29 de março de 2021

Como Deus cura a dor - Mark W. Baker

Tempo de leitura:



Título Original: How God Heals Hurt
Tradutora: Cynthia Azevedo
Editora: Sextante
Edição de: 2008
Páginas: 208

8ª leitura de 2021 (8ª resenha do ano)

Sinopse: "A felicidade não exclui o sofrimento, porque ele é inevitável. A felicidade depende da maneira como vamos sofrer. Foi isso que Jesus ressaltou em sua própria vida. Evitar o sofrimento não nos leva a uma vida mais feliz, mas a forma de enfrentá-lo conduz a uma vida mais significativa. " - Mark Baker

Autor de Jesus, o maior psicólogo que já existiu (900 mil exemplares vendidos no Brasil), Mark Baker mostra em seu novo livro como a trajetória de Jesus pode servir de inspiração para superarmos nossas dificuldades, traumas e sofrimentos.

Formado em Psicologia e em Teologia, com vasta experiência clínica como terapeuta, o autor estuda há 25 anos os sentimentos das pessoas e a maneira como elas reagem às oito emoções básicas que norteiam nossas vidas: sofrimento, medo, ansiedade, tristeza, culpa, raiva, felicidade e amor.

Suas conclusões deram origem a Como Deus cura a dor, um valioso instrumento de crescimento pessoal e de transformação. Analisando histórias de dezenas de pacientes sob o ponto de vista psicológico, Baker ensina como é possível lidar com o sofrimento associando o tratamento médico à sabedoria da Bíblia.

Com um profundo efeito terapêutico, este livro vai aumentar nossa fé no poder curativo de Deus e, assim, nos ajudar a atravessar os períodos difíceis da nossa jornada.



Fazia mais de um ano que eu estava lendo este livro. Precisamente desde outubro de 2019. Até já tinha lido algumas páginas antes disso, mas foi naquela data que reiniciei a leitura, mantendo-o como companhia ao longo de todo esse tempo, como livro para os momentos em que eu precisava de conforto. De uma palavra amiga, de uma esperança. Assim, eu o lia em doses homeopáticas. 

Não posso dizer que ele funcionou em todos os momentos de dor, mas na maioria sim. Não me dando nenhuma fórmula especial para escapar dos sofrimentos da vida, mas sim servindo como algo que me trazia de volta para mim mesma. Para o meu interior, minhas emoções. E encontrando auxílio de Jesus nas palavras que me confortavam. 

É um livro perfeito? Não. Tem alguns problemas. Mas de modo geral me fez muito bem. E era isso o que eu buscava neste livro: algo que fizesse eu me sentir tranquila, bem, em paz. 

Esta não foi minha primeira experiência com o autor. Li anos atrás Jesus, o maior psicólogo que já existiu e foi uma leitura tão maravilhosa que quando soube da existência de Como Deus cura a dor o quis imediatamente. Sem precisar pensar duas vezes. Do mesmo modo que adquiri O poder da personalidade de Jesus antes de concluir esta leitura aqui. Eu gosto da escrita do autor. Bem mais do que da do Augusto Cury, que é sim um ótimo autor, mas que não provoca em mim o mesmo efeito que as palavras dele. 

Vocês sabem que resenhas de livros de autoajuda não são frequentes aqui no blog, o que não significa que eu tenha algo contra este tipo de literatura. Não tenho e costumo adquirir autoajuda que contém temática religiosa, pois sou cristã e é uma literatura que me agrada, que me faz bem. Não trago resenhas desses livros com frequência porque costumam ser leituras muito pessoais. Gosto da relação exclusiva entre livro e leitora quando mergulho neste gênero e prefiro manter apenas dentro de mim tudo o que o livro me provocou. Porque é um momento em que me desligo de tudo e me ligo ao meu interior. 

Mas eu senti vontade de falar de Como Deus cura a dor. Simplesmente senti vontade. Não o considero maravilhoso como o anterior que li do autor, mas, como eu disse, gostei muito, me fez bem

Neste livro, através de sua experiência como terapeuta e sua formação em psicologia e teologia, o autor vai abordar os diversos tipos de dor sentidas pelos seres humanos em algum momento de suas vidas. E a maneira como reagimos diante delas. Se as dores nos fazem nos tornarmos pessoas melhores ou se nos empurram para baixo e para uma vida de amargura e medos. 

"O sofrimento é uma força poderosa. Não conseguiremos evitá-lo, mas poderemos escolher a direção em que ele nos levará."

Fácil falar, não é mesmo? O autor não diz que é fácil escolher o que o sofrimento, inevitável nesta vida, vai fazer com a gente. Não é nada fácil superar uma dor. Muitas vezes se passam anos, muitos anos e a dor ainda está ali, afetando nosso presente, nossas relações, nossa saúde mental. E a culpa não é nossa. Mas somos sim (cada um de nós) capazes de lutar contra as consequências da dor. Mesmo quando estamos no fundo do poço, acreditando que chegou o fim e que nada nunca vai melhorar. Até mesmo nesses momentos tão horríveis, seguimos tendo dentro de nós a capacidade de levantar. E é importante acreditarmos nisso, acreditarmos em nós. 

"A negação é uma tentativa de afastar o sofrimento. É um mecanismo de defesa psicológica, geralmente inconsciente, que usamos para nos proteger de sentimentos dolorosos. [...] A negação pode ser uma forma de fingir que não estamos sofrendo."

Eu costumo apreciar muito a maneira como o autor toca em temas delicados, como transtornos mentais e emocionais, depressão, ansiedade, estresse pós-traumático, entre tantos outros. Eu estou lendo um livro do Augusto Cury chamado Armadilhas da Mente, que começou muito bem, mas depois foi ladeira a baixo. Estou quase na metade da leitura, mas não acredito mais que aquele livro consiga se salvar. O autor abordou o tema da depressão e da ansiedade, que são muito delicados para mim, de uma forma muito problemática. Que me fez mal. Ele era um autor que eu admirava, mas depois do que já li naquela história, perdeu muitos pontos comigo. Só ainda não abandonei o livro de vez porque preciso saber o que ele ainda fará na história. E aqui eu fiz a comparação porque o autor de Como Deus cura a dor não costuma me causar esse "incômodo", motivo pelo qual gosto de ler os livros dele.

"Perceber que você não é Deus e que precisa de alguém para ajudá-lo é um sinal de força, não de fraqueza."

Este é um livro que mistura psicologia e religião, então, se você não é cristão provavelmente vai se sentir incomodado com as referências bíblicas, os trechos selecionados como abertura para cada tema e a forma como o autor faz essa conexão, colocando Deus em tudo no livro. O título não foi escolhido ao acaso, claro. Leia ciente disso para não se decepcionar. O livro fala dos tipos de dor, ilustra cada tema com situações vividas neste mundo real no qual todos estamos. Mas sobretudo fala de como Deus, diariamente, nos ajuda a curar as dores que não podemos curar sozinhos. 

"A depressão distorce nossa visão das coisas. É inevitável. Quando estamos deprimidos, os pensamentos se tornam pessimistas. Apesar de todo o esforço, você pensa de modo negativo, o que o deixa ainda mais deprimido. A depressão já é penosa, mas ter de lutar contra os próprios pensamentos pode ser insuportável."

Eu já comentei com vocês antes que luto contra a depressão e o transtorno de ansiedade generalizado. Meu martírio é principalmente a ansiedade, que quando ataca me faz ficar depressiva. E nem sempre isso passa rápido. Já cheguei a ficar um mês inteiro tendo uma crise de ansiedade atrás da outra e mergulhada numa depressão que fazia com que eu não encontrasse paz em nada. Como se vivesse um inferno dentro de mim e nunca fosse sair daquela situação. Mas sempre passa. E é esse pensamento que eu gosto de alimentar dentro de mim. Para que quando a crise vier eu lembre, mesmo lá no fundo, que vai passar. Do mesmo jeito que veio, vai embora. E claro que eu faço tratamento psicológico. É essencial. 

Se você sofre de depressão ou ansiedade, ou qualquer outro problema emocional/mental procure ajuda profissional. Nunca deixe de procurar ajuda! O Centro de Valorização da Vida atende gratuitamente pelo telefone, chat ou e-mail. São voluntários dispostos a ouvir de maneira anônima. Não substitui um psicólogo ou psiquiatra, mas serve como uma ajuda para desabafar num momento de dor. Eu já recorri ao Centro de Valorização da Vida. O número é o 188. Sempre fui muito bem atendida. Todas as vezes que precisei conversar, geralmente em prantos, era tratada de maneira humana. 

"Quando perdemos a esperança, deixamos de acreditar que coisas boas possam acontecer conosco."


O livro é dividido em oito capítulos, sendo eles: Dor & sofrimento; Medo; Ansiedade; Tristeza; Culpa & vergonha; Raiva; Felicidade; Amor. E cada capítulo é subdividido em vários temas. Eles são ilustrados com situações pelas quais o autor passou como terapeuta e também como pastor numa universidade. Nos identificamos com alguns casos de pacientes, alguns sentimentos e experiências vividas por eles. Porque são coisas muito reais, comuns aos seres humanos. Mas cada pessoa passa por determinada situação na vida de forma muito individual, pois cada dor é única. Ninguém tem o direito de "medir" a dor do outro com base na sua. O que você consegue enfrentar de uma maneira não significa que o outro é obrigado a enfrentar igual. 

Eu gostei muito desta experiência de leitura. E este ano ainda, se Deus quiser, pretendo começar a ler O poder da personalidade de Jesus




-> DLL 21: Um livro de sua cor favorita na capa



Leitora apaixonada por romances de época, clássicos e thrillers. Mãe da minha eterna princesa Luana e dos meus príncipes Celestino e Felipe (gatinhos filhos do coração). Filha carinhosa. Irmã dedicada. Amiga para todas as horas. Acredita em Deus. E no poder do amor.

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