20 de junho de 2010

Caçadora de Marido - Lynne Graham

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3º Livro da Série Afilhadas

A caçadora: Polly Johnson tornou-se mãe de aluguel por causa da mãe, uma mulher doente cuja única possibilidade de salvação residia numa cirurgia muito cara. De repente ela descobre que a pequena vida que carrega no ventre também carrega os genes do empresário venezuelano Raul Zaforteza...

O marido: Raul está disposto a tudo para ficar com o seu filho que está por nascer...até mesmo casar-se com Polly. Mas ela cederá à proposta de Raul de que só manterá a custódia do filho se consumar o casamento?



Palavras de uma leitora...


Das três afilhadas, a que mais me encantou foi a Polly. Isso eu sabia que ia acontecer desde o primeiro livro, quando ela se encontrou com Maxie e Darcy para a leitura do testamento. A doçura da Polly inspira instintos protetores e eu já estava ameaçando aquele desnaturado do Raul antes mesmo dele fazer algo que a ferisse. Jurei que acabaria com ele. Não sei como ele não a destruiu. Ela deve ter um zeloso anjo da guarda.



Um pequeno resumo:

Polly teve uma infância infeliz ao lado do pai. Um homem amargurado que a fez pagar pela traição da mãe, impedindo que ela tivesse algum contato com a pobre mãe. Mas já adulta, Polly acaba reencontrando a mãe, mas o destino não lhes dá muito tempo. A mãe de Polly tem uma doença terminal e só uma delicada e cara cirurgia pode salvá-la. Polly não tem condições de pagar tanto e acaba se envolvendo numa tremenda e dolorosa confusão: se candidata para ser a mãe de aluguel do filho de um desconhecido. No início ela relutou em aceitar, mas os advogados usaram de subterfúgios sujos para convencê-la e quando se deu conta, Polly já estava carregando o filho de alguém que ela nem conhecia. Sua mãe morreu dois dias depois da cirurgia e ela já não tinha ninguém na vida... A não ser o filho que estava no seu ventre e que já amava. Decidiu que iria lutar pelo filho e fugiu descumprindo o contrato absurdo.

Quando Polly já estava perto de dar à luz, Raul a encontrou e a fez ficar sob seu poder até ter a criança. Desesperada e temerosa de perder a criança para aquele desconhecido, rico e cruel, Polly diz que ele só teria a criança sob sua tutela se se casasse com ela. Raul aceita, mas o casamento não começa com o pé direito...

Odiei Raul. Sim. Ele conseguiu me fazer odiá-lo. Ele mesmo reconhecia o quão frágil Polly era, mesmo assim a feriu inúmeras vezes. Tive medo. Pensei que a Polly poderia fazer uma besteira ou adoecer. Ela estava metida numa situação muito complicada. Tinha dado à luz ao filho de Raul, mas ainda era virgem. O filho foi concebido por métodos artificiais e o parto foi feito através de uma cesariana. Raul a queria em sua cama e não sabia esperar. A feriu com palavras e depois de declarar que queria que sua primeira vez fosse perfeita e ter feito amor com ela, virou de costas e ignorou-a. Tenho que confessar que Polly me surpreendeu com alguns dos seus acessos de raiva. E postarei um de seus discursos logo abaixo:

- Creio que já entendeu a mensagem.

- Vai voltar àquela história sobre não esperar muito de você? Meu Deus! Tem tanto medo dos sentimentos que chego a sentir pena de você. E por que se preocupa tanto com a possibilidade de desapontar-me? Afinal, é o que tem feito desde que nos conhecemos.
Atingido pela acusação direta, Raul encarou-a com ar gelado.
- Realmente?
- Sim, realmente... mas não importa. Não tenho nada a perder e me recuso a reduzir minhas necessidades ao nível das suas. Você está em fase de experiência, Raul.
Furioso com o discurso superior, ele se livrou do lençol e deixou a cama.
- Eu... Raul Zaforteza... em experiência?
- E até agora não tem se saído muito bem. Parece pensar que me fez um grande favor se casando comigo... mas per­gunte-me o que sinto daqui a cinco meses...
- Por quê? O que vai acontecer em cinco meses?
- Herdarei o dinheiro de minha madrinha, e se não estiver satisfeita a seu lado, pode ter certeza de que não passarei o resto da minha vida infeliz.
- Infeliz? - Raul repetiu ultrajado.
- Não é o que estou sentindo atualmente - Polly revelou com honestidade. - Mas não pense que só vai ter de me cobrir com diamantes para me fazer feliz. Jóias são muito bonitas, mas não sinto necessidade de possuí-Ias.
- Bonitas? - Raul parecia dominado por uma espécie de torpor.
- Existem outras coisas mais importantes para mim. Respeito, afeição e carinho. Sei que deve ter passado toda sua vida adulta oferecendo presentes valiosos às mulheres com quem se envolveu para compensar sua incapacidade de lidar com sentimentos, mas...
- Como se atreve a dizer que sou incapaz de alguma coisa?
- Foi você mesmo quem disse. Afirmou que prefere se afastar quando a situação começa a ficar difícil.
Raul estudou-a em silêncio por alguns instantes, ferido e ressentido. Depois virou-se e abriu uma gaveta, de onde tirou uma calça jeans. Polly sabia que ele se controlava a muito custo, tal a intensidade de sua fúria.
- Sei que estou muito longe da perfeição, e muitas das coisas que faço devem irritá-lo... mas não quero sentir que só voltou para casa esta noite a fim de fazer sexo comigo - Polly indicou, mantendo os olhos bem abertos para conter as lágrimas. - Como se eu fosse uma novidade... E depois, sem se dar conta dos meus sentimentos, sem se importar comigo ou com qualquer outra coisa, vangloriar-se de mais uma conquista e...
A acusação fez com que ele se virasse.
- Tudo que eu disse foi que amor e gratificação...
- Eu ouvi cada palavra de suas preciosas opiniões sobre o assunto. A questão é: por que disse isso? - perguntou, cansada de fingir. - Sabe que não é verdade. Deve saber o que sinto por você. Creio que sempre soube...
Raul ficou rígido. Os olhos escuros buscaram o chão numa tentativa desesperada de fuga.
- Vai se arrepender disso...
- Não, não vou. Já ultrapassei o limite do orgulho. Amo você, Raul, e acredito que tenha tomado consciência disso antes mesmo de eu perceber o que sentia. Se tivesse um mínimo de decência, teria se afastado definitivamente em Vermont. Sabia por que eu aceitei sua proposta de casamento... e mesmo assim disse a Digby que sou uma caçadora de dotes, uma chantagista. É como um grande e sombrio segredo que prefere não reconhecer, mas eu me recuso a viver uma mentira.
Esgotada depois da explosão emocional, Polly abandonou a cama e caminhou na direção da porta.
- Dios... não posso lhe dar amor! - Raul disparou com verdadeira selvageria.
- Mas com algum esforço pode garantir um mínimo de respeito, pelo menos. Porque, se não for assim, deixarei de amá-lo, e amor é tudo que tenho para oferecer. É a única coisa que me mantém a seu lado. Não serei um capacho. Não permitirei que pise em mim.

O que achei fantástico é como Polly ensina aquele menino carente em corpo de homem, a amar. E como os dois enfrentam juntos a rival é fascinante.
 
Gostei também do reencontro entre as três amigas: Maxie, Darcy e Polly. E claro, também da amizade que sempre surge entre os maridos delas.

Uma leitora que se envolve profundamente com as histórias que lê, que é apaixonada por músicas, filmes... uma romântica incurável.Leitora apaixonada por romances de época, clássicos e thrillers. Mãe da minha eterna princesa Luana e dos meus príncipes Celestino e Felipe (gatinhos filhos do coração). Filha carinhosa. Irmã dedicada. Amiga para todas as horas. Acredita em Deus. E no poder do amor.

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