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7 de abril de 2020

O Jardim Secreto - Frances Hodgson Burnett

Literatura Inglesa
Título Original: The secret garden
Tradutor: João Sette Camara
Editora: Ciranda Cultural
Edição de: 2019
Páginas: 286
17ª leitura de 2020

Sinopse: Após ficar órfã, Mary Lennox se muda da Índia e vai morar com seu tio viúvo em uma grande casa cheia de segredos na Inglaterra. A mansão tem quase cem quartos e seu tio se mantém trancado lá. Durante a noite, ela ouve o som de choro em um dos longos corredores. Os jardins que cercam a grande propriedade despertam a curiosidade de Mary. Ao decidir explorá-los, a órfã descobre um jardim secreto, cercado por muros e trancado com uma chave perdida. Com a ajuda de dois companheiros inesperados, Mary descobre um caminho e se torna determinada a trazer o jardim de volta à vida. 



Está aí uma autora que conseguiu me conquistar com suas belíssimas histórias de amor e superação. E não aquele "amor romântico", mas o amor pela vida, pelos familiares, amigos e por si mesmo. Este ano eu já resenhei A Princesinha, que se tornou um dos meus livros queridinhos, por trazer uma protagonista que apesar de ser apenas uma criança que deveria ser protegida, era mais forte do que eu jamais conseguiria ser (sejamos realistas.rs) e me ensinou muito. A Princesinha é aquele livro que fica no seu coração. É inesquecível. O Jardim Secreto só comprova que a autora realmente tinha o dom de encantar. 

No caso do livro anterior, eu já conhecia o filme e ele marcou a minha infância. Quanto ao livro O Jardim Secreto, eu mergulhei no escuro. Porque não tinha assistido o filme e não conhecia nada da história, não sabia o que esperar e todas as surpresas, as descobertas que a Mary fez ao longo da narrativa, eu fiz junto. Tudo era uma surpresa para mim também. Foi mágico acompanhá-la em sua jornada de crescimento, de cura interior. Me senti transportada para dentro daquele jardim, ouvindo os risos das crianças e vendo a vida surgindo como se o mundo estivesse mesmo cheio de mágica. E sabe de uma coisa? Ele realmente está. Existe magia no simples fato de respirarmos. E agora que estamos todos passando por esse período tão sombrio, nunca imaginado, deveríamos valorizar ainda mais o ar que respiramos, o oxigênio que nos mantém vivos. Entender o quanto somos nada diante da Natureza que trabalha incansavelmente para nos dar tudo o que precisamos para viver.

13 de janeiro de 2020

A Princesinha - Frances Hodgson Burnett

Literatura Inglesa
Título Original: The little princess
Tradutora: Carla Bitelli
Editora: Ciranda Cultural
Edição de: 2019
Páginas: 208

3ª leitura de 2020
Sinopse: Sara Crewe é uma menina rica trazida da Índia por seu pai para estudar em uma escola de moças em Londres. Quando seu pai morreu, perdeu tudo e foi obrigada a trabalhar como empregada na escola, e apesar de passar frio e fome, conseguiu preservar sua nobreza e generosidade. Dona da grande imaginação, ela foi capaz de criar histórias fantásticas e conquistar suas amigas que não a abandonaram. No entanto, as coisas mudam quando um indiano doente chega à cidade procurando uma menina perdida.





Talvez você, assim como eu, já conheça a história por conta do filme de 1995, que muitas e muitas vezes assisti e marcou a minha infância, assim como a de milhares de outras crianças. Lembro do quanto eu me revoltava com as injustiças que Sara era obrigada a suportar, sendo ainda uma menina, e como o final me encantava, mesmo já sabendo tudo o que aconteceria. Era sempre como se fosse a primeira vez e se tornou um dos meus filmes queridinhos. 

"[...] ela mesma não conseguia se lembrar de qualquer momento que não estivesse pensando sobre adultos e o mundo ao qual eles pertenciam. Ela sentia como se já tivesse vivido por muito, muito tempo."

Somente já adulta é que eu descobri que aquele filme que eu tanto amava era uma adaptação do livro "A Princesinha", da autora Frances Hodgson Burnett, de quem eu nunca tinha ouvido falar. E durante bastante tempo desejei ter a oportunidade de ler o livro, mas sempre priorizava outras leituras, que faziam parte das minhas metas literárias. Todavia, ano passado eu recebi este livro de presente e ao decidir incentivar minha priminha de 10 anos a mergulhar no universo das histórias é que finalmente pude lê-lo e perceber que o livro é muitíssimo mais especial que o filme, se tornando um dos livros que mais me impactou, com uma mensagem que jamais esperei encontrar nele. 

"Ela gostava de livros mais do que de qualquer outra coisa e, na verdade, estava sempre inventando histórias sobre coisas lindas e contando-as para si mesma."

Sara Crewe nascera e passara todos os seus sete primeiros anos de vida na Índia, sendo mimada por todos que a conheciam, o que de modo algum a estragou, pois era uma menina bastante madura para sua idade e que jamais permitiu que os privilégios que recebera mudassem a sua essência. Tendo crescido sem mãe, que falecera quando do seu nascimento, era muito apegada ao pai, a quem amava acima de tudo. Com ele tinha uma belíssima relação e ele a chamava carinhosamente de "Senhorinha", por conta da maneira antiquada, solene, com que a filha sempre se expressava, como se fosse uma pequena adulta de séculos passados. Ele também a amava mais que tudo e por isso mesmo decidira que chegara a hora de enviá-la para longe, por mais que aquilo partisse seu coração, pois sua filhinha precisava iniciar seus estudos e retornar para casa apenas quando já fosse uma jovem adulta. Era o que se esperava dele como pai, embora a sua vontade fosse manter Sara ao seu lado para sempre, protegida de um mundo vasto e tão cheio de riscos.

22 de julho de 2019

Mar da Tranquilidade - Katja Millay

Título Original: The Sea of Tranquility
Tradutora: Carolina Alfaro
Editora: Arqueiro
Edição de: 2014
Páginas: 368

Sinopse: Nastya Kashnikov foi privada daquilo que mais amava e perdeu sua voz e a própria identidade. Agora, dois anos e meio depois, ela se muda para outra cidade, determinada a manter seu passado em segredo e a não deixar ninguém se aproximar. Mas seus planos vão por água abaixo quando encontra um garoto que parece tão antissocial quanto ela. É como se Josh Bennett tivesse um campo de força ao seu redor. Ninguém se aproxima dele, e isso faz com que Nastya fique intrigada, inexplicavelmente atraída por ele. A história de Josh não é segredo para ninguém. Todas as pessoas que ele amou foram arrancadas prematuramente de sua vida. Agora, aos 17 anos, não restou ninguém. Quando o seu nome é sinônimo de morte, é natural que todos o deixem em paz. Todos menos seu melhor amigo e Nastya, que aos poucos vai se introduzindo em todos os aspectos de sua vida. À medida que a inegável atração entre os dois fica mais forte, Josh começa a questionar se algum dia descobrirá os segredos que Nastya esconde – ou se é isso mesmo que ele quer. Eleito um dos melhores livros de 2013 pelo School Library Journal, Mar da Tranquilidade é uma história rica e intensa, construída de forma magistral. Seus personagens parecem saltar do papel e, assim como na vida, ninguém é o que aparenta à primeira vista. Um livro bonito e poético sobre companheirismo, amizade e o milagre das segundas chances.



Às vezes um livro nos machuca muito, nos provoca feridas que quase parecem reais, como se as sentíssemos no corpo, de tão marcados que ficamos pela história. Mas existem livros que não só nos ferem, mas também nos curam... curam as feridas que eles mesmos causaram... Mar da Tranquilidade é um destes livros. 

Quado comecei a lê-lo deixei de lado todos os outros livros, todas as outras leituras em andamento. Porque senti que a historia contida nessas páginas precisava de atenção exclusiva. Era para ser apenas o livro e eu. E foi assim. Se eu queria encarar esta leitura agora precisava aceitar tudo, até mesmo que ela partisse meu coração. 

"O peso da realidade nos meus ombros é tão grande que às vezes me pergunto como ainda consigo erguer os pés para caminhar."

Eu não sabia nada sobre este livro. Nada mesmo. Anos atrás vi muitos leitores falando sobre ele e tinha em mente que era um livro forte, do tipo que mexe com as emoções, mas não lembro se cheguei a ler alguma resenha. Só sei que alguma leitora amiga o recomendou e eu comprei em 2016, criando coragem de ler apenas este ano. 

Senti um golpe no coração logo nas primeiras páginas. Não sabia ao certo o que tinha acontecido com a Nastya, mas dava para ter uma ideia de que foi grave, muito grave. Que, cerca de dois anos e meio antes, alguém a matou. Quando ela estava indo para a escola. Quando tinha apenas 15 anos e toda uma vida pela frente. Alguém simplesmente cruzou seu caminho e destruiu tudo. Matou a garota que ela era. 

14 de junho de 2019

Helena - Machado de Assis

Literatura Nacional
Editora: Nova Fronteira
Edição de: 2016
Box Todos os Romances e Contos Consagrados de Machado de Assis 
Volume 1: Ressurreição/A mão e a luva/Helena/Iaiá Garcia
Onde comprar: Amazon

Sinopse: Estão reunidos aqui os quatro primeiros romances de Machado de Assis, que compõem o que se convencionou chamar de fase romântica do escritor. O próprio Machado na "Advertência" a uma nova edição de Ressurreição, sugere essa divisão de sua obra: "Este foi o primeiro romance, escrito aí vão muitos anos. Dado em nova edição, não lhe altero a composição nem o estilo, apenas troco dois ou três vocábulos, e faço tais ou quais correções de ortografia. Como outros que vieram depois, e alguns contos e novelas de então, pertence à primeira fase da minha vida literária."



Apesar deste primeiro volume conter quatro romances do autor, neste post trarei apenas a resenha de Helena, uma história que me envolveu intensamente e aumentou todo o amor que eu já sentia pelo Machado de Assis. É um dos meus autores da vida! 

E pensar que houve um dia em que falei do autor com indiferença, até com certo desprezo, na verdade. Lembrei dessa ocasião recentemente. Acho que aconteceu nos meus primeiros anos como blogueira. Quem lê romances contemporâneos, de época, de banca ou outros livros considerados "insignificantes" por uma certa parcela de leitores com certeza já passou por situação de raiva, ao ter que suportar o desdém de outros que se consideram "verdadeiros leitores", "cultos", "intelectuais", por lerem clássicos. Foi num momento assim, em que eu estava com muita raiva, que falei do autor com desprezo, sem sequer conhecer as suas obras. Eu lembro de ter dito que não precisava ler clássicos para ser uma leitora e que não fazia a menor questão de ler Machado de Assis. E eu tinha razão no que disse. Continuo acreditando que não importa o que a pessoa lê, desde que leia e seja capaz de interpretar o que leu, de absorver algo da história, de tornar-se alguém melhor. 

Porque como certo autor um dia disse (e não recordo o seu nome) "os livros não mudam o mundo, os livros só mudam as pessoas". E um romance de época pode mudar alguém, um chick lit, até um romance erótico (que é um gênero que eu particularmente não aprecio muito). Livros sempre são capazes de nos transformar (para melhor) se dermos a eles a oportunidade de fazerem isso. Por isso esse preconceito literário que existe aos montes na blogosfera me irrita tanto. Porque eu posso achar que um livro é inútil para minha vida, posso considerar uma história a pior de todas, mas tenho que respeitar o fato do outro não ser obrigado a ter o mesmo gosto que eu, e poder retirar daquela mesma história que odiei algo de bom para sua vida. Talvez seja a história que aquela pessoa precisava ler. Enfim... Mas de todos os preconceitos literários que existem um dos mais insuportáveis é em relação aos que não leem clássicos. E só posso considerar quem julga alguém por não ler clássico um pseudointelectual, que para ser um intelectual de verdade, evoluído, deveria no mínimo respeitar o gosto literário das pessoas. 

9 de junho de 2019

O Fantasma da Ópera - Gaston Leroux

Título Original: Le Fantôme de l'Ópera
Tradutor: Gustavo de Azambuja Feix
Editora: L&PM Pocket
Edição de: 2016
Páginas: 330
Onde comprar: Amazon

Sinopse: Somente a música e o amor são imortais. Que aterrorizante segredo esconde-se nos subterrâneos da Ópera de Paris? Que mistério atormenta um dos mais majestosos palácios dedicados à arte na capital francesa? Uma das histórias de terror e amor mais famosas do século XX, O fantasma da Ópera combina romance e suspense para narrar o triângulo amoroso entre a linda e talentosa cantora lírica Christine Daaé, o frágil e apaixonado visconde Raoul de Chagny e o sinistro e obcecado gênio da música que habita os porões do teatro. Com contornos de relato histórico, a narrativa conduz o leitor pelos labirintos da Ópera e do coração humano, revelando o que há de mais obscuro em ambos.



Faz poucas horas que concluí esta leitura e nem sei por onde começar a falar dela. É um livro que se tornou um querido do meu coração. Um daqueles especiais, sabe? Do qual não abro mão, que levaria comigo se precisasse viajar e carregar apenas algumas histórias deixando o resto para traz. É precioso como O Morro dos Ventos Uivantes, As Relações Perigosas, O Quarto Arcano, Jane Eyre e algumas outras histórias que marcaram minha vida... Comecei a ler este livro sobretudo por conta do filme no qual o fantasma foi interpretado pelo Gerard Butler, mas não foi pelo filme que o amei. Afinal de contas, embora existam semelhanças, o livro acaba por ser bem diferente em muitos aspectos. 

É uma história que me provocou diversas emoções, que me deixou com o coração acelerado e sentindo muito pânico na última semana de leitura, temendo pela Christine e por seu amado Raoul, bem como por outros personagens da história. Que outras atrocidades ainda seriam cometidas pelo Érik, nosso odiado fantasma da ópera? Que outros crimes cometeria em nome daquele doentio amor? 
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