21 de abril de 2020

Amoras - Emicida / Flávia e o Bolo de Chocolate - Míriam Leitão

Tempo de leitura:
Literatura Brasileira
Editora: Companhia das Letrinhas
Edição de: 2018
Páginas: 44
21ª leitura de 2020

Sinopse: Em seu primeiro livro infantil, Emicida conta uma história cheia de simplicidade e poesia, que mostra a importância de nos reconhecermos nos pequenos detalhes do mundo. Na música “Amoras”, Emicida canta: “Que a doçura das frutinhas sabor acalanto/ Fez a criança sozinha alcançar a conclusão/ Papai que bom, porque eu sou pretinha também”. E é a partir desse rap que um dos artistas brasileiros mais influentes da atualidade cria seu primeiro livro infantil e mostra, através de seu texto e das ilustrações de Aldo Fabrini, a importância de nos reconhecermos no mundo e nos orgulharmos de quem somos — desde criança e para sempre.




Este é um livrinho que resolvi ler "do nada". Inicialmente não estava nas minhas metas, mas eu estava um tanto triste e queria apostar numa leitura rápida e leve, que me desse um pouco mais de ânimo. 

Aqui temos uma historinha simples, mas muito importante por falar de aceitação, de amor próprio e de tolerância religiosa. Há menções à religião africana, ao cristianismo, ao islamismo... De um modo direto e lindo, mostrando que são apenas maneiras diferentes de praticar a fé e buscar um mesmo Bem. 

"Nesse planeta, Deus tem tanto nome diferente que, pra facilitar, decidiu morar no brilho dos olhos da gente."

A protagonista é uma menininha muito esperta e observadora e durante um passeio pelo pomar ao lado do pai, enquanto ele explicava que quanto mais pretinhas mais doces eram as amoras, que eram "o melhor que há", ela ficou muito feliz por ser parecida com as amoras, por ser "pretinha também". E aqui temos a questão da aceitação, de amar a si mesmo, de valorizar a sua cor de pele... entender que cada detalhe em nós foi feito com amor por Deus. É um livro de fácil leitura e compreensão pelas crianças e já quero que a minha priminha o leia (no momento ela está lendo Harry Potter e a Câmara Secreta). 

O autor também menciona Zumbi dos Palmares e Martin Luther King, enfatizando assim a sua intenção ao escrever este livro. E ele não apenas os menciona, mas ao final da leitura as crianças têm acesso a um glossário que explica de maneira bem simples quem eles foram, além de explicar também quem foi Obatalá e o que significa orixás, quilombo, o que é a África e quem é Alá


Literatura Brasileira
Editora: Rocco
Edição de: 2015
Págnas: 36
22ª leitura de 2020

*Lido no Kindle Unlimited

Sinopse: Em meio aos questionamentos da pequena Flávia sobre a sua pele marrom – tão diferente da pele branquinha da mãe –, a premiada jornalista Míriam Leitão aborda temas delicados como adoção e questões raciais de forma sensível e lúdica para os pequenos. Com belas ilustrações de Bruna Assis Brasil, a autora, ganhadora do Prêmio FNLIJ 2014 na categoria Escritor Revelação por seu livro infantil de estreia, A perigosa vida dos passarinhos pequenos, mostra que o mundo é feito de diferentes cores, pessoas e sabores. E que é justamente isso que o torna tão rico. Flávia e o bolo de chocolate é o terceiro livro infantil de Míriam Leitão, autora também de A menina de nome enfeitado.



Pense num livrinho apaixonante! Se gostei muito de Amoras simplesmente AMEI Flávia e o Bolo de Chocolate

Nele temos uma mulher que sonha muito em ser mãe, mas a vida não lhe permite engravidar. Ela era uma pessoa boa e querida por muitos, mas a tristeza por não ter um filho ia tomando conta dos seus dias. Até que ela encontrou a solução perfeita: adotar uma criança que não tivesse mãe e que a quisesse. Foi assim que Flávia, ainda bebezinha, se tornou parte de sua vida, se tornou a sua filhinha. Quando a viu pela primeira vez, Rita (a mãe) percebeu que aquela era sua menina, pois se apaixonou por ela naquele instante. 

Ao conseguir levá-la para casa, agora legalmente sua filha, Rita logo quis passear com a bebê e mostrá-la para todas as suas amigas, mas ainda que a maioria tivesse ficado feliz por ela, uma tratou de destacar as diferenças físicas entre as duas (a cor da pele) e dizer que seria impossível que aquela fosse a filha de Rita. Embora tenha ficado triste com a observação maldosa, que se preocupava mais com a diferença de cor da pele das duas, ela não se deixou desanimar e criou a filha com todo o seu amor. Elas aprendiam juntas, se divertiam, passeavam, eram muito unidas. Mas um dia...

"Flávia começou a chorar:
- Mãe, eu quero ser como você. 
- Como assim?
- Não quero ser marrom!
- É mesmo? Por quê?
- Eu quero ser branca como você.
- Mas por quê? Você é linda do jeito que é, toda marronzinha - falou a mãe."

Mesmo a mãe mostrando o quanto ela era linda e incrível do jeitinho que era, Flávia não se deixou convencer. Na sua opinião ela era feia por ter a pele marrom e queria ser branca como a mãe. Disse que tudo o que era marrom era feio e nada no mundo a fazia pensar diferente. Será que não?! É aí que o livro fica MARAVILHOSO pela maneira única e sensível que a Rita faz a filha abrir os olhos e enxergar a beleza de ser como era. Não vou dizer como ela faz isso, pois eu amei descobrir lendo. Só posso dizer que se tornou um dos meus livros queridinhos! 

Eu estava lendo "O Cortiço" para o tema deste mês do DLL 20, mas como Amoras e Flávia e o Bolo de Chocolate também se encaixam no desafio, resolvi continuar lendo O Cortiço, mas não mais para o projeto.


-> DLL 20: Um livro com um personagem negro


Leitora apaixonada por romances de época, clássicos e thrillers. Mãe da minha eterna princesa Luana e dos meus príncipes Celestino e Felipe (gatinhos filhos do coração). Filha carinhosa. Irmã dedicada. Amiga para todas as horas. Acredita em Deus. E no poder do amor.

3 comentários:

  1. Opa, tudo bem por aí?

    Já ouvi falar de ambas, porém, não cheguei a ler. Tenho bastante interesse no livro infantil do Emicida, porque há alguns anos eu acompanhava a sua carreira musical e admiro bastante toda a sua luta em favor das minorias, sabe? Acredito que ele tem muito a ensinar nessa história, apesar de ser infantil, é até bom para que todas as idades possam compreender, desde cedo, a importância.

    Abraços!
    www.acampamentodaleitura.com

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  2. Oi, Luna.
    Nesses últimos tempos a gente precisa mesmo encontrar leituras leves, né?!
    Achei suas dicas bem bonitinhas!
    No momento peguei a trilogia Para Todos os Garotos Que Já Amei para reler, porque estava precisando de algo leve, mas depois vou dar uma olhada nesses dois!
    beijos
    Camis - blog Leitora Compulsiva

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  3. Faz muito tempo que não leio livros infantis. Meu filho já está com 13 anos e agora ele lê as mesmas coisas que eu, por isso esse universo ficou para trás na minha casa. Mas adorei as duas indicações.

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