la se transformando... amadurecendo mais. E sendo menos egoísta. 

"... talvez, considerando por minha atual gravidade lastimável e triste, julgue-me incapaz de alguma vez ter sentido."

Não posso falar muito do coronel Brandon sem soltar spoilers.rsrs Não conseguiria!kkkkkk... Só posso dizer que ele protagonizou a única cena do livro que me fez chorar. Quando ele confessou seu passado... Foi impossível não ver todos aqueles momentos na minha cabeça... imaginar como tudo aconteceu, sua dor, a desgraça daquela pessoa... Foi demais para mim. Minhas cenas preferidas eram sempre aquelas nas quais ele e a Elinor conversavam. Amo muito os dois!

- Creio que esta resenha não ficou muito coerente. Mas espero que tenha conseguido transmitir pelo menos um pouco do que senti e a forma como me apaixonei pela história. O mais importante nesse livro não é o romance. Se você pegá-lo a fim de ser arrebatado por uma belíssima história de amor vai se decepcionar. Não é um livro da Julia Quinn ou de outras das nossas amadas autoras de romance. Não tem beijos, carícias, cenas de amor... Nada disso. 

É um livro singular. A Jane Austen quis contar a história de duas irmãs, nos dando romance sim, mas não tendo isso como o principal. Ela quis retratar a sociedade, zombar de suas hipocrisias, nos divertir e fazer pensar. Enfim... Não dá para explicar. Só quem conhece os livros dela entende o que quero dizer e o que realmente encontramos em suas histórias. 

Orgulho e Preconceito ainda é o meu preferido?! Claro que sim!!!! Elizabeth e o Sr. Darcy possuem um lugar exclusivo no meu coração. Mas Razão e Sensibilidade também me conquistou e sempre lembrarei desse livro com carinho. :)

- Eu não li Razão e Sensibilidade sozinha. Tenho como uma das metas do ano ler, pelo menos, um clássico por mês e como tinha amado tanto o livro anterior da autora convidei algumas amigas a lerem comigo, numa espécie de leitura coletiva, sabe? Assim fomos cinco no total. A leitura se iniciou em 14/05 e na verdade ainda não terminou. Encerra-se no dia 28/05, próxima segunda-feira. Eu precisei acelerar um pouco mais e terminar antes, pois preciso ler outros livros antes do mês acabar, mas as meninas seguirão lendo. A Duda também já concluiu a leitura e amou! Ela é escritora e vê a Jane Austen como uma inspiração. :D 

É isso, gente! Recomendo muito que deem uma chance ao livro! 

17 de maio de 2017

Orgulho e Preconceito - Jane Austen

(Título Original: Pride and Prejudice
Tradutor: Roberto Leal Ferreira
Editora: Martin Claret 
Edição de: 2010)

Um dos nomes de maior prestígio da literatura inglesa, Jane Austen (1775-1817) começou a manifestar talento para as letras ainda na adolescência. Seus romances descrevem, com notável argúcia e sutil ironia, a sociedade rural inglesa de seu tempo, por meio do entrelaçamento de personagens e sentimentos da vida comum. 

Orgulho e Preconceito é a envolvente história de Fitzwilliam Darcy e Elizabeth Bennet, os quais, à primeira vista, não têm uma boa opinião um do outro, mas, no desenvolvimento do enredo, acabam descobrindo que estavam totalmente enganados...

Orgulho e Preconceito é a obra mais aclamada desta autora, não só no Reino Unido como em todo o mundo, e tem sido frequentemente adaptada para o cinema, televisão e teatro, com grande sucesso de público e crítica. 



Palavras de uma leitora... 


- Queridos leitores, se vocês pudessem me ver agora... Me sinto no paraíso!kkkkkkk... Apesar de estar sonolenta por estar tomando um medicamento que me deixa cansada e grogue (risos), nada é capaz de atrapalhar a felicidade, o amor imenso que sinto por esta história. Sabe quando um livro te atinge de uma forma que você não consegue sequer colocar em palavras o que sente? Sabe quando ele simplesmente te toca e fica em você, dentro de uma parte exclusiva do seu coração? Orgulho e Preconceito se tornou parte de mim. Como pude viver por tanto tempo sem jamais lê-lo? Como pude ser tão imbecil ao ponto de demorar tanto para conhecer a história de Darcy e Elizabeth? Eu fui realmente uma grande idiota. Privei a mim mesma, durante muitos anos, de viver com o casal uma das mais belas e emocionantes histórias de amor de todos os tempos. 

"- Você está dançando com a única menina linda do salão - disse o sr. Darcy, olhando para a mais velha das srtas. Bennet. 

- Ah! Ela é a criatura mais linda que já vi! Mas uma das irmãs dela, sentada logo atrás de você, é muito bonita e parece ser muito divertida também. Deixe-me pedir ao meu par que a apresente a você.

- A quem você se refere? - e, voltando-se, olhou por um momento para Elizabeth, até que, cruzando seu olhar com o dela, o desviou e disse friamente: - É suportável, mas não bonita o bastante para me animar; não estou com paciência no momento para dar atenção a mocinhas que foram desdenhadas por outros homens."

- Quando Elizabeth e Darcy se conhecem, a antipatia e o desprezo surgem à primeira vista. E nem em seus melhores sonhos (ou piores pesadelos) eles poderiam imaginar que o ódio inicial seria apenas o prelúdio de uma grande história de amor. Não é à toa que amor e ódio são duas faces da mesma moeda.rs

A presença de poucos rapazes naquele baile, levou Elizabeth a ficar sem par para as danças, embora isso não a preocupasse muito. Era uma pessoa bem humorada, que gostava de estar de bem com a vida e zombar de si mesma, se possível. E tudo teria corrido perfeitamente bem e sido uma noite agradável se o fato de estar sentada próxima de Darcy não a tivesse levado a ouvir a admirável opinião que ele tinha sobre ela. Sem nem mesmo conhecê-la! Chocada com a agressão injusta, embora ele não imaginasse que ela tivesse ouvido, e a arrogância dele, Elizabeth resolve engolir a raiva e levar tudo numa boa, deixando claro para todos (e para si mesma) que o orgulho e falta de educação dele em nada a afetaram, mas não demora para que a grosseria de Darcy e seu ar de superioridade o transformem na pessoa que ela mais detesta na vida, e que ambos não percam a oportunidade de se alfinetarem. Até os sentimentos começarem a mudar... 

" - Creio que há em cada personalidade uma tendência a algum mal particular... Um defeito natural, que nem a melhor educação pode superar.
- E o seu defeito é odiar a todos.
- E o seu - replicou ele, com um sorriso - é adorar interpretar mal a todos."

Criado por pais que o ensinaram princípios, mas não humildade, Darcy se acreditava superior a todas as outras pessoas. E, de fato, era muito melhor que muitas. Mas sua arrogância e seu orgulho eram seus maiores defeitos, e o deixaram cego, inicialmente, para os sentimentos que a jovem que desprezou, por ser inferior a ele, estava despertando em seu interior. Aqueles olhos poderiam hipnotizá-lo e sua inteligência diverti-lo e atraí-lo, mas não podia amá-la. Porque amá-la ia contra tudo o que ele acreditava. Porque jamais poderia se unir a alguém como ela

"[...] e Darcy jamais fora tão atraído por nenhuma mulher quanto por ela. Realmente acreditou que, se não fosse a inferioridade da família dela, estaria em apuros."

Confuso pelas emoções que começaram a invadi-lo e iam contra suas vontades, Darcy não sabia se queria vê-la ou fugir para o mais longe possível. Tudo o que sabia era que seus sentimentos tinham que ser sufocados. Que aquilo era absolutamente errado. E que ela era inadequada de todas as maneiras possíveis, ainda que seu coração dissesse todo o contrário. 

Nesta luta entre coração e orgulho... quem tem melhores chances de sair vencedor? Não há dúvidas sobre minha aposta...

"- Tenho certeza de que você vai achá-lo um encanto.
- Deus me livre! Essa seria a maior das desgraças! Achar um encanto o homem que estamos determinadas a odiar! Não me deseje tamanho mal."

- Ainda sou capaz de lembrar do dia em que ganhei este livro. E do quanto a Fê me recomendou esta história. É um dos seus livros preferidos e que ela tenha decidido me dá-lo de presente foi lindo. Sempre soube que era uma história maravilhosa. Eu tinha assistido o filme e gostava muito, mas mesmo com o livro na estante, adiei a leitura durante muitos anos, sempre dizendo a ela que iria ler, mas sem de fato iniciar a leitura. Eu era meio como a Elizabeth em questão de preconceitos (risos): tinha uma resistência ao livro sem conhecê-lo. Baseada apenas em algumas experiências negativas que tive com clássicos. Eu acreditava que o livro não era tão especial como as pessoas diziam. Que nem sequer chegaria aos pés de O Morro dos Ventos Uivantes, da Emily Brontë, que nenhuma autora clássica poderia ser tão inteligente e talentosa como a Emily. Sim. Foi pura idiotice! E só me levou a perder imenso tempo... me levou a adiar a leitura de uma das melhores histórias da minha vida. Me sinto uma grande imbecil por isso.kkkkk... 

"[...] Pode você querer que eu me alegre com a inferioridade dos seus familiares? Que eu me felicite na esperança de adquirir parentes cuja condição social está tão abaixo da minha?"

- Lindas palavras para se dizer para a mulher amada, não acham?!kkkkk... Sem dúvidas! Quando iniciei a leitura e conheci o sr. Darcy, eu também antipatizei com ele à primeira vista.rs Logo no início, ele se mostrou alguém bastante desagradável e grosseiro. Sobretudo com a Elizabeth, embora não tenha falado com ela diretamente. Eu podia compreender sua reserva e seu desprezo por muitas pessoas presentes na ocasião. Afinal de contas, a maioria era realmente muito hipócrita e de zero inteligência. Mas nada dava a ele o direito de colocar todo mundo numa mesma categoria e julgar a Elizabeth sem sequer conhecê-la, adotando um comportamento cruel e falando dela de uma maneira que não demorou a se espalhar. E, em nenhum momento, ele acreditou ter agido mal. Se sentia no direito de julgar a todos como bem quisesse, pois estava acima de todo o mundo. Ninguém chegava a seus pés. Em outras palavras: arrogância demais, ao ponto de me fazer querer mandá-lo para o inferno. Eu não tenho lá muita paciência com mocinhos tão cheios de si.rs Mas a verdade é que não demorou para a autora nos fazer conhecê-lo melhor e, embora ele realmente saiba ser um completo imbecil e se meter onde não foi chamado, se mostra um mocinho muito mais maravilhoso do que sequer poderíamos imaginar. Nunca seria capaz de esquecer tudo o que ele faz pela Elizabeth ao longo da história. Mesmo enquanto tentava lutar contra si mesmo. Ele já estava perdido, gente!rsrs 

"Ele se sentou por alguns momentos e depois, erguendo-se, começou a caminhar pela sala. Elizabeth ficou surpresa, mas não disse nada. Depois de um silêncio de vários minutos, ele veio até ela, nervoso, e disse:
- Tentei lutar, mas em vão. Não consigo mais. Não posso reprimir meus sentimentos. Você tem de me permitir dizer com quanto ardor eu admiro e amo você."

- Por que não aparece um sr. Darcy em minha vida? Eu seria capaz de perdoar todo orgulho e arrogância fácil, fácil! Bastaria ele sussurrar o trecho acima em meus ouvidos e fazer por mim a metade do que fez pela Elizabeth! Onde encomendo um homem assim, gente?! Me diga, por favor!kkkkkk.. 

- Dona de um talento como o de poucos, a autora não nos faz conhecer seu mocinho de uma vez. Tudo acontece lentamente, ao longo da história. Cada nova cena, uma revelação e assim nos apaixonamos mais e mais, sem nem termos uma ideia de quando o desprezo que sentimos por ele se transformou em amor. Darcy vai invadindo nosso coração e nos pegamos sofrendo com ele e torcendo para que a Elizabeth perdoe todas as suas burradas e dê a ele a chance de ser o homem mais feliz do mundo. Ao seu lado. Somente ao seu lado! Eu me divertia com a maneira como ela o tratava, mas ao mesmo tempo sentia uma dorzinha no coração por ele. Porém... todo o desprezo de nossa mocinha não diminui o seu amor. E o faz finalmente acordar e perceber como ele tinha sido cruel com ela e que se não mudasse poderia perdê-la para sempre. E ninguém poderia ser mais determinado a mudar do que ele. É realmente muito divertido e emocionante ver como ele tenta. Como luta para vencer o próprio orgulho e se transformar na pessoa que seria digna dela. No homem que ela merecia. 

"Não pode ser por minha causa... Não pode ser por mim que seus modos se tornaram tão mais delicados. Minhas reprimendas de Hunsford não poderiam produzir tamanha mudança. É impossível que ele ainda me ame."

Enquanto o nosso sr. Darcy era todo orgulho, Elizabeth era puro preconceito.rsrs Baseada em poucas informações que tinha sobre ele e nas intrigas de alguém totalmente indigno de confiança, ela levanta um muro contra ele, desprezando-o e zombando dele a cada oportunidade. Não existia na face da Terra alguém que ela odiasse mais e se ele fosse o único homem no mundo com o qual pudesse se casar, sem sombra de dúvidas preferiria morrer solteira. Seus sentimentos nunca mudariam. Não existia naquele homem nada que pudesse despertar sua admiração ou fazê-la enxergá-lo de outra forma. Ou, ao menos, era o que ela acreditava. Mas seu coração começava a pensar de maneira bem distinta...

"[...] ela nunca sentira tão sinceramente que podia amá-lo quanto agora, quando todo amor já era em vão." 

- Não é só o orgulho de Darcy e os preconceitos de Elizabeth que são obstáculos para o relacionamento entre os dois. Membros de uma sociedade extremamente fútil e hipócrita, em pleno século XIX, onde aparência e posição social eram tudo e os sentimentos deveriam ser relegados a último plano, existia muita gente que faria o que fosse preciso para impedir uma união entre eles. Enquanto Darcy era extremamente rico e importante, e seu comportamento era facilmente aceito por conta disso, Elizabeth, apesar de não ser pobre, era de uma família mais humilde, com parentes considerados "inaceitáveis" pela sociedade, e mãe e irmãs que provocariam vergonha até mesmo em mim. Mas a personalidade dos dois era forte o bastante para fazê-los mandar ao inferno qualquer um que decidisse dar a opinião do que eles deveriam ou não fazer com suas próprias vidas.rsrs 

"Queria ter notícias dele, quando eram mínimas as possibilidades de obter alguma informação. Estava convencida de que poderia ter sido feliz com ele, quando provavelmente já não se veriam nunca mais."

- É inevitável amar este casal. Embora no início eu não tenha ido muito com a cara do Darcy, e a Elizabeth tenha me parecido apenas um pouco menos fútil do que as irmãs mais novas, meus sentimentos mudaram muito conforme ia conhecendo-os melhor. O Darcy se mostra um mocinho de verdade, como poucos! E a Elizabeth se revela uma mocinha única, extremamente inteligente e de uma ironia irresistível! Eu me divertia imenso com os pensamentos e frases dela! Ela era esperta sem tentar ser. Inteligente sem ser metida como a irmã Mary e não era nem de longe perfeita, o que só contribuía para aumentar o nosso carinho por ela. Elizabeth é uma mocinha normal. Divertida, carinhosa, irônica, de uma inteligência admirável, mas não pretensiosa, que não era a mais bela de todas e que cometia erros como todo mundo, inclusive julgando sem conhecer. Ela tem vários defeitos como qualquer ser humano, mas também possui qualidades que ela própria desconhecia e que o Darcy não demora nada a perceber.rs Quando olho para eles, quando lembro de tudo pelo que passaram ao longo de toda a história, não tenho a menor dúvida de que foram realmente feitos um para o outro. Ninguém poderia completá-los tão bem. 

"Se os seus sentimentos forem os mesmos de abril passado, diga-me logo. Os meus sentimentos e desejos não mudaram, mas diga-me uma palavra e eu os silenciarei para sempre."

- Sério, gente! Como resistir a este mocinho?! Impossível!!! São muitas as coisas que eu gostaria de falar sobre a história, o casal e outros personagens, mas não quero ser uma total estraga-prazeres. Vocês sabem bem que me escapam spoilers. rs Por isso, vou parando por aqui. Eu não disse nem metade de tudo o que acontece na história, me concentrando mais nos sentimentos dos personagens do que nos acontecimentos do livro. Mas eu acredito que muita gente conhece a história de Darcy e Elizabeth, seja por livro ou por terem assistido o filme. :)

- Antes mesmo de terminar a leitura deste livro, eu fiquei tão louca pela escrita da autora que resolvi adquirir todos os livros que ela conseguiu escrever em sua curta vida. Ao todo, foram seis os livros finalizados por ela, segundo informações que encontrei na internet. E no sábado eu corri para a livraria atrás dos que eu ainda não tinha. Já tinha comprado Razão e Sensibilidade, da mesma coleção de bolso desta edição que tenho de Orgulho e Preconceito. Mas o valor que eu teria que pagar pelos outros quatro livros me fez perceber que era mais vantagem comprar as edições de luxo. :D É verdade que não comprarei livros durante os próximos séculos, mas não me arrependo, gente. Deixei meus dois rins na livraria (risos), mas trouxe as edições de luxo azul e rosa dos livros da Jane Austen. Na edição rosa, que é puro encanto, vem: Orgulho e Preconceito, Razão e Sensibilidade, Persuasão. Na edição azul vem Emma e outros dois cujos títulos não me recordo agora. Os livros são lindos demais! Valem realmente a pena! 

Depois de ter lido este livro, pretendo rever o filme, que é interpretado por uma das minhas atrizes preferidas. Faz muito tempo que vi o filme e quero saber com que olhos o verei agora que já conheço a história pelo livro.rs 

- Não dá para deixar de falar do dom que a Jane Austen tinha para escrever! Após ler apenas uma das suas histórias já a tenho como uma das minhas autoras mais queridas! Se fosse fazer um Top 5, ela estaria entre as mais amadas. Ela escrevia maravilhosamente bem, com um talento raro e uma ironia que fascina. O livro contém trechos e frases que me faziam gargalhar nos momentos mais inoportunos.kkkk... A ironia é sutil, mas funciona incrivelmente assim. Quero muito mais de seus livros! Quero ler tudo dela! 



Orgulho e Preconceito foi minha escolha para o tema deste mês de maio do Desafio 12 Meses Literários. O tema deste mês é um clássico. Como o livro já fazia parte da minha meta de leitura e eu queria deixar de adiar a leitura dele, foi fácil escolhê-lo para fazer parte do desafio. E a escolha foi mais do que acertada, não é? Foi perfeita! Agora quero ler muitos outros clássicos! 

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