9 de agosto de 2017

Clássicos que já li...




Olá, queridos! 

Eu estava aqui pensando... Não. Isso não é novidade!rsrs Penso bastante, só para vocês saberem.kkkkk... Enfim... Fiz algumas pesquisas e por não gostar muito do critério que geralmente é usado para definir um livro como "clássico", resolvi colocar neste post uma lista de todos os livros clássicos que já li. Só que a diferença é que aqui não estarão apenas os "clássicos oficiais", mas também os que EU considero como tal. 

- Claro que, infelizmente, não posso colocar muitos livros que eu queria aqui. Seja por serem recentes demais ou porque eu própria reconheço que não poderiam estar nesta lista, apesar de amá-los com todas as minhas forças. 

Uma curiosidade: alguns livros que listarei, apesar de serem vistos como "importantíssimos" para a literatura eu jamais consideraria um clássico. Tais livros estarão marcados com um asterisco. 

Vamos à lista?! Por enquanto, ela é bem curtinha, mas um dos meus projetos para este segundo semestre de 2017 e os anos seguintes é dar uma chance especial a esse tipo de livro. Veremos se conseguirei! :D

Observe-se que nem todos possuem resenha no blog. 

- Outro ponto que merece atenção é que não separarei livros "clássicos" de "clássicos contemporâneos". 





1 - Romeu e Julieta - William Shakespeare*
Publicado originalmente no século XVI
(Sinopse no Skoob)

Sei que muita gente morre de amores por esta história. Conheço muitas pessoas que são apaixonadas pelo trágico amor desses dois jovens que não podiam ficar juntos por causa da inimizade entre suas famílias e tudo mais. Mas, gente, eu não suporto!kkkkkk Podem me julgar, mas não sou capaz de mentir e dizer que amo um livro que me estressa só de lembrar. E a lista já começa com asterisco.rsrs

Não estou dizendo aqui que não gosto do autor. Não gosto desta história. Tenho toda a intenção de ler outras peças de Shakespeare. 

2- A Escrava Isaura - Bernardo Guimarães
Publicado originalmente no século XIX 
(Sinopse no Skoob)

Pense numa pessoa que ama com todo seu coração a novela que a Record fez baseada nesta história! A simplicidade, a magia de um amor tão puro e poético, a luta pela abolição da escravatura são apenas algumas das coisas que me encantam na novela. E por amá-la tanto resolvi dar uma chance ao livro. Grande erro! Foi com muito sacrifício e desânimo que li até a última página e não demorei nada a mandar o livro para o quinto dos infernos: em outras palavras, me desfiz do livro.rs 

É difícil colocar asterisco neste livro por conta da novela. Me admira muito que tenham conseguido adaptar a história para TV de maneira tão sensacional e envolvente. Todavia, se eu for só pelo livro... Não sinto a menor vontade de considerar clássico, porém por causa do contexto em que foi escrito e por retratar a realidade (de certa forma) da escravidão no Brasil, não posso colocar asterisco. Mas não recomendo o livro! 

3- A Metamorfose - Franz Kafka*
Publicado originalmente no início do século XX
(Resenha aqui)

Lembro que li esta história por simples curiosidade no ano de 2009. Meu primeiro pensamento foi que o autor era louco.kkkkkkk... Não conseguia entender aquele livro e conforme fui avançando na leitura e compreendendo, não consegui gostar da história. Não apreciei a escrita, a narrativa nem nada. Sim, é um livro que pode nos fazer refletir, pensar em certas coisas, em algumas realidades familiares que são muito tristes e terríveis, mas existem diversos outros livros que provocam a mesma reflexão e são mil vezes melhor que este. Nunca serei capaz de entender o fascínio das pessoas por A Metamorfose



4- O Morro dos Ventos Uivantes - Emily Brontë
Publicado originalmente no século XIX.
(Resenha aqui)

O que falar deste livro, gente?! Quem aqui não sabe que sou perdidamente apaixonada por esta história??? Sei que a amo e odeio, uma mescla intensa e confusa dos dois sentimentos, mas toda vez que indico um livro, toda vez que penso em fazer lista de histórias preferidas, sempre, sempre, sempre penso em O Morro dos Ventos Uivantes. É minha história querida, preciosa, inesquecível! 

Felizmente, é reconhecido mundialmente como clássico e merece muito! Não se trata daquele típico romance de amor com o qual estamos acostumados e amamos. Não. Segue um caminho bem diferente. É uma história sombria, cruel em alguns momentos e que nos transporta para a mente e emoções bastante humanas e por vezes violentas dos personagens, sobretudo os protagonistas. Como esquecer Catherine e Heathcliff? Até hoje são muito lembrados em músicas, teatro, cinema e TV. Minha adaptação preferida é uma minissérie em dois capítulos feita em 2009. 

Tenho quatro edições do livro e um dos meus maiores sonhos é ter todas as edições que puder encontrar já publicadas no Brasil. :)

5 - Orgulho e Preconceito - Jane Austen 
Publicado originalmente no século XIX
(Resenha aqui)

Extremamente querido por fãs do mundo inteiro, Orgulho e Preconceito é outro clássico digno de ser chamado assim! Irônica, de escrita envolvente e maravilhosa, a Jane Austen constrói um romance capaz de retratar a realidade de sua época e ainda assim tornar-se atemporal por conta de alguns assuntos levantados em sua obra. Eu amo este livro! O senhor Darcy e sua Elizabeth, assim como outros personagens da história, possuem um lugar especial em minha estante e coração. 

6- O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint- Exupéry
Publicado originalmente no século XX
(Resenha aqui)

Embora seja relativamente recente (de 1943), é um dos maiores clássicos mundiais. Recomendado como leitura obrigatória para todas as crianças, é um livro que compreendemos melhor quando o lemos já na fase adulta. Sempre tinha ouvido falar muito da história e como não fui influenciada na infância para ler (me tornei leitora "de verdade" apenas no início da adolescência e por vontade própria), demorei bastante para ter a oportunidade de ler este livro. Mas quando o li... Chorei tanto, tanto! O final é de partir o coração e as lições que esta história nos deixa são para serem guardadas com todo o cuidado, levadas sempre com a gente. Recomendo MUITO! Para todos!


7- Senhora - José de Alencar
Publicado originalmente no século XIX
(Resenha aqui

Apesar de não apreciar nem um pouco a escrita do autor, por conta de todo o floreado ridículo e desnecessário, não posso negar que é uma obra maravilhosa que conseguiu me impressionar. Há bastante uso de ironias e críticas sutis e por vezes claras à sociedade da época. Aurélia, a protagonista, é uma mulher independente e feminista, bem à frente do seu tempo, que sabe o que quer e luta por isso. O protagonista masculino, por sua vez, é desprezível. 

8- O Guarani - José de Alencar
Publicado originalmente no século XIX
(Resenha aqui)

Este foi o primeiro livro que li do autor e amei! Não sei se este possui menos floreado ou se na época eu não era tão crítica, tão exigente.rs Guardo com carinho este livro no coração, vez e outra recordando a simplicidade do amor narrado na história. 


9- Contos Escolhidos - Machado de Assis 
(Resenhas aqui)

Ainda não li todos os contos deste livro, mas já coloco o autor na lista.rs E ele irá aparecer novamente aqui em breve com os livros As Memórias Póstumas de Brás Cubas e Dom Casmurro. Aguardem só mais um pouco, pois é uma das minhas próximas leituras! :D 

Descobri o Machado de Assis lendo seus contos. Me apaixonei pela escrita do autor, a maneira como ele conduz a história e é capaz de nos prender e fascinar totalmente desde a primeira página. Para mim, é um dos maiores autores do mundo! E olha que nem li seus romances ainda.rs 

10 - O Diário de Anne Frank
Publicado originalmente no século XX
(Resenha aqui)

Não posso nem me lembrar deste livro que meus olhos se enchem de lágrimas. Não se trata de ficção, é o diário real que Anne escreveu durante o tempo que esteve escondida no Anexo Secreto, na Segunda Guerra Mundial. Assim como milhares de judeus e outras pessoas, Anne e sua família precisaram fugir, esconder-se para tentar escapar das mortes promovidas por Hitler. Infelizmente, seu pai foi o único sobrevivente da família. 

Ele encarregou-se de publicar o diário de sua filha, que sonhava em ser escritora. O livro tornou-se muito importante a nível mundial e é leitura fortemente recomendada nas escolas, universidades e diversos outros lugares. 



11- Livro de Sonetos - Vinicius de Moraes
Autor do século XX
(Sinopse no Skoob)

Quem me conhece sabe que sou uma leitora bem eclética.rs Eu amo ler! E leio de tudo um pouco. Sou leitora apaixonada pelos nossos amados e eternos livrinhos de banca, leio livros históricos (seja romance de amor ou não), ficção científica, autoajuda, romances policiais, thriller psicológico, drama, não ficção, livrinhos infantis ou infantojuvenis, fantasia, distopia... E também, é claro, leio poesia. :) 

Durante a vida inteira eu esbarrei em sonetos deste autor. Mas somente há uns cinco ou seis anos (não lembro a data), um livro dele veio parar em minhas mãos e pude me perder em suas páginas. Amei cada momento! Apesar de amar poemas, poesias de vários tipos, tenho toda uma queda pela estrutura dos sonetos. Não sei o motivo. Coisas de Luna!kkkkkk.... Simplesmente amo os sonetos. E os do Vinicius de Moraes são uns dos meus preferidos. Perdendo apenas para os da autora que mencionarei a seguir. :D

12- Antologia Poética - Florbela Espanca
Autora do século XX
(Post sobre a poetisa aqui)

Não é segredo para ninguém que sou louca pelos sonetos da Florbela! Amo demais, gente! São especiais para mim. Se eu tivesse que viajar correndo para algum lugar e só pudesse levar 10 livros comigo (acabaria levando mais, é claro!kkkkkk), esta antologia dela estaria entre eles. 

O Vinicius de Moraes chegou a aparecer na lista de autores clássicos durante minha pesquisa. A Florbela Espanca eu não encontrei. Desta forma, pouco me importa se sua obra não é considerada clássica por todos, para mim é! E para muita gente também! Afinal de contas, seus poemas influenciam diversos outros autores e seus sonetos já foram transformados em músicas por alguns cantores. Sua obra também é objeto de estudo até os dias atuais. 


13- O Misterioso Caso de Styles 
Publicado originalmente em 1920
(Resenha aqui)

14- Assassinato no Expresso do Oriente
Publicado originalmente em 1934
(Resenha aqui)

15- O Natal de Poirot
Publicado originalmente em 1938
(Resenha aqui)

Quem nunca ouviu falar na Agatha Christie?! Até mesmo quem jamais leu nada da autora sabe quem ela é! E por isso não sou capaz de entender como ela não apareceu em nenhuma lista que encontrei de autores clássicos. Nem uma só vez! Apareceu muito o autor de Sherlock Holmes, Conan Doyle (quem ainda não conheço), mas a Rainha do Crime, não! Um absurdo! Se um dos critérios utilizados na hora de definir um livro como clássico é a influência que ele exerce sobre leitores e outros escritores, seus livros deveriam aparecer em tais listas! Se o outro critério é o tempo, também deveria aparecer, pois livros da década de 50, 70 e até mesmo 90 aparecem! Desta forma, não sou capaz de entender tal coisa. 

Muitos dos romances policiais que surgiram após a autora pegaram como influência sua escrita mesmo que tais autores não tenham reproduzido seu modus operandi. Até mesmo autores que não foram influenciados conscientemente por seus livros se forem muito sinceros irão admitir que em algum momento de suas vidas leram obras da Agatha. Ela não é a rainha do crime à toa! E para mim tem lugar de destaque entre os clássicos. 


16- O Outro Lado da Meia-Noite
Publicado originalmente em 1973
(Resenha aqui)

17- Um Estranho no Espelho
Publicado originalmente em 1976
(Resenha aqui)

18- A Ira dos Anjos
Publicado originalmente em 1980
(Resenha aqui)

19- O Reverso da Medalha
Publicado originalmente em 1982
(Resenha aqui)

20- Se Houver Amanhã
Publicado originalmente em 1985
(Resenha aqui)

Se o critério "tempo" é flexível e Ensaio Sobre a Cegueira do autor José Saramago (um livro que quero muito ler) integra várias listas de clássicos apesar de publicado em 1995, então Se Houver Amanhã pode tranquilamente fazer parte da minha lista. :) 

É difícil alguém não ter sequer ouvido falar do Sidney Sheldon, um dos autores mais traduzidos e vendidos em todo o mundo. Não influenciou apenas gerações de leitores, mas também muitos escritores tanto de livros quanto de novelas. Seus livros tratam de diversos temas diferentes, contando em sua maioria com protagonistas femininas fortes e independentes. Nos provocam fortes emoções e tratam de sentimentos intensos como amor, paixão, ódio, ciúme, cobiça, ambição... Os cinco livros do autor que mencionei neste post foram aqueles que me causaram um maior impacto. Ao lado deles deveria estar Conte-me Seus Sonhos, mas por ter sido publicado já no final do século XX (1998), eu preferi deixá-lo de fora da lista. 

O SS também é um autor que não vi ser mencionado em lista alguma de clássicos. Mas vocês já sabem que para mim os livros que mencionei preenchem os critérios necessários para serem clássicos. 

Então é isso, queridos! A lista será atualizada conforme eu vá lendo outros livros considerados clássicos "oficiais" ou que eu os considere assim. Em breve aparecerá aqui As Relações Perigosas de Choderlos de Laclos, pois é a minha leitura atual. Livro polêmico, sem sombra de dúvidas. Deu origem à minissérie da Globo Ligações Perigosas, maravilhosamente protagonizada pela Patrícia Pillar, Marjorie Estiano e Selton Mello. 




21- As Relações Perigosas - Choderlos de Laclos
Publicado originalmente no século XVIII
(Resenha aqui)

Livro profundamente impactante, que realmente merece ser considerado um dos mais importantes clássicos mundiais. História perturbadora, que nos envolve, nos provoca fortes emoções e não sai da nossa mente. 

Meu primeiro contato com a história foi através da minissérie da Globo Ligações Perigosas. Após acompanhá-la, não pude me livrar da vontade de ler o livro. Então, num determinado dia, fui até uma Biblioteca Pública que tem perto da cidade em que moro e peguei o livro emprestado. Era uma versão linda, embora de páginas brancas. Li o livro inteiro em menos de uma semana (considerando que a linguagem é difícil, foi um grande feito.rsrs) e um dia após fazer a resenha do livro aqui no blog e devolvê-lo à biblioteca, fui até a livraria e comprei a versão da capa acima, publicada pela Editora Globo. Porque era insuportável para mim não ter o livro em minha estante, não poder folheá-lo quando eu bem quisesse e reler meus trechos preferidos. Amo muito este livro, ainda que tenha sofrido pelo fim de certos personagens. 


22- Édipo Rei - Sófocles
Escrita cerca de 427 a.C
(Resenha aqui)

O livro é uma releitura de um antigo mito. Sófocles, um dos mais importantes escritores da Antiguidade, pegou como base o mito de Édipo para criar uma de suas mais conhecidas e interpretadas peças: Édipo Rei

Depois de ter ouvido falar da história praticamente minha vida inteira, finalmente criei coragem de lê-la. É um livro que nos prende, admito, porém não tenho muita estrutura emocional para seguir lendo tragédias gregas. Como disse na resenha, lerei apenas Antígona e depois espero nunca mais ler outra tragédia do gênero.rs




23- Cinco Minutos - José de Alencar
Publicado originalmente no século XIX
(Resenha aqui)

Esta é sem sombra de dúvidas a minha história preferida deste autor. Simplesmente amei! Quem dera que todos os livros dele fossem assim! Sem aquele floreado todo, sem tantas voltas para dizer uma coisa... Ainda tenho outros livros dele na minha lista, mas creio que nenhum será como Cinco Minutos

24- A Viuvinha - José de Alencar
Publicado originalmente no século XIX
(Resenha aqui)

Possui uma história simples, envolvente sim, mas não inesquecível. Me comovi com a situação do protagonista, imaginei que também ficaria desesperada no lugar dele e torci por seu amor, mas não é uma história que tenha me impactado nem nada. 




25- Dom Casmurro - Machado de Assis
Publicado originalmente no século XIX
(Resenha aqui)

Foi meu primeiro contato com os romances do autor. Antes apenas tinha lido seus contos que despertaram em mim o desejo de conhecer todas as suas obras. Dom Casmurro foi uma leitura intensa, que me provocou diversos sentimentos, entre eles o ódio pelo protagonista, a enorme revolta pela maneira como ele acusa e trata a Capitu, o choque por acompanhar de perto seus pensamentos, que eram completamente doentios, desprezíveis. Dom Casmurro para mim era um cara extremamente ciumento, possessivo e que criou em seu imaginário a traição de Capitu, sendo seu acusador e juiz. 



26- Tristão e Isolda
Lenda medieval celta
(Resenha aqui

Uma lenda que sobreviveu ao tempo, eternizando-se nos corações das pessoas. Fonte de inspiração para diferentes escritores de diversos países ao longo dos séculos, foi transformada muitas vezes, não existindo quem saiba precisar em que momento surgiu ou qual foi sua versão original. Todavia, a essência da história se manteve: o trágico amor entre dois jovens apaixonados, condenados por uma relação proibida. Embora tenha inspirado Shakespeare a escrever Romeu e Julieta, diferente dele possui a consistência, profundidade e carisma necessários para me encantar. Posso detestar a peça Romeu e Julieta, mas gostei muito de Tristão e Isolda. 



27- A Revolução dos Bichos - George Orwell
Publicado originalmente no século XX
(Resenha aqui)

Uma sátira distópica que mostra de maneira chocante, e bastante clara, a realidade de um governo totalitário. Mentiras levantadas contra desafetos, traições fictícias punidas com a morte, condenações e execuções sem o devido julgamento, confissões provocadas por tortura... Isso te lembra alguma coisa? Um livro que todos deveriam ler, pois provoca reflexões necessárias, sobretudo no mundo em que vivemos atualmente. 




28- O Retrato de Dorian Gray - Oscar Wilde
Publicado originalmente no século XIX
(Resenha aqui)

Uma história sórdida, que mostra o lado obscuro da natureza humana. Lorde Henry, um homem astuto e manipulador, faz de Dorian Gray seu aluno, ensinando-lhe o que de mais perverso existe no mundo. Superando o próprio mestre, Dorian passa pela vida destruindo aqueles que cruzam seu caminho, seja assassinando ou levando tais pessoas a cometerem suicídio. Embora sua bela face não revele toda a maldade que há em seu interior, seu retrato transparece o que de podre há em sua alma. 



29- Razão e Sensibilidade - Jane Austen
Publicado originalmente no século XIX
(Resenha aqui)

É o segundo livro que leio desta autora e já a considero uma das minhas queridas. É muito mais que um romance. Conta a história de duas irmãs completamente diferentes, mas semelhantes na capacidade de amar. Enquanto Elinor sentia sem jamais deixar de lado a razão, consciente da época na qual vivia e o modo com as coisas realmente eram, Marianne perdia por completo o juízo quando estava apaixonada, querendo a paixão e uma vida de conto de fadas ao lado de um homem que fosse tão intenso quanto ela. O mais interessante aqui é a forma como, utilizando-se de uma ironia inteligente e sutil, a autora critica a sociedade hipócrita de sua época. Nunca conheci um autor que usasse a ironia de maneira tão brilhante como a Jane. O único que se aproxima é o Machado de Assis. 




30 - Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis
Publicado originalmente no século XIX
(Resenha aqui)

Plagiando minha própria resenha (risos): Memórias Póstumas de Brás Cubas é um livro "diferente", mas que em síntese nos apresenta as memórias de um protagonista, suposto autor do livro, que após morrer resolveu escrever como passatempo. Através de suas palavras conhecemos um pouco da vida de outros personagens (lembrando que é tudo do ponto de vista dele, o que não é confiável), de pessoas que cruzaram seu caminho, umas permanecendo até o fim outras seguindo viagem também.



31 - Hamlet - William Shakespeare*
Publicado originalmente no final do século XVI ou início do século XVII
(Resenha aqui)

Ao ler este livro cheguei à conclusão que Shakespeare, definitivamente, não é para mim. Não tenho a menor paciência com as obras do autor. Creio que o melhor é desistir.rsrs

Trechinho da resenha: É uma peça, que foi escrita mesmo para ser representada. Mas que não teve a preocupação de ter personagens consistentes, que nos fizessem acreditar, pelo menos, em metade do que eles aparentemente sentiam. Dá para visualizar o "show", a dramatização de relações familiares, impregnadas de traições, para impressionar quem lesse/assistisse. É algo muito diferente do que encontrei em Édipo Rei, por isso penso que deveria ter apostado em Antígona e não em Hamlet.




32 - Lucíola - José de Alencar
Publicado originalmente no século XIX
(Resenha aqui)

Minha história preferida do autor. Um livro que mexeu profundamente com minhas emoções e provocou uma imensa dor no final. Nunca superarei a maneira como tudo terminou. E como esquecer a Lúcia? Impossível!

Trechinho da resenha: É, para mim, um livro que deu voz a uma mulher desprezada pela sociedade, julgada e condenada sem que sequer soubessem o que a levou a ser o que era. Sem que a reconhecessem como um ser humano que sofria e que um dia também teve sonhos. O livro coloca em destaque um tipo de mulher com o qual nem mesmo a literatura parece se importar muito. Afinal de contas, quantas vezes você já leu um livro protagonizado por uma prostituta? Pouquíssimas vezes, com certeza. Regra geral, quando aparecem numa história elas são as destruidoras de lar, as imorais. As que gostam da perversão e não se importam com nada nem ninguém. Quando penso em alguém que enxergou numa prostituta um ser humano, que compreendeu e não julgou, penso em Jesus. O único que realmente possuía o direito de julgar, mas enxergou além da aparência. E nós, cheios de erros e defeitos, adoramos apontar o dedo como se fôssemos os donos da razão e da moral. Vi em Lúcia um ser humano muito melhor do que muitas pessoas que conheço, incluindo eu mesma. Mesmo sendo uma "pecadora" existia nela uma nobreza que muitos passam pela vida sem conhecer. Enquanto os outros se sentiam dignos em condená-la ela era, na realidade, muito superior a todos eles. 



33 - Norte e Sul - Elizabeth Gaskell
Publicado originalmente no século XIX
(Resenha aqui)

Uma história que conquistou por completo o meu coração se tornando uma das minhas mais queridas! É simplesmente maravilhosa e inesquecível. Daquele tipo que tem muito o que ensinar, que fala sobre problemas reais, que tem um contexto social muito forte. Se passa logo após a Revolução Industrial e traz as relações tumultuosas entre operários e seus patrões. As greves, o trabalho insalubre e os salários que não eram suficientes nem para colocar comida na mesa. A situação de miséria e o desespero de muitos. Um livro forte, que mexe com nossas emoções. O romance entre Margaret e John é importante e lindo, mas os problemas sociais tratados na história são os pontos cruciais, de maior impacto. 






34 - Persuasão - Jane Austen
Publicado originalmente no século XIX
(Resenha aqui)


Este livro se tornou o meu preferido da autora! Simplesmente me encantou. A história de Anne e o homem que ela amava me sensibilizou muito. Fiquei pensando em todos os anos desperdiçados por causa da influência dos outros. 

Trecho da minha resenha: Acredito que uma lição ensinada por esta história é não deixarmos que os outros tomem decisões por nós, não importa o quão bem intencionadas elas sejam. Temos o direito de fazermos nossas próprias escolhas e suportarmos as consequências delas. E nunca deixarmos de fazer algo, de seguir um sonho porque nossa família ou nossas amizades não acham que aquilo é bom para nós. Ouvir conselhos é importante, mas sermos incapazes de pensarmos e decidirmos por nós mesmos é muito grave.



35 - Alice - Lewis Carroll*
Publicado originalmente no século XIX
(Resenha aqui)

Um livro recheado de aventuras malucas e divertidas, que nos deixam tontos com seus acontecimentos extraordinários. É uma história que vale muito a pena ler, sobretudo para as crianças. Todavia, eu não considero um clássico. É uma história valiosa, claro, mas não vejo como clássico. 





36 - Perto do Coração Selvagem - Clarice Lispector
Publicado originalmente no século XX
(Resenha aqui)

Joana, a protagonista desta história, é uma mulher muito perturbada, do tipo que te provoca compaixão, medo, desprezo, choque e até mesmo uma espécie de empatia. E no final ficamos com a sensação de que corremos vários quilômetros para irmos parar no mesmíssimo lugar de partida. É um livro que mexe profundamente com nossas emoções e com nossa cabeça.rsrs Tem que lê-lo no momento certo, quando estiver se sentindo preparado para mergulhar numa leitura densa e desgastante, do tipo que vai realmente te deixar perturbado. 





37 - O Conto da Aia - Margaret Atwood
Publicado originalmente no século XX
(Resenha aqui)

Após um golpe de Estado, um governo teocrático e totalitário assume o poder e mulheres que até então eram independentes se veem privadas dos seus direitos mais básicos, até mesmo de seu próprio nome, de sua identidade. Controladas pelo governo, umas se tornaram dignas de serem Esposas, as demais são divididas em outras castas. Entre elas temos as aias, mulheres mantidas presas pelo regime para serem utilizadas como barrigas de aluguel, escravas com a função de procriar. É neste mundo opressor que Offred vive. Ela é uma aia, mas um dia foi mãe e esposa e teve uma vida real, até tudo lhe ser roubado. Através de suas palavras tomamos conhecimentos de muitas das atrocidades cometidas ao longo da República de Gilead. Uma história assustadora e nem um pouco impossível de acontecer... 




38 - A Utopia - Thomas More
Publicado originalmente no século XVI
(Resenha aqui)

Utopia é um livro interessante, mas que frustrou minhas expectativas. Sem sombra de dúvidas a primeira parte é a minha preferida, por criticar de forma um tanto quanto explícita o monarca da época na Inglaterra (Henrique VIII) e os reis em geral, que insistiam em fazer guerra e controlar o seu povo através da opressão e da miséria. A primeira parte é fascinante, mas quando nos é apresentada a segunda parte, que fala da ilha de Utopia, que deu título ao livro, as coisas meio que desandam, pois aquela ilha de modo algum representava um mundo, uma sociedade ideal. Apenas existia a troca de uma forma de opressão por outra. 



39 - A Obscena Senhora D - Hilda Hilst
Publicado originalmente no século XXI 
(Resenha aqui)

Uma das leituras mais difíceis da minha vida. É um livro denso, desgastante, do tipo que te deixa com um peso sobre os ombros e uma sensação de angústia. É de difícil compreensão e muitas vezes tive que voltar páginas para entender determinados momentos e pensamentos da protagonista. Por utilizar o recurso do fluxo de consciência boa parte da história se passa na mente da Hillé e eu diria que é justamente a sua mente a principal personagem do livro. Um livro que confunde, que choca e perturba. Não voltarei a encarar as obras da Hilda Hilst nem tão cedo, mas considero A Obscena Senhora D um clássico sim. Um livro riquíssimo que um dia eu provavelmente irei reler mais entender melhor. 



40 - Antígona - Sófocles
Escrita cerca de 442 a.C
(Resenha aqui)

O livro é uma espécie de continuação de Édipo Rei. É o último volume da Trilogia Tebana, composta por Édipo Rei, Édipo em Colono e Antígona, apesar de Antígona ter sido a primeira das três peças a ser escrita. Eu sou apaixonada por esta história desde a faculdade, mas só agora consegui lê-la. Ainda que eu tenha ficado fascinada com a primeira história foi esta que me tornou fã do autor. 

A história é triste já que se trata de uma tragédia grega e pode servir como uma espécie de introdução ao estudo do direito natural. Na peça, Antígona é condenada à morte por ter desobedecido ao decreto de seu tio e atual rei, sepultando seu irmão Polinice. Como a lei do rei violava o direito intrínseco a todo ser humano e inclusive ia contra o sagrado, Antígona enfrentou as consequências de seu "crime", pois era preferível morrer fazendo a justiça do que viver submissa a vontades más. É um clássico de peso! Amo esta história!



41 - Jane Eyre - Charlotte Brontë
Publicado originalmente no século XIX
(Resenha aqui)

Clássico da literatura mundial, é um livro que me arrebatou por completo. Foi uma experiência de leitura maravilhosa e deixo um trecho do que disse na minha resenha:  Este é um livro que mexe profundamente com nossas emoções. Por vezes necessitamos fechá-lo para pensarmos em nossa própria vida, em nossas próprias escolhas. No quanto muitas vezes desperdiçamos momentos por nos concentrarmos em coisas tão banais. Jane nos ensina muitíssimo com sua história de vida. É uma das personagens mais fortes que tive o privilégio de conhecer e se eu tivesse metade de sua sabedoria já estaria satisfeita.rs Ela percorre um longo e doloroso caminho para chegar onde chegou, mas no fim tudo acaba valendo a pena. Porque o mais importante não era ser querida por todos, mas estar em paz com a própria consciência. Era amar a si mesma antes de amar os outros. Porque somente quando temos amor próprio é que temos a capacidade de amar o outro sem nos anularmos, sem que este amor se torne um veneno em nossa vida



42 - Poemas Escolhidos - Emily Dickinson
Escritos no século XIX
(Resenha aqui)

Boa parte dos escritos desta poetisa só vieram a ser encontrados e publicados após a sua morte. São quase dois mil poemas, mas neste livro Poemas Escolhidos há um pouco mais de setenta, cuidadosamente selecionados para compor esta coletânea. Embora eu tenha apreciado a escrita da autora, foram poucos os poemas que realmente me agradaram. Ainda assim não desisti dela e tenciono voltar a apostar em seus versos no futuro. 



43 - O Fantasma da Ópera - Gaston Leroux
Publicado originalmente no início do século XX
(Resenha aqui)

Comecei a ler este livro sobretudo por conta do filme no qual o fantasma foi interpretado pelo Gerard Butler, mas não foi pelo filme que o amei. Afinal de contas, embora existam semelhanças, o livro acaba por ser bem diferente em muitos aspectos. 

É uma história que me provocou diversas emoções, que me deixou com o coração acelerado e sentindo muito pânico na última semana de leitura, temendo pela Christine e por seu amado Raoul, bem como por outros personagens da história. Que outras atrocidades ainda seriam cometidas pelo Érik, nosso odiado fantasma da ópera? Que outros crimes cometeria em nome daquele doentio amor?



44 - Helena - Machado de Assis
Publicado originalmente no século XIX
(Resenha aqui)

Helena é um clássico, mas geralmente esquecido pelos leitores que preferem falar de histórias como Dom Casmurro e Memórias Póstumas de Brás Cubas, livros que o consagraram, que o tornaram um grande autor, tão querido por tantos. Mas como alguém pode esquecer ou desvalorizar Helena?! A inteligência, a sabedoria, a pureza de sentimentos dessa menina que é a grande protagonista da história. Helena é de uma força tal que nos admira. Seu caráter é como uma força da natureza que nos arrebata conforme acompanhamos a sua história. 



45 - O Estrangeiro - Albert Camus
Publicado originalmente no século XX
(Resenha aqui)

O Estrangeiro é um livro perturbador, digno de ser considerado um clássico, mas definitivamente é um daqueles livros que nos causa agonia. Que nos faz refletir sobre diversos assuntos e no fim nos deixa aquela sensação de vazio e angústia. Mesmo assim, vale muito a pena a leitura. 



46 - Medeia - Eurípides
Escrita cerca de 431 a.C 
(Resenha aqui)

Esta é uma história de ódio e vingança. Temos como protagonista e ao mesmo tempo antagonista, Medeia, a mulher que traiu o próprio pai e sua pátria, bem como aqueles que a tinham como amiga, só para satisfazer as vontades de Jáson, o homem a quem ela amava. Por este amor destrutivo, ela foi capaz das mais terríveis traições, causando ruína e morte por onde passou... O clímax da história é digno de lágrimas, como já se pode imaginar. O final nos choca pela maneira como Medeia é mostrada, quase uma deusa vingativa, e seu último embate com Jáson. É realmente uma peça marcante e entendo bem como conseguiu sobreviver ao tempo e se tornar tão famosa e estudada até os dias atuais. 


7 de agosto de 2017

Os Elefantes não Esquecem - Agatha Christie

(Título Original: Elephants can remember
Tradutor: Newton Goldman
Editora: Círculo do Livro)

Hercule Poirot parou no alto do penhasco. Neste cenário, uma mulher sofrera um trágico acidente, anos atrás. Algum tempo depois, mais uma tragédia: dois outros corpos foram descobertos - marido e mulher - mortos a tiros. Mas quem matou quem? Teria sido um pacto suicida? Um crime passional? Ou um assassinato a sangue-frio? Poirot embrenha-se no passado e descobre que "antigos pecados deixam marcas profundas".


Palavras de uma leitora... 


- Nossa! Fazia anos que eu não lia nada da Agatha Christie. Estava com saudades, mas, por algum motivo que desconheço, não coloquei suas histórias na minha meta de leituras de 2017. Um equívoco, sem sombra de dúvidas. Até porque tenho vários livros da autora na minha lista de futuras leituras... 

Por causa da Maratona Literária de Inverno, mais especificamente, por conta do Desafio Extra, acabei passando Os Elefantes não Esquecem na frente de diversos livros. E é realmente uma história que vale a pena. Daquelas que lemos de uma tacada só, pois a curiosidade nos faz virar uma página após outra até terminar. 

[...] há um velho ditado que diz que os elefantes não esquecem!"

Ariadne Oliver é uma famosa escritora de romances policiais, que detesta estar rodeada por pessoas, pois sempre é atacada pela timidez e o choque provocado pela maneira exagerada com a qual os fãs a abordam. Ela prefere ambientes sossegados e jamais aceita convites para homenagens ou coisas similares. Mas, surpreendendo a si mesma, resolveu aceitar aquele convite em especial. Algo que acaba por lamentar antes do fim do evento. 

Ela e alguns outros escritores queridos estavam sendo homenageados no evento em questão. Era para tudo correr bem e Ariadne chegou a acreditar, com um pouco de incredulidade, que as coisas terminariam sem nenhum incidente. Mas toda a sua esperança se desfaz quando uma mulher desagradável a aborda, desejando saber se ela possuía a resposta para um antigo crime, aparentemente sem solução. E não era algo que ela tivesse criado num de seus livros, mas sim um crime real, bastante próximo, pois uma das vítimas era uma amiga de infância de cuja filha Ariadne era madrinha. 

Tudo tinha ocorrido cerca de doze anos atrás. Um casal foi encontrado morto à tiros, durante um passeio que faziam com frequência perto de sua propriedade. Após diversas investigações, o caso foi arquivado sem que a polícia obtivesse uma resposta satisfatória. Tudo indicava que se tratava de um pacto de morte ou, talvez, um homicídio seguido de suicídio. Para a maior parte das pessoas, o marido matara a esposa e depois se matara ou vice-versa. 

Com o passar do tempo, as pessoas começaram a esquecer a comoção que a morte daquele casal, aparentemente feliz e que se amava, provocou. E assim os anos se passaram sem que ninguém jamais tivesse procurado reabrir o caso e levantar antigas perguntas sem respostas. 

Todavia, após as desagradáveis perguntas daquela desconhecida, Ariadne percebe que ela própria deseja saber... e para isso contará com a ajuda de Hercule Poirot, a única pessoa capaz de juntar as informações fornecidas pelos elefantes. 

"O certo é que a gente nunca sabe as infelicidades íntimas das pessoas."

- Eu gostei muito da história. Não é a minha preferida da autora nem nada. Na verdade, é inferior aos outros livros que já li da Agatha. Todavia, segue sendo um livro envolvente, que nos prende e que não conseguimos largar enquanto não descobrimos todas as respostas. Eu sou uma pessoa curiosa por natureza, então é claro que não conseguia me concentrar muito em outras coisas, pois desejava voltar para a história e desvendar todos os segredos.rs 

Para mim, foi um tanto óbvio quem tinha causado toda a tragédia. Isso estava bem claro. Quando certas pistas foram dadas antes da primeira metade do livro, eu já formei uma ideia. Não sabia como tinha ocorrido ainda, até que mais informações foram sendo dadas e aí fui montando o quebra-cabeça. Não cheguei a descobrir como se passou o crime central, a morte do casal à tiros, mas solucionei o que veio antes... os "antigos pecados que deixam marcas profundas". Eu sabia do que se tratava. Mesmo assim fiquei perturbada pelos acontecimentos. Uma tragédia que poderia ter sido evitada! Mas quando amamos... muitas vezes acabamos nos esquecendo de nós mesmos. E abrimos mão de tudo, até da vida, por aquele a quem damos o nosso amor. 

Achei interessante a Agatha colocar-se como protagonista da história. É bem fácil perceber que a Ariadne foi inspirada nela própria. Como se ela tivesse se transformado na personagem, numa forma de estar mais próxima dos demais personagens e dos acontecimentos. Isso me divertiu bastante.rs

- Não é um livro arrebatador, mas é um romance policial que vale a pena, que lemos em poucas horas e não abandonamos antes do final. Como eu disse, não é o melhor livro da autora, ainda assim não me arrependi nem por um instante de ler. Foi maravilhoso matar a saudade do Hercule Poirot! :)

Esta seria minha leitura extra para a Maratona Literária de Inverno 2017. Como resolvi fazer faxina na minha estante, não consegui terminar à tempo, mas valeu mesmo assim.rsrs O Desafio Extra consistia em ler: um livro que você cogitou colocar na TBR (pilha de livros a ser lida), mas acabou desistindo ou trocando por outro. Os Elefantes não Esquecem quase ocuparam o lugar do livro do Desafio 1, que era ler um livro com capa azul. Acabei trocando por Nacida Bajo el Signo del Toro, por isso ele tornou-se uma leitura extra.rs

6 de agosto de 2017

A Noiva Disse Jamais! - Sandra Marton


Casamento do Ano - Livro 1

Damian não gostava de casamentos, mas não conseguiu convencer o sobrinho a esperar pra ter certeza da sua atitude. E na cerimônia, ele se encantou com a bela tia da noiva, a modelo Laurel. Ele não queria saber de compromissos, mas sabia que precisava ter aquela mulher. Ela desprezava machões e estava incomodada com o cerco do milionário grego... Até que os dois se rendem à paixão e, o que era difícil, se complica ainda mais... E Laurel se viu pressionada para fazer algo que não queria: se casar com Damian.



Palavras de uma leitora... 


- Esta história é tão curtinha que não sei bem o que posso comentar sem contar o livro inteiro.rsrs 

O casal se conhece no dia do casamento do sobrinho do mocinho com a sobrinha da mocinha da história. Quando a irmã dele morreu, ele acabou ficando responsável pelo rapaz e era totalmente contra seu casamento com a escolhida. Não por considerar a menina inadequada nem nada, mas pelo simples fato de acreditar que o sobrinho estaria assinando a própria sentença de morte. Para ele, casamento era um inferno. Algo que alguém só escolhia se fosse masoquista. E não conseguia entender como o garoto que criou por alguns anos poderia tomar tal decisão com tão pouca idade. Ainda assim, por ser o único parente dele e não querer que se afastassem, ele resolve comparecer ao casamento. E é quando conhece a Laurel.

Modelo belíssima e muito conhecida, ela tinha decidido que faria todo o possível para não ser o centro das atenções no casamento. Queria que sua sobrinha brilhasse naquele dia tão especial para ela e, portanto, escolheu um vestido discreto e nenhum penteado elaborado. Só que tudo deu completamente errado e, traída pelo trânsito e pelo vento, acabou chegando atrasada e de maneira bem... chamativa. Ao abrir as portas da Igreja, já no final da cerimônia, o forte ventou acabou fazendo as portas baterem e assim sua entrada tranquila foi para o espaço. 

Para completar seu aborrecimento, o tio do noivo não parava de lançar olhares significativos em sua direção... que diziam muito sobre os pensamentos pecaminosos dele. Como se não bastasse, o atrevido ainda se sentiu no direito de beijá-la, mesmo que mal se conhecessem e ela tivesse deixado bem claro que não estava interessada. 

Determinado a levá-la para a cama e assim livrar-se do desejo que o consumia, Damian faria todo o necessário para seduzi-la... Só que o que era para ser apenas momentos de prazer passageiro acaba por se transformar em algo mais... E ambos precisarão começar a pensar em alianças de casamento...

- Consegui resumir sem contar demais?!kkkkkk... Esta é uma história para ler sem muitas pretensões ou expectativas. Aquele tipo de livrinho para passar o tempo, entende? Não é de modo algum ruim, mas termina bem rápido e você mal sente as coisas acontecerem. Então se você começa a lê-lo imaginando que encontrará um grande romance, daquele inesquecível e arrebatador, é óbvio que irá se decepcionar.

Eu gostei do casal, me diverti com as provocações deles, com seus temperamentos e tudo o mais. Todavia, me aborreci com alguns detalhes como, por exemplo, uma frase do mocinho. Ele disse que não considerava a Laurel uma mãe adequada para seu filho, pois ela tinha ido para a cama com alguém que acabou de conhecer. Ou seja, embora tenha feito de tudo para seduzi-la e levá-la justamente para a cama, depois teve a cara de pau de julgá-la por ter cedido, num claro comportamento machista e nojento. Ele podia, sem problema algum, mas ela não. Se fosse uma mulher decente teria resistido. Fiquei furiosa com isso! 

De modo geral, é uma história agradável e rápida. Você lê em pouco mais de uma hora. O livro não é profundo nem nada, mas é um bom passatempo.

Ele foi indicação de uma leitora querida, a Ana Carolina Nonato. Ela me indicou a trilogia toda em 2011. Sim! Só agora estou lendo. :( Como disse anteriormente, perdi minhas listas de indicações por problemas no computador e as que tinha em um caderno estão desorganizadas e preciso colocar em ordem. Estou com um caderno novo de anotações e acessando antigos comentários do blog para me auxiliar na busca das indicações perdidas. Em breve farei um post com as listas de indicações que eu tiver conseguido recuperar e também as indicações atuais de vocês leitores. E aí, colocarei o link na lateral do blog e irei atualizando conforme vá lendo os livros. :D Aguardem só um pouquinho, queridos! 

Esta foi minha nona leitura para a Maratona Literária de Inverno 2017. A história preenche o Desafio 8: ler um livro com pontuação no título. Com ele finalizei a maratona! :D Amei participar desses desafios! Foi uma experiência maravilhosa! Já estou ansiosa para participar da maratona de verão!kkkkkkk... 

Falta apenas fazer resenha do livro do Desafio Extra! Como tivemos uma prorrogação do término da maratona, que se encerrou ontem, dia 05 de agosto, e não no dia 30 de julho como inicialmente terminaria, nos foi facultada a leitura de um livro extra. Eu comecei a leitura do meu escolhido: Os Elefantes não Esquecem - Agatha Christie. Estou quase concluindo e em breve farei a resenha. :) 

5 de agosto de 2017

A Travessia - William P. Young

(Título Original: Cross Roads
Tradutor: Fabiano Morais
Editora: Arqueiro
Edição de: 2016)

Um derrame cerebral deixa Anthony Spencer, um multimilionário egocêntrico, em coma. Quando "acorda", ele se vê em um mundo surreal habitado por um estranho, que descobre ser Jesus, e por uma idosa que é o Espírito Santo.

À sua frente se descortina uma paisagem que lhe revela toda a mágoa e a tristeza de sua vida terrena. Jamais poderia ter imaginado tamanho horror. Debatendo-se contra um sofrimento emocional insuportável, ele implora por uma segunda chance.

Sua prece é ouvida e ele é enviado de volta à Terra, onde viverá uma experiência de profunda comunhão com uma série de pessoas e terá a oportunidade de reexaminar a própria vida. Nessa jornada, precisará "enxergar" através dos olhos dos outros e conhecer suas visões de mundo, suas esperanças, seus medos e seus desafios. 

Na busca por redenção, Tony deverá usar um poder que lhe foi concedido: o de curar uma pessoa. Será que ele terá coragem de fazer a escolha certa? 



Palavras de uma leitora...


- Será que chegará um dia que lerei algo deste autor sem chorar? Definitivamente, ele tem o poder de me emocionar e me fazer cair num pranto intenso. Ainda não me recuperei. Foi uma leitura que me atingiu em vários momentos, mas que me nocauteou com força na reta final. Porém, eu já esperava por algo assim. Afinal de contas, li A Cabana e Eva. Preciso dizer mais alguma coisa?!rs

"O que antes era um órgão vivo, um coração de carne, se transformou em pedra. Uma pequena rocha que vivia no casulo oco daquele corpo."

Anthony Spencer era um homem de negócios muito bem-sucedido, um milionário que amava o dinheiro e a si mesmo acima de todas as coisas. Para ele não existia um Deus e família era algo supervalorizado pelas pessoas, mas que na verdade era dispensável, insignificante. Batalhara muito para destruir a mulher que um dia disse amar e afastar de si a própria filha. Naquele momento, não existia ninguém na vida que considerasse digno de confiança ou que quisesse estar ao seu lado. Era um ser humano desprezível, egocêntrico e vingativo. Alguém que ninguém conseguiria amar. Não por muito tempo. Porque, por onde quer que passasse, ele deixava feridas profundas, capazes de acabar com o amor de qualquer ser humano. 

"Decidira havia tempos que a morte era um simples fim, o término de qualquer tipo de consciência, o pó voltando implacavelmente ao pó."

Naquele dia, ele estava ainda mais paranoico do que começara a estar ultimamente. Acreditava que todos tinham se unido num complô contra sua vida e tal estresse apenas contribuiu para o colapso que o deixaria em coma, num estado gravíssimo no hospital. Não poderia imaginar que algo assim fosse acontecer. Embora não viesse se sentindo bem nos últimos dias, não dera muita atenção aos sintomas. Estava cheio de trabalhos e compromissos e aquelas dores de cabeça só poderiam ser uma enxaqueca sem importância. Mas quando a dor veio mais forte que todas as outras, ele percebeu. Estava morrendo. E não existia ninguém a quem pudesse pedir ajuda. Estava sozinho. Completamente sozinho. 

"Será que aquele era o fim? Finalmente? Conseguia ouvir o vazio se aproximar, um nada voraz aparentemente determinado a extrair dele os últimos resquícios de calor."

Ao "acordar", ele percebe que não está na realidade que conhecia. Fosse qual fosse aquele lugar, sabia que estava morrendo, que aquilo não passava de uma travessia. De repente, sentiu medo. Porque se estava errado ao acreditar que com a morte tudo terminava, que não existia um algo além da vida... então, todos os seus erros teriam um preço. Não poderia escapar impune de todo mal que havia feito. 

"Eu esperava... que a morte fosse o fim. - Ele soluçava, mal conseguindo completar suas palavras. - De que outra forma poderia me safar do que fiz?"

Ainda profundamente confuso ao se ver num mundo paralelo, onde um estranho o recebe como se fossem grandes amigos, ele fica mais perplexo ao encontrar pela primeira vez Jesus, alguém que seu coração não pôde esquecer por mais que ele tenha se esforçado para arrancar tudo o que ainda existisse de bom em seu interior. Um dia sua mãe lhe falara daquele homem e embora ele não acreditasse ou confiasse em Deus, Jesus tinha um espaço... por menor que fosse. Porque enquanto o mantivesse em seu coração, mesmo que num lugar escuro e apertado, sua mãe ainda estaria com ele. 

Dividido entre acreditar que as visões daquele lugar à parte fossem fruto dos medicamentos utilizados para manter seu corpo vivo e a possibilidade cada vez mais forte de que já estivesse morto, ele não sabia bem no que acreditar. Era difícil aceitar que realmente estava vendo Jesus e mais estranho ainda era se ver diante de uma mulher idosa que queria ser chamada de Vovó e que o tratava como se o conhecesse. Ao descobrir que ela era o Espírito Santo, ele encara uma outra possibilidade: a de que, talvez, e era um talvez muito grande, tivesse enlouquecido. 

"Não é só de propósito que as pessoas magoam umas às outras. Na maioria das vezes, elas simplesmente não sabem agir de outra forma. Não sabem ser algo diferente, algo melhor."

- Quando iniciei a leitura desta história, eu tinha sim uma ideia do que iria encontrar. Como disse, já conheço as obras deste autor e estou bastante acostumada com elas. Além de amar sua maneira de escrever, de falar de Deus, de transmitir exatamente aquilo que nosso coração sente e muitas vezes gostaria de gritar sem ter forças ou palavras para isso. Sempre digo que me sinto ainda mais próxima de Deus quando leio os livros do William. Ele sabe como cutucar nossas feridas, como dizer o que a gente precisa "ouvir", como nos trazer uma visão muito mais humana de Deus, diferente daquela que, na maior parte das vezes (baseada em minhas próprias experiências), a Igreja e a religião nos mostram. Nas histórias dele, não conhecemos um Deus irado, capaz de castigar cruelmente seus filhos por eles serem pecadores e irem contra suas regras. Não. Nos livros deste autor, Deus é Amor. É perdão. É alguém que não ignora nossa dor e nos compreende melhor do que ninguém. É alguém que realmente podemos chamar de Pai e que não precisamos temer, mas tão somente amar. 

"Tony, nada jamais conseguirá separá-lo do meu amor, nem a morte, nem a vida, nem um mensageiro do Céu, nem um monarca da Terra, nem o que a acontece hoje, nem o que possa acontecer amanhã, nem nada em todo o Universo criado por Deus. Nada tem o poder de separá-lo do meu amor."

- Mas Deus não é o personagem central desta história. Embora Ele esteja em tudo, claro, não aparece muito como personagem, diferentemente de A Cabana e Eva. Aqui, Jesus Cristo e o Espírito Santo aparecem mais vezes e sim, eu sei que os três são um só. Mas o autor sempre mostra a divisão. E para entender tal coisa basta pensarmos assim: existe uma só pessoa de você. Por exemplo: eu sou Luna, mas dentro de mim existem outras divisões. Sou a amiga, sou a filha, sou a leitora, um dia talvez seja a mãe, a esposa... Conseguem entender? Embora saibamos que Deus, Jesus Cristo e o Espírito Santo são Um Só Deus, também sabemos que são três partes particulares de um só ser. Enfim... E por isso, o autor sempre os mostra divididos. Jesus é aquele mais próximo de nós, em quem sentimos mais confiança para desabafar, pois um dia ele se fez carne e sentiu tudo como nós. Compreende o que é ser um ser humano. Nós conseguimos vê-lo como um amigo querido, que deu a vida por nós, que abriu mão de tudo por nos amar mesmo sabendo que muitos de nós não iríamos valorizar isso e até mesmo duvidar. Ainda assim, Ele não hesitou. Porque seu amor jamais foi condicional. 

Nesta história, Tony desprezava Deus. Ele duvidava de sua existência e quando parava para pensar que Ele talvez existisse, tudo em que conseguia pensar é que se isso fosse verdade, então Deus era cruel. Alguém indigno de amor e confiança. Por isso, não existia qualquer espaço em seu coração para Ele. E desta forma, Deus não aparece muito na história, já que o livro nos leva para um mundo paralelo onde a alma e o espírito de Tony estavam enquanto seu corpo estava num hospital, num profundo estado de coma. Com o avançar da leitura, percebemos que aquele mundo "surreal" era o interior do protagonista, uma viagem por seu coração e que Deus estava do lado de fora dos muros que ele ergueu. E que Ele podia ver Jesus Cristo e a "Vovó" porque, por menor que fosse, em seu coração existia um espaço para eles. Mesmo que fosse um lugar caindo aos pedaços. 

"O amor jamais o condenará por estar perdido, mas tampouco deixará você ficar sozinho nas profundezas, embora também nunca vá forçá-lo a sair dos seus esconderijos."

- O livro pode sim ser confuso e bastante surreal se você não lê-lo com atenção e com a mente aberta. Fico muito feliz por ter chegado a um ponto em que consigo ler diversos livros diferentes entrando na realidade deles e estando aberta para entendê-los, para me dar a oportunidade de acreditar ou não no que o autor tenta passar. E os livros do William não podem ser lidos de modo algum com pré-julgamentos. É preciso afastarmos tudo aquilo em que acreditamos antes de viajarmos por suas páginas, antes de entrarmos no mundo que o autor nos apresenta. Por isso, existem pessoas que desprezam profundamente os livros dele e outras que leem as primeiras páginas e já julgam o livro por inteiro colocando-o na categoria de uma obra "herege", entre outras coisas. 

Neste livro, o protagonista está entre a vida e a morte num quarto de hospital e enquanto dorme um sono profundo do qual talvez jamais desperte, lhe é dada a oportunidade de iniciar um processo não de cura do seu corpo, mas de sua alma, de seu coração, daquilo que ele é em sua essência. E talvez seja bem difícil de acreditar na realidade paralela ao qual o personagem é levado. Ao longo da história, várias coisas difíceis de engolir acontecem, mas eu levei tudo numa boa.kkkkkk... Viajei juntinho com o personagem, me baseando numa coisa em que acredito: ninguém jamais morreu e voltou para dizer como é a vida após a morte e se ela de fato é como a Igreja nos mostra. E outra coisa: se, de certa forma, "viajamos" quando sonhamos, por que nossa alma não poderia fazer o mesmo se estivermos em coma? A vida é um mistério. Não sabemos tudo. Nossa mente é limitada demais para que conheçamos além do que nos é permitido como seres humanos. 

"Como não gostar de Jesus? Um homem másculo, mas doce com as crianças; bondoso com aqueles que a religião e a cultura julgavam inaceitáveis; cheio de uma compaixão contagiante; capaz de desafiar o sistema vigente e, ainda assim, amar os próprios inimigos."

- Este livro, para mim, é uma preciosidade. Apesar de ter terminado a leitura em prantos, sempre me sinto muito melhor ao ler algo deste autor. Ele me faz bem, me dá tranquilidade, paz. Uma sensação de que algo vai dar certo... de esperança, entende? Ao ler suas histórias posso chorar de tristeza, mas também de alegria. E muitas são as vezes em que choro aquele choro que lava a alma... aquilo que muitas vezes guardamos dentro de nós e quando colocamos para fora é com força, de uma vez só. Como um desabafo. 

A história, embora possa parecer triste, na verdade possui vários momentos divertidos. Ri muito com algumas cenas envolvendo uma personagem chamada Maggie.rsrs E existiram outras cenas bem humoradas, que me arrancavam gargalhadas. Mas claro que existiram momentos que me partiram o coração. Era inevitável. Porém nada, nada foi como o final. Ali chorei muito. Me surpreende que ainda tenham me restado lágrimas. 

"A realidade é aquilo em que você acredita, mesmo que aquilo em que acredita não exista. Deus lhe diz que a separação não é verdadeira, que nada pode 'realmente' separar você do amor dele, nenhum comportamento, nenhuma experiência, nem mesmo a morte e o inferno, seja qual for a forma como ele aparece em sua imaginação. Mas como você acredita que a separação é real, cria sua própria realidade baseada em uma mentira."

Esta foi minha oitava leitura para a Maratona Literária de Inverno 2017. Ele preenche o Desafio 9: ler um livro que é muito criticado ou que alguém não gostou. Como eu disse, o autor e seus livros não são exatamente bem aceitos por todos. Existem aqueles que desprezam profundamente as histórias do autor e basta uma pesquisa bem superficial para que vocês consigam encontrar alguns textos na internet criticando as obras dele. Já li tanto absurdo que não imaginam! Enfim... Por isso, escolhi este livro para o desafio 9. 

Bem... Agora falta apenas 1 livro para eu concluir a maratona!kkkkkkk.... O término seria no dia 30 de julho, mas como houve uma prorrogação de 6 dias, ela estará chegando ao seu final hoje, dia 05 de agosto. Então tenho até 23:59hrs do dia de hoje para ler o livro que resta.rsrs 
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