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20 de julho de 2021

Segredos de um Pecador - Madeline Hunter

 


Literatura norte-americana
Título Original: The Sins of Lord Easterbrook
Tradutora: Flávia Souto Maior 
Editora: Arqueiro
Edição de: 2015
Páginas: 240
Série Os Rothwells - Livro 4 (último da série)

22ª leitura de 2021 (16ª resenha do ano)

Sinopse: Leona Montgomery foi criada na China. Com pai inglês e mãe portuguesa, aprendeu desde cedo a se adaptar aos costumes de outras terras e adquiriu uma cultura e uma sofisticação incomuns às mulheres de seu tempo.

Por isso, quando o pai, já viúvo, morreu, deixando os dois filhos em uma situação financeira difícil, Leona assumiu os cuidados do irmão caçula e os negócios da família.

Trabalhando pela recuperação da Montgomery & Tavares, ela viajou por diversos países, negociou com homens rudes e enfrentou piratas. Recém-chegada a Londres, agora espera fechar parcerias comerciais e dar sequência a uma investigação que o pai não pôde concluir.

Mas estar em Londres significa algo mais. Sete anos atrás, Edmund, um naturalista inglês, deixou Macau à noite, depois de um beijo de despedida que Leona nunca esqueceu, e retornou à Inglaterra.

O que Leona não poderia imaginar era que Edmund na verdade é Christian Rothwell, o marquês de Easterbrook, um homem poderoso envolto em mistérios – e que talvez se beneficiasse com o fim das investigações de seu pai. Dividida entre o dever e a tentação, é na cama do marquês que ela fará suas maiores descobertas.





Logo após terminar esta leitura cheguei à conclusão de que minha relação com a autora nunca será de muitos "altos".rs Numa série de quatro livros, eu gostei do primeiro e do terceiro, detestei o segundo e apenas tolerei o quarto. Considerando a imensa pilha de livros para ler que nunca diminui, a minha experiência com esta série não representa um grande incentivo para que eu siga investindo nos livros da autora. 

O pior é que Segredos de um Pecador é um livro que me encantou durante suas cem primeiras páginas, mas depois desandou completamente com a insistência da autora nas cenas de sexo, que mesmo que não fossem explícitas, eram frequentes, e roubavam espaço para outros acontecimentos num livro de apenas 240 páginas.

Que o casal tinha química e queria estar na cama a cada oportunidade nós leitores já sabíamos e não era necessário mostrar isso o tempo todo, quando existia muito o que aprofundar na relação dos dois, que ficaram sem se ver por sete longos anos e não eram mais os jovens do passado. Ambos tinham mudado bastante e precisavam descobrir se o vestígio de um sentimento de outrora poderia se fortalecer e abrir as portas para o relacionamento que os dois desejavam ter, mas que não acreditavam que mereciam. 

Leona e Christian se conheceram quando ele, atormentado por não conseguir viver consigo mesmo, passou um tempo na China, hospedado na casa do pai da mocinha. À beira de um verdadeiro abismo, de onde nunca conseguiria retornar se caísse, foi graças à ela que ele não se entregou, que lutou contra o que parecia o caminho mais fácil, o alivio tão esperado. Ainda assim, nunca compartilhou com Leona sua verdadeira identidade e após sua partida ela nunca soube se um dia voltaria a encontrá-lo. 

O reencontro ocorre quando Leona, agora no controle dos negócios da família, viaja para a Inglaterra, no intuito de abrir caminhos para a expansão da empresa e conseguir parcerias comerciais importantes. Em uma de suas visitas, acaba sendo vista e reconhecida por Christian que, impactado pelas lembranças de um passado já distante, resolve que não a deixará escapar sem antes finalmente fazê-la sua. O amor e o casamento não fazem parte dos seus planos. Afinal de contas, alguém "amaldiçoado" como ele jamais poderia fazer qualquer mulher feliz. Nem mesmo a única capaz de fazê-lo desejar ter algo mais....

Como eu disse, as cem primeiras páginas do livro me tinham por completo. Eu as devorei e acreditei até que o livro poderia se tornar um dos meus preferidos da série, de tão encantada que eu estava pelo casal. Mas aí tudo desandou e fiquei tão desanimada que simplesmente abandonei a leitura por um tempo e só agora retomei, disposta a encerrar logo a série e seguir em frente.

O que mais valeu nesta história foi rever os personagens dos livros anteriores, principalmente a Alexia e o Hayden, protagonistas do primeiro livro, que mais uma vez aqueceram meu coração. 

O final do livro tinha tudo para ser emocionante, mas foi tão corrido e narrado de maneira trivial que não me provocou nada, exceto alívio por ter chegado ao fim. Uma pena. Principalmente por eu ter amado tanto a história durante quase metade da leitura. :( Isso é o que me deixa mais frustrada. 

Enfim... Mais uma série finalizada! Ainda preciso dar andamento às outras. E tenho que parar de começar séries antes de concluir as que estão pendentes.rs 


4 de junho de 2021

Jogos do Prazer - Madeline Hunter



Literatura norte-americana
Título Original: Secrets of Surrender
Tradutora: Beatriz Horta
Editora: Arqueiro
Edição de: 2014
Páginas: 240
Série Os Rothwells - Livro 3


16ª leitura de 2021 (15ª resenha do ano)


Sinopse: A bela Roselyn Longworth já aceitou seu destino. Depois que o irmão fraudou o banco em que era sócio e fugiu do país levando o dinheiro dos clientes, suas finanças ficaram arruinadas, assim como suas chances de conseguir um bom casamento. Por isso foi fácil acreditar nas falsas promessas de amor de um visconde. Mas a desilusão não demorou a chegar: quando Rose não se sujeitou a seus caprichos na cama, o nobre se vingou leiloando-a durante uma festa em sua mansão. Ela acredita que o destino lhe reserva um fim trágico. Ainda mais ao ser arrematada por Kyle Bradwell, um homem que venceu na vida pelo próprio esforço, mas não é bem-vindo nos círculos mais exclusivos. Mas a jovem é surpreendida pela atitude dele, que a trata com um respeito e uma gentileza que ela não recebia desde antes do escândalo envolvendo o irmão. Quando Rose finalmente descobre o que está por trás do comportamento de Kyle, é tarde demais: já foi fisgada pelo homem que conhece seus segredos mais íntimos.




Sei que eu não estou aparecendo com a mesma frequência de antes, que passo a impressão de estar um tanto negligente com o blog, mas isso não é verdade. Meu amor por este cantinho segue sendo imenso. Escrever aqui alimenta minha alma, provoca um quentinho no meu coração. Ler e falar de livros é uma das maiores paixões da minha vida! Estou sempre cercada de livros, mesmo nos dias em que não consigo ler. Mas só ter livros por perto já me conforta, faz eu me sentir bem. Eu NUNCA vou abandonar o blog. Pode acontecer de a vida me fazer ficar ausente por semanas e semanas, mas nunca irei abandonar o meu cantinho querido. 

O Emoções à Flor da Pele é parte de mim. Escrevo aqui há mais de 11 anos. O blog acompanhou minha imaturidade e o longo e complexo processo de amadurecimento. Tanta coisa aconteceu ao longo dos anos! Tanta coisa mudou... Acredito que eu tenha evoluído bastante como pessoa e como leitora também... Mas sempre terei muito a aprender e os livros são ótimos professores! Eu mudei bastante... Não me vejo mais na menina que um dia sentou e resolveu criar este cantinho. Aquela menina ficou para trás, cresceu. E não foi nada fácil! Crescer não é fácil para ninguém. 

Muitos dos livros que li ao longo de todos os meus anos como leitora... Se os lesse hoje em dia, possivelmente discordaria do que sentia por eles no passado. É bem provável que não os visse com os mesmos olhos, com a mesma tolerância... Mas assim é a vida. Nós mudamos, nossa maneira de ler e analisar os livros também muda e isso é muito bom. Quando leio algumas resenhas minhas antigas eu sorrio encantada (quando é o caso) ou fico chocada com algumas emoções bem intensas que certas histórias me provocavam.kkkk Por isso o blog é tão importante para mim: além de ser o meu cantinho literário, guarda muito de mim. De todas as minhas fases de leitora. 


"Abrace-me, querida amiga. Logo estarei morta para vocês duas, e não suporto pensar nisso."


Quando conheci a Roselyn no livro As Regras da Sedução, eu já senti uma vontade enorme de ler sua história. Queria até mesmo pular o segundo livro e ir direto para Jogos do Prazer (os títulos dos livros desta série são HORRÍVEIS!), mas apelei para toda minha disciplina para não fazer isso.rs Eu queria muito saber como seria a história da moça que ao se iludir com um homem que se mostrou um verdadeiro canalha, acabou sendo vendida num leilão, contra sua vontade. Roselyn teve o azar de ter como irmãos dois homens irresponsáveis e que desprezavam completamente as leis, e por culpa deles, ela e a irmã mais nova acabaram se vendo numa situação de extrema vulnerabilidade, numa época em que mulheres desprotegidas se tornavam alvo fácil de abusos, em que a sociedade fechava os olhos para as canalhices dos homens e responsabilizava, sem hesitar, as mulheres por delitos cometidos por eles e não por elas. 

Ao descobrir o que seus irmãos tinham feito, a maneira como tinham roubado as economias de dezenas de pessoas que confiaram no banco que eles administravam, Roselyn sentiu uma profunda dor e a certeza de que a vida não tinha mais nada de bom a lhe oferecer. Qualquer chance que ela tivesse de fazer um bom casamento estava encerrada para sempre, pois nenhum homem toleraria ter o seu nome associado ao da irmã de criminosos. 

Embora o marido de sua prima Alexia (protagonista do primeiro livro) tenha lhe oferecido certa proteção, para que ela não se visse sem nada, Roselyn se recusou a aceitar. Não seria um peso na vida de ninguém. Daria um jeito de se sustentar... Mesmo que para isso tivesse que descer ao nível de se tornar a amante de um nobre. 

Quando aquele visconde tão elegante demonstrou interesse por ela, foi fácil mentir para si mesma. Fingir que existia afeto, que ele estava apaixonado... Entregou sua inocência para alguém que a via apenas como objeto, mas mentiu para si mesma o quanto foi possível... Porém, no momento de encarar a verdade, o golpe foi forte demais. Porque por mais que no fundo soubesse que ele nada sentia por ela, jamais imaginou que ao ser contrariado ele seria cruel ao ponto de vendê-la a quem pagasse mais, que seria capaz de arriscar a integridade física e a vida dela daquela maneira. Desprotegida no meio de homens que não se importavam se ela não queria participar daquele espetáculo horroroso, ela foi salva por quem menos esperava. Pelo único homem ali que não era "nobre". O único que se importou com o desespero em seus olhos. 

Kyle não estava em boas condições financeiras. Também fora seriamente atingido pelo golpe financeiro que os irmãos de Roselyn deram em seus clientes. Mas não poderia assistir insensível ao sofrimento dela sem fazer algo para protegê-la daqueles vermes que se consideravam acima de tudo. E a única maneira de salvá-la seria dando o lance mais alto, algo que poderia levá-lo direto à falência. 

Quem diria que o pior dia da vida daquela mulher lhe permitiria conhecer o homem que roubaria o seu coração e estaria com ela nos momentos mais importantes? O amor, às vezes, aparece nas ocasiões mais improváveis...

Eu terminei a leitura deste livro com um sorriso no rosto e o coração leve, algo que sempre acontece quando leio um romance daqueles que me fazem suspirar. Kyle é um mocinho digno de ser considerado herói de uma história de amor e Roselyn tem toda minha admiração por sua força e reencontro. Pela maneira como volta a amar a si mesma. A história deles dois me encantou e uma determinada cena que a autora criou para aquecer o coração de nós leitores deixou meus olhos cheios de lágrimas de felicidade. Ela foi perfeita no que fez! Porque depois daquela cena horrível na qual a Roselyn foi vendida por aquele lixo de homem, nós merecíamos uma cena que a recompensasse. Uma cena que compensasse sua humilhação pública e todo sofrimento interior que aquela maldade lhe provocou. Algo que empurrasse aquela lembrança para bem longe. E eu amei tanto a maneira que a autora encontrou de fazer isso por sua mocinha e por nós também!

Roselyn era uma mocinha que precisava ser salva. De muitas maneiras. Sabe quando uma pessoa está numa situação tão ruim que necessita de alguém que lhe estenda a mão, que esteja ao seu lado e a faça acreditar de novo? Nossa mocinha não se amava mais, não acreditava em mais nada de bom e por isso foi fácil para aquele lixo envolvê-la e usá-la. Porque ela achava que merecia aquilo. Porque tinha deixado de se importar com a própria vida, não se valorizava mais. Por crimes que não eram dela, ela estava se condenando. Então, Kyle realmente precisava salvá-la, não só do pesadelo daquela noite, mas de um futuro de sofrimento. Porque através dos olhos dele, de uma pessoa que estava presente em um momento tão humilhante, ela pode voltar a se ver. E saber que tinha valor sim! Que aquele momento não a definia, que ter sido amante de um verme como aquele visconde não a definia. Que ela era uma mulher incrível e que precisava voltar a ter amor por si própria. 

Está enganado quem pensa que por ter dado o lance mais alto e tirado a Roselyn dali, o Kyle exigiu algo pela fortuna que pagou. Ele era um homem de caráter e mesmo que a desejasse não iria querê-la naquelas condições, pois sabia respeitar uma mulher. E sabia que Roselyn estava numa situação desfavorável e que ele estaria se aproveitando da maneira mais vil. Ele pagou pela liberdade dela e não esperava ser "recompensado" de nenhuma maneira. A tirou dali para levá-la para a segurança da casa da prima e então cada um seguir o próprio caminho... Se viessem a ficar juntos, seria numa situação honrada e não daquele jeito. 

Claro que várias coisas vão acontecer para juntar o casal e depois para provocar problemas na relação, como em todos os romances. E eu amei todos os momentos! Amei a maneira como se construiu tanto a relação física quanto a emocional. Com ele, ela aprende que pode ser livre na cama, que não será julgada, que possui direitos. Havia uma conexão muito forte entre os dois mesmo antes de descobrirem que se amavam. Havia respeito e entrega de ambos os lados, o que tornava as cenas de amor bem bonitas, mesmo que um tanto explícitas. A construção do relacionamento deles é bem convincente. É um romance no qual eu não tive dúvidas do amor que os unia. E apreciei demais esta leitura!

Assim sendo, o único livro da série até agora que não me agradou foi o segundo, que é totalmente dispensável!rs Tanto o primeiro quanto o terceiro vale a pena! E só me resta ler o quarto livro, protagonizado pelo marquês Christian, um homem muito excêntrico e cheio de mistérios...rs



28 de maio de 2021

Cinzas na Neve - Ruta Sepetys



Literatura norte-americana
Título Original: Between shades of gray 
Tradutora: Fernanda Abreu
Editora: Arqueiro
Edição de: 2019
Páginas: 240
Ficção Histórica

15ª leitura de 2021 (14ª resenha do ano)
 
Sinopse: Quando a voz de uma garota quebra o silêncio da história

Lina Vilkas é uma lituana de 15 anos cheia de sonhos. Dotada de um incrível talento artístico, ela se prepara para estudar artes na capital. No entanto, a noite de 14 de junho de 1941 muda seus planos para sempre.

Por toda a região do Báltico, a polícia secreta soviética está invadindo casas e deportando pessoas. Junto com a mãe e o irmão de 10 anos, Lina é jogada num trem, em condições desumanas, e levada para um gulag, na Sibéria.

Lá, os deportados sofrem maus-tratos e trabalham arduamente para garantir uma ração ínfima de pão. Nada mais lhes resta, exceto o apoio mútuo e a esperança. E é isso que faz com que Lina insista em sua arte, usando seus desenhos para enviar mensagens codificadas ao pai, preso pelos soviéticos.

Cinzas na neve conta a história de um povo que perdeu tudo, menos a dignidade, a esperança e o amor. Para construir os personagens de seu romance, Ruta Sepetys foi à Lituânia a fim de ouvir o relato de sobreviventes dos gulags durante o reinado de horror de Stalin.




Quando você vê a imagem na capa já te bate uma tristeza e a certeza de que a história te fará chorar... O título te dá mais uma dica e a frase: "Quando a voz de uma garota quebra o silêncio da história" te provoca uma certa angústia. Pelo menos, foi isso que se passou comigo. Mas tudo foi intensificado por eu já ter lido e ficado em prantos com O Sal das Lágrimas, que é a sequência de Cinzas na Neve, embora eu tenha lido fora da ordem. Todavia, na verdade não há uma ordem a ser seguida, pois são histórias que podem ser lidas de maneira independente, vez que a única coisa que as liga é o parentesco entre a protagonista de Cinzas na Neve (Lina) e uma das protagonistas de O Sal das Lágrimas (Joana). Além, é claro, das duas histórias se passarem durante o reinado do demônio do Stálin e do outro demônio (Hitler). 

Eu não paro de pensar nesta história desde que terminei de lê-la. Sonhei com o livro mais de uma vez. Revejo as cenas em minha mente e fico refletindo sobre tantas coisas ao mesmo tempo... Eu gostaria de não escrever esta resenha de tão abalada que ainda me sinto. Gostaria de pular para outra história, falar de narrativas mais leves, de um romance água com açúcar daquele tipo que tanto amo e vocês sabem... Até mesmo falar de um suspense daqueles psicológicos e de dá calafrios seria mais fácil no momento. Tudo seria mais fácil do que falar de Cinzas na Neve. Do que revisitar toda aquela crueldade enquanto escrevo a resenha. 

Me vendo tão angustiada o dia inteiro ontem, minha mãe voltou a me fazer uma pergunta que ela já me fez várias vezes: "Por que leio este tipo de história se fico tão mal?" Porque preciso. Porque me obrigo a enfrentar as realidades das quais muitas vezes fugimos. Porque não quero esquecer. Nenhum ser humano deveria esquecer o que já aconteceu. A História existe não só para entendermos o presente, mas para que monstruosidades "perdidas" no passado não voltem a acontecer. 

30 de janeiro de 2021

Lições do Desejo - Madeline Hunter



Literatura norte-americana
Título Original: Lessons of Desire
Tradutora: Teresa Carneiro
Editora: Arqueiro
Edição de: 2013
Páginas: 261
Série Os Rothwells - Livro 2

2ª leitura de 2021 (2ª resenha do ano)

Sinopse: Atraente, sutil e tentador, lorde Elliot Rothwell é um homem acostumado a fazer sucesso entre as mulheres e a conseguir tudo o que deseja delas. Mas isso não se aplica a Phaedra Blair. A brilhante e exótica editora não parece disposta a ceder a seu pedido e cancelar a publicação das memórias de um membro do Parlamento que podem manchar o nome da nobre família Rothwell. 
A pedido de seu irmão mais velho, o marquês de Easterbrook, Elliot vai a Nápoles para negociar com Phaedra. Historiador de renome e autor de livros respeitados, tudo indica que ele seja a pessoa ideal para a tarefa. Porém, em vez de encontrar a bela mulher descansando à beira do mar Tirreno, Elliot descobre que ela está presa por causa de uma acusação injusta. Graças ao prestígio da família, o nobre consegue libertá-la, mas também se torna responsável por ela até voltarem à Inglaterra. 
Percorrendo juntos uma das regiões mais belas e românticas da Europa, eles vão descobrir que discordam de quase tudo o que o outro pensa ou faz - exceto o que fazem juntos na cama. E, nessa aula de prazer, será cada vez mais difícil saber qual dos dois tem mais a ensinar.





Depois que li As Regras da Sedução, fiquei com muita vontade de conhecer os demais livros da série, principalmente o terceiro. Só que para lê-lo eu teria que passar pelo segundo.rsrs O que não seria nenhum problema, pois a Phaedra, melhor amiga da protagonista do primeiro livro, e o Elliot despertaram muito a minha curiosidade. Ela, uma mulher feminista (mas acho que na época ainda não se chamava assim) e ele, um escritor. Eu imaginava que a história daria muito certo. Não estava nada preocupada quando comecei a lê-la, em outubro do ano passado

Só que não demorou para tudo desandar. O livro me irritou logo nos primeiros capítulos e eu sentia vontade de esganar tanto a Phaedra quanto o Elliot. Ela, por permitir que homens decidissem sua vida (quando todo o caminho que percorreu era justamente para ser uma mulher livre e dona de si mesma) e ele, por ser tão machista, como se o fato de ela ser feminista (repito que acho que esse nome ainda não existia) fosse uma afronta, uma ofensa direta a ele. Sim, ele era asqueroso a esse ponto. 

Tudo começou por causa da "honra" do falecido pai do Elliot. Com a morte do pai de Phaedra, ela herdou a editora e tinham descoberto que ela iria publicar as memórias do pai, dentre elas as que diziam respeito ao pai do mocinho e poderiam manchar para sempre a família inteira (segundo ele). Elliot estava disposto a fazer o que fosse necessário para impedi-la... E aqui eu faço uma pausa para refletirmos. Phaedra era dona de si mesma e dos seus bens (que eram poucos, mas eram seus). Elliot não tinha nenhum direito ou poder sobre ela. Então, eu me pergunto exatamente o quê ele estaria disposto a fazer para impedi-la... Sedução não adiantaria, pois ela até poderia ir para a cama com ele, mas não cederia, seguiria firme em publicar o que bem quisesse. Enfim... Pegou muito mal esse início, pois ficou "no ar" que ele estaria disposto a qualquer coisa contra uma mulher só para impedir que verdades fossem escancaradas sobre o infeliz do pai, que arruinou a vida da mãe dele, mas merecia permanecer com a "honra" intacta, mesmo depois de morto.

Elliot decide viajar atrás dela (que tinha ido para a Itália por motivos pessoais que não eram da conta dele) para "convencê-la" a não publicar as tais memórias. Tudo bem que ele também tinha coisas para fazer no país, referente aos livros dele, mas o principal motivo foi persegui-la e convencê-la a ser "sensata".

Chegando lá, ele descobre que a mocinha está presa. Sim. Só porque dois imbecis resolveram duelar e em vez de culpar os idiotas por isso resolveram que a culpa era da mulher que ambos queriam. O machismo reina nesta história! Aí, o Elliot decide que vai se aproveitar da situação para que Phaedra fique em dívida com ele, já que o arrogante usa sua posição social para conseguir a liberdade dela. E como tudo gira em torno do poder dos homens: ela só é libertada com a promessa do mocinho de mantê-la sob o seu controle. Aqui o livro já tinha me irritado bastante, mas eu ainda tinha esperança na mocinha. Que ela não aceitaria que decidissem sua vida, que iria se impor e brigar o quanto fosse necessário. Ledo engano! Ela resiste um pouco, mas logo cede a todas as vontades do Elliot, ainda que tentasse convencer a si mesma que estava no controle. Coisa nenhuma!

Uma das cenas mais repugnantes (para mim) foi aquela na qual ele a amarrou na cama. Isso porque ela tentou ir embora e ele não permitiria já que era "o responsável' por ela. A idiota permite que ele a prenda para impedi-la de sair. Depois ele vai para outro quarto e ela passa a noite inteira amarrada. Se um incêndio acontecesse nem teria como se salvar. Eu não acreditei no que estava lendo! Um desconhecido decide que tem direito de amarrá-la e ela nem pede socorro nem nada. Se submete como se ele fosse seu dono, como se ela fosse um objeto que ele poderia tratar como bem quisesse. Eu fiquei muito irritada. 

Pouco tempo depois dessa cena inacreditável, eu abandonei o livro. Estava de saco cheio de tanto estresse. Eu não merecia ler tanto absurdo num livro só.kkkkkk Sério! Eu estava com o sangue fervendo quando decidi abandonar a leitura, estava a ponto de arremessar o livro pela janela.

Agora em janeiro é que resolvi retomar a leitura, com a remota esperança de que as coisas poderiam melhorar. E, a princípio, realmente melhoram... um pouco. Apenas para piorar depois. Não quero dar spoilers e por isso não mencionarei os demais absurdos presentes no livro. Posso dizer que a autora caprichou! Conseguiu transformar uma mocinha feminista em alguém que aceita tudo o que os homens querem, que permite que decidam tudo e danem-se as sua próprias vontades! Sem mencionar o que ela dá a entender pelo passado da mocinha. 

Vou falar brevemente do assunto para que entendam por que fiquei tão irritada com algumas escolhas da autora ao construir a história. Phaedra era filha de pais que nunca se casaram, embora se amassem. O casamento não ocorreu porque a mãe dela era uma mulher que valorizava a própria liberdade e não permitiria perder nem um pouco dela com o casamento. Ela acreditava no amor livre, sem as imposições da sociedade, sem se submeter a regras. Assim, mesmo amando aquele que seria o pai de sua filha, recusou o casamento, para escândalo da sociedade (que sempre se escandaliza com tudo) e manteve a relação por longos anos, de maneira clara, sem esconder de ninguém. Da relação nasceu nossa mocinha e ela tratou desde sempre de educar a menina para ser livre. Só que... O que a autora faz?! Torna a mãe da mocinha uma mulher negligente, que traumatizou a menina com suas crenças, que não soube ser mãe, que impôs seus próprios princípios à ela e que a mocinha era resultado dos traumas do passado. Eu não sei qual foi a real intenção da autora e nem vou supor nada. Simplesmente não gostei da maneira como ela construiu esse passado da mocinha e a relação com a mãe. Passou uma ideia ruim, como se uma mulher livre e que quisesse ensinar a filha a ser dona de si estivesse errada e não soubesse ser mãe. Como se feminismo e maternidade não combinassem. E também deu a entender que Phaedra e suas crenças eram apenas reflexos das crenças da mãe. Que ela não acreditava em nada daquilo "de verdade". Só isso já me fez arrancar duas estrelas do livro. Não sei se alguém mais enxergou as coisas dessa maneira, mas foi essa a impressão que o livro me passou. E não gostei nada. Sobretudo porque sou feminista e considerei de péssimo gosto a maneira como a autora abordou e tratou o assunto. Confesso que senti tanta raiva durante um tempo que considerei tirar todas as estrelas do livro.rs Mas depois respirei fundo e voltei a raciocinar. Todo mundo erra nesta vida e, como eu disse, não posso pensar que a intenção da autora foi ruim, até porque não quero acreditar nisso. Mas ainda estou com raiva da autora e não sei quanto tempo demorará para passar.kkkk

Phaedra me decepcionou de tantas maneiras que eu não saberia nem por onde começar a falar... Apenas na reta final do livro foi que ela voltou a assumir o controle de si mesma, embora a autora novamente tenha feito escolhas que me irritaram. Ser feminista não impede ninguém de escolher ser esposa e mãe, por exemplo, desde que isso seja realmente uma escolha dela como mulher. A autora não precisava tratar toda a crença da mãe da Phaedra como erros de uma mulher imatura, como ela chegou a fazer suas personagens considerarem (essa conversa se passa entre a Alexia e a Phaedra, quando tudo o que Artemis acreditava é colocado em dúvida e tratado como imaturidade) para defender que o casamento poderia ser algo bom. Enfim... O livro foi tão problemático para mim que se eu não tivesse gostado tanto do primeiro e não desejasse tanto ler o terceiro, possivelmente nunca mais leria nada da autora. Toda paciência tem limites e ela testou bastante a minha com esta história. 

Um personagem que evoluiu, e não posso deixar de admitir, foi o Elliot. Que passou a compreender as crenças da mocinha e seus receios, embora no fundo ele também achasse que ela não acreditava em nada daquilo de verdade. No entanto, tenho que reconhecer que ele passou a respeitá-la ao longo do livro e admirá-la como pessoa. Que ele fez um esforço para ser diferente. Mas...

É insuportável para mim a maneira como os personagens tentam convencer a Phaedra de que o erro está nela, que ela é que precisa ceder, que ela precisa "se libertar" do que aprendeu com a mãe senão não seria feliz. Eles tentam convencê-la de que ela está errada, de que a mãe dela não soube criá-la, de que ela não possui aquelas crenças, mas que foi forçada pela mãe a seguir aquele caminho na vida. Enfim... Ainda que o Elliot tenha evoluído, ele também pressionou a mocinha até ela ceder e isso estragou tudo de vez. Não consegui perdoar a história. Acredito no amor dos protagonistas, acredito que serão felizes juntos, mas é uma história que me arrependi muito de ler. 



->  DLL 21: Um livro que você abandonou 



4 de dezembro de 2020

A Soma de Todos os Beijos - Julia Quinn


Literatura norte-americana
Título Original: The Sum of All Kisses
Tradutoras: Ana Rodrigues e Maria Clara de Biase
Editora: Arqueiro
Edição de: 2017
Páginas: 272
Quarteto Smythe-Smith - Livro 3

68ª leitura de 2020 (59ª resenha do ano)

Sinopse: Um brilhante matemático pode controlar tudo… A não ser que um dia exagere na bebida a ponto de desafiar o amigo para um duelo. Desde que quebrou essa regra de ouro, Hugh Prentice vive com as consequências daquela noite: uma perna aleijada e os olhares de reprovação de toda a sociedade. Não que ele se importe com o que pensam dele. Ou pelo menos com o que a maioria pensa, porque a bela Sarah Pleinsworth está começando a incomodá-lo. 


Lady Sarah nunca foi descrita como uma pessoa contida… Na verdade, a palavra que mais usam em relação a ela é “dramática” – seguida de perto por “teimosa”. Mas Sarah faz tudo guiada pelo bom coração. Até mesmo deixar bem claro para Hugh Prentice que ele quase destruiu sua família naquele bendito duelo e que ela jamais poderá perdoá-lo. 


Mas, ao serem forçados a passar uma semana na companhia um do outro, eles percebem que nem sempre convém confiar em primeiras impressões. E, quando um beijo leva a outro, e mais outro, e ainda outro, o matemático pode perder a conta e a donzela pode, pela primeira vez, ficar sem palavras. 

 


Mais de um ano se passou desde que li o segundo livro desta série. Com tantos livros para ler e tantos desafios dos quais resolvi participar (risos), algumas séries acabaram ficando incompletas e estou considerando ter como meta principal finalizá-las nos próximos meses. Vamos ver se consigo!rsrs

Em Uma Noite Como Esta, segundo livro do Quarteto Smythe-Smith, conhecemos a apaixonante história de Anne e Daniel e até agora segue sendo minha história preferida da série! Nela ficamos sabendo da grande besteira que Daniel e seu amigo Hugh fizeram, ao brigarem durante um jogo (quando ambos tinham bebido demais) e resolvido duelar. Nenhum dos dois tinha intenção de realmente atirar no outro, mas Hugh se distraiu e a arma disparou, atingindo o ombro de Daniel. Este, por sua vez, em choque, também deixou a arma disparar, mas o resultado foi mais dramático: o tiro atingiu a perna de Hugh, deixando-o à beira da morte por hemorragia e danificando para sempre a perna lesionada. 

Como Daniel teve o azar do pai do Hugh ser um homem completamente desequilibrado, teve que fugir do país, pois o indivíduo jurou que não descansaria enquanto não o matasse. Mesmo longe da Inglaterra e de sua família amada, Daniel vivia constantemente em perigo, pois o pai de Hugh era tão louco que mandou assassinos atrás dele. Sim, o mocinho da história anterior viveu grandes aventuras.rs

Uma Noite como Esta inicia com o retorno de Daniel, depois que Hugh vai atrás dele e diz que já não há necessidade para ele seguir fugindo, que conseguiu convencer o pai a parar com a perseguição. É quando ele conhece Anne, que também possuía seu próprio passado dramático e também estava fugindo. O amor surge de forma intensa e incontrolável. Só sabiam que precisavam ficar juntos, não importando diferença de classe social (Anne era governanta das primas de Daniel) ou os perigos que os ameaçavam. A história é linda, linda, linda! Minha preferida sem pensar duas vezes!

Então... Em A Soma de Todos os Beijos, conhecemos mais profundamente o Hugh, que marcou presença no livro anterior, e Sarah, prima de Daniel e de Honoria (esta aqui é a protagonista do primeiro livro). Os acontecimentos da outra história repercutem nesta, pois o pai do protagonista segue vivo e sendo louco, bem como Hugh ainda não conseguiu se perdoar por ter dado início a toda essa perturbação na vida do amigo... Do mesmo modo, Sarah, que é muito próxima dos primos e também foi atingida pelas consequências do duelo, não está disposta a facilitar a vida dele, pois jurou que jamais o perdoaria e faria questão de fazê-lo sentir todo o remorso merecido pela m*rda que vez. 

Sabe aquela coisa de inimigos que se apaixonam?!rsrs Sarah e Hugh não são exatamente inimigos, mas quase isso.kkkkk... Dramática como as mocinhas das minhas amadas novelas mexicanas (eu ri tanto com ela!), no seu primeiro encontro com o Hugh após o duelo, ela deixou mais do que claro o quanto a existência dele era um prejuízo para todo ser humano. E como ele tinha destruído a vida dela. É um encontro muito engraçado e depois disso, ambos chegaram à conclusão de que se odiavam profundamente. E preferiam ignorar a existência um do outro. 

Ocorre que com a volta de Daniel e seu iminente casamento com Anne, Sarah é obrigada a estabelecer uma relação "agradável" (ou fingir) com Hugh, pois seu primo e ele recuperaram a amizade perdida e todos querem que o mocinho se sinta bem durante os eventos que antecedem o casamento dos protagonistas do segundo livro. Honoria, então, encarrega Sarah de fazer companhia para o Hugh.kkkkkkkkkk Claro que ela não sabia que os dois quase tinham se matado meses antes, mas... Enfim...rs É óbvio que isso não dará muito certo.... Os dois correrão sérios riscos de se apaixonar! :D

Eu confesso que estava com muitas saudades das histórias da Julia Quinn! Porque mesmo contendo alguns dramas, são histórias leves, divertidas, do tipo que nos deixam sorrindo. Eu estava irritada com o fato da Arqueiro publicar um livro da autora atrás do outro (ainda estou irritada), pois isso acaba provocando uma overdose de histórias dela, o que pode fazer o leitor enjoar e isso não é desejado. Mas o que decidi é que eu própria vou controlar as doses que leio dos livros dela.kkkkkkkk... Depois deste aqui vou ler o quarto (e último) da série, mas darei um intervalo de alguns meses antes de finalizar a leitura de uma outra série dela que está em aberto no blog: a série Os Rokesbys (li os dois primeiros e preciso ler os demais). Justamente porque amo a autora e não quero de modo algum enjoar dos livros dela. Por isso, é saudável dar um tempo entre as histórias. 

Mas voltemos à Sarah e ao Hugh, os inimigos que irão se apaixonar.rs Eu me diverti muito com esses dois, em alguns momentos chegava a gargalhar e isso me fez bem. Todavia, nem tudo são rosas... existem os espinhos, claro. Que se manifestam na culpa que o Hugh sente, a tristeza por não ser mais o mesmo homem de antes (não pode andar normalmente e sim mancando, não pode dançar, cavalgar, carregar uma mulher no colo etc) e ainda o psicopata do pai dele, que deveria estar na prisão e não circulando normalmente entre as pessoas. 

O casal terá que enfrentar alguns problemas para ficarem juntos, mas queridos, este é um livro da Julia Quinn! Final feliz garantido! Não importa o que aconteça, o casal sempre é feliz no final. A autora ama os seus leitores.rs Não quer que fiquemos em lágrimas ao fechar um livro dela. 

Eu não tenho nada a criticar no livro. Mas existiu sim uma coisa que me impediu de dar cinco estrelas e favoritá-lo. Achei que demorou muito para o casal ter uma conexão maior, que a história ficou tempo demais girando em torno do passado e das reservas deles e foram poucas páginas de real aproximação. O final é maravilhoso, mas o fato de tantas páginas terem sido perdidas na história sem que fossem dedicadas a momentos deles dois juntos, me fez tirar uma estrela. :( O que de modo algum torna a história ruim. É linda e divertida. Sarah e Hugh nos conquistam por completo e torcemos muito pelos dois. 

Foi muito bom reencontrar a Honoria e o Marcus, bem como meu casal querido: Anne e Daniel. Esta série é preciosa e já sinto uma certa tristeza, pois o próximo livro é o último.


-> DLL 20: Um livro de capa azul


Quarteto Smythe-Smith

1- Simplesmente o Paraíso (Honoria e Marcus)
2- Uma Noite como Esta (Anne e Daniel)
3- A Soma de Todos os Beijos (Sarah e Hugh)
4- Os Mistérios de Sir Richard (Iris e Richard)


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