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27 de agosto de 2021

Deslumbrante - Madeline Hunter


Literatura norte-americana
Titulo Original: Ravishing in Red
Tradutora: Ana Alvares
Editora: Leya
Edição de: 2013
Páginas: 281 (E-book)
Série As Flores Mais Raras - Livro 1

23ª leitura de 2021 (17ª resenha do ano)

Sinopse: Deslumbrante é o primeiro volume da série As Flores Mais Raras. Mais uma apaixonante e sensual saga histórica pela mão inspirada de Madeline Hunter, a rainha do romance. Numa época em que a reputação de uma mulher é o seu bem mais precioso, Audrianna desafia todas as convenções. Ela é uma jovem determinada, independente e disposta a tudo para aniquilar o seu adversário, o convencido Lord Sebastian Sommerhayes. Entre os dois está um homem: o pai de Audrianna, que morreu envolto nas malhas de uma conspiração. Para ela, essa tragédia significou o fim da sua inocência. Para Sebastian, que liderou a investigação, foi apenas uma morte merecida. Audrianna jurou limpar o nome do pai, mas nunca esperou sentir um desejo tão avassalador pelo homem que o arrasou. A busca pela verdade vai levá-la demasiado longe numa sociedade que é implacável perante a ousadia feminina. Ao ver-se mergulhada num escândalo que pode ser fatal, Audrianna tem apenas uma inconcebível opção.




Sim, eu sei o que disse na resenha de Segredos de um Pecador.rsrs Mas não sou culpada por ter encontrado este e-book por um preço imperdível na Amazon (uma promoção daquelas que passam num piscar de olhos!) e a sinopse ter me atraído. Paguei menos de quatro reais em Deslumbrante e inacreditáveis trinta centavos em Provocante, segundo livro da série. Minha única decepção foi descobrir logo em seguida que não se tratava de uma duologia e sim uma série com quatro livros, tendo apenas os dois primeiros sido publicados no Brasil pela editora Leya. O que significa que sabe-se Deus quando conseguirei ler os dois últimos!

Eu não seria louca de criar grandes expectativas depois de ter tido tantos altos e baixos com a série Os Rothwells. Só queria mesmo iniciar uma leitura que nem fazia parte da minha lista e ver no que daria, se me faria relaxar um pouco e esquecer todos os problemas por algumas horas ou se acabaria sendo perda de tempo. Estava disposta a dar uma chance e confesso que gostei muito da experiência! Foi uma leitura que fluiu rapidamente e me tirou da "realidade" por tempo suficiente para conseguir dar um descanso para minha mente, que precisava demais de um pouco de paz. 

Em Deslumbrante conhecemos Audrianna e Sebastian. Ela é uma jovem que já passou da idade de se casar e teve toda sua vida destruída por um escândalo que provocou o suicídio do seu pai e um imenso desejo de justiça (e vingança) em seu coração. As acusações terríveis contra seu pai fizeram amigos e conhecidos se distanciarem, até mesmo parentes passaram a virar as costas para sua família e o noivo que jurara amor eterno não se importou nada em terminar rapidamente o noivado e fingir que nunca a conheceu. 

Sufocada pela tristeza da mãe, aceitou o convite para se mudar para a casa de uma prima que ficara viúva e que hospedava outras duas jovens que resolveram viver de forma independente. Tudo ia bem até descobrir, através dos jornais, que um homem que se intitulava Dominó queria marcar um encontro com seu pai, obviamente sem saber que ele estava morto. Decidida a descobrir toda a verdade e limpar o nome de alguém que tanto amou, resolve ir em seu lugar... o que se mostra uma decisão extremamente equivocada. 

Sebastian sabe que boa parte da sociedade não acredita que ele realmente mudou. Que deixou de ser um libertino e um canalha. Mas todos são obrigados a fingir já que, com o acidente que deixou seu irmão incapacitado, ele passa a ocupar seu lugar, mesmo sendo o segundo filho. Mesmo que sua mãe preferisse que fosse ele a ficar preso a uma cama e não seu filho preferido. Ainda assim, assume suas obrigações com responsabilidade e de uma maneira até mesmo implacável, sendo um dos principais "carrascos" do pai de Audrianna, e se tornando o homem que ela possuía todos os motivos para odiar.

Quando lê o estranho anúncio no jornal, decide comparecer ao local que o tal de Dominó escolhera, disposto a também obter algumas respostas. Tal decisão o lança ao encontro de Audrianna e mergulha os dois num escândalo capaz de destruir para sempre qualquer mínima chance que ela ainda possuísse de ter uma vida digna. 

Eu gostei demais desta história! Ela não possui grandes acontecimentos, mas é aquele tipo de livro delicioso de ler, com personagens cativantes (até mesmo os secundários) pelos quais torcemos muito. Eu me apaixonei pelos protagonistas e como quase tudo estava "resolvido" na metade da história (exceto as questões envolvendo o pai dela que ainda eram um mistério e Audrianna e Sebastian admitirem que se amavam) fiquei morrendo de medo de algo muito ruim acontecer para separá-los.kkkkk

Audrianna não é uma mulher à frente do seu tempo, apesar da sinopse dar a entender que sim. Ela passa a viver com a prima, o que era incomum na época (as moças só saíam de casa para o casamento), mas nem por isso deixa de obedecer aos costumes e regras sociais. Admito que ela tenta, mas logo cede ao que é "correto" para não prejudicar as pessoas que ama e a si mesma. Ela não luta muito, entende? Cede bem rápido, então se eu esperasse por uma mocinha daquelas fortes e guerreiras, que querem mudar as coisas e serem livres, teria me decepcionado. Como eu não esperava por nada disso, gostei bastante da mocinha e a aceitei como era: uma jovem que só queria ser amada e feliz no casamento. 

Sebastian não tem nada de libertino, muito menos de canalha. A atração que ele sente pela Audrianna é intensa. Nenhum dos dois se apaixona à primeira vista, mas sentem uma atração inesperada e indesejada até, vez que tecnicamente são inimigos. Todavia, em nenhum momento ele tenta prejudicá-la ou a desrespeita por não considerá-la alguém do seu "nível". Pelo contrário, ele a respeita muito e tenta que as coisas entre os dois corra bem. E isso é uma das coisas que mais apreciei na história: a maneira como um suposto "canalha" é tão mais decente do que vários mocinhos que já tive a infelicidade de conhecer no mundo literário. Claro que ele tem defeitos, mas tem bem mais qualidades. 

Enfim... Recomendo bastante a história para quem quer ler um romance leve e cativante! Já estou doida para ler o segundo livro da série, pois tenho imensa curiosidade em saber como se resolverá o drama entre o amigo do Sebastian e a Lizzie, já que ela fugiu no dia do casamento e se fez de morta desde então, o que inclusive lançou diversas suspeitas sobre o noivo abandonado, que passou a praticamente ser visto como o assassino dela. Eu não o culparia se ele nunca mais quisesse olhar na cara dela, uma vez que ser praticamente acusado de homicídio não é nada legal quando se é inocente. 



Série As Flores Mais Raras

1- Deslumbrante
2- Provocante
3- Sinful in Satin
4- Dangerous in Diamonds




20 de julho de 2021

Segredos de um Pecador - Madeline Hunter

 


Literatura norte-americana
Título Original: The Sins of Lord Easterbrook
Tradutora: Flávia Souto Maior 
Editora: Arqueiro
Edição de: 2015
Páginas: 240
Série Os Rothwells - Livro 4 (último da série)

22ª leitura de 2021 (16ª resenha do ano)

Sinopse: Leona Montgomery foi criada na China. Com pai inglês e mãe portuguesa, aprendeu desde cedo a se adaptar aos costumes de outras terras e adquiriu uma cultura e uma sofisticação incomuns às mulheres de seu tempo.

Por isso, quando o pai, já viúvo, morreu, deixando os dois filhos em uma situação financeira difícil, Leona assumiu os cuidados do irmão caçula e os negócios da família.

Trabalhando pela recuperação da Montgomery & Tavares, ela viajou por diversos países, negociou com homens rudes e enfrentou piratas. Recém-chegada a Londres, agora espera fechar parcerias comerciais e dar sequência a uma investigação que o pai não pôde concluir.

Mas estar em Londres significa algo mais. Sete anos atrás, Edmund, um naturalista inglês, deixou Macau à noite, depois de um beijo de despedida que Leona nunca esqueceu, e retornou à Inglaterra.

O que Leona não poderia imaginar era que Edmund na verdade é Christian Rothwell, o marquês de Easterbrook, um homem poderoso envolto em mistérios – e que talvez se beneficiasse com o fim das investigações de seu pai. Dividida entre o dever e a tentação, é na cama do marquês que ela fará suas maiores descobertas.





Logo após terminar esta leitura cheguei à conclusão de que minha relação com a autora nunca será de muitos "altos".rs Numa série de quatro livros, eu gostei do primeiro e do terceiro, detestei o segundo e apenas tolerei o quarto. Considerando a imensa pilha de livros para ler que nunca diminui, a minha experiência com esta série não representa um grande incentivo para que eu siga investindo nos livros da autora. 

O pior é que Segredos de um Pecador é um livro que me encantou durante suas cem primeiras páginas, mas depois desandou completamente com a insistência da autora nas cenas de sexo, que mesmo que não fossem explícitas, eram frequentes, e roubavam espaço para outros acontecimentos num livro de apenas 240 páginas.

Que o casal tinha química e queria estar na cama a cada oportunidade nós leitores já sabíamos e não era necessário mostrar isso o tempo todo, quando existia muito o que aprofundar na relação dos dois, que ficaram sem se ver por sete longos anos e não eram mais os jovens do passado. Ambos tinham mudado bastante e precisavam descobrir se o vestígio de um sentimento de outrora poderia se fortalecer e abrir as portas para o relacionamento que os dois desejavam ter, mas que não acreditavam que mereciam. 

Leona e Christian se conheceram quando ele, atormentado por não conseguir viver consigo mesmo, passou um tempo na China, hospedado na casa do pai da mocinha. À beira de um verdadeiro abismo, de onde nunca conseguiria retornar se caísse, foi graças à ela que ele não se entregou, que lutou contra o que parecia o caminho mais fácil, o alivio tão esperado. Ainda assim, nunca compartilhou com Leona sua verdadeira identidade e após sua partida ela nunca soube se um dia voltaria a encontrá-lo. 

O reencontro ocorre quando Leona, agora no controle dos negócios da família, viaja para a Inglaterra, no intuito de abrir caminhos para a expansão da empresa e conseguir parcerias comerciais importantes. Em uma de suas visitas, acaba sendo vista e reconhecida por Christian que, impactado pelas lembranças de um passado já distante, resolve que não a deixará escapar sem antes finalmente fazê-la sua. O amor e o casamento não fazem parte dos seus planos. Afinal de contas, alguém "amaldiçoado" como ele jamais poderia fazer qualquer mulher feliz. Nem mesmo a única capaz de fazê-lo desejar ter algo mais....

Como eu disse, as cem primeiras páginas do livro me tinham por completo. Eu as devorei e acreditei até que o livro poderia se tornar um dos meus preferidos da série, de tão encantada que eu estava pelo casal. Mas aí tudo desandou e fiquei tão desanimada que simplesmente abandonei a leitura por um tempo e só agora retomei, disposta a encerrar logo a série e seguir em frente.

O que mais valeu nesta história foi rever os personagens dos livros anteriores, principalmente a Alexia e o Hayden, protagonistas do primeiro livro, que mais uma vez aqueceram meu coração. 

O final do livro tinha tudo para ser emocionante, mas foi tão corrido e narrado de maneira trivial que não me provocou nada, exceto alívio por ter chegado ao fim. Uma pena. Principalmente por eu ter amado tanto a história durante quase metade da leitura. :( Isso é o que me deixa mais frustrada. 

Enfim... Mais uma série finalizada! Ainda preciso dar andamento às outras. E tenho que parar de começar séries antes de concluir as que estão pendentes.rs 


4 de junho de 2021

Jogos do Prazer - Madeline Hunter



Literatura norte-americana
Título Original: Secrets of Surrender
Tradutora: Beatriz Horta
Editora: Arqueiro
Edição de: 2014
Páginas: 240
Série Os Rothwells - Livro 3


16ª leitura de 2021 (15ª resenha do ano)


Sinopse: A bela Roselyn Longworth já aceitou seu destino. Depois que o irmão fraudou o banco em que era sócio e fugiu do país levando o dinheiro dos clientes, suas finanças ficaram arruinadas, assim como suas chances de conseguir um bom casamento. Por isso foi fácil acreditar nas falsas promessas de amor de um visconde. Mas a desilusão não demorou a chegar: quando Rose não se sujeitou a seus caprichos na cama, o nobre se vingou leiloando-a durante uma festa em sua mansão. Ela acredita que o destino lhe reserva um fim trágico. Ainda mais ao ser arrematada por Kyle Bradwell, um homem que venceu na vida pelo próprio esforço, mas não é bem-vindo nos círculos mais exclusivos. Mas a jovem é surpreendida pela atitude dele, que a trata com um respeito e uma gentileza que ela não recebia desde antes do escândalo envolvendo o irmão. Quando Rose finalmente descobre o que está por trás do comportamento de Kyle, é tarde demais: já foi fisgada pelo homem que conhece seus segredos mais íntimos.




Sei que eu não estou aparecendo com a mesma frequência de antes, que passo a impressão de estar um tanto negligente com o blog, mas isso não é verdade. Meu amor por este cantinho segue sendo imenso. Escrever aqui alimenta minha alma, provoca um quentinho no meu coração. Ler e falar de livros é uma das maiores paixões da minha vida! Estou sempre cercada de livros, mesmo nos dias em que não consigo ler. Mas só ter livros por perto já me conforta, faz eu me sentir bem. Eu NUNCA vou abandonar o blog. Pode acontecer de a vida me fazer ficar ausente por semanas e semanas, mas nunca irei abandonar o meu cantinho querido. 

O Emoções à Flor da Pele é parte de mim. Escrevo aqui há mais de 11 anos. O blog acompanhou minha imaturidade e o longo e complexo processo de amadurecimento. Tanta coisa aconteceu ao longo dos anos! Tanta coisa mudou... Acredito que eu tenha evoluído bastante como pessoa e como leitora também... Mas sempre terei muito a aprender e os livros são ótimos professores! Eu mudei bastante... Não me vejo mais na menina que um dia sentou e resolveu criar este cantinho. Aquela menina ficou para trás, cresceu. E não foi nada fácil! Crescer não é fácil para ninguém. 

Muitos dos livros que li ao longo de todos os meus anos como leitora... Se os lesse hoje em dia, possivelmente discordaria do que sentia por eles no passado. É bem provável que não os visse com os mesmos olhos, com a mesma tolerância... Mas assim é a vida. Nós mudamos, nossa maneira de ler e analisar os livros também muda e isso é muito bom. Quando leio algumas resenhas minhas antigas eu sorrio encantada (quando é o caso) ou fico chocada com algumas emoções bem intensas que certas histórias me provocavam.kkkk Por isso o blog é tão importante para mim: além de ser o meu cantinho literário, guarda muito de mim. De todas as minhas fases de leitora. 


"Abrace-me, querida amiga. Logo estarei morta para vocês duas, e não suporto pensar nisso."


Quando conheci a Roselyn no livro As Regras da Sedução, eu já senti uma vontade enorme de ler sua história. Queria até mesmo pular o segundo livro e ir direto para Jogos do Prazer (os títulos dos livros desta série são HORRÍVEIS!), mas apelei para toda minha disciplina para não fazer isso.rs Eu queria muito saber como seria a história da moça que ao se iludir com um homem que se mostrou um verdadeiro canalha, acabou sendo vendida num leilão, contra sua vontade. Roselyn teve o azar de ter como irmãos dois homens irresponsáveis e que desprezavam completamente as leis, e por culpa deles, ela e a irmã mais nova acabaram se vendo numa situação de extrema vulnerabilidade, numa época em que mulheres desprotegidas se tornavam alvo fácil de abusos, em que a sociedade fechava os olhos para as canalhices dos homens e responsabilizava, sem hesitar, as mulheres por delitos cometidos por eles e não por elas. 

Ao descobrir o que seus irmãos tinham feito, a maneira como tinham roubado as economias de dezenas de pessoas que confiaram no banco que eles administravam, Roselyn sentiu uma profunda dor e a certeza de que a vida não tinha mais nada de bom a lhe oferecer. Qualquer chance que ela tivesse de fazer um bom casamento estava encerrada para sempre, pois nenhum homem toleraria ter o seu nome associado ao da irmã de criminosos. 

Embora o marido de sua prima Alexia (protagonista do primeiro livro) tenha lhe oferecido certa proteção, para que ela não se visse sem nada, Roselyn se recusou a aceitar. Não seria um peso na vida de ninguém. Daria um jeito de se sustentar... Mesmo que para isso tivesse que descer ao nível de se tornar a amante de um nobre. 

Quando aquele visconde tão elegante demonstrou interesse por ela, foi fácil mentir para si mesma. Fingir que existia afeto, que ele estava apaixonado... Entregou sua inocência para alguém que a via apenas como objeto, mas mentiu para si mesma o quanto foi possível... Porém, no momento de encarar a verdade, o golpe foi forte demais. Porque por mais que no fundo soubesse que ele nada sentia por ela, jamais imaginou que ao ser contrariado ele seria cruel ao ponto de vendê-la a quem pagasse mais, que seria capaz de arriscar a integridade física e a vida dela daquela maneira. Desprotegida no meio de homens que não se importavam se ela não queria participar daquele espetáculo horroroso, ela foi salva por quem menos esperava. Pelo único homem ali que não era "nobre". O único que se importou com o desespero em seus olhos. 

Kyle não estava em boas condições financeiras. Também fora seriamente atingido pelo golpe financeiro que os irmãos de Roselyn deram em seus clientes. Mas não poderia assistir insensível ao sofrimento dela sem fazer algo para protegê-la daqueles vermes que se consideravam acima de tudo. E a única maneira de salvá-la seria dando o lance mais alto, algo que poderia levá-lo direto à falência. 

Quem diria que o pior dia da vida daquela mulher lhe permitiria conhecer o homem que roubaria o seu coração e estaria com ela nos momentos mais importantes? O amor, às vezes, aparece nas ocasiões mais improváveis...

Eu terminei a leitura deste livro com um sorriso no rosto e o coração leve, algo que sempre acontece quando leio um romance daqueles que me fazem suspirar. Kyle é um mocinho digno de ser considerado herói de uma história de amor e Roselyn tem toda minha admiração por sua força e reencontro. Pela maneira como volta a amar a si mesma. A história deles dois me encantou e uma determinada cena que a autora criou para aquecer o coração de nós leitores deixou meus olhos cheios de lágrimas de felicidade. Ela foi perfeita no que fez! Porque depois daquela cena horrível na qual a Roselyn foi vendida por aquele lixo de homem, nós merecíamos uma cena que a recompensasse. Uma cena que compensasse sua humilhação pública e todo sofrimento interior que aquela maldade lhe provocou. Algo que empurrasse aquela lembrança para bem longe. E eu amei tanto a maneira que a autora encontrou de fazer isso por sua mocinha e por nós também!

Roselyn era uma mocinha que precisava ser salva. De muitas maneiras. Sabe quando uma pessoa está numa situação tão ruim que necessita de alguém que lhe estenda a mão, que esteja ao seu lado e a faça acreditar de novo? Nossa mocinha não se amava mais, não acreditava em mais nada de bom e por isso foi fácil para aquele lixo envolvê-la e usá-la. Porque ela achava que merecia aquilo. Porque tinha deixado de se importar com a própria vida, não se valorizava mais. Por crimes que não eram dela, ela estava se condenando. Então, Kyle realmente precisava salvá-la, não só do pesadelo daquela noite, mas de um futuro de sofrimento. Porque através dos olhos dele, de uma pessoa que estava presente em um momento tão humilhante, ela pode voltar a se ver. E saber que tinha valor sim! Que aquele momento não a definia, que ter sido amante de um verme como aquele visconde não a definia. Que ela era uma mulher incrível e que precisava voltar a ter amor por si própria. 

Está enganado quem pensa que por ter dado o lance mais alto e tirado a Roselyn dali, o Kyle exigiu algo pela fortuna que pagou. Ele era um homem de caráter e mesmo que a desejasse não iria querê-la naquelas condições, pois sabia respeitar uma mulher. E sabia que Roselyn estava numa situação desfavorável e que ele estaria se aproveitando da maneira mais vil. Ele pagou pela liberdade dela e não esperava ser "recompensado" de nenhuma maneira. A tirou dali para levá-la para a segurança da casa da prima e então cada um seguir o próprio caminho... Se viessem a ficar juntos, seria numa situação honrada e não daquele jeito. 

Claro que várias coisas vão acontecer para juntar o casal e depois para provocar problemas na relação, como em todos os romances. E eu amei todos os momentos! Amei a maneira como se construiu tanto a relação física quanto a emocional. Com ele, ela aprende que pode ser livre na cama, que não será julgada, que possui direitos. Havia uma conexão muito forte entre os dois mesmo antes de descobrirem que se amavam. Havia respeito e entrega de ambos os lados, o que tornava as cenas de amor bem bonitas, mesmo que um tanto explícitas. A construção do relacionamento deles é bem convincente. É um romance no qual eu não tive dúvidas do amor que os unia. E apreciei demais esta leitura!

Assim sendo, o único livro da série até agora que não me agradou foi o segundo, que é totalmente dispensável!rs Tanto o primeiro quanto o terceiro vale a pena! E só me resta ler o quarto livro, protagonizado pelo marquês Christian, um homem muito excêntrico e cheio de mistérios...rs



30 de janeiro de 2021

Lições do Desejo - Madeline Hunter



Literatura norte-americana
Título Original: Lessons of Desire
Tradutora: Teresa Carneiro
Editora: Arqueiro
Edição de: 2013
Páginas: 261
Série Os Rothwells - Livro 2

2ª leitura de 2021 (2ª resenha do ano)

Sinopse: Atraente, sutil e tentador, lorde Elliot Rothwell é um homem acostumado a fazer sucesso entre as mulheres e a conseguir tudo o que deseja delas. Mas isso não se aplica a Phaedra Blair. A brilhante e exótica editora não parece disposta a ceder a seu pedido e cancelar a publicação das memórias de um membro do Parlamento que podem manchar o nome da nobre família Rothwell. 
A pedido de seu irmão mais velho, o marquês de Easterbrook, Elliot vai a Nápoles para negociar com Phaedra. Historiador de renome e autor de livros respeitados, tudo indica que ele seja a pessoa ideal para a tarefa. Porém, em vez de encontrar a bela mulher descansando à beira do mar Tirreno, Elliot descobre que ela está presa por causa de uma acusação injusta. Graças ao prestígio da família, o nobre consegue libertá-la, mas também se torna responsável por ela até voltarem à Inglaterra. 
Percorrendo juntos uma das regiões mais belas e românticas da Europa, eles vão descobrir que discordam de quase tudo o que o outro pensa ou faz - exceto o que fazem juntos na cama. E, nessa aula de prazer, será cada vez mais difícil saber qual dos dois tem mais a ensinar.





Depois que li As Regras da Sedução, fiquei com muita vontade de conhecer os demais livros da série, principalmente o terceiro. Só que para lê-lo eu teria que passar pelo segundo.rsrs O que não seria nenhum problema, pois a Phaedra, melhor amiga da protagonista do primeiro livro, e o Elliot despertaram muito a minha curiosidade. Ela, uma mulher feminista (mas acho que na época ainda não se chamava assim) e ele, um escritor. Eu imaginava que a história daria muito certo. Não estava nada preocupada quando comecei a lê-la, em outubro do ano passado

Só que não demorou para tudo desandar. O livro me irritou logo nos primeiros capítulos e eu sentia vontade de esganar tanto a Phaedra quanto o Elliot. Ela, por permitir que homens decidissem sua vida (quando todo o caminho que percorreu era justamente para ser uma mulher livre e dona de si mesma) e ele, por ser tão machista, como se o fato de ela ser feminista (repito que acho que esse nome ainda não existia) fosse uma afronta, uma ofensa direta a ele. Sim, ele era asqueroso a esse ponto. 

Tudo começou por causa da "honra" do falecido pai do Elliot. Com a morte do pai de Phaedra, ela herdou a editora e tinham descoberto que ela iria publicar as memórias do pai, dentre elas as que diziam respeito ao pai do mocinho e poderiam manchar para sempre a família inteira (segundo ele). Elliot estava disposto a fazer o que fosse necessário para impedi-la... E aqui eu faço uma pausa para refletirmos. Phaedra era dona de si mesma e dos seus bens (que eram poucos, mas eram seus). Elliot não tinha nenhum direito ou poder sobre ela. Então, eu me pergunto exatamente o quê ele estaria disposto a fazer para impedi-la... Sedução não adiantaria, pois ela até poderia ir para a cama com ele, mas não cederia, seguiria firme em publicar o que bem quisesse. Enfim... Pegou muito mal esse início, pois ficou "no ar" que ele estaria disposto a qualquer coisa contra uma mulher só para impedir que verdades fossem escancaradas sobre o infeliz do pai, que arruinou a vida da mãe dele, mas merecia permanecer com a "honra" intacta, mesmo depois de morto.

Elliot decide viajar atrás dela (que tinha ido para a Itália por motivos pessoais que não eram da conta dele) para "convencê-la" a não publicar as tais memórias. Tudo bem que ele também tinha coisas para fazer no país, referente aos livros dele, mas o principal motivo foi persegui-la e convencê-la a ser "sensata".

Chegando lá, ele descobre que a mocinha está presa. Sim. Só porque dois imbecis resolveram duelar e em vez de culpar os idiotas por isso resolveram que a culpa era da mulher que ambos queriam. O machismo reina nesta história! Aí, o Elliot decide que vai se aproveitar da situação para que Phaedra fique em dívida com ele, já que o arrogante usa sua posição social para conseguir a liberdade dela. E como tudo gira em torno do poder dos homens: ela só é libertada com a promessa do mocinho de mantê-la sob o seu controle. Aqui o livro já tinha me irritado bastante, mas eu ainda tinha esperança na mocinha. Que ela não aceitaria que decidissem sua vida, que iria se impor e brigar o quanto fosse necessário. Ledo engano! Ela resiste um pouco, mas logo cede a todas as vontades do Elliot, ainda que tentasse convencer a si mesma que estava no controle. Coisa nenhuma!

Uma das cenas mais repugnantes (para mim) foi aquela na qual ele a amarrou na cama. Isso porque ela tentou ir embora e ele não permitiria já que era "o responsável' por ela. A idiota permite que ele a prenda para impedi-la de sair. Depois ele vai para outro quarto e ela passa a noite inteira amarrada. Se um incêndio acontecesse nem teria como se salvar. Eu não acreditei no que estava lendo! Um desconhecido decide que tem direito de amarrá-la e ela nem pede socorro nem nada. Se submete como se ele fosse seu dono, como se ela fosse um objeto que ele poderia tratar como bem quisesse. Eu fiquei muito irritada. 

Pouco tempo depois dessa cena inacreditável, eu abandonei o livro. Estava de saco cheio de tanto estresse. Eu não merecia ler tanto absurdo num livro só.kkkkkk Sério! Eu estava com o sangue fervendo quando decidi abandonar a leitura, estava a ponto de arremessar o livro pela janela.

Agora em janeiro é que resolvi retomar a leitura, com a remota esperança de que as coisas poderiam melhorar. E, a princípio, realmente melhoram... um pouco. Apenas para piorar depois. Não quero dar spoilers e por isso não mencionarei os demais absurdos presentes no livro. Posso dizer que a autora caprichou! Conseguiu transformar uma mocinha feminista em alguém que aceita tudo o que os homens querem, que permite que decidam tudo e danem-se as sua próprias vontades! Sem mencionar o que ela dá a entender pelo passado da mocinha. 

Vou falar brevemente do assunto para que entendam por que fiquei tão irritada com algumas escolhas da autora ao construir a história. Phaedra era filha de pais que nunca se casaram, embora se amassem. O casamento não ocorreu porque a mãe dela era uma mulher que valorizava a própria liberdade e não permitiria perder nem um pouco dela com o casamento. Ela acreditava no amor livre, sem as imposições da sociedade, sem se submeter a regras. Assim, mesmo amando aquele que seria o pai de sua filha, recusou o casamento, para escândalo da sociedade (que sempre se escandaliza com tudo) e manteve a relação por longos anos, de maneira clara, sem esconder de ninguém. Da relação nasceu nossa mocinha e ela tratou desde sempre de educar a menina para ser livre. Só que... O que a autora faz?! Torna a mãe da mocinha uma mulher negligente, que traumatizou a menina com suas crenças, que não soube ser mãe, que impôs seus próprios princípios à ela e que a mocinha era resultado dos traumas do passado. Eu não sei qual foi a real intenção da autora e nem vou supor nada. Simplesmente não gostei da maneira como ela construiu esse passado da mocinha e a relação com a mãe. Passou uma ideia ruim, como se uma mulher livre e que quisesse ensinar a filha a ser dona de si estivesse errada e não soubesse ser mãe. Como se feminismo e maternidade não combinassem. E também deu a entender que Phaedra e suas crenças eram apenas reflexos das crenças da mãe. Que ela não acreditava em nada daquilo "de verdade". Só isso já me fez arrancar duas estrelas do livro. Não sei se alguém mais enxergou as coisas dessa maneira, mas foi essa a impressão que o livro me passou. E não gostei nada. Sobretudo porque sou feminista e considerei de péssimo gosto a maneira como a autora abordou e tratou o assunto. Confesso que senti tanta raiva durante um tempo que considerei tirar todas as estrelas do livro.rs Mas depois respirei fundo e voltei a raciocinar. Todo mundo erra nesta vida e, como eu disse, não posso pensar que a intenção da autora foi ruim, até porque não quero acreditar nisso. Mas ainda estou com raiva da autora e não sei quanto tempo demorará para passar.kkkk

Phaedra me decepcionou de tantas maneiras que eu não saberia nem por onde começar a falar... Apenas na reta final do livro foi que ela voltou a assumir o controle de si mesma, embora a autora novamente tenha feito escolhas que me irritaram. Ser feminista não impede ninguém de escolher ser esposa e mãe, por exemplo, desde que isso seja realmente uma escolha dela como mulher. A autora não precisava tratar toda a crença da mãe da Phaedra como erros de uma mulher imatura, como ela chegou a fazer suas personagens considerarem (essa conversa se passa entre a Alexia e a Phaedra, quando tudo o que Artemis acreditava é colocado em dúvida e tratado como imaturidade) para defender que o casamento poderia ser algo bom. Enfim... O livro foi tão problemático para mim que se eu não tivesse gostado tanto do primeiro e não desejasse tanto ler o terceiro, possivelmente nunca mais leria nada da autora. Toda paciência tem limites e ela testou bastante a minha com esta história. 

Um personagem que evoluiu, e não posso deixar de admitir, foi o Elliot. Que passou a compreender as crenças da mocinha e seus receios, embora no fundo ele também achasse que ela não acreditava em nada daquilo de verdade. No entanto, tenho que reconhecer que ele passou a respeitá-la ao longo do livro e admirá-la como pessoa. Que ele fez um esforço para ser diferente. Mas...

É insuportável para mim a maneira como os personagens tentam convencer a Phaedra de que o erro está nela, que ela é que precisa ceder, que ela precisa "se libertar" do que aprendeu com a mãe senão não seria feliz. Eles tentam convencê-la de que ela está errada, de que a mãe dela não soube criá-la, de que ela não possui aquelas crenças, mas que foi forçada pela mãe a seguir aquele caminho na vida. Enfim... Ainda que o Elliot tenha evoluído, ele também pressionou a mocinha até ela ceder e isso estragou tudo de vez. Não consegui perdoar a história. Acredito no amor dos protagonistas, acredito que serão felizes juntos, mas é uma história que me arrependi muito de ler. 



->  DLL 21: Um livro que você abandonou 



10 de dezembro de 2019

As Regras da Sedução - Madeline Hunter

Literatura norte-americana
Título Original: The Rules of Seduction
Tradutora: Teresa Carneiro
Editora: Arqueiro
Edição de: 2013
Páginas: 272
Série Os Rothwells - Livro 1

Sinopse: Lorde Hayden Rothwell chega à casa de Alexia Welbourne sem aviso e sem ser convidado - um homem poderoso e sedutor, movido por interesses obscuros. Sua visita anuncia a ruína financeira da família de Alexia e o fim das esperanças da jovem de um dia conseguir um bom casamento. 
Para se sustentar, a moça recebe a proposta de ser dama de companhia de Lady Henrietta Wallingford e preceptora de sua filha. O problema é que a oferta vem do sobrinho de Henrietta, ninguém menos que lorde Hayden.
Morando na casa da tia de Rothwell, Alexia descobre que a proximidade com o homem que destruiu sua família pode ser perigosamente irresistível. Num gesto impensado, ela se entrega a ele, e ambos se veem obrigados a se casar. 
O que Alexia não sabe é que os atos aparentemente arrogantes de seu belo e sensual marido são motivados por uma dívida de honra que pode levá-lo a sacrificar tudo.
Com tantas mágoas e segredos entre eles, o casal tem tudo para se manter afastado. Mas Hayden é um homem apaixonante e Alexia, a tentação que o faz perder a cabeça. Morando sob o mesmo teto, eles acabam se aproximando e, juntos, vão descobrir um jogo de sedução em que cada um faz as próprias regras.



Esta capa acima é da edição que eu possuo, mas eu não li o livro físico (apenas os cinco primeiros capítulos) e sim o ebook, pois estava doente e não conseguia ler com a luz do quarto acesa, o que me fez apelar para a edição digital. No ebook, que adquiri pela Amazon, a capa é totalmente diferente:


Esta segunda capa combina muito mais com a protagonista do livro, que definitivamente não é loira como a da primeira capa. Deve ter sido esse o motivo para a editora ter mudado a capa, sei lá!rs

Mas vamos ao que realmente importa!

Como eu disse, li o livro quando estava doente, com uma forte gripe, e a leitura deste romance foi como um sopro de ar puro (estou um tanto poética hoje.rs), que aliviou bastante os meus dias de febre e dores de cabeça. Fazia um certo tempo que eu não pegava um romance para ler e sentia muita falta. 

Nele temos como protagonistas Alexia e o lorde Hayden, cada um com seu próprio passado de sofrimento. Ela, após perder tudo quando da ruína do pai, pediu para um primo, com quem não tinha laços próximos, para recebê-la em sua casa e tornar-se responsável por ela. Para sua surpresa, Benjamin concordou e, daquele momento em diante, ela se tornou parte da família dele... até a sua morte, quando as coisas sofreram certa alteração. 

Enquanto para Benjamin, Alexia era alguém importante, que ele não se incomodava em sustentar como fazia com suas irmãs, para Timothy, que se tornou responsável pela família após a morte do irmão mais velho, ela não passava de um estorvo, uma parente pobre que ele se ressentia por ter que cuidar. Não a queria em sua casa, mas não podia jogá-la na rua. Assim, simplesmente passou a não mais beneficiá-la como seu irmão fazia, deixando claro qual era a posição que ela ocupava naquela casa e que não teria os mesmos privilégios que as irmãs dele. 

Embora ficasse magoada pela diferença no tratamento que passara a receber, o que mais doía em Alexia era não ter mais Benjamin ao seu lado. Com o convívio e o jeito extrovertido e inconsequente dele, ela se apaixonara, um amor que acreditava ser correspondido. Se Benjamin não tivesse morrido no mar, eles estariam casados. Tudo seria diferente. 

E as coisas realmente se transformam quando, num belo dia, quatro anos após a morte do homem que ela amava, lorde Hayden aparece na residência de Timothy anunciando uma nova desgraça... 
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