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22 de setembro de 2019

Especial Romances de Época: Judith McNaught - Parte 2



Olá, queridos!

Na sexta-feira passada eu publiquei o Especial Romances de Época: Judith McNaught - Parte 1, quando falei da Dinastia Westmoreland, composta pelos livros: Um Reino de Sonhos, Whitney, Meu Amor e Até Você Chegar. Hoje vamos falar da série Sequels, que também é queridinha do meu coração, reunindo livros que me roubaram o fôlego na época que li, que me fizeram chorar horrores e sonhar acordada. :)

Como eu disse no post anterior, não irei reler todos os livros e fazer novas resenhas, pois já os li anos atrás e fiz resenhas de todos eles, tanto da série Westmoreland quanto da Sequels. Eu possuo tanto as edições antigas quanto essas novas lançadas recentemente pela Bertrand Brasil. A única nova edição que ainda não tenho é de Alguém para Amar, todas as outras já estão na minha estante, na prateleira de livros especiais e intocáveis.rs 

Lembrando que assim como Um Reino de Sonhos, Algo Maravilhoso nunca antes tinha sido publicado no Brasil. Sabe quando a editora tem o hábito de publicar séries fora de ordem e depois deixá-las incompletas? Era assim que acontecia, para minha grande frustração. Então quando li Algo Maravilhoso ele ainda não existia em português no Brasil. Os outros dois livros da série já existiam, em diferentes edições, mas costumavam ser de difícil acesso, pois eram livros que já tinham se tornado raros. 

Agora em 2019, com o relançamento de Agora e Sempre e Alguém para Amar, bem como com o lançamento de Algo Maravilhoso, eu finalmente posso estar feliz e perdoar a editora por tanta demora.rs

20 de setembro de 2019

Especial Romances de Época: Judith McNaught - Parte 1


Olá, meus queridos!

Hoje eu resolvi colocar em prática algo que estava pensando em fazer há algum tempo. :D Uns posts especiais sobre os gêneros romances de época e romances históricos (que são coisas diferentes). 

Nestes posts eu sempre irei falar de uma autora ou autor querido do meu coração! E nada melhor do que começar pela minha DIVA Judith McNaught! Autora cujos livros eu conheci vários anos atrás, bem antes da Bertrand Brasil finalmente cumprir a promessa de trazer os livros dela de volta ao Brasil, vez que as edições anteriormente publicadas eram raras e geralmente vendidas por fãs em sebos virtuais por um preço bem alto. Era muito difícil você conseguir alguma edição por preço em conta. Felizmente, eu consegui adquirir alguns livros baratos e em bom estado "na sorte". 

Nós fãs pedíamos muito pelos livros da autora (até abaixo-assinado fizemos), queríamos colecioná-los, ter as edições lindas e publicadas em ordem. Talvez você que teve acesso a Dinastia Westmoreland recentemente, quando da nova publicação, não saiba que a série era publicada fora de ordem e que Um Reino de Sonhos (que embora tenha sido escrito depois de Whitney, Meu Amor, em ordem cronológica dos acontecimentos, é o primeiro da série) foi publicado pela PRIMEIRA VEZ no Brasil somente em 2018, nesta edição da foto acima. Whitney, Meu Amor já tinha sido publicado e republicado algumas vezes, Até Você Chegar também já era bastante conhecido aqui HÁ MUITOS ANOS, mas Um Reino de Sonhos NADA! Você pedia. A editora prometia. E assim os anos se passavam... Você tinha três opções: ler no idioma original ou em algum outro idioma para o qual o livro tivesse sido traduzido no exterior, importar um livro que tivesse em português de outro país ou ler tradução de fã. A vida de nós leitores não era fácil. 

29 de junho de 2018

Um Reino de Sonhos - Judith McNaught (segunda resenha)

(Título Original: A Kingdom of Dreams
Tradutora: Valéria Lamim
Editora: Bertrand Brasil
Edição de: 2018)

1º Livro da Dinastia Westmoreland


Levada à força de um convento, Jennifer Merrick não se rende tão facilmente a Royce Westmoreland, o Duque de Claymore. Conhecido como "Lobo Negro", seu nome desperta terror no coração de seus inimigos. Mas a orgulhosa Jennifer não se deixa abalar pela fama do homem belo e rebelde que a atormenta com sua arrogância. Ela se mantém fiel ao seu propósito... mas só até a noite em que ele a envolve em um poderoso abraço, despertando nela um desejo incontrolável. 



Palavras de uma leitora...



- Nem sei por onde começar... Quem acompanha o blog há mais tempo sabe que a Judith McNaught é uma das minhas autoras preferidas da vida. Tenho muitas autoras queridas, mas existem aquelas que estão no topo, sabe? Ela foi uma das primeiras a me apresentar os romances de época, quando eu torcia o nariz para esse gênero, pois na verdade tinha muitos receios. Ela entrou na minha vida logo depois da Candace Camp e veio para ficar. Tudo o que eu podia ler dela estava lendo, tivesse ou não sido publicado no Brasil. E foi o que se passou com Um Reino de Sonhos, romance arrebatador que li pela primeira vez em 2011, cerca de sete anos antes da Bertrand Brasil finalmente ouvir os nossos pedidos (já furiosos) de trazer a história para cá. Nós fãs chegamos a fazer abaixo assinado e a editora só sabia prometer. E confesso que cheguei ao ponto de me irritar tanto que não suportava nem mais ouvir falar dessa editora. Somente agora que criou juízo e trouxe os livros da JM novamente é que voltei a olhar com bons olhos para a Bertrand. Até adquiri outros títulos da editora de tão boazinha que fiquei!rs

Lembro com um sorriso no rosto da primeira vez que li a história de Jennifer e Royce e como no final eu era só lágrimas.kkkkkkkk... Foi um dos livros que mais me emocionaram na época. Porque enquanto em outros romances muitas das provas de amor, da intensidade dos sentimentos que envolviam os personagens eram demonstradas com palavras, em Um Reino de Sonhos temos a verdade deles nas ações. É em suas atitudes que vemos a beleza do amor que foi capaz de superar tudo o que podia separá-los. De um amor que surgiu do ódio, do medo, da inimizade. Um amor que eles não queriam. Que não esperavam. Mas precisavam. E como! Sabe quando você conhece dois personagens e tem certeza que nasceram um para o outro, por mais clichê que isso possa parecer? É bem assim. Parece que a vida inteira o Royce esperou pela Jennifer sem nem saber... sem nem imaginar. Ele acordava todos os dias, lutava contra seus adversários, sitiava propriedades, matava inimigos no campo de batalha e em todo o tempo não sabia que seu coração esperava pelo dia em que uma jovem ruiva com os olhos cheios de ódio seria jogada bem aos seus pés e que juntos passariam pelos tormentos do inferno antes de poderem ser realmente felizes. 

- Prometo que não falarei muito, pois já tem uma resenha bem completa sobre o livro no blog, que fiz na época que o li pela primeira vez. Mas agora que revivi todas as emoções, que estive no livro outra vez... vivendo cada instante com o Royce e a Jennifer, rindo e chorando com eles, não poderia de modo algum deixar de falar um pouquinho. Só um pouco, juro!rsrs

Tudo o que ela queria era um reino de sonhos... 

Aos dezessete anos de idade, rodeada pelos muros do convento no qual vivia há cerca de dois anos, Jennifer já sabia o que era sofrimento. O que era sentir na pele o desprezo daqueles a quem mais amava. Pessoas que um dia riram com ela, que a ensinaram a pescar e foram suas cúmplices nas brincadeiras, hoje lhe viravam as costas, não suportando sequer encará-la. E tudo por causa das mentiras de uma mente astuta que desejava vê-la fora de seu caminho. 

Rejeitada pelo próprio pai, que enxergava nela apenas uma fonte de decepções, ela foi trancada no convento, sem saber se um dia sairia dali. Embora fosse duro sentir-se sozinha no mundo, no fundo acreditava que conseguiria transformar-se no orgulho do pai, que seu povo voltaria a amá-la e encontraria um homem capaz de aceitá-la como era e compreendê-la. Alguém que a trataria com gentileza e carinho. E foi num dos seus passeios com a irmã, fora dos terrenos da abadia, após receber uma notícia perturbadora, que sua vida mudou para sempre. Sequestrada em plena luz do dia pelos homens do Lobo Negro, o guerreiro mais temido e odiado em toda a Escócia, ficou dividida entre o medo e o ódio. Se todas as lendas que cercavam aquele nome fossem verdadeiras sua vida seria muito breve. Mas se tinha uma coisa que ela não faria seria desistir sem lutar. 

Após enfurecer seus sequestradores e ser jogada aos pés do seu maior inimigo, Jennifer não pensou e nem esperou antes de deixar claro todo o seu desprezo. E nem considerou a tentativa de suicídio que representava o seu ataque a alguém temido até por seus próprios homens e que era bem mais forte que ela. Sua intenção não era vencê-lo, mas sim perder lutando. E entre mordidas, chutes, tapas e nada de beijos, Royce se viu chocado e profundamente irritado com a única pessoa capaz de se atrever a enfrentá-lo. Não sabia o que diabos seu irmão tinha em mente ao sequestrar aquela bruxa de olhar assassino. Ainda que ela fosse um meio para determinado fim, ele não sabia se realmente valeria a pena tê-la como refém ou se não acabaria era pagando por todos os pecados cometidos naquela e em outras vidas. 

O ódio era mútuo. E nas mãos um do outro eles ainda sentiriam o gosto da dor. Mas o amor não é um sentimento que pede licença. Que se intimida. Ele acontece quando e onde deseja. E não demora a invadir o coração de um guerreiro aparentemente insensível e uma jovem machucada pela vida, mas que não tinha perdido a capacidade de sonhar. 

"Ela havia encontrado outra coisa ali, algo proibido e perigoso para ela, um sentimento que não devia nem podia existir."

- A história começa pelas cenas que antecedem o final. Logo nas primeiras páginas sabemos que um casamento está para acontecer e que a noiva está implorando a Deus para livrá-la daquele destino tão cruel.kkkkkkkk... É uma das cenas mais divertidas para mim. A Jennifer tenta negociar com Deus, pois só um milagre mesmo seria capaz de interromper seu casamento indesejado com o Lobo Negro, nosso querido Royce. Ela estava verdadeiramente apavorada e pelas suas lembranças somos levados de volta ao passado, sete semanas antes, quando tudo começou. E é aí que somos arrebatados por uma das histórias mais belas que já li. 

- Em muitos livros conhecemos personagens que eram supostamente inimigos e que se apaixonaram de maneira inesperada. Mas em Um Reino de Sonhos as coisas não são assim. Aqui não temos uma inimizade boba. Algo fácil de ser superado. Não. Royce é um lorde, mas também o guerreiro mais valioso do rei Henrique, o soberano da Inglaterra, que estava em sérios conflitos com a Escócia, país natal da nossa mocinha. O clã Merrick era fortemente leal ao rei Tiago o que direcionava o ataque do monarca adversário para eles. Em batalhas contra o exército de Henrique, a família de Jennifer já tinha perdido entes queridos e toda a Escócia amaria ver o sangue de Royce escorrer, pois eram pelas mãos dele que seus familiares morriam, não importando para ninguém o fato de ele estar seguindo ordens e de se tratar de uma guerra. 

"E, nesse momento impensável, enquanto segurava a adaga no alto, pronta para atacá-lo, Royce Westmoreland pensou que ela era a criatura mais magnífica que já havia visto; um anjo selvagem, belo e enfurecido, sedento por vingança, com o peito subindo e descendo de fúria enquanto confrontava corajosamente um inimigo mais forte."

- Embora estivesse longe de ser tudo o que seus inimigos diziam sobre ele, Royce não se apaixona pela Jennifer à primeira vista. O que ele sente é muita raiva, pois ela acaba com a paciência dele nos primeiros segundos em que se conhecem.rs As coisas são muito desagradáveis para os dois no princípio e rola agressão, não vou negar. Mas no livro estamos no século XV e Jennifer é prisioneira dele, vinda de uma família inimiga. Outro no lugar do Royce, por mais que nos custe admitir já que estamos no século XXI, teria feito mais que dar um tapa na Jennifer depois da maneira como ela o atacou. E isso para não soltar spoilers e dizer tudo o que ela faz ao longo do tempo em que é mantida como refém dele. Duas dessas coisas poderiam ter decretado a sentença de morte da nossa corajosa mocinha, se seu "algoz" não fosse o temido Lobo Negro. Ela arranca o sangue dele, gente. E de uma forma letal, mas pararei de falar disso senão soltarei um monte de spoilers.kkkkkk... A questão é que em matéria de agressão a Jennifer ganha, sinceramente. Porque em muitos momentos o Royce respirou fundo e se controlou. Tentando entender que ela, como prisioneira, tinha o direito de tentar escapar e, de quebra, querer matá-lo.rs

A relação dos dois é muito tumultuada, mas também é linda. :) De uma forma que nos faz suspirar. Nada é fácil, mas é justamente isso que os faz valorizar ainda mais o sentimento que se constrói. Que os une. Os dois carregam marcas do passado, decepções e ilusões. Têm sonhos que acreditam que não vão realizar. Ambos querem ser amados, querem uma chance de ser felizes. Mas, por causa de dois reis que não estavam nem aí para eles, eram inimigos. Suas famílias se odiavam. Seus povos se desprezavam. E quando percebe que está se apaixonando por ele, Jennifer enfrenta um tipo diferente de dor, algo que ainda não conhecia... porque sabe que precisará escolher entre o homem que ama e sua lealdade para com sua família. Ela não poderia ter os dois. Não mesmo. 

"- Acho - sussurrou ela, com o rosto voltado para ele - que a lenda a seu respeito é falsa. Todas as coisas que dizem que você fez... não são verdadeiras - sussurrou, enquanto seus belos olhos sondavam o rosto do conde como se pudessem ver a alma dele."

- Quando comecei a reler esta história nem tive medo de não amar tanto como na primeira vez. Não existia tal possibilidade.rs E toda admiração e o orgulho que sentia da Jennifer se mantiveram. Sei que existem pessoas que a criticam, que acham que ela foi infantil, teimosa, impulsiva. E eu penso bem diferente dessas pessoas, pois o absurdo, na minha opinião, seria ela ceder e aceitar passivamente tudo o que aconteceu. Ela foi sequestrada. Tinha sim o direito de lutar contra o Royce o quanto suas forças permitissem e de tentar fugir de todas as formas possíveis. Era seu direito e o fato de ela exercê-lo não a desmerece aos meus olhos. Muito pelo contrário! É uma mocinha guerreira, pela qual sinto muito carinho. Jennifer era uma mistura fascinante de sensibilidade, romantismo, força, coragem e determinação. Ela podia ser tão delicada quanto uma flor, que não conseguia se proteger das feridas causadas pela família que não sabia amá-la, mas também era pura força e não estava nem aí se seu oponente era maior e mais experiente. Não era escocesa por acaso.rs 

Não que ela não erre. Na verdade, ela comete um erro terrível na reta final da história. A única de suas atitudes que realmente me feriu profundamente, pois atingiu em cheio o nosso mocinho, destroçando-o. E mesmo assim... magoado por ela, se manteve fiel à sua palavra. Disposto... disposto a perder tudo por amá-la. Sim, estou chorando.rs Nenhuma novidade

"Com a voz suave tremendo de emoção, perguntou:
- Jura que nunca levantará a mão contra a minha família?
A resposta do duque foi um sussurro dolorido:
- Sim."

- O Royce para mim é um dos melhores mocinhos da Literatura. Não é do tipo que tem palavras bonitas na ponta da língua ou perde tempo com romantismo. Como ele mesmo disse, é um guerreiro, um soldado. Não um poeta. Não entende dessas coisas, não sabe ficar fazendo elogios e dizendo as coisas belas que as mulheres gostam de ouvir. E isso aumenta o nosso amor por ele, pois suas atitudes com a Jennifer são instintivas. Ele responde ao sentimento sem perceber. Se ela estivesse triste, seu gesto de carinho vinha em resposta. Não podia vê-la magoada. Sabia que ela gostava de vestidos bonitos, então a presenteou com eles. Se ela estava com frio ele a cobria. Se precisava dos seus braços para sentir-se protegida, ali ela poderia estar, ainda que ele estivesse com raiva. Mesmo que o enganassem e o fizessem pensar mal dela, ele não necessitava de provas para perceber que estava errado... que as coisas não eram como pareciam. E quando a possuiu pela primeira vez, quando ainda eram inimigos, não foi com ódio, para humilhá-la ou se vingar. E foi uma das cenas mais lindas do livro. O Royce é incrível. Não dá para desprezá-lo. E ele sequer nos dá motivos para isso. 

- Sei que eu disse que a resenha seria curta, mas... Suspiros!rs Se pudesse ficaria falando deste livro por horas. É minha paixão. Uma história que me fez rir e chorar. E o final... É um dos mais emocionantes, gente! Sempre penso nele como a declaração de amor mais linda. Jennifer se redime do seu erro de uma forma... Nossa! E o que o Royce faz por ela... Só lendo vocês poderão entender. Amo demais estes dois! Eles têm um lugar todo deles no meu coração. 

- Existem resenhas de toda a Dinastia Westmoreland no blog. Não farei uma segunda resenha dos demais livros, que serão relançados pela Bertrand Brasil. Na verdade, Whitney, Meu Amor já foi relançado neste mês de junho e o último livro da série deve chegar nas livrarias nos próximos meses. Um Reino de Sonhos merecia uma segunda resenha não só por ser o meu preferido da trilogia, mas também porque é inédito no Brasil. Sim, a editora nunca antes se deu ao trabalho de publicar a série completa. Veremos se agora passará a fazer isso...

Dinastia Westmoreland

Um Reino de Sonhos (escrito depois de Whitney, Meu Amor, mas a história se passa séculos antes)
Whitney, Meu Amor (o livro mais polêmico da série)
Milagres (conto)

Observação importante: Como não farei outra resenha de Whitney, Meu amor, acho importante mencionar que existem duas versões desse livro e que, pelo que uma menina que já leu a versão publicada em 2018 disse, vocês terão acesso à versão "modificada", a menos polêmica, por assim dizer.rsrs Se minha memória não estiver falhando terrivelmente, o livro de Clayton e Whitney foi o primeiro a ser escrito pela autora e nele existiam duas cenas pesadas e inaceitáveis. O livro foi publicado contendo tais cenas e quem leu a versão mais antiga as enfrentou. Anos mais tarde a autora modificou por completo a primeira cena pesada e alterou o sentido da segunda. Além de ter acrescentado mais capítulos. Lembro que uma vez uma leitora me criticou ao ler minha resenha do livro, dizendo que eu estava meio que mentindo para os leitores ao mencionar cenas que não existiam.rs Porque ela tinha lido a versão de bolso, publicada alguns anos atrás, já contendo as alterações. Enfim... O Clayton que eu conheço é o da versão original. O fato da autora tê-lo "suavizado" depois não muda em nada o que ele fez e o torna o mocinho mais complexo e abusivo dela. Eu vou comprar a versão nova, isso é claro. Porque sou fã incondicional da autora. Mas não irei reler. Eu amo Whitney, Meu Amor. Não estou dizendo o contrário. E perdoei o Clayton, pois ele sofre como um condenado por tudo de mal que faz contra a Whitney, mas não tenho emocional para encarar esse mocinho de novo, gente!kkkkkk... Não agora. Daqui a alguns anos, talvez.rs

27 de março de 2016

Doce Triunfo - Judith McNaught

(Título Original: Tender Triumph
Tradutor: Vitória Paranhos Mantovani
Editora: Best Seller
Edição de: 2000)


Numa sexta-feira, Katie conhece um homem belo, atraente, misterioso. Antes do domingo, suas vidas estariam irremediavelmente transformadas.

Cansado da ferocidade do mundo dos altos negócios, Ramon Galverra diverte-se ao ser tomado por um motorista de caminhão pela linda, independente e solitária Katie Connelly. Escondendo-lhe a condição de magnata, ele faz com que a garota se apaixone perdidamente, testando a sinceridade de seus sentimentos e sua capacidade de superar preconceitos. Um jogo de mão dupla, pois quanto mais envolve sua presa, mais seduzido, apaixonado e vulnerável torna-se Ramon. 

Sempre sustentando a farsa, ele convence Katie a acompanhá-lo a uma pequena fazenda em Porto Rico, onde a pede em casamento. Mas ela guarda um segredo, e da superação dos fantasmas de seu doloroso passado depende sua felicidade ou sua ruína. 


Palavras de uma leitora...


- Do ponto de vista da sinopse, meu resumo da história poderá conter spoilers. Porque a sinopse diz que a Katie guarda um segredo e faz com que isso pareça um dos pontos mais importantes da história, sendo que é algo que nos é revelado logo no início e apenas conhecemos mais detalhes depois. Na realidade, tal "segredo" é responsável pelas inseguranças e medos dela, mas de modo algum é um dos pontos fortes da história, uma vez que a autora sequer fez questão de escrever uma cena na qual existisse uma conversa entre a Katie e o Ramon sobre o assunto. Não me perguntem agora o que achei disso. Digo daqui a pouco.rs

Antes de continuar: como eu disse logo acima, o meu resumo (e também a resenha) da história terá spoiler. Porque tocarei no assunto do "segredo". E não. Não vou contar a história inteira. Tudo bem. Eu vou tentar não contar. 


Katie Connelly, uma jovem independente, bem-sucedida e admirada tanto pelos homens quanto pelas mulheres, sabia bem o que era estar no inferno. Um dia, não muito distante, havia cometido o erro de entregar o seu coração para alguém que parecia ter nascido para ela... que era perfeito, carismático, afetuoso, romântico... até ser contrariado. Durante o tempo de namoro e noivado, ela conheceu apenas o seu lado mais sedutor e irresistível. E mesmo sentindo que ele escondia alguma coisa dela... que a forma como se mostrava não passava de uma máscara, estava apaixonada demais para dar ouvidos ao que pressentia. E pagara um preço altíssimo por isso. As marcas de seu corpo já haviam desaparecido, mas as emocionais ainda se mantinham presentes, vivas e dolorosas. Nunca contara para ninguém tudo o que vivera nos seis meses que passara ao lado dele. E como se não bastasse todo o pesadelo que ele a obrigou a suportar, ainda tivera que vê-lo difamá-la sem piedade ao longo do tempo que durara o processo de divórcio. Sabia que era hora de seguir em frente... de deixar o passado para trás e reconstruir sua vida. David estava morto. Jamais voltaria a lhe machucar. Mas era difícil confiar outra vez, se entregar a alguém quando temia ver-se presa novamente a um casamento destrutivo. E quando aquele homem desconhecido e misterioso cruzara seu caminho e a defendera de um pretendente que não sabia escutar um "não" como resposta, Katie sentiu um medo que jamais havia sentido antes. Porque, ao olhar em seus olhos, percebeu que por ele seria capaz de arriscar tudo. E de entregar-se uma vez mais...

Ramon estava vivendo o pior pesadelo da sua vida. Dedicara-se de corpo e alma aos negócios do pai, entregando como garantia aos bancos até mesmo seus bens pessoais, transformando o que o pai começara num império e tornando-se um homem de negócios temido e respeitado mundialmente. Porém, mais do que a inveja de seus adversários, ele conquistara também a inveja de quem menos poderia esperar: de seu próprio pai. Alguém que o apunhalou pelas costas, tratando de tirar-lhe tudo o que ele um dia possuíra. Agora, seu pai não estava mais vivo e Ramon, após meses lutando, percebia que era hora de reconhecer que havia perdido. Que chegara o momento de desistir e declarar falência. Seu orgulho estava destruído e tudo o que ele queria era poder se refugiar na pequena casa onde um dia vivera, numa fazenda que ele não via há muitos anos... voltaria a sua terra natal e trataria de esquecer que um dia fora alguém e que se transformara em nada. Porém... ao conhecê-la... tudo perde importância. Já não lhe importava ter perdido o mundo se ao menos ele pudesse tê-la. Ainda que para isso ele tivesse que bagunçar toda a sua vida e convencê-la a abrir mão de tudo e partir com ele para Porto Rico. Poucos dias após conhecê-lo

Haveria espaço para o amor numa relação que começara do modo errado? E poderia o amor sobreviver às mentiras, enganos, manipulações e ameaças? 

- Por onde começo?!rs Nem sei. Estou mais do que acostumada com as histórias da minha querida Judith McNaught. Sei bem como seus mocinhos podem ser insuportáveis quando querem e fazer coisas para me tirar do sério e desejar matá-los. E uma vez que perdoei o Clayton, sou capaz de perdoar qualquer traste, digo, mocinho, controlador-possessivo-dominador-que-esqueceu-de-crescer que ela criar. Sério. Qualquer pessoa que tenha sobrevivido ao Clayton é capaz disso.kkkkkkk... E não. O Ramon não é tão irritante assim. Apenas chega perto.rs

- Juro para vocês que eu fui compreensiva e tolerante durante a história quase toda. Cada vez que ele fazia algo que esquentava meu sangue e me fazia respirar fundo, eu tentava justificá-lo, entender que ele tinha princípios, costumes diferentes dos da mocinha e que se ela estava disposta a abrir mão de sua maneira de ser por ele, tudo bem. Escolha dela. Eu deveria aceitar. Mas acontece que as coisas não são bem assim, gente.

- O Ramon foi um egoísta ao conhecer e se apaixonar pela Katie. Não nego nem por um instante que ele a amava. Fui perfeitamente capaz de perceber isso. Ele ficou perdidamente louco por ela, sentindo pela primeira vez uma ternura que jamais havia sentido por mulher alguma e no meio de toda a dor que vinha enfrentando, Katie era como um refúgio, um presente enviado quando ele mais necessitava. Quando estava ao seu lado, ele conseguia esquecer todos os problemas e sorrir novamente. Sim. Eu percebi tudo isso e meu coração se comoveu bastante com o amor que ele sentia por ela. Mas esse amor todo o fez pensar apenas em si mesmo, em suas necessidades, em seu desespero e em momento algum ele parou para pensar no que estava fazendo com a vida dela. 

- Desde o princípio ele mentiu. A fez acreditar que ele era um motorista de caminhão nas horas vagas e um fazendeiro em Porto Rico. Mas essa mentira não foi porque ele achou divertido a confusão dela, como a sinopse afirma. Nada disso. Ele mentiu porque se sentia um fracassado e não queria que a Katie soubesse que se deixara vencer, que era um derrotado. E, ao mesmo tempo que lhe escondia a verdade, tratava de exigir (Sim! Exigir.) que ela sempre fosse sincera, reagindo muito mal cada vez que percebia que ela não contava tudo. E não adiantava a Katie tentar se explicar, porque uma vez que começasse a fazer birra, ele não entendia de razão alguma. Me fazia mesmo pensar em crianças mimadas que se jogam no chão e fazem birra quando não conseguem o que querem. Com crianças tenho toda a paciência. Agora com adultos que se comportam assim nem um pouco. 

- Meus problemas com o Ramon surgiram logo no início, quando ele se apaixonou pela Katie, mas não adiou seus planos de viajar para Porto Rico. Num espaço de pouquíssimos dias, ele queria que ela não só sentisse por ele o mesmo amor que ele sentia, mas que também abrisse mão de toda sua vida, sua casa, sua carreira e viajasse com ele, para se casar e não ser mais do que sua esposa e a mãe dos seus filhos. E ai dela se pretendesse seguir trabalhando! Ele trataria de gritar e ameaçar até que ela sentisse medo o suficiente para voltar atrás. Ele seduziu e manipulou a Katie, fazendo-a tomar uma decisão que não queria. Ela não queria viajar com ele e largar tudo logo após conhecê-lo. Depois de todo o inferno que tinha vivido, tudo que ela queria era ir com calma, conhecê-lo e amá-lo aos poucos, tendo tempo para saber se realmente poderia construir um futuro ao seu lado, se estava pronta para isso. Mas ele não permite. Deixa claro que ou ela larga tudo e vai com ele, ou jamais voltariam a se ver. Nossa mocinha estava apaixonada e ele sabia disso. Por isso o cretino se aproveitava. Ele a amava? Sim. Mas era um amor egoísta. 

- Foram vários os momentos nos quais o machismo dele era evidente. Ele chegou ao ponto de mandar ela trocar de roupa e fazer com que ela se sentisse uma prostituta só porque estava vestindo um biquíni do qual ele não gostou. Ele ficou furioso porque tinha ciúmes dos outros homens e não queria que eles a vissem com aquele biquíni e por isso ele a fez se sentir uma vagabunda por estar vestindo-o. Ela teve que trocá-lo! Porque ele mandou. Não pediu, gente. Mandou! Vocês não têm ideia de como os meus pensamentos em relação a ele foram bonzinhos nesse momento... Mas a cena que me provocou grande impacto e um choque enorme foi quando ele teve uma discussão feia com a mocinha, após descobrir que ela escondeu algo (realmente insignificante) dele. Ele disse que se ela voltasse a mentir para ele, ele faria com que o ex-marido dela parecesse um santo perto dele. Nessa hora eu pensei que não estava lendo direito. Achei que de repente meus óculos estavam danificados e tive que reler a frase, acreditando de verdade que tinha lido mal. Meu coração se partiu pela mocinha que ficou tão apavorada que disse a verdade... levada pelo puro pânico que sentiu com as palavras dele. Não pude perdoar. Não me interessa que ele não soubesse detalhes do que tinha se passado entre ela e o ex-marido, ele sabia que o desgraçado a tinha agredido. E ao dizer que faria o outro parecer um santo perto dele, a ameaça de agressão fica mais que evidente. Uma agressão que seria pior que a do outro. Isso para mim foi a gota que fez o copo transbordar. Tudo o que aconteceu depois perdeu importância. Eu não o vi mais com os mesmos olhos. Não que eu acreditasse que ele fosse capaz de bater nela. Sei que ele não faria isso. Mas ele estava sempre ameaçando, pressionando, manipulando... fazendo a mocinha se sentir perdida e infeliz. E naquele momento... ela não teve medo dele só pelas lembranças do outro. Teve medo pelas atitudes dele próprio e não houve um só pedido de desculpas por cena tão desagradável. O comportamento do Ramon sempre foi muito machista.. As coisas tinham sempre que ser como ele queria. Ele anulava a personalidade da mocinha. Não houve um só instante, durante a história quase toda (antes do final) em que a Katie tivesse sido apenas feliz. Ela estava sempre insegura, confusa, porque o comportamento dele não lhe dava a segurança que ela precisava para confiar. E ele jamais tentou ser diferente! Ele sequer tentou. Isso para mim é demais. Nem que a história se passasse no século XIX! 

- Não desgostei do livro. Na verdade, foi uma leitura bem fácil, envolvente que nunca sequer pensei em abandonar. Me diverti em alguns momentos, torci pelo casal e justifiquei muito o Ramon, tratando de compreendê-lo e tendo esperanças de que ele acabaria por enxergar o medo que a Katie tinha dele e faria o possível para apagar o passado dela, para afastar aquelas lembranças tão dolorosas... mas isso não acontece. E fiquei decepcionada, não nego. Esperei demais do Ramon. Acreditei que a autora lhe daria a oportunidade de corrigir os erros que ele cometeu com a mocinha, imaginava que ele iria ajoelhar-se e pedir perdão por aquela maldita frase, jurando que tinham sido palavras da boca para fora e que ele não sabia o tipo de ameaça que estava fazendo, que preferia arrancar a própria mão antes de machucá-la e aí choraria com ela pelo passado dela... dizendo que gostaria que o traste do David estivesse vivo para que ele o matasse com suas próprias mãos... Mas tudo isso ficou só na minha imaginação mesmo.rs Quem conhece os livros da Judith sabe que seus mocinhos pedem perdão com paixão, se arrependem de verdade e protagonizam as cenas mais lindas e emocionantes de arrependimento. Até mesmo o Clayton!!!! Lembro que meu coração se partiu em vários pedaços quando ele deixou a Whitney ir... quando preferiu condenar-se a uma vida sem ela do que tê-la ao seu lado à força, depois da forma desprezível como a tinha tratado. Foi uma prova de amor que me deixou em prantos. E aí o Ramon sequer pede perdão. Cadê aquela carinha do WhatsApp para expressar como me senti em relação a ele?! Aquela em que o bonequinho fica olhando pro lado, com os lábios pra baixo. Expressa muito bem o que senti.rs

- A verdade é que esperei muito da história. Justamente por ser fã da autora e conhecer muito bem os seus livros. A história em si é muito boa, mesmo que o final deixe a desejar. Meu maior problema foi o mocinho. Não digo que não cheguei a amá-lo. Pelo contrário, começar a amá-lo foi fácil, fácil. Inevitável. Mas eu não estou cega (pelo menos, não tanto). Não deixei de ver os inúmeros defeitos dele só porque o amo. E não pude perdoá-lo pela forma como ele tratou a Katie e sobretudo aquela frase, aquela ameaça horrível. Enfim...

- Dei 4 estrelas ao livro no Skoob, mas considero a história digna apenas de 3 estrelas. O livro ganhou mais uma estrela pelo meu carinho pela autora, que faz com que eu tente ser mais compreensiva e entender os problemas mentais do mocinho. 

25 de agosto de 2015

Todo Ar que Respiras - Judith McNaught


4º Livro da Série Segundas Oportunidades

Eles se conheceram num paraíso: Kate Donovan, a bela dona de um restaurante em Chicago que venceu pelos próprios esforços, e Mitchell Wyatt, empresário implacável, herdeiro da fabulosa fortuna da família Wyatt - e, como logo Kate fica sabendo, um homem que não aceita um não como resposta. Durante o idílio dos dois na ilha tropical de Anguilla, Kate e Mitchell baixam a guarda e entregam-se, deixando de lado suas inibições - lentamente, a princípio, e depois num turbilhão de emoções novas e mágicas, diferente de tudo que já haviam vivenciado. 

Mas esse momento tão feliz e encantado chega ao fim quando a família de Wyatt intima Mitchell a comparecer ao interrogatório sobre o desaparecimento do irmão. Em meio ao estardalhaço da mídia, ele busca proteção no mundo de privilégios e poder a que pertence, levando Kate, que está insegura, a questionar tudo que sabe sobre seu arredio e misterioso amante: ele é realmente o culpado nesse escândalo de tamanha repercussão? Que segredos o seu passado esconde? O que lhe reserva o futuro... e quais os planos dele em relação a ela?

Enquanto Kate lutra contra suas dúvidas - e tenta ignorar certas evidências - para confiar no homem fascinante que talvez também seja seu mais temível inimigo, a rede de intrigas torna-se cada vez mais intrincada...




Palavras de uma leitora... 


"E nesse momento, de repente, entendeu. Entendeu tudo, com a mesma certeza de que seu pai também estivesse sentado ali ao lado na espreguiçadeira vendo Mitchell e sorrindo.
Aquilo era destino; eles se destinavam um ao outro. [...] Os dois estavam destinados a conhecer-se e apaixonar-se"

Tudo que ela mais queria na vida era um pouco de magia... E acabara perdendo para sempre o coração. 

Abalada pela morte recente do pai, a única família que ela possuía, e a incrível sensação de vazio que sentia, ela se deixou envolver por um belo, misterioso e irresistível desconhecido que em questão de minutos a fez tomar a decisão de vê-lo outra vez... embora não soubesse absolutamente nada a seu respeito e existisse a inegável possibilidade de ele ser um estuprador ou assassino em série, que ia de ilha em ilha seduzindo e assassinando mulheres, para depois enterrá-las na praia. Mas nem mesmo a chance de acabar assassinada ao final daquela noite a fez tomar a sensata decisão de permanecer confortavelmente em seu quarto de hotel, na paradisíaca ilha para a qual o namorado a levara, antes de voltar à Chicago para um compromisso urgente e deixá-la sozinha. Kate sabia que estava louca, mas às vezes é preciso simplesmente se entregar à loucura para permitir-se amar... E, nem que fosse uma vez na vida, ela queria fazer mais do que sonhar...

"De todos os lugares no mundo próprios para construir uma casa, ele escolhera num capricho uma minúscula ilha no Caribe, onde uma ruiva de reluzentes olhos verdes e de um sorriso estonteante iria encharcá-lo com um drinque, entorpecer todos os seus sentidos, aquecer seu coração e depois roubá-lo."

Ao vê-la pela primeira vez, depois de ela derrubar uma bebida em sua camisa e piorar tudo no intuito de limpá-la, Mitchell soube com toda a certeza que necessitava encontrá-la outra vez. E nem mesmo o fato de descobrir que ela estava comprometida o impediria de tentar roubar aquela mulher para si, ainda que não acreditasse em amor ou na magia que ela insistia existir entre eles. Sabia que estava brincando com fogo... arriscando pela primeira vez seu coração, mas estava mais do que disposto a queimar em seus braços e a fazer parte da sua vida. 

Mas o que aconteceria quando aqueles poucos dias de amor chegassem ao fim e eles tivessem que voltar à realidade? Quando não mais estivessem rodeados por um cenário romântico, capaz de despertar sonhos ainda não sonhados, teriam eles forças para permanecerem juntos? Seria aquele amor real ou pura fantasia? Isso... só o tempo seria capaz de responder... 

"Me abrace e nos envolva em magia. Não posso criar isso sem você."

- Sabe quando um livro te faz deixar tudo para trás e concentrar-se apenas nele, como se todo o mundo se resumisse a ele?rsrsrs... Comecei a leitura na semana passada e em meio às obrigações do dia a dia acabei por não ter muito tempo para a história da Kate e do Mitchell, algo que me irritava profundamente porque eu já estava envolvida por eles, ansiando por conhecer mais e mais a história de amor deles. Então hoje, ao me levantar de madrugada, me arrumar e sair para ir à aula, eu decidi que encontraria tempo nos intervalos da explicação do professor para passar alguns momentos com eles, mas assim que comecei a ler, o mundo simplesmente deixou de existir.kkkkkkkkk... Somente meu corpo estava presente naquela sala, porque minha mente viajava para um mundo de sonho, amor e magia e eu não conseguia esconder o sorriso encantado diante das emoções maravilhosas que a Kate e o Mitchell provocavam em mim. Até que eu tomei a inteligente decisão de pegar minhas coisas e me retirar da sala, voltando para casa, disposta a finalmente fazer o que eu queria: mandar tudo o mais ao inferno e me dedicar de corpo e alma ao livro. E fazia tempo que eu não me sentia tão bem após tomar uma decisão. :D Foi uma das melhores coisas que já fiz na vida.

"— Kate — disse — , eu estou apaixonado por você.
Em resposta, ela ergueu a mão dele e apertou seus esfolados dedos contra a face."

- Não dá para colocar em palavras o enorme carinho que sinto por esse casal, todo o amor que eles despertaram em mim e como eu me envolvi pelos sentimentos deles, desejando poder impedir que eles sofressem, desejando consertar as coisas que certos vermes provocaram e que acabaram por partir o coração deles dois, mergulhando eles (e eu aqui) num período de dor. Mas como sei que a JM é brilhante, quase sempre escrevendo histórias que me roubam o fôlego, eu tinha certeza de que o melhor estava por vir e não me enganei. É uma história linda do começo ao fim, com dois protagonistas cativantes e que nos apaixonam desde o princípio por mais reservas que a gente tenha antes de iniciar a leitura. Confesso que eu tinha algumas reservas sobretudo em relação à Kate. Afinal de contas, além de algo que não posso mencionar, ela estava comprometida com outra pessoa quando conheceu o Mitchell. Tinha ido para aquela ilha justamente com o namorado, com quem ela mantinha um relacionamento há quatro anos e traição não é um tema do qual eu goste muito. Na verdade, não gosto nada. No entanto, eu estava disposta a me permitir conhecê-la e não me arrependi. A Kate é uma pessoa maravilhosa e amar... não pode ser pecado. Ela nunca teve intenção de trair o namorado (por mais que ele merecesse). Nunca tinha feito algo assim em sua vida, mas olhar para o Mitchell pela primeira vez a fez esquecer princípios, riscos ou qualquer outra coisa. Ela só queria amar. Só queria ser feliz e acreditou que o pai, onde quer que estivesse, estava lhe dando aquela oportunidade. E ela não poderia deixá-la escapar de modo algum, ainda que seu coração pudesse sair ferido no final. 

"Ele deslizou os braços em torno dela e enterrou o rosto nos cabelos molhados.
— Senti tanta saudade de você — sussurrou. — Senti saudade de sua magia."

- O Mitchell... Nem sei como falar dele. Ele é um menino machucado pela vida, pelas escolhas dos pais que preferiram abandoná-lo, se livrar dele como se ele fosse um objeto que de repente não quisessem mais. Um menino que cresceu em completa solidão e jamais soube o que era ter uma família. Que nunca teve para quem escrever cartas e com quem comemorar suas conquistas, mas que mesmo assim tinha o amor guardado em um lugar secreto do seu coração... esperando o momento em que alguém estaria disposto a amá-lo. Mas é também um homem que não acredita no amor e que construiu muros ao seu redor para não se ferir, para jamais permitir que o magoassem outra vez. Alguém que se escondia por trás de uma aparente indiferença e insensibilidade, mas que ainda assim deixou a Kate entrar em sua vida e desarmá-lo como ninguém foi capaz. Ele é um dos meus mocinhos mais queridos. Um sonho, alguém feito especialmente para a nossa mocinha. 

- Mais que recomendo esta história! :D Além de nos apaixonarmos pelos protagonistas, ainda temos a oportunidade de reencontrar Matt e Meredith, casal de Em Busca do Paraíso e o meu querido Zack de Tudo por Amor. Tudo teria sido ainda melhor se a Julie tivesse me feito o favor de não aparecer. Porque cada vez que ela aparecia eu sentia um enorme desejo de esganá-la. 


Segundas Oportunidades:

4º- Todo Ar que Respiras
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